O criador de amigos
19.12.2008, Luís Miguel Queirós
Criou uma editora que enriqueceu o país e o arruinou a ele próprio, lançou uma das mais importantes revistas portuguesas da segunda metade do século XX e sonhou mudar a sociedade a partir de um novo cristianismo. O trajecto de Alçada Baptista, o homem a quem chamaram "um criador de amigos"
A cena passa-se em Lisboa, provavelmente no final de 1962 ou nos primeiros dias de 1963. Seis católicos, alguns ainda na casa dos vinte, outros um pouco mais velhos, preparam-se para lançar uma revista e têm de tomar uma decisão difícil: devem ou não pedir a colaboração dos agnósticos Mário Soares e Salgado Zenha? Decidem votar, mas, pelo seguro, rezam primeiro uma Ave Maria, esperançados em que a mãe de Cristo os ajudará a decidir bem. Tenha ou não havido intervenção divina, o certo é que Soares e Zenha foram aprovados.
À distância de quase meio século, o episódio, posteriormente contado por João Bénard da Costa, que foi um dos votantes, parecerá um tanto caricato, mas a publicação em causa, lançada a 29 de Janeiro de 1963 (no dia em que Alçada Baptista fez 36 anos) com o título O Tempo e o Modo, iria tornar-se uma das mais relevantes revistas portuguesas de cultura e política. E a empresa que a suportava, a Livraria Moraes Editora, não só congregava então muitos dos melhores escritores nacionais - na poesia, o seu domínio era mesmo avassalador -, como deu a ler em português alguns dos mais influentes pensadores europeus da época.
Por trás de ambos os projectos - a editora e a revista - estava o mesmo homem: António Alçada Baptista, que morreu no passado dia 7, em Lisboa. Para se compreender o seu percurso, é fundamental esse período que vai do início dos anos 60 até ao 25 de Abril de 1974. É verdade que iria tornar-se, já nos anos 80, um romancista de sucesso, e deixaria ainda a sua marca no Instituto Português do Livro, que fundou em 1980 e ao qual presidiu até 1986. Mas não era já, como tinha sido nas décadas anteriores, uma figura central da vida cultural e política do país.
Os muitos depoimentos de amigos que surgiram nos jornais e na Internet após a sua morte elogiaram, sobretudo, o escritor de talento e o homem vertical, solidário, sensível, afectuoso, amante da vida. Só o de Vasco Pulido Valente, sem refutar a justeza dos restantes testemunhos, desafinou do tom geral, lembrando, numa das suas crónicas no PÚBLICO, que o Alçada Baptista que conheceu nos anos 60 - na redacção de O Tempo e o Modo - "tinha ambicionado um alto destino, de que a sorte e, no fundo, a sua própria natureza o desviaram". O que Alçada Baptista realmente queria, diz Pulido Valente, era "mudar o catolicismo e o país" e, "em última análise, criar em Portugal um partido democrata-cristão, como os que nessa época governavam a Europa".
Embora se autodefinisse mais tarde como "um boémio do espírito", e nunca tenha sido, de facto, um político no sentido mais profissional do termo, as iniquidades do Portugal salazarista levaram-no a achar, ainda nos anos 50, que tinha o dever de tentar levar à prática as suas convicções cristãs e contribuir para uma alteração real da sociedade. O caminho que levou até esse ponto um homem criado numa abastada família católica e salazarista da província - nasceu na Covilhã, em 1927, e, antes de ir para Lisboa estudar Direito, frequentou um colégio de jesuítas em Santo Tirso -, descreve-o ele próprio em Peregrinação Interior. Reflexões sobre Deus (1971), talvez a obra que melhor espelha o que foi o drama interior desses a quem Ruy Belo chamaria, num célebre poema, "os vencidos do Catolicismo". Sublinhando a ostensiva sinceridade do livro, Eduardo Lourenço, que o recenseou para a Colóquio Letras, diz que nele cumpriu o autor "a salutar missão de se confessar e exorcismar por muitos".
Pequena revolução cultural
Lourenço concorda com a visão que Pulido Valente dá do percurso de Alçada Baptista. "Ele conheceu-o bem e, no artigo que escreveu, desloca o caso do Alçada de uma focagem puramente literária para lembrar a personagem que ele foi nas nossas batalhas ideológicas", disse o ensaísta ao P2. Lembrando a designação de "catolicismo progressista" então atribuída a Alçada e aos amigos com quem fundou O Tempo e o Modo, Lourenço acrescenta: "Catolicismo, sim, sem dúvida nenhuma - vinha-lhe daquela Beira, que foi sempre o mais importante -, mas quanto ao progressismo já podemos pôr reticências, negativas e positivas." Os próprios visados, aliás, já então não simpatizavam com o rótulo, ao qual preferiam o de "católicos de esquerda".
Nascido nessa mesma Beira conservadora e católica, o autor de O Labirinto da Saudade define Alçada como alguém que não se reconhecia no catolicismo obsoleto do Portugal salazarista e que se revia no personalismo de Emmanuel Mounier e no projecto de uma Igreja com genuínas preocupações sociais.
Em 1958, Alçada Baptista, farto da advocacia, que exerceu durante meia dúzia de anos, compra a Moraes, onde publicará, designadamente na colecção Círculo do Humanismo Cristão, um significativo conjunto de obras de teólogos envolvidos na preparação do Concílio Vaticano II. O percurso da geração de católicos a que pertenceu só pode perceber-se integralmente tendo em conta essa lufada de ar fresco que o Vaticano II (1962-1965) viera trazer à Igreja. "Aquelas traduções todas que a Moraes editou, de uma nova teologia que nunca cá tinha chegado, decerto influenciaram muita gente", diz Lourenço. "E deviam ter abalado a Pátria, mas nada a abala."
A origem social de Alçada e dos seus amigos mais próximos - como Alberto e Helena Vaz da Silva, Bénard da Costa, Pedro Tamen, Nuno Bragança e outros -, nascidos na alta burguesia, e vários deles com linhagens fidalgas - tornava-os, diz Lourenço, "um pouco protegidos no regime", o que não impediu que muitas das edições da Moraes tivessem sido censuradas. Nos anos que antecederam o 25 de Abril, a editora lançou livros tão diversamente subversivos para a ideologia dominante como O Amor e o Ocidente, de Denis de Rougemont, O Erotismo, de Bataille, Os Contos de Maldoror, de Lautréamont, com tradução de Pedro Tamen e prefácio de Jorge de Sena, Sobre a Revolução, de Hannah Arendt, ou Toda a Verdade: de Maio de 1968 a 1970, do então dissidente comunista Roger Garaudy. Herbert Marcuse, Roman Jakobson ou Jean-Marie Domenach foram outros dos muitos autores que a Moraes divulgou em Portugal. E também Edgar Morin, que se tornaria um grande amigo de Alçada e que testemunharia a sua admiração pelos fundadores de O Tempo e o Modo, afirmando que estes, partindo de "um catolicismo que se tornava cada vez mais social", tinham tido "em curtos anos uma evolução comparável a meio século".
A Moraes assegurava ainda a versão portuguesa, dirigida por Helena Vaz da Silva, da revista internacional Concilium. E a sua colecção Círculo de Poesia, que abriu com Fidelidade, de Sena, logo em 1958, publicou o que de melhor havia na poesia portuguesa da época, desde Nemésio, Sophia, Ramos Rosa e Alexandre O'Neill, passando pela geração de Ruy Belo e Pedro Tamen, até Joaquim Manuel Magalhães e João Miguel Fernandes Jorge. Também na ficção, a editora publicou obras determinantes da literatura portuguesa contemporânea, como A Noite e o Riso, de Nuno Bragança, ou Maina Mendes, de Maria Velho da Costa.
Esta intensa actividade é, por assim dizer, a face externa da aventura de Alçada. E, apesar das suas virtudes pessoais e dos seus talentos de cronista e romancista, talvez seja por ela que mais se justifique que venha a ser lembrado. O seu amigo Pedro Tamen, num testemunho dado após a sua morte, afirma que "o que interessa é relembrá-lo como um escritor magnífico". Pedro Mexia não concorda. Num post colocado no seu blogue, diz que Alçada Baptista "escreveu dois livros fundamentais para qualquer pessoa que queira pensar o catolicismo português" (Peregrinação I e II), "fundou uma das revistas mais estimulantes do nosso panorama cultural" e "uma excelente editora", e foi "um bom presidente do Instituto Português do Livro". Mas, acrescenta, "também é justo que se lembre que Os Nós e os Laços (1985) marcou uma viragem na sua carreira e, mais importante, no romance português, hoje infestado de 'literatura dos afectos' e de afilhadas de Alçada".
"Essa coisa dos afectos"
Já a dimensão mais íntima do trajecto de Alçada é a que este partilha com um grupo de católicos, quase todos de famílias com fortes ligações ao regime, que, pelo início dos anos 60, decidem transformar radicalmente o seu modo de viver o cristianismo. A criação do que viria a ser O Tempo e o Modo foi inicialmente pensada como parte de um projecto de vida cristã em comunidade a que os envolvidos chamavam "o pacto".
