DOC de Azeites da Beira Interior
Excelente iniciativa e notícia do Diário xxi, que merecia uma investigação mais aprofundada, relativamente ao seu conteúdo:
Questões para investigação: Quantas e quais são as DOC's de Azeite da Beira Interior?
Qual é a origem da plavra Tibórnia? Haverá uma escrita alternativa?
Qual é a receita da Tibórnia(?) conceituada em obras como a de Alfredo Saramago, Maria Odete Valente, Maria de Lurdes Modesto, por exemplo?
Quais são as receitas de Tibórnia(?)apresentadas em sites da Região?
Não haverá outros produtos, que utilizam o azeite, típicos da Beira Interior, a promover? Bolo(pão) de azeite, por exemplo? Cogumelos, guisados, espargos bravos, com ovos, esparregado de Saramagos, couves temperadas com azeite, xerovias fritas, ovos verdes, botelha frita, filhós e tantas e tantas outras situações similares.....
in: Diário xxiRestaurantes promovem Azeite da Cova da Beira
Quinta-Feira, 08 de Dezembro de 2005
II Festival da Tibórnia arranca hoje no Fundão
A promoção da gastronomia regional vai juntar, até domingo, 14 restaurantes da cidade do Fundão, onde o principal ingrediente dos pratos confeccionados será o azeite
Ana Almeida
“Mais do que valorizar o azeite da Cova da Beira, pretendemos divulgar a gastronomia regional”. Este é o principal objectivo que Francisco Almeida Lino, Chanceler da confraria de Azeite da Cova da Beira, aponta para a realização do Festival da Tibornia, na cidade fundanense.
Pelo segundo ano consecutivo, a Confraria do Azeite da Cova da Beira em parceria com a empresa Fundão Turismo e a Câmara Municipal, leva a cabo a iniciativa que reúne 14 restaurantes na confecção de “tibornias”. Para além de promover o azeite e azeitona de mesa, o evento visa “mobilizar e sensibilizar os empresários da restauração do Fundão para a divulgação das tibornias tradicionais ou sofisticadas, realçando a importância e a excelência do azeite da região”, explica a autarquia fundanense em comunicado.
A partir de hoje e até domingo, a organização acredita que o certame “mobilizará a cidade e mostrará a todos as suas qualidades”. “Com esta iniciativa vão estar aqui vários órgãos de comunicação social, nacionais e regionais, os quais poderão mostrar a todo o País a tradição e evolução da Cova da Beira”, afirma Almeida Lino.
ÉPOCA DO ANOS PROPÍCIA PARA A PROVA DE AZEITE
Os estabelecimentos que aderiram à mostra gastronómica terão que utilizar, na preparação das tibórnias, pelo menos duas qualidades de Azeite da Cova da Beira e duas denominações de origem da Cova da Beira diferentes. “Neste evento o azeite é o rei, até porque estamos na altura propícia para a prova deste ingrediente”, salienta.
A escolha do nome “Tibórnia” para este festival prende-se com o facto de ser um prato que “diz muito ao azeite”. “Curiosamente, esta palavra tem vindo a cair em desuso, não se vendo inclusivamente na maioria dos dicionários”. Embora não saiba com precisão como surgiu esta tradição, Almeida Lino garante que “é sempre importante recuperar este tipo de valores gastronómicos”.
A tibórnia consiste em “empapar” um naco de pão em azeite e polvilhar a fatia com açúcar. Com o evoluir dos tempos, este prato tem sido confeccionado de várias maneiras. Muitos restaurantes adicionam ao pão e azeite, elementos como grão e bacalhau.
A Cereja, As Tílias, Bocage, Boguinhas, Cantinho dos Grelhados, Hermínia, Mário`s, O Alambique de Ouro, O Beiral, O Mário, O Panças, O Parque, Papo d`Anjo e o Veneluso são os restaurantes onde a iniciativa vai decorrer. Durante três dias, as diferentes casas vão mostrar como este prato se pode confeccionar das mais variadas formas.
2 comentários:
Discussão na Extremadura espanhola sob a inclusão das palavras Tiborna e Tibornia, no Dicionário Extremenho
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Es notoria la falta de trabajos sobre el extremeño
En relación con todo esto, sin embargo, hay que advertir que resulta destacable la notoria carencia de trabajos sobre el extremeño, lo cual hace difícil saber si efectivamente algunas de las palabras que estudiamos siguen utilizándose o no en algún punto de la región. Podemos asegurar el uso de aquellas que conocemos de primera mano, pero no existe un criterio totalmente certero para el resto.
