quinta-feira, julho 22, 2004

Em 4 de Setembro concerto em Belgais de apoio financeiro à reflorestação

in: www.reconquista.pt de 9/7/2004
"Iniciativa angaria fundos em Setembro
Concerto para recuperar Belgais do incêndio




Na sequência do incêndio que no dia 30 de Junho assolou a quinta de Belgais, ao qual apenas escaparam o pomar e a casa principal onde funciona o Centra para o Estudo das Artes, realiza-se um concerto para angariação de fundos com vista à recuperação de Belgais, no próximo dia 4 de Setembro. O espectáculo deverá contar com a actuação da pianista Maria João Pires, a proprietária da quinta, e principal impulsionadora do centro artístico que ali funciona.

Foi com apreensão e um sentimento de impotência que o pessoal que trabalha na Associação Belgais assistiu ao avanço das chamas desde o Monte do Pombal, onde o incêndio deflagrou, por volta das 12H30. “Nunca pensei que o fogo fosse tão rápido”, adiantou ao “Reconquista” Maria do Rosário Veiga. As chamas chegaram junto a Belgais antes dos bombeiros. “Se os bombeiros não tivessem chegado a casa teria ardido”, continua. Ao todo arderam 100 hectares de oliveiras, azinheiras e mato. As chamas acabaram por consumir também duas casas de madeira, com o recheio que existia no interior, incluindo o forno, móveis, quadros e material de construção. A horta, juntamente com as vedações de madeira, os animais soltaram-se e fugiram das chamas. “Quando liguei para os bombeiros gostava de ter recebido instruções sobre como nos preparar para o fogo. Porque podemos estar a fazer asneiras. Mas da central apenas diziam que a situação estava controlada”, refere Maria do Rosário Veiga. “A casa safou-se porque os bombeiros foram excepcionais”, sublinha a pienista Maria João Pires. Há 19 anos que ali vive e recorda terem acontecido apenas dois fogos, que foram rapidamente controlados. No combate às chamas estiveram envolvidos 109 bombeiros de 20 corporações dos distritos de Castelo Branco, Setúbal e Lisboa, apoiados por 31 viaturas e cinco helicópteros. Segundo o coordenador da Protecção Civil de Castelo Branco, Rui Esteves, o sinistro não foi fácil combater. Por dois motivos: “o incêndio desenvolveu-se com muita rapidez numa zona de mato e pasto, onde não havia acessos, e o vento soprava muito forte”."

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