"Não foi só uma pequena revolução cultural", diz Eduardo Lourenço. "Foi também uma revolta de comportamento, incluindo os comportamentos amorosos, uma espécie de Maio de 68 avant la lettre."
Contando que pensou escrever sobre o segundo volume de Peregrinação, saído em 1982, mas acabou por desistir, Lourenço parece aproximar-se um pouco do juízo de Mexia. "Nesse segundo livro havia uma certa visão seráfica, um universo calafetado, era já essa coisa dos afectos." O ensaísta coloca Alçada entre "os portugueses que têm o fascínio do Brasil, que gostam daquele lado tropical, do afecto, das paixões, do farniente", algo a que não deixa de atribuir um lado positivo, pelo seu contraste com "o pessimismo natural e visceral do português".
Se se lerem as dezenas de testemunhos publicados após a morte do escritor, percebe-se que é sobretudo essa a imagem que fica de Alçada, esse seu lado de "criador de amigos", para citar a expressão que Pedro Tamen usou no texto que escreveu para Tempo Afectuoso, o volume de homenagem a Alçada Baptista editado em 2007 pela Presença.
Mas essa personagem optimista e de bem com a vida é um retrato parcial. Numa entrevista dada aos 75 anos a Carlos Vaz Marques, Alçada, com a proverbial facilidade que tinha em expor a sua intimidade, explica que sofre de depressões cíclicas, durante as quais se torna pessimista e perde "a paciência de viver". Mas também acrescenta que sai delas "mais livre". Nessa mesma conversa, diz que nunca deixou de ter "uma referência ao transcendente", ainda que oscile entre dias em que é "um céptico com nostalgia da fé" e outros em que tem "fé com nostalgia do cepticismo".
As últimas décadas da sua vida não foram fáceis. Enterrou todo o dinheiro que tinha na Moraes e andou muitos anos a pagar dívidas após a falência da editora, em 1980. E a sua adesão ao marcelismo - depois de ter sido candidato pela oposição em 1969 - custou-lhe caro após o 25 de Abril. Tinha sido assessor de Veiga Simão, então ministro da Educação, entre 1971 e 1974, e publicara, em 1973, Conversas com Marcelo Caetano, que foi visto na oposição como um livro de propaganda.
Em 1978 entrou para a Secretaria de Estado da Cultura, onde criou e dirigiu o Instituto Português do Livro, lançou programas de incentivo à leitura e impulsionou as relações culturais com os países de expressão portuguesa. Foi, depois, administrador da Fundação Oriente, onde se manteve, já reformado, como consultor cultural. Ao mesmo tempo, dedicou-se à ficção - depois de Os Nós e os Laços, veio Catarina ou o Sabor da Maçã (1988), Tia Suzana, Meu Amor (1989) e O Riso de Deus (1994) -, continuou a publicar livros de memórias e prosseguiu a sua longa carreira de cronista, escrevendo, entre 1992 e 2006, para a revista Máxima.
Uma velhice activa, mas, mesmo assim, Pulido Valente duvida de que se sentisse realizado. Na sua crónica sobre Alçada Baptista, escreve: "Intimamente, suponho que não se conseguia ver como funcionário do Ministério da Cultura, ornamento de uma 'inteligência' espúria e colunista de uma revista 'feminina'. Quando o encontrei, em 1963, com certeza que não se imaginava assim."
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sexta-feira, dezembro 19, 2008
quinta-feira, dezembro 11, 2008
Alçada Baptista e o Tempo e o Modo
António Alçada Baptista (dir.) O Tempo e o Modo (1963)
Revista fundada em 29 de Janeiro de 1963, tendo como primeiro director António Alçada Baptista. Ligada à Editora Moraes e à colecção do Círculo do Humanismo Cristão. Mobiliza, na sua primeira fase, uma série de intelectuais católicos críticos do salazarismo, como Nuno de Bragança, Pedro Tamen, João Bénard da Costa, Alberto Vaz da Silva, Mário Murteira, Adérito Sedas Nunes, Francisco Lino Neto, Orlando de Carvalho, Mário Brochado Coelho. Alarga-se a outros sectores da esquerda, como a Mário Soares e a Salgado Zenha, vindos do MUD, ao então comunista Mário Sottomayor Cardia, e à jovem geração de líderes estudantis, como Manuel Lucena, Vítor Wengorovius e Medeiros Ferreira. Esta última acaba por preponderar na revista, mobilizando Vasco Pulido Valente. Em 1967-1968, a revista perde as raízes personalistas e católicas e vira ainda mais à esquerda, iluminada pelos fulgores do Maio de 1968, sob a direcção de Bénard da Costa e de Helena Vaz da Silva e com a entrada de Luís Salgado Matos e Júlio Castro Caldas. Colaboram então futuros socialistas e comunistas como Alfredo Barroso, Jaime Gama, José Luís Nunes, António Reis, Luís Miguel Cintra, Jorge Silva e Melo, Nuno Júdice e Manuel Gusmão. Em 1970, numa maior guinada à esquerda, a revista passa a ser porta-voz do maoísmo lusitano, com a entrada de Arnaldo Matos e Amadeu Lopes Sabino.
Revista fundada em 29 de Janeiro de 1963, tendo como primeiro director António Alçada Baptista. Ligada à Editora Moraes e à colecção do Círculo do Humanismo Cristão. Mobiliza, na sua primeira fase, uma série de intelectuais católicos críticos do salazarismo, como Nuno de Bragança, Pedro Tamen, João Bénard da Costa, Alberto Vaz da Silva, Mário Murteira, Adérito Sedas Nunes, Francisco Lino Neto, Orlando de Carvalho, Mário Brochado Coelho. Alarga-se a outros sectores da esquerda, como a Mário Soares e a Salgado Zenha, vindos do MUD, ao então comunista Mário Sottomayor Cardia, e à jovem geração de líderes estudantis, como Manuel Lucena, Vítor Wengorovius e Medeiros Ferreira. Esta última acaba por preponderar na revista, mobilizando Vasco Pulido Valente. Em 1967-1968, a revista perde as raízes personalistas e católicas e vira ainda mais à esquerda, iluminada pelos fulgores do Maio de 1968, sob a direcção de Bénard da Costa e de Helena Vaz da Silva e com a entrada de Luís Salgado Matos e Júlio Castro Caldas. Colaboram então futuros socialistas e comunistas como Alfredo Barroso, Jaime Gama, José Luís Nunes, António Reis, Luís Miguel Cintra, Jorge Silva e Melo, Nuno Júdice e Manuel Gusmão. Em 1970, numa maior guinada à esquerda, a revista passa a ser porta-voz do maoísmo lusitano, com a entrada de Arnaldo Matos e Amadeu Lopes Sabino.
Alçada Baptista e a Moraes Editora
Caminhos da Memória
leituras contemporâneas da história e da memóriaSegunda-feira, 08.Dez.2008
António Alçada e a aventura da Moraes
Posted by Joana Lopes under Testemunhos
Muito se tem escrito sobre António Alçada Baptista desde que se soube que morreu ontem, com 81 anos. Quase tudo foi dito sobre o intelectual, o escritor, o conversador sedutor, o católico progressista, o homem da província que dizia de si próprio, com a distância e a ironia que sempre o caracterizaram: «Na minha visão da infância e da adolescência, Salazar era o procurador, em Lisboa, dos meus avós, dos meus pais, dos meus tios e dos padres.»
Tem-se referido também que foi o fundador da revista O Tempo e o Modo. Mas importa recuar um pouco e lembrar o que ele próprio considerou a sua grande «aventura». Explica-a bem num capítulo daquele que, no meu entender, foi o seu grande livro: A pesca à linha. Algumas memórias (1). Pouco virado para a advocacia e apaixonado por livros, descobriu em 1958 que estava à venda a Editora-Livraria Moraes e não hesitou em comprá-la. Nesse ano de tantas esperanças em Portugal, depressa reuniu à sua volta um grupo de jovens recém-licenciados católicos - Pedro Tamen, João Bénard da Costa e Nuno Bragança, entre outros - e assim começaram, em conjunto, uma verdadeira e bela «epopeia», sempre difícil, mas que acabou por dar frutos inestimáveis: várias colecções de livros, aparentemente impensáveis no Portugal de Salazar e Caetano, e duas revistas, O Tempo e o Modo e a Concilium.
É como um todo que a actividade da Moraes, desde o fim da década de 50, deve ser entendida - e não isolando um ou outro sector, mesmo O Tempo e o Modo, como tantas vezes acontece. Porque a Moraes foi muito mais do que uma editora, foi todo um movimento em que se empenharam, a vários níveis, muitas dezenas ou centenas de pessoas, numa abertura cultural e política tornada em grande parte possível pela visão, pelo arrojo e pelo desprendimento de António Alçada Baptista.
A face da Moraes hoje menos conhecida é, talvez, o conjunto das suas magnificas colecções de livros. É impossível enumerar tudo o que foi produzido durante mais de três décadas: centenas de obras de autores portugueses e de traduções, escolhidas seguindo critérios rigorosos, com uma qualidade gráfica excepcional para a época e com uma lista de tradutores de um nível que provoca hoje a maior das admirações: Jorge de Sena, Alexandre O’Neill, Nuno Bragança, Maria Velho da Costa, Fernando Gil e dezenas de outros. Traduzir para a Moraes era também um meio de acrescentar uns tostões (bem poucos) às nossas magríssimas bolsas - e digo «nossas», porque também me foi dada essa possibilidade. Quantas vezes para que o resultado obtido fosse pura e simplesmente proibido e apreendido nas livrarias, com todas as respectivas consequências financeiras.