De cualquier modo, la sugerencia y ruego más fructíferos que, con todos los respetos, se le puede dirigir a la Real Academia Española -en relación con el extremeño- no se centra en las palabras que ha eliminado, pues, salvo una docena, parece que la mayoría de ellas han sido suprimidas con acierto, sino en aquellas que deberían incluirse y no se encuentran en el DRAE.
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VOZ ELIMINADA ESTANDO VIVA
(Otras y dudosas en cursiva.)
REFERENCIA GEOGRÁFICA DRAE (1992)
REFERENCIA GEOGRÁFICA DRAE DRAE (2001)
OBSERVACIONES CRÍTICAS
1. agañotar
Extr. y León.
Asturias, León, Palencia y Salamanca.
Se oye todavía en diferentes puntos de Extremadura, Cáceres, Mérida, Badajoz, etc.
2. alumbrar
11. Extr. y Venez. Maltratar a una persona golpeándola.
Desaparece la acepción.
Es normal en las comarcas norteñas.
3. angor
Extr., Lev., Murc. Y Argent.
Murcia.
Aparece en el Diccionario Extremeño como «angó» . m. Angustia, llanto. Santos Coco también lo recoge así en su vocabulario, incluye además una cita de Chamizo.
4. apostar2
Extr. Apostar un monte
Desaparece este uso.
Vid. Nuestra entrada apostar2.
5. arrife
Bad. Cerro ...
Desaparece esta acepción.
Se recoge en el Diccionario Extremeño y en el artículo de Rodríguez Perera.
6. chabuco
Extr. Charco.
Desaparece la palabra en la 22ª edición del DRAE.
Se recoge en el Diccionario Extremeño, documentada en Alburquerque.
7. chasquir
Extr. Chascar.
No se recoge en la última edición.
La recoge el Diccionario Extremeño con el significado de ‘dar chasquidos la madera’, documentada en Mérida y Guareña.
8. chillado.
Extr.
Desaparece esta acepción.
El Diccionario Extremeño recoge «chiye» en Campanario.
9. entrillado, da
entrillado, da. ‘2. adj. Extr. Dícese del día en que se hace puente; el de trabajo que se considera feriado por estar comprendido entre dos festivos’
Desaparece esta acepción.
Antonio Viudas Camarasa cita esta palabra en el artículo El habla Extremeña en torno a 1900. Testimonio (2001): «La voz ‘entrillar’ está muy extendida por las hablas extremeñas...».
10. garullo
3. And., Cantabria y Extr. Variedad de pera silvestre
Andalucía.
En el Diccionario Extremeño aparece «garuyo» documentada en Alburquerque. La hemos oído en hablantes de la zona central de Extremadura.
11. gorriato
And., Av., Các. Y Sal.
Vulgar.
Normal en muchas comarcas cacereñas.
12. pachucho
Extr. Dícese de una persona gruesa y pesada.
Desaparece esta acepción.
En la zona de Zorita se utiliza «pachocho» como adjetivo para designar a alguien lento, muy pausado.
13. seranear
Extr. y Sal.
Sal.
Es normal en las comarcas del norte de Extremadura.
14. tabicón
And. y Bad. Tabla gruesa, tablón.
No se recoge en la última edición del DRAE.
En el Diccionario Extremeño aparece con el significado de ‘madero de forma cuadrada’ documentada en Arroyo de san Serván.
15. terrajero
Extr.
No se recoge esta acepción.
El Diccionario Extremeño lo define como ‘encargado de cobrar el terraje’, documentado en Mérida.
16. tía
Ar., Extr. y parte de Cast
rur. Ar. y Cast
Se encuentra desusada en las comarcas norteñas, pero viva en la zona central de la región.
17. tiborna
Extr. Tostón, rebanada de pan tostada y empapada en aceite
No aparece en la 22ª edición del DRAE.
En el Diccionario Extremeño se recogen la palabras «tiborna» y «tibornia».
18. uñir
Extr., León, Sal., Vallad., Zam. y Urug.
León, Sal., Vallad., Zam., Urug. y Argentina
Es normal en las comarcas del norte de Cáceres.
No dicionário da Academia de Ciências consta a palavra Tiborna e não é incluida a palavra Tibornia, sendo indicado o desconhecimento da origem da palavra. Este dicionário, coordenado por Malaca Casteleiro, natural da Beira Interior, com leccionação na UBI, incorpora, ao que suponho, o conhecimento deste Linguista. O Dicionário Houaiss incluí as duas expressões Tiborna e Tibórnia e ainda Tibórnea. A palavra Tiborna é apontada para 1606 e Tibórnia para 1889. Convem consultar o Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa de José Pedro Machado.
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