in: Diário xxi
Quinta-Feira, 24 de Novembro de 2005
Descoberta arqueológica pode redefinir fronteiras no Paleolítico
A descoberta de “materiais líticos (machado e lascas)”, nas freguesias de Donas e Alcongosta “vai ser seguida por estudos complementares”, conclui a Câmara do Fundão.
A Câmara Municipal do Fundão anunciou a descoberta na Serra da Gardunha de artefactos arqueológicos atribuíveis ao Paleolítico Inferior. A descoberta está a ser estudada pelo director do Museu Nacional de Arqueologia, Luís Raposo, refere nota da autarquia
Segundo aquele responsável, “tratam-se provavelmente dos utensílios humanos mais antigos, encontrados até hoje no território da Beira Interior, entre Monfortinho e a Guarda”. Os achados são “materiais líticos (machado e lascas)” encontrados nas freguesias de Donas e Alcongosta. “Esta descoberta tem um importante significado, já que vem dilatar grandemente o conhecimento da pré-história da Beira Interior”, salienta a autarquia. Em causa, está a redefinição das concepções geográficas da ocupação humana da Beira Interior, durante o Paleolítico.
A descoberta ocorrida na Serra da Gardunha “vai ser seguida por estudos complementares”, conclui a Câmara do Fundão.
GRAVURAS NO ZÊZERE
Recorde-se que no último ano foram também detectadas no concelho do Fundão diversas gravuras rupestres esculpidas em rochas junto ao Rio Zêzere, na freguesia da Barroca, atribuídas ao Paleolítico Superior. A Câmara pediu entretanto a classificação das gravuras, trabalho a cargo do Centro Nacional de Arte Rupestre, que ficou encarregue de todo o trabalho científico. Prestes a avançar está a criação do Centro de Arte Rupestre do Zêzere, que vai funcionar na Casa Grande da Barroca.
Duas salas deverão ser adaptadas no sentido de acolher o centro que permitirá organizar visitas ao santuário das gravuras a partir da Casa Grande, mas também disponibilizar às um conjunto de elementos informativos sobre a matéria.
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