Para que tudo isto não ficasse esquecido e não fosse desaparecendo com os seus protagonistas, foi editado em 2006, pelo Centro Nacional de Cultura, um pequeno mas lindíssimo livro precisamente intitulado A aventura da Moraes. Nele são resumidas muitas histórias com alguns pormenores deliciosos, enumeradas com detalhe as colecções de livros, seus autores e tradutores, explicadas as origens e as actividades de O Tempo e o Modo e da Concilium (2).
Qual o balanço geral: utopia e fracasso? Deixo a palavra a António Alçada: «Nunca me passou pela cabeça que tínhamos nas mãos uma empresa comercial sujeita a critérios de rentabilidade e julgava que, como nós, alguns milhares de portugueses estavam ansiosos por livros. (…) Mas «esta aventura falhou porque a camada da sociedade portuguesa a quem ela se dirigia recusou frontalmente a sua colaboração e não esteve disposta a correr nenhum risco nem, na prática, se sentiu minimamente solidária com o esforço que estava a ser feito.»
Por isso, a Moraes acabou por fechar em 1980. Mas não é de todo a memória de fracasso que guardamos todos os que lá vivemos uma bela história, não só de combate mas também de cultura, de solidariedade e de amizade, pelo menos até ao 25 de Abril. Por isso voltámos a reunirmo-nos ontem e hoje - já faltaram uns tantos, mas estivemos lá os que ainda pudemos responder à chamada.
(1) António Alçada Baptista, A pesca à linha. Algumas memórias, Editorial Presença, Lisboa, 2000, pp. 59-72.
(2) A aventura da Moraes, Centro Nacional de Cultura, Lisboa, 2006, 110 p. Declaração de interesse e de interesses: estou afectivamente ligada a este livro porque acompanhei de perto a sua elaboração, coordenada por Isabel Tamen, e também porque para ele contribuí como autora de um dos seus oito capítulos.
7 Respostas to “António Alçada e a aventura da Moraes”
1.José Eduardo de Sousa Diz:
Segunda-feira, 08.Dez.2008 at 09:12:20
Frequentei muito a Livraria Moraes, enquanto esteve na Baixa. E conversei um pouco, muito pouco, com o Alçada Baptista. Ia-o vendo pela loja.
Lembro-me. A sua bonomia, uma maneira suave de proceder, uma espécie de meiguice no tom de voz, a tolerância, a completa ausência de qualquer traço de quezília com que ouvia, a atenção, como que fraterna, que dava aos outros.
E até me lembro da paciência com que “aturava” um dos empregados (esqueci o nome) que tinha até graça e que pertencia a uma coisa parecida com um Clube de Humoristas.
Foi muito criticado quando entrevistou Marcelo Caetano, mas isso foi uma manifestação de coragem e de uma esperança que abarcava muitos horizontes. Uma esperança esperançada.
2.João Tunes Diz:
Terça-feira, 09.Dez.2008 at 01:12:08
Leio
“Foi muito criticado quando entrevistou Marcelo Caetano, mas isso foi uma manifestação de coragem e de uma esperança que abarcava muitos horizontes. Uma esperança esperançada.”
e fico a pensar na plasticidade do conceito que cada um tem sobre a coragem. Que chega a abarcar aqueles que, em ditadura, abraçaram o ditador. Decerto que, então, os cobardes brancos se refugiavam, por medo e falta de esperança, em Caxias e em Peniche. E os cobardes pretos no Tarrafal.
3.Joana Lopes Diz:
Terça-feira, 09.Dez.2008 at 01:12:34
Não leu isso aqui, João, faça-me essa justiça.
Nunca admirei AAB por ter não só entrevistado MC como acreditado no marcelisno. Aliás, nem fiz especiais elogios à sua pessoa, mas ao seu papel como fundador, impulsionador, financiador até, das iniciativas da Moraes. Nisso, foi muito importante e positivo e não me aptece nada apagá-lo - antes pelo contrário.
4.Joana Lopes Diz:
Terça-feira, 09.Dez.2008 at 02:12:01
Desculpe, João: só agora percebi que estava a responder ao comentário anterior ao seu… e não ao meu texto.
5.José Eduardo de Sousa Diz:
Terça-feira, 09.Dez.2008 at 03:12:36
Oh! João Tunes!
Claro que eu condenei a ditadura e agi contra ela. Estava na “clandestinidade” por altura do 25 de Abril, mas também nunca falei da minha coragem e sempre do medo que tinha. Em Caxias, visitei um irmão durante uns seis anos e, modéstia à parte, fui eu que o desencaminhei, no início dos anos 50. E tenho, ainda hoje, o maior nojo pelas dezenas de anos que vivemos sob aquele fascismo.
O Alçada Baptista é um caso particular. Julgo estar fora de dúvida que era um antifascista e eu parto dessa ideia. Apesar de o ser e apesar de ser ainda católico progressista, ele, atras de uma esperança, esperançada chamei-lhe eu e poderia dizer exagerada, errada, fantasiosa, etc., teve a coragem de se expor com aquelas conversas com o Caetano. Não era um inocente, sabia ao que se expunha.
Também muito mais tarde defendeu a alteração da letra do Hino Nacional. Mais um avanço quixotesco que uma “fantasia” empurraria. E que bronca se seguiu.
Eu conheci um tipo da linha dura do PC que, nessa altura, parecia embarcar na esperança da primavera marcelista. E era um homem bem corajoso… de que não digo o nome, porque, morto já, não o quereria apoucar. Se tal ainda pudesse vir a acontecer.
João Tunes, não se escandalize e aceite um abraço meu de simpatia pela sua irritação. Será que, com aquela referência à coragem do Alçada Baptista, tive eu ocasião de ser corajoso. Já ma ia faltando!
O texto da Joana é justo e excelente, pelo que, não sendo católico, julgo saber.
6.João Tunes Diz:
Terça-feira, 09.Dez.2008 at 04:12:04
Caro José Eduardo de Sousa, a discordância não tem de dividir e muito menos é motivo para não se aceitar um abraço se dado com as mãos limpas.
E só lhe posso agradecer ter-me dado motivo para me irritar, actividade política e intelectual que infelizmente me vai faltando pretexto e na medida em que gostaria.
Sempre pensei - e nessa continuo - que a pior desomenagem que se pode fazer a um retirado da vida é esquecerem-se os seus defeitos. Ou pior, transformarem-se os defeitos do vivo em virtudes no morto. O que não deixa de ser uma forma de duplicar-se-lhe o enterro, por desfoque da sua humanidade pois o humano nunca é perfeito. Alçada Batista teve suficientes valias e talentos que chegaram e sobraram para contra-peso das suas sacanices, algumas sem absolvição que lhe valham. A estas (que existiram e não foram, politicamente, pouco graves) vejo-as por aí, nos cultos necrófilos ao Alçada Batista e inscritos nos nossos usos e costumes, apagadas por obediência ao princípio que em Portugal quando se morre expiam-se as imperfeições, os erros e até as sacanices, na magia de supor que a morte traz a santidade e o génio, o que não é mais que uma maneira sádico-beata de esquartejar um cadáver, maldade que ninguém merece. Muito menos Alçada Batista que deixou um legado literário e uma memória do seu activismo editorial suficientes para se livrar das leis do esquecimento.
Desculpe a forma palavrosa de lhe retribuir o abraço.
7.José Eduardo de Sousa Diz:
Terça-feira, 09.Dez.2008 at 06:12:10
Caro João Tunes.
Eu não ponho luvas quando mexo em cadáveres. Não tenho conhecimento das sacanices do Alçada Batista. Se tivesse, abster-me-ia de meter o bedelho na sua evocação. Referi-me ao que me parecia ser o Alçada Batista no seu contacto pessoal. E fi-lo, quem sabe, mais pelo gosto de recordar a Moraes e um bom livreiro, como era o Edmundo Costa.
Eu, na altura, era ateu (e sou), anticlerical, etc., os católicos estavam entre os outros, e pouco valorizava aquela actividade editorial. Rendi-me aos católicos progressistas quando alguns se renderam a um certo radicalismo que estava próximo do meu. Mais tarde,sim, entre os meus camaradas, tive muitos católicos.
Quanto às Conversas do Alçada/Caetano, se Alçada Batista não era inocente, tinha também obrigação de saber o aproveitamento que iria ser feito daquelas conversas. Da mesma maneira como devia prever a reacção que ia surgir no outro campo. Fui incompleto, ou talvez incorrecto, na minha apreciação. Neste caso, olhando Alçada para os dois lados, talvez que houvesse menos coragem e sobrasse uma certa conivência.
