quinta-feira, junho 17, 2004

in: www.pousadasdajuventude.pt

Sugestão de Viagem
À descoberta da Serra da Gardunha
Vais calcorrear a Serra da Gardunha, por entre os soutos e os campos floridos, visitar as pequenas aldeias serranas e provar o verdadeiro queijo da serra.
A Serra

Na Gardunha encontras uma abundante serra plena de castanheiros bravos e soutos que a enchem de tons verdes amarelados e acastanhados, dando-lhe uma beleza natural muito própria. Mas ao que parece, nem sempre foi assim.

Incessantemente exerceu fascínio sobre os homens, que nela procuraram alimento ou abrigo, como o chefe lusitano Viriato. A serra da Gardunha, baptizada assim pelos árabes, (Gardunha significa refúgio), tinha vinhas no tempo de D. Dinis. Mas quis o soberano arrancá-las e para as substituir ordenou que se replantassem no vale de Alcambar castanheiros, que se tornariam conhecidos como soutos D’El Rei. Mas infelizmente por incúria do homem, uma parte significativa dessas árvores desapareceu como o abate e alguns incêndios violentos. Algo se perdeu, mas não penses que vais encontrar uma serra deserta. Pelo contrário, em muitas partes o arvoredo ainda é denso e abundante, só que no passado se estendia por uma área ainda mais vasta.

Hoje, dos pontos altos como o miradouro da Portela, a vista continua a ser muito bonita nesta pequena serra com cerca de 10 km de largura por 20 de comprimento. Entrincheirada por entre os rios Pônsul e Zêzere, ainda tem várias espécies animais, e conserva tradições como o bom queijo artesanal.
Bicharada

A partir do Fundão, continua pela estrada que leva ao alto da serra. Passas pela aldeia da Enxabarda e ficas-te pelo Açor, onde aliás, a estrada acaba. Serpenteando estradas estreitas e curvilíneas, atravessando prados e matas mais densas, segues com atenção para avistares a bicharada, ou seja, a fauna local. Há gamos, mas são bastante difíceis de avistar, mas também há lobos, ou pelo menos havia. Bem desses é melhor nem sentir o cheiro. E com sorte, talvez encontres o rastro de algum javali ou mais comuns, raposas ou a toca de qualquer coelho que é bem capaz de se atravessar no meio do caminho a correr.

De volta a Castelejo, pois a estrada termina e Açor e precisas de voltar para trás, segues agora na direcção de Casal da Serra e São Vicente da Beira, por onde o passeio continua.

Para além dos outros animais, também há abelhas, pois nas encostas menos arborizadas mas mais floridas, faz-se mel nas quintas locais, que obviamente têm colmeias. Contudo isto não dispensa que não existam ninhos furtivos. Se encontrares, olha, passa e continua. É melhor não provocares a ira dos deuses. É assim, principalmente na Primavera e Verão, quando a Gardunha se torna bonita e florida.
O queijinho

No cimo da serra da Gardunha com certeza que vais encontrar alguns dos rebanhos de cabras ou ovelhas que por cá andam. Pois é, pelo que parece a profissão de pastor ainda tem futuro por estas bandas. Ti Chico, um pastor do antigamente, lembra-se ainda do tempo da transumância e dos grandes rebanhos de milhares de cabeças de gado ovino e caprino que se juntavam. Hoje tudo é mais modesto, mas os bons costumes da tradição serrana, nomeadamente o queijo serrano ainda se produzem por estas bandas, como há séculos atrás.

Pergunta às gentes locais das aldeias onde podes encontrar e certamente te irão levar a alguma casinha de xisto, onde lá dentro, há dezenas de queijos enrolados em gaze, a curar nas prateleiras.



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