Percorri alguns dos estabelecimentos comerciais do Funchal, no último fim de semana, especializados na comercialização de vinhos. Todos eles com uma excelente apresentação dos Produtos,com espaços para provas e com descrição dos produtos em venda. Só encontrei dois produtos da Beira Interior, Praça Velha da Adega Cooperativa do Fundão a 11,30 € e a aguardente velha Centum Cellas da Adega Cooperativa da Covilhã, a 35 €. Esta última correspondia a uma aguardente de 15 anos, envelhecida em casco de carvalho português. Trata-se do primeiro produto da Beira Interior que encontro, utilizando o carvalho Lusitano, como matéria prima, para enriquecimento, quer de vinho ou de aguardente. Era uma das aguardentes velhas mais caras, a 970 Reserva de cana, produzida na Madeira, custava entre 17 e 25 €. Não encontrei no mercado aguardente vínica da Madeira envelhecida, tendo concluído que só recentemente se começou a produzir, para comércio, aguardente vínica.
Mas, o que é de realçar é a vulgaridade da descrição dos vinhos da Madeira, com indicação de castas, Malvasia, Verdelho, Bual, Sercial Tinta Negra e Terrantez. Este último, de reduzida produção e só disponível com envelhecimento superior a 25 anos. é também frequentemente a diferenciação entre Harvest, Colheitas e Vintage.
Como curiosidade encontrei Licor de castanhas, que a Madeira não produz, enquanto nós, na Beira Interior, nos limitamos a utilizá-la nos Magustos, com um mínimo de valorização. Aprendamos, revolvam-se os baús e descubram-se as receitas tradicionais que utilizavam a castanha, quer para a confeccionação de pratos, doces ou licores.
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