Um abraço
Futuramente prestarei atenção ao seu blogue.
leituras contemporâneas da história e da memóriaSegunda-feira, 08.Dez.2008
António Alçada e a aventura da Moraes
Posted by Joana Lopes under Testemunhos
Muito se tem escrito sobre António Alçada Baptista desde que se soube que morreu ontem, com 81 anos. Quase tudo foi dito sobre o intelectual, o escritor, o conversador sedutor, o católico progressista, o homem da província que dizia de si próprio, com a distância e a ironia que sempre o caracterizaram: «Na minha visão da infância e da adolescência, Salazar era o procurador, em Lisboa, dos meus avós, dos meus pais, dos meus tios e dos padres.»
Tem-se referido também que foi o fundador da revista O Tempo e o Modo. Mas importa recuar um pouco e lembrar o que ele próprio considerou a sua grande «aventura». Explica-a bem num capítulo daquele que, no meu entender, foi o seu grande livro: A pesca à linha. Algumas memórias (1). Pouco virado para a advocacia e apaixonado por livros, descobriu em 1958 que estava à venda a Editora-Livraria Moraes e não hesitou em comprá-la. Nesse ano de tantas esperanças em Portugal, depressa reuniu à sua volta um grupo de jovens recém-licenciados católicos - Pedro Tamen, João Bénard da Costa e Nuno Bragança, entre outros - e assim começaram, em conjunto, uma verdadeira e bela «epopeia», sempre difícil, mas que acabou por dar frutos inestimáveis: várias colecções de livros, aparentemente impensáveis no Portugal de Salazar e Caetano, e duas revistas, O Tempo e o Modo e a Concilium.
É como um todo que a actividade da Moraes, desde o fim da década de 50, deve ser entendida - e não isolando um ou outro sector, mesmo O Tempo e o Modo, como tantas vezes acontece. Porque a Moraes foi muito mais do que uma editora, foi todo um movimento em que se empenharam, a vários níveis, muitas dezenas ou centenas de pessoas, numa abertura cultural e política tornada em grande parte possível pela visão, pelo arrojo e pelo desprendimento de António Alçada Baptista.
A face da Moraes hoje menos conhecida é, talvez, o conjunto das suas magnificas colecções de livros. É impossível enumerar tudo o que foi produzido durante mais de três décadas: centenas de obras de autores portugueses e de traduções, escolhidas seguindo critérios rigorosos, com uma qualidade gráfica excepcional para a época e com uma lista de tradutores de um nível que provoca hoje a maior das admirações: Jorge de Sena, Alexandre O’Neill, Nuno Bragança, Maria Velho da Costa, Fernando Gil e dezenas de outros. Traduzir para a Moraes era também um meio de acrescentar uns tostões (bem poucos) às nossas magríssimas bolsas - e digo «nossas», porque também me foi dada essa possibilidade. Quantas vezes para que o resultado obtido fosse pura e simplesmente proibido e apreendido nas livrarias, com todas as respectivas consequências financeiras.
Para que tudo isto não ficasse esquecido e não fosse desaparecendo com os seus protagonistas, foi editado em 2006, pelo Centro Nacional de Cultura, um pequeno mas lindíssimo livro precisamente intitulado A aventura da Moraes. Nele são resumidas muitas histórias com alguns pormenores deliciosos, enumeradas com detalhe as colecções de livros, seus autores e tradutores, explicadas as origens e as actividades de O Tempo e o Modo e da Concilium (2).
Qual o balanço geral: utopia e fracasso? Deixo a palavra a António Alçada: «Nunca me passou pela cabeça que tínhamos nas mãos uma empresa comercial sujeita a critérios de rentabilidade e julgava que, como nós, alguns milhares de portugueses estavam ansiosos por livros. (…) Mas «esta aventura falhou porque a camada da sociedade portuguesa a quem ela se dirigia recusou frontalmente a sua colaboração e não esteve disposta a correr nenhum risco nem, na prática, se sentiu minimamente solidária com o esforço que estava a ser feito.»
Por isso, a Moraes acabou por fechar em 1980. Mas não é de todo a memória de fracasso que guardamos todos os que lá vivemos uma bela história, não só de combate mas também de cultura, de solidariedade e de amizade, pelo menos até ao 25 de Abril. Por isso voltámos a reunirmo-nos ontem e hoje - já faltaram uns tantos, mas estivemos lá os que ainda pudemos responder à chamada.
(1) António Alçada Baptista, A pesca à linha. Algumas memórias, Editorial Presença, Lisboa, 2000, pp. 59-72.
(2) A aventura da Moraes, Centro Nacional de Cultura, Lisboa, 2006, 110 p. Declaração de interesse e de interesses: estou afectivamente ligada a este livro porque acompanhei de perto a sua elaboração, coordenada por Isabel Tamen, e também porque para ele contribuí como autora de um dos seus oito capítulos.
7 Respostas to “António Alçada e a aventura da Moraes”
1.José Eduardo de Sousa Diz:
Segunda-feira, 08.Dez.2008 at 09:12:20
Frequentei muito a Livraria Moraes, enquanto esteve na Baixa. E conversei um pouco, muito pouco, com o Alçada Baptista. Ia-o vendo pela loja.
Lembro-me. A sua bonomia, uma maneira suave de proceder, uma espécie de meiguice no tom de voz, a tolerância, a completa ausência de qualquer traço de quezília com que ouvia, a atenção, como que fraterna, que dava aos outros.
E até me lembro da paciência com que “aturava” um dos empregados (esqueci o nome) que tinha até graça e que pertencia a uma coisa parecida com um Clube de Humoristas.
Foi muito criticado quando entrevistou Marcelo Caetano, mas isso foi uma manifestação de coragem e de uma esperança que abarcava muitos horizontes. Uma esperança esperançada.
2.João Tunes Diz:
Terça-feira, 09.Dez.2008 at 01:12:08
Leio
“Foi muito criticado quando entrevistou Marcelo Caetano, mas isso foi uma manifestação de coragem e de uma esperança que abarcava muitos horizontes. Uma esperança esperançada.”
e fico a pensar na plasticidade do conceito que cada um tem sobre a coragem. Que chega a abarcar aqueles que, em ditadura, abraçaram o ditador. Decerto que, então, os cobardes brancos se refugiavam, por medo e falta de esperança, em Caxias e em Peniche. E os cobardes pretos no Tarrafal.
3.Joana Lopes Diz:
Terça-feira, 09.Dez.2008 at 01:12:34
Não leu isso aqui, João, faça-me essa justiça.
Nunca admirei AAB por ter não só entrevistado MC como acreditado no marcelisno. Aliás, nem fiz especiais elogios à sua pessoa, mas ao seu papel como fundador, impulsionador, financiador até, das iniciativas da Moraes. Nisso, foi muito importante e positivo e não me aptece nada apagá-lo - antes pelo contrário.
4.Joana Lopes Diz:
Terça-feira, 09.Dez.2008 at 02:12:01
Desculpe, João: só agora percebi que estava a responder ao comentário anterior ao seu… e não ao meu texto.
5.José Eduardo de Sousa Diz:
Terça-feira, 09.Dez.2008 at 03:12:36
Oh! João Tunes!
Claro que eu condenei a ditadura e agi contra ela. Estava na “clandestinidade” por altura do 25 de Abril, mas também nunca falei da minha coragem e sempre do medo que tinha. Em Caxias, visitei um irmão durante uns seis anos e, modéstia à parte, fui eu que o desencaminhei, no início dos anos 50. E tenho, ainda hoje, o maior nojo pelas dezenas de anos que vivemos sob aquele fascismo.
O Alçada Baptista é um caso particular. Julgo estar fora de dúvida que era um antifascista e eu parto dessa ideia. Apesar de o ser e apesar de ser ainda católico progressista, ele, atras de uma esperança, esperançada chamei-lhe eu e poderia dizer exagerada, errada, fantasiosa, etc., teve a coragem de se expor com aquelas conversas com o Caetano. Não era um inocente, sabia ao que se expunha.
Também muito mais tarde defendeu a alteração da letra do Hino Nacional. Mais um avanço quixotesco que uma “fantasia” empurraria. E que bronca se seguiu.
Eu conheci um tipo da linha dura do PC que, nessa altura, parecia embarcar na esperança da primavera marcelista. E era um homem bem corajoso… de que não digo o nome, porque, morto já, não o quereria apoucar. Se tal ainda pudesse vir a acontecer.
João Tunes, não se escandalize e aceite um abraço meu de simpatia pela sua irritação. Será que, com aquela referência à coragem do Alçada Baptista, tive eu ocasião de ser corajoso. Já ma ia faltando!
O texto da Joana é justo e excelente, pelo que, não sendo católico, julgo saber.
6.João Tunes Diz:
Terça-feira, 09.Dez.2008 at 04:12:04
Caro José Eduardo de Sousa, a discordância não tem de dividir e muito menos é motivo para não se aceitar um abraço se dado com as mãos limpas.
E só lhe posso agradecer ter-me dado motivo para me irritar, actividade política e intelectual que infelizmente me vai faltando pretexto e na medida em que gostaria.
