terça-feira, março 09, 2004

MOCHO

Em Castelo Novo, aproveitando a altura de carvalhos ainda não calcinados pelo fogo, ou cortados para lenha ou industria vive uma colónia de Mochos, muito activos e vistosos. A noite é sua, preenchendo os espaços com os seus alaridos. Esta espécie deveria ser protegida, bem como o habitat de que necessitam. Sexta-feira, numa casa rural não habitada, encontrei o exemplar da foto, tombado morto sobre as cinzas da lareira. Já não é o primeiro exemplar que encontro no mesmo local e nas mesmas circunstâncias, sempre na época da caça. Suponho, que presseguidos pelos caçadores os mochos procurem refúgio na chaminé, mas depois, pela envergadura das suas asas, não conseguem sair do espaço em que penetraram e acabam por morrer à sede e à fome. Se coloco uma rede, provavelmente evito que desçam pela chaminé, mas acabam por ser abatidos por algum caçador menos escrupuloso e sem formação cívica e ecológica, que acaba por disparar sobre tudo o que mexe.






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