Sempre pensei - e nessa continuo - que a pior desomenagem que se pode fazer a um retirado da vida é esquecerem-se os seus defeitos. Ou pior, transformarem-se os defeitos do vivo em virtudes no morto. O que não deixa de ser uma forma de duplicar-se-lhe o enterro, por desfoque da sua humanidade pois o humano nunca é perfeito. Alçada Batista teve suficientes valias e talentos que chegaram e sobraram para contra-peso das suas sacanices, algumas sem absolvição que lhe valham. A estas (que existiram e não foram, politicamente, pouco graves) vejo-as por aí, nos cultos necrófilos ao Alçada Batista e inscritos nos nossos usos e costumes, apagadas por obediência ao princípio que em Portugal quando se morre expiam-se as imperfeições, os erros e até as sacanices, na magia de supor que a morte traz a santidade e o génio, o que não é mais que uma maneira sádico-beata de esquartejar um cadáver, maldade que ninguém merece. Muito menos Alçada Batista que deixou um legado literário e uma memória do seu activismo editorial suficientes para se livrar das leis do esquecimento.
Desculpe a forma palavrosa de lhe retribuir o abraço.
7.José Eduardo de Sousa Diz:
Terça-feira, 09.Dez.2008 at 06:12:10
Caro João Tunes.
Eu não ponho luvas quando mexo em cadáveres. Não tenho conhecimento das sacanices do Alçada Batista. Se tivesse, abster-me-ia de meter o bedelho na sua evocação. Referi-me ao que me parecia ser o Alçada Batista no seu contacto pessoal. E fi-lo, quem sabe, mais pelo gosto de recordar a Moraes e um bom livreiro, como era o Edmundo Costa.
Eu, na altura, era ateu (e sou), anticlerical, etc., os católicos estavam entre os outros, e pouco valorizava aquela actividade editorial. Rendi-me aos católicos progressistas quando alguns se renderam a um certo radicalismo que estava próximo do meu. Mais tarde,sim, entre os meus camaradas, tive muitos católicos.
Quanto às Conversas do Alçada/Caetano, se Alçada Batista não era inocente, tinha também obrigação de saber o aproveitamento que iria ser feito daquelas conversas. Da mesma maneira como devia prever a reacção que ia surgir no outro campo. Fui incompleto, ou talvez incorrecto, na minha apreciação. Neste caso, olhando Alçada para os dois lados, talvez que houvesse menos coragem e sobrasse uma certa conivência.
Um abraço
Futuramente prestarei atenção ao seu blogue.
sexta-feira, outubro 10, 2008
Apicultura
Apicultor que vende mel da Beira Interior, da região de Penamacor, procura fazer uma integração mais geral da valorização do produto.
segunda-feira, outubro 06, 2008
segunda-feira, setembro 01, 2008
Associação de Estudos do Alto Tejo
Boom Festival 2008 no Destak
domingo, agosto 31, 2008
Festival de Cinema-Fundão
sexta-feira, agosto 15, 2008
Festa da Amizade na Póvoa de Atalaia de 15 a 24 de Agosto
quarta-feira, agosto 13, 2008
Castelo Mendo
Cargaleiro na arquitectura da Guarda
Para além dos museus de Castelo Branco e Vila Velha de Rodão, trabalhos de Cargaleiro , inseridos na arquitectura urbana, podem ser apreciados na Guarda.
Artesanato têxtil na Guarda
Resta um único produtor, em todo o país, de cobertores de papo. Quem gostar de se agasalhar, no inverno, com esta excelente protecção, é aproveitar e visitar a aldeia de Fernão Joanes
Arte popular na Guarda
terça-feira, agosto 05, 2008
Produtos artesanais protegidos da voracidade da ASAE
Mudança na lei para proteger produtos artesanais
2008-08-04
Fonte: Jornal Diário de Noticias
Produtos tradicionais. Vender poucas quantidades de ovos, mel ou peixe é mais simples, quanto à higiene. Instalações artesanais foram dispensadas de licenciamento e matanças facilitadas.
Vendas e produção em pequena escala estão facilitadas
Os pequenos produtores e os produtos tradicionais estão a ser alvo de uma série de medidas legislativas - despachos, circulares e relatórios - nos últimos dias para melhorar as suas condições de sobrevivência. Mas estes ainda desconhecem, na sua maioria, o que fazer para se defenderem da ASAE (Agência para a Segurança Alimentar e Económica).
Uma recente portaria conjunta dos ministérios da Agricultura e da Economia, datada de 29 de Julho, veio finalmente simplificar e facilitar as condições de higiene em que os pequenos produtores alimentares podem abastecer directamente o consumidor final, restaurantes ou outros estabelecimentos comerciais em pequenas quantidades. Trata-se de regulamentar as derrogações previstas em regulamentos comunitários de 2004 e 2005 para determinados géneros alimentícios, que dão justamente aos Estados Membros a possibilidade de estabelecer as suas próprias regras para os pequenos produtores. A iniciativa governamental surge após queixas apresentadas por produtores e polémicas várias envolvendo a ASAE.
Naquela portaria fixa-se, nomeadamente, o que se entende por "pequenas quantidades" por produto, sendo que, para os ovos, a referência é estimada num máximo de 350 ovos por semana. Já para o mel, a quantidade máxima para ser considerada "pequena" é de 500 quilos anuais e para os produtos da pesca estipulou-se 150 quilos por semana. Mas estão obrigados a fazer o registo da sua actividade junto da Direcção-Geral de Veterinária. A portaria também refere carnes de capoeira, aves e caça.
Outra alteração recente e com impacto benéfico para os pequenos produtores é uma circular do Gabinete de Planeamento do Ministério da Agricultura, de 9 de Julho, que desobriga de licenciamento determinadas instalações, de tipo habitacional ou transitório, destinadas a produções artesanais. A circular, a que o DN teve acesso, revoga outra de Janeiro, e é pertinente no caso das queijeiras que fazem os queijos dentro das próprias habitações ou em anexos, ou ainda para quem se dedique à confecção de doçaria ou outros. Tal simplificação continua, contudo, a obrigar a uma rotulagem, para permitir a rastreabilidade do produto e um registo prévio na respectiva Direcção Regional de Agricultura e Pescas.
Também o grupo de trabalho constituído no início do ano por todos os grupos parlamentares, no âmbito da Comissão Parlamentar de Assuntos Económicos, acaba de emitir um relatório com recomendações para a protecção dos pequenos produtores/produtos tradicionais.
Apesar de toda a movimentação, a engenheira agrónoma Ana Soeiro- responsável pela selecção da lista de 116 produtos certificados e contabilização de cerca de 600 tradicionais - disse ao DN que "o Ministério ainda não conseguiu criar um mecanismo simples par permitir aos pequenos produtores reclamarem para si as excepções previstas na legislação comunitária".
Intoxicações alimentares não vêm dos produtos tradicionais
Defesa. Académico premiado realça o património cultural e as propriedades dos produtos artesanais portugueses
Director da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica (Porto), há duas décadas que Xavier Malcata investiga na área da segurança e protecção alimentar. Académico prestigiado, mesmo no estrangeiro, sendo o único português distinguido com o galardão ''International Leadership Award'', em Columbus, Ohio, Estados Unidos, tem assumido o papel de porta-estandarte da defesa dos produtos tradicionais portugueses.
Não se trata, diz, apenas de uma manifestação de cultura. Tais comeres e beberes, reforça, configuram um manancial para ser dissecado, até pelo seu elevado valor sensorial e nutritivo. Quanto à ASAE, critica-lhe "as actuações autistas". Mais. "Uma fiscalização cega vai provocar hecatombes no nosso património. "Regra geral, as intoxicações não são associadas aos produtos tradicionais".
Salsicharia e padaria, exemplifica, "são duas preciosidades gastronómicas relacionadas com certas regiões e que têm a ver com a evolução histórica de séculos, com a nossa etnia. Estudámos uma vasta série de produtos. A ideia, esclarece o cientista, é conhecer melhor as características dos alimentos, apoiar os seus criadores e as suas associações. O delicioso requeijão, especifica Xavier Malcata, facilmente fica vulnerável a contaminações e degradações. "Temos vindo a trabalhar no tipo de embalagem que permita estar duas semanas na prateleira, em vez dos actuais dois a três dias".
Fala, depois, nos iogurtes probióticos, produto inovador "que deverá constituir uma saída para algumas empresas". A componente económica também relevada, porquanto ajuda a fixar as populações no interior e a construir "um País com solidariedade social".
Xavier Malcata, membro das confrarias das tripas à moda do Porto e da boroa de Avintes realça a qualidade dos produtos tradicionais, o factor diferenciador em relação a outros países. Neste sentido, chega a lamentar que as lojas guormet, com a actual legislação, privilegiem as especialidades estrangeiras.
Considera boa a segurança dos produtos alimentares. O pior é que "a ASAE tem cometido excessos no respeitante aos produtos tradicionais. Ora, cada País ou região deve pedir derrogações ou moratórias à aplicação de normas comunitárias, por forma a contemplarem especificidades.
Em suma: as directivas da UE terão de adaptar-se à nossa realidade. Ninguém quer fugir à fiscalização. Em diálogo connosco e associações de produtores, a ASAE terá de agir com bom senso e não ser mais papista que o Papa". As leis, insiste o Professor Xavier Malcata, não são dogmas. "Portugal não agiu da melhor maneira".
O investigador preconiza uma acção fiscalizadora razoável, alertando: "Os produtores de grande dimensão é que têm sido reincidentes. Mão pesada para eles". Com esta advertência: "Os alimentos não são isentos de riscos. Têm é de obedecer a um risco calculado. Risco zero, nem nos países nórdicos.
2008-08-04
Fonte: Jornal Diário de Noticias
Produtos tradicionais. Vender poucas quantidades de ovos, mel ou peixe é mais simples, quanto à higiene. Instalações artesanais foram dispensadas de licenciamento e matanças facilitadas.
Vendas e produção em pequena escala estão facilitadas
Os pequenos produtores e os produtos tradicionais estão a ser alvo de uma série de medidas legislativas - despachos, circulares e relatórios - nos últimos dias para melhorar as suas condições de sobrevivência. Mas estes ainda desconhecem, na sua maioria, o que fazer para se defenderem da ASAE (Agência para a Segurança Alimentar e Económica).
Uma recente portaria conjunta dos ministérios da Agricultura e da Economia, datada de 29 de Julho, veio finalmente simplificar e facilitar as condições de higiene em que os pequenos produtores alimentares podem abastecer directamente o consumidor final, restaurantes ou outros estabelecimentos comerciais em pequenas quantidades. Trata-se de regulamentar as derrogações previstas em regulamentos comunitários de 2004 e 2005 para determinados géneros alimentícios, que dão justamente aos Estados Membros a possibilidade de estabelecer as suas próprias regras para os pequenos produtores. A iniciativa governamental surge após queixas apresentadas por produtores e polémicas várias envolvendo a ASAE.
Naquela portaria fixa-se, nomeadamente, o que se entende por "pequenas quantidades" por produto, sendo que, para os ovos, a referência é estimada num máximo de 350 ovos por semana. Já para o mel, a quantidade máxima para ser considerada "pequena" é de 500 quilos anuais e para os produtos da pesca estipulou-se 150 quilos por semana. Mas estão obrigados a fazer o registo da sua actividade junto da Direcção-Geral de Veterinária. A portaria também refere carnes de capoeira, aves e caça.
Outra alteração recente e com impacto benéfico para os pequenos produtores é uma circular do Gabinete de Planeamento do Ministério da Agricultura, de 9 de Julho, que desobriga de licenciamento determinadas instalações, de tipo habitacional ou transitório, destinadas a produções artesanais. A circular, a que o DN teve acesso, revoga outra de Janeiro, e é pertinente no caso das queijeiras que fazem os queijos dentro das próprias habitações ou em anexos, ou ainda para quem se dedique à confecção de doçaria ou outros. Tal simplificação continua, contudo, a obrigar a uma rotulagem, para permitir a rastreabilidade do produto e um registo prévio na respectiva Direcção Regional de Agricultura e Pescas.
Também o grupo de trabalho constituído no início do ano por todos os grupos parlamentares, no âmbito da Comissão Parlamentar de Assuntos Económicos, acaba de emitir um relatório com recomendações para a protecção dos pequenos produtores/produtos tradicionais.
Apesar de toda a movimentação, a engenheira agrónoma Ana Soeiro- responsável pela selecção da lista de 116 produtos certificados e contabilização de cerca de 600 tradicionais - disse ao DN que "o Ministério ainda não conseguiu criar um mecanismo simples par permitir aos pequenos produtores reclamarem para si as excepções previstas na legislação comunitária".
Intoxicações alimentares não vêm dos produtos tradicionais
Defesa. Académico premiado realça o património cultural e as propriedades dos produtos artesanais portugueses
Director da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica (Porto), há duas décadas que Xavier Malcata investiga na área da segurança e protecção alimentar. Académico prestigiado, mesmo no estrangeiro, sendo o único português distinguido com o galardão ''International Leadership Award'', em Columbus, Ohio, Estados Unidos, tem assumido o papel de porta-estandarte da defesa dos produtos tradicionais portugueses.
Não se trata, diz, apenas de uma manifestação de cultura. Tais comeres e beberes, reforça, configuram um manancial para ser dissecado, até pelo seu elevado valor sensorial e nutritivo. Quanto à ASAE, critica-lhe "as actuações autistas". Mais. "Uma fiscalização cega vai provocar hecatombes no nosso património. "Regra geral, as intoxicações não são associadas aos produtos tradicionais".
Salsicharia e padaria, exemplifica, "são duas preciosidades gastronómicas relacionadas com certas regiões e que têm a ver com a evolução histórica de séculos, com a nossa etnia. Estudámos uma vasta série de produtos. A ideia, esclarece o cientista, é conhecer melhor as características dos alimentos, apoiar os seus criadores e as suas associações. O delicioso requeijão, especifica Xavier Malcata, facilmente fica vulnerável a contaminações e degradações. "Temos vindo a trabalhar no tipo de embalagem que permita estar duas semanas na prateleira, em vez dos actuais dois a três dias".
Fala, depois, nos iogurtes probióticos, produto inovador "que deverá constituir uma saída para algumas empresas". A componente económica também relevada, porquanto ajuda a fixar as populações no interior e a construir "um País com solidariedade social".
Xavier Malcata, membro das confrarias das tripas à moda do Porto e da boroa de Avintes realça a qualidade dos produtos tradicionais, o factor diferenciador em relação a outros países. Neste sentido, chega a lamentar que as lojas guormet, com a actual legislação, privilegiem as especialidades estrangeiras.
Considera boa a segurança dos produtos alimentares. O pior é que "a ASAE tem cometido excessos no respeitante aos produtos tradicionais. Ora, cada País ou região deve pedir derrogações ou moratórias à aplicação de normas comunitárias, por forma a contemplarem especificidades.
Em suma: as directivas da UE terão de adaptar-se à nossa realidade. Ninguém quer fugir à fiscalização. Em diálogo connosco e associações de produtores, a ASAE terá de agir com bom senso e não ser mais papista que o Papa". As leis, insiste o Professor Xavier Malcata, não são dogmas. "Portugal não agiu da melhor maneira".
O investigador preconiza uma acção fiscalizadora razoável, alertando: "Os produtores de grande dimensão é que têm sido reincidentes. Mão pesada para eles". Com esta advertência: "Os alimentos não são isentos de riscos. Têm é de obedecer a um risco calculado. Risco zero, nem nos países nórdicos.
quarta-feira, julho 30, 2008
Granja de S. Pedro premiada no agroturismo-Reserva de caça
domingo, julho 20, 2008
segunda-feira, junho 30, 2008
Financiamento Associação de Belgais, pela DGIDC, em 2007
Direcção -Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular
Distrito Data/Decisão N.º Contribuinte Beneficiário Montante (euros)
Lisboa 09 -10 -2005 501065792 Sociedade Portuguesa de Matemática 30 200,00
Lisboa 29 -03 -1994 501094628 Sociedade Portuguesa de Fisica 30 500,00
Lisboa 20 -08 -2007 501139265 Sociedade Portuguesa de Química 17 900,00
Lisboa 07 -03 -2007 502741481 Associação Música Educação e Cultura 425 860,26
Lisboa 20 -09 -2006 504112279 Associação dos Amigos da Fundação Intern. Yehudi Menuhin 49 000,00
Lisboa 01 -08 -2007 504728202 Associação Belgais 132 181,21
Lisboa 04 -07 -2007 503412074 Pro -Dignitate — Fundação de Direitos Humanos 50 100,00
Distrito Data/Decisão N.º Contribuinte Beneficiário Montante (euros)
Lisboa 09 -10 -2005 501065792 Sociedade Portuguesa de Matemática 30 200,00
Lisboa 29 -03 -1994 501094628 Sociedade Portuguesa de Fisica 30 500,00
Lisboa 20 -08 -2007 501139265 Sociedade Portuguesa de Química 17 900,00
Lisboa 07 -03 -2007 502741481 Associação Música Educação e Cultura 425 860,26
Lisboa 20 -09 -2006 504112279 Associação dos Amigos da Fundação Intern. Yehudi Menuhin 49 000,00
Lisboa 01 -08 -2007 504728202 Associação Belgais 132 181,21
Lisboa 04 -07 -2007 503412074 Pro -Dignitate — Fundação de Direitos Humanos 50 100,00
quinta-feira, junho 19, 2008
Andr'ea, modelo internacional, passeia-se por Castelo Novo
in: Jornal do Fundão
“Vanity Fair” vai mostrar trabalho de Carlos Gil
Conceituada revista de moda americana vai publicar reportagem fotográfica de modelo internacional vestida pelo estilista fundanense na aldeia de Castelo Novo
A ELEGÂNCIA de Andréa, modelo internacional, desfila pelas ruas de Castelo Novo. À excepção da equipa que acompanha a produção, não há vivalma por perto. Apenas os flashes do fotógrafo da Vanity Fair quebram o silêncio no largo desta aldeia histórica do concelho do Fundão.
A equipa de produção chega a ponderar a hipótese de misturar a bela modelo com as idosas da terra que, a esta hora, se preparam para almoçar no Centro de Dia. Desiste-se rapidamente da ideia. A rotina das utentes do Centro de Dia não vai, afinal, ser alterada. Andréa, as propostas de Carlos Gil e Castelo Novo valem por si.
A modelo, vestida por Carlos Gil, enche a objectiva do fotógrafo que não pára de lhe exigir poses. Sobra glamour e sofisticação em cada quadro criado pelo profissional da Vanity Fair. Primeiro na igreja e depois rua abaixo em direcção ao posto de turismo. Antes de a modelo ser estrategicamente posicionada entre a cruz e a imagem do Senhor dos Passos na igreja de Castelo Novo, o estilista aproveita para dar uns retoques, ajeitando o vestido curto de cerimónia, de seda natural e cor de carne e que cai como uma luva no corpo de Andréa.
O esquife com a imagem de Jesus Cristo situa-se do lado oposto do templo e é para lá que se vira agora a objectiva do fotógrafo. A morte e a vida, em evidente contraste, é o cenário que se segue. Mas o melhor ainda estava para vir. Andréa desce dos saltos, com vários centímetros de altura e, de sandálias na mão, percorre, a pé, a rua que vai desde a igreja até ao posto de turismo. O sol está radioso e o azul do céu ajuda à festa. A suave brisa do vento faz esvoaçar o longo vestido que se segue. O resultado desta sofisticada produção poderá ser visto numa das próximas edições da Vanity Fair, que na sua primeira reportagem em Portugal optou por cruzar a modernidade e a história.
Sílvia Aires, da Agência Regional de Promoção Turística (Centro de Portugal), explicou ao JF como surgiu esta oportunidade: “Soubemos através da delegação do AICEP em Milão que a Vanity Fair estava interessada em fazer uma reportagem no Centro de Portugal. Elaborámos dois programas e a Vanity Fair seleccionou este que começou com a história e o romantismo da Quinta das Lágrimas, em Coimbra, seguiu, depois, para as Penhas Douradas e, por fim, aqui estamos na aldeia histórica de Castelo Novo, com as propostas de Carlos Gil”. É esse contraste entre a força do granito e do glamour que a edição italiana da Vanity Fair quer mostrar ao mundo. As marcas do passado e a inovação do estilista fundanense, Carlos Gil, associadas à história da região e ao seu património. A não perder
“Vanity Fair” vai mostrar trabalho de Carlos Gil
Conceituada revista de moda americana vai publicar reportagem fotográfica de modelo internacional vestida pelo estilista fundanense na aldeia de Castelo Novo
A ELEGÂNCIA de Andréa, modelo internacional, desfila pelas ruas de Castelo Novo. À excepção da equipa que acompanha a produção, não há vivalma por perto. Apenas os flashes do fotógrafo da Vanity Fair quebram o silêncio no largo desta aldeia histórica do concelho do Fundão.
A equipa de produção chega a ponderar a hipótese de misturar a bela modelo com as idosas da terra que, a esta hora, se preparam para almoçar no Centro de Dia. Desiste-se rapidamente da ideia. A rotina das utentes do Centro de Dia não vai, afinal, ser alterada. Andréa, as propostas de Carlos Gil e Castelo Novo valem por si.
A modelo, vestida por Carlos Gil, enche a objectiva do fotógrafo que não pára de lhe exigir poses. Sobra glamour e sofisticação em cada quadro criado pelo profissional da Vanity Fair. Primeiro na igreja e depois rua abaixo em direcção ao posto de turismo. Antes de a modelo ser estrategicamente posicionada entre a cruz e a imagem do Senhor dos Passos na igreja de Castelo Novo, o estilista aproveita para dar uns retoques, ajeitando o vestido curto de cerimónia, de seda natural e cor de carne e que cai como uma luva no corpo de Andréa.
O esquife com a imagem de Jesus Cristo situa-se do lado oposto do templo e é para lá que se vira agora a objectiva do fotógrafo. A morte e a vida, em evidente contraste, é o cenário que se segue. Mas o melhor ainda estava para vir. Andréa desce dos saltos, com vários centímetros de altura e, de sandálias na mão, percorre, a pé, a rua que vai desde a igreja até ao posto de turismo. O sol está radioso e o azul do céu ajuda à festa. A suave brisa do vento faz esvoaçar o longo vestido que se segue. O resultado desta sofisticada produção poderá ser visto numa das próximas edições da Vanity Fair, que na sua primeira reportagem em Portugal optou por cruzar a modernidade e a história.
Sílvia Aires, da Agência Regional de Promoção Turística (Centro de Portugal), explicou ao JF como surgiu esta oportunidade: “Soubemos através da delegação do AICEP em Milão que a Vanity Fair estava interessada em fazer uma reportagem no Centro de Portugal. Elaborámos dois programas e a Vanity Fair seleccionou este que começou com a história e o romantismo da Quinta das Lágrimas, em Coimbra, seguiu, depois, para as Penhas Douradas e, por fim, aqui estamos na aldeia histórica de Castelo Novo, com as propostas de Carlos Gil”. É esse contraste entre a força do granito e do glamour que a edição italiana da Vanity Fair quer mostrar ao mundo. As marcas do passado e a inovação do estilista fundanense, Carlos Gil, associadas à história da região e ao seu património. A não perder
segunda-feira, junho 16, 2008
Finalmente, porco preto na economia da Beira Interior
A introdução do porco preto, nas áreas de montado da Beira Interior, pode constituir uma mais valia muito significativa, para a economia local. Apresenta-se um projecto, já com uma certa sofisticação, que vai ser lançado em Penamacor. Mas, a industria de carnes local, já instalada, poderia melhorar significativamente a qualidade dos seus produtos se o porco porco preto fosse incluído como matéria prima base nasa suas unidades transformadoras: Muita da bolota desperdiçada ou que permite um valor menos significativo, por ser utilizada na alimentação de rebanhos, poderis permitir participar na engorda de porco preto, que permite obter um valor acrescentado superior ao que resulta da carne e leite de ovinos,
IN: Jornal do Fundão
"Como colocar uma vila na rota do “pata negra”
O antigo matadouro de Penamacor vai dar, ainda este Verão, lugar a uma unidade de transformação de enchidos e presuntos de porco “pata negra”
HÁ COISAS que acontecem por obra de algum acaso, mas que acabam por condicionar a afirmação de um rumo. Humberto Teixeira é um desses casos e prepara-se para se juntar ao clube dos pioneiros da produção de porco pata negra na região. A quinta, de 23 hectares está localizada no concelho de Penamacor e os primeiros presuntos e enchidos serão produzidos ainda este ano. Na vila, decorrem obras no antigo matadouro para lá se instalar a estrutura de transformação.
Na sua quinta dispõe de 120 porcos pata negra, adquiridos em Barrancos, no local que considera virem os melhores exemplares do mundo. “Se forem tratados como deve ser dão a melhor carne do mundo”, considera. A excelência da carne é reconhecida por apreciadores em todo o mundo, e é uma oportunidade de negócio que considera bastante viável. Mas no início não era bem esta a ideia. As árvores, a sua paixão de sempre, foram a causa que despoletou tudo o resto, porcos incluídos.
“Quis fazer o melhoramento do montado e introduzi algumas plantas que serviam de pasto, que fazem simultaneamente dois efeitos: para alimentação dos animais e para melhoramento do montado de sobro. O pata negra veio complementar o cenário, porque me fazem a estrumação e ajudam-me ao desenvolvimento do sobreiro”, diz este agente técnico agrícola, de 52 anos. E como “a Beira Baixa está dentro da região demarcada do pata negra, sendo uma raça autóctone nossa, pensei... porque não?”
Para além da cortiça, a quinta irá também dotar o mercado de carne deste tipo de porco, não em grandes quantidades “mas sobretudo em qualidade. Quero pouco, mas bom”, diz.
Humberto Teixeira está a certificar toda a fileira, desde a produção até ao produto final. Este ano, o mercado deverá conhecer esta marca de Penamacor, havendo já contactos com pontos de venda em Barcelona e Londres para venda do produto. O mercado regional e nacional tratará do resto."
IN: Jornal do Fundão
"Como colocar uma vila na rota do “pata negra”
O antigo matadouro de Penamacor vai dar, ainda este Verão, lugar a uma unidade de transformação de enchidos e presuntos de porco “pata negra”
HÁ COISAS que acontecem por obra de algum acaso, mas que acabam por condicionar a afirmação de um rumo. Humberto Teixeira é um desses casos e prepara-se para se juntar ao clube dos pioneiros da produção de porco pata negra na região. A quinta, de 23 hectares está localizada no concelho de Penamacor e os primeiros presuntos e enchidos serão produzidos ainda este ano. Na vila, decorrem obras no antigo matadouro para lá se instalar a estrutura de transformação.
Na sua quinta dispõe de 120 porcos pata negra, adquiridos em Barrancos, no local que considera virem os melhores exemplares do mundo. “Se forem tratados como deve ser dão a melhor carne do mundo”, considera. A excelência da carne é reconhecida por apreciadores em todo o mundo, e é uma oportunidade de negócio que considera bastante viável. Mas no início não era bem esta a ideia. As árvores, a sua paixão de sempre, foram a causa que despoletou tudo o resto, porcos incluídos.
“Quis fazer o melhoramento do montado e introduzi algumas plantas que serviam de pasto, que fazem simultaneamente dois efeitos: para alimentação dos animais e para melhoramento do montado de sobro. O pata negra veio complementar o cenário, porque me fazem a estrumação e ajudam-me ao desenvolvimento do sobreiro”, diz este agente técnico agrícola, de 52 anos. E como “a Beira Baixa está dentro da região demarcada do pata negra, sendo uma raça autóctone nossa, pensei... porque não?”
Para além da cortiça, a quinta irá também dotar o mercado de carne deste tipo de porco, não em grandes quantidades “mas sobretudo em qualidade. Quero pouco, mas bom”, diz.
Humberto Teixeira está a certificar toda a fileira, desde a produção até ao produto final. Este ano, o mercado deverá conhecer esta marca de Penamacor, havendo já contactos com pontos de venda em Barcelona e Londres para venda do produto. O mercado regional e nacional tratará do resto."
Permacultura, o que é?
"Permacultura
Histórico:
A permacultura, também chamada de "agricultura permanente", começou por volta de 1975, 1976, com as idéias de Bill Mollison na Austrália sobre um modo diferente de se pensar a disposição das espécies vegetais, mais próximo dos ecossistemas naturais. Viajando para os Estados Unidos, Bill e outros pioneiros difundiram suas teorias até conseguirem a construção de um Centro Rural de Educação, primeira instituição oficial da permacultura neste país.
Princípios:
Nesta corrente se procura praticar uma agricultura da forma mais integrada possível com o ambiente natural, imitando a composição espacial das plantas encontradas nas matas e florestas naturais. Envolve plantas semi-permanentes (mandioca, bananeira) e permanentes (árvores frutíferas, madereiras, etc), incluindo a atividade produtiva de animais. Trata-se, pois, de um sistema "Agrosilvopastoril", ou seja, que busca integrar lavouras, com espécies florestais e pastagens e outros espaços para os animais, considerando os aspectos paisagísticos e energéticos, na elaboração e manutenção destes policultivos (diversas culturas convivendo no mesmo espaço)"
"Permacultura
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
A permacultura é um método holístico para planejar, atualizar e manter sistemas de escala humana (jardins, vilas, aldeias e comunidades) ambientalmente sustentáveis, socialmente justos e financeiramente viáveis.
Foi criada pelos ecologistas australianos Bill Mollison e David Holmgren na década de 1970. O termo, cunhado na Austrália, veio de permanent agriculture, e mais tarde se estendeu para significar permanent culture. A sustentabilidade ecológica, idéia inicial, estendeu-se para a sustentabilidade dos assentamentos humanos.
A ênfase está na aplicação criativa dos princípios básicos da natureza, integrando plantas, animais, construções, e pessoas em um ambiente produtivo e com estética e harmonia.
Permacultura é uma síntese das práticas agrícolas tradicionais com idéias inovadoras. Unindo o conhecimento secular às descobertas da ciência moderna, proporcionando o desenvolvimento integrado da propriedade rural de forma viável e segura para o agricultor familiar.
A permacultura, além de ser um método para planejar sistemas de escala humana, proporciona uma forma sistêmica de se visualizar o mundo e as correlações entre todos os seus componentes. Serve, portanto, como meta-modelo para a prática da visão sistêmica, podendo ser aplicada em todas as situações necessárias, desde como estruturar o habitat humano até como resolver questões complexas do mundo empresarial.
Permacultura é a utilização de uma forma sistêmica de pensar e conceber princípios ecológicos que podem ser usados para projetar, criar, gerir e melhorar todos os esforços realizados por indivíduos, famílias e comunidades no sentido de um futuro sustentável.
A Permacultura origina-se de uma cultura permanente do ambiente. Estabelecer em nossa rotina diária, hábitos e costumes de vida simples e ecológicos - um estilo de cultura e de vida em integração direta e equilibrada com o meio ambiente, envolvendo-se cotidianamente em atividades de auto-produção dos aspectos básicos de nossas vidas referentes a abrigo, alimento, transporte, saúde, bem-estar, educação e energias sustentáveis. (RICIARDI, Ju. 2008)- [1]- www.permacoletivo.wordpress.com
[editar] Utilização:
Água: captação, armazenamento, filtragem/purificação e utilização
Bioarquitetura e bioconstruções
Energias renováveis
Ecovilas. "
Histórico:
A permacultura, também chamada de "agricultura permanente", começou por volta de 1975, 1976, com as idéias de Bill Mollison na Austrália sobre um modo diferente de se pensar a disposição das espécies vegetais, mais próximo dos ecossistemas naturais. Viajando para os Estados Unidos, Bill e outros pioneiros difundiram suas teorias até conseguirem a construção de um Centro Rural de Educação, primeira instituição oficial da permacultura neste país.
Princípios:
Nesta corrente se procura praticar uma agricultura da forma mais integrada possível com o ambiente natural, imitando a composição espacial das plantas encontradas nas matas e florestas naturais. Envolve plantas semi-permanentes (mandioca, bananeira) e permanentes (árvores frutíferas, madereiras, etc), incluindo a atividade produtiva de animais. Trata-se, pois, de um sistema "Agrosilvopastoril", ou seja, que busca integrar lavouras, com espécies florestais e pastagens e outros espaços para os animais, considerando os aspectos paisagísticos e energéticos, na elaboração e manutenção destes policultivos (diversas culturas convivendo no mesmo espaço)"
"Permacultura
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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A permacultura é um método holístico para planejar, atualizar e manter sistemas de escala humana (jardins, vilas, aldeias e comunidades) ambientalmente sustentáveis, socialmente justos e financeiramente viáveis.
Foi criada pelos ecologistas australianos Bill Mollison e David Holmgren na década de 1970. O termo, cunhado na Austrália, veio de permanent agriculture, e mais tarde se estendeu para significar permanent culture. A sustentabilidade ecológica, idéia inicial, estendeu-se para a sustentabilidade dos assentamentos humanos.
A ênfase está na aplicação criativa dos princípios básicos da natureza, integrando plantas, animais, construções, e pessoas em um ambiente produtivo e com estética e harmonia.
Permacultura é uma síntese das práticas agrícolas tradicionais com idéias inovadoras. Unindo o conhecimento secular às descobertas da ciência moderna, proporcionando o desenvolvimento integrado da propriedade rural de forma viável e segura para o agricultor familiar.
A permacultura, além de ser um método para planejar sistemas de escala humana, proporciona uma forma sistêmica de se visualizar o mundo e as correlações entre todos os seus componentes. Serve, portanto, como meta-modelo para a prática da visão sistêmica, podendo ser aplicada em todas as situações necessárias, desde como estruturar o habitat humano até como resolver questões complexas do mundo empresarial.
Permacultura é a utilização de uma forma sistêmica de pensar e conceber princípios ecológicos que podem ser usados para projetar, criar, gerir e melhorar todos os esforços realizados por indivíduos, famílias e comunidades no sentido de um futuro sustentável.
A Permacultura origina-se de uma cultura permanente do ambiente. Estabelecer em nossa rotina diária, hábitos e costumes de vida simples e ecológicos - um estilo de cultura e de vida em integração direta e equilibrada com o meio ambiente, envolvendo-se cotidianamente em atividades de auto-produção dos aspectos básicos de nossas vidas referentes a abrigo, alimento, transporte, saúde, bem-estar, educação e energias sustentáveis. (RICIARDI, Ju. 2008)- [1]- www.permacoletivo.wordpress.com
[editar] Utilização:
Água: captação, armazenamento, filtragem/purificação e utilização
Bioarquitetura e bioconstruções
Energias renováveis
Ecovilas. "
sexta-feira, junho 13, 2008
Discotoni, de Pombal, edita música da Beira Interior
A Discotoni de Pombal tem editado vários discos de grupos da Beira Interior, que podem ser pedidos à editora.
DISCOTONI
* CONTACTOS *
Morada : Rua Principal - Vila Cã
3100 - 814 Pombal - Portugal
Telefone : + 351 236 921 612 Fax: + 351 236 922 928
Telemóvel : 917 528 680
E-mail : info@discotoni.com
quarta-feira, junho 11, 2008
Ar Serrano, de Luís Maçarico - Poesia da Beira Interior
domingo, junho 08, 2008
Ovnis na Gardunha-programa RTP2
1º Episódio
http://www.youtube.com/watch?v=ItfBp53WSFA&feature=related
2º Episódio
http://www.youtube.com/watch?v=6zly1nrOK0k&feature=related
3º Episódio
http://www.youtube.com/watch?v=_KEwV-BBThY&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=ItfBp53WSFA&feature=related
2º Episódio
http://www.youtube.com/watch?v=6zly1nrOK0k&feature=related
3º Episódio
http://www.youtube.com/watch?v=_KEwV-BBThY&feature=related
segunda-feira, junho 02, 2008
Eco-Parlamento Jovem
Quatro alunas da Escola Secundária do Fundão estiveram no Eco-Parlamento Jovem, em Praga, a representar Portugal. O Projecto que apresentaram e as levou até ao Eco-Parlamento, constava da reciclagem de rolhas de cortiça. Mas, as alunas não se limitaram a elaborar um projecto, foram para o terreno e recolheram nos Restaurantes da região 200 quilos de rolhas, que pretendem vender à Corticeira Amorim. É por esta via e pela aprendizagem do empreendedorismo que os jovens se podem preparar para enfrentar as dificuldades que o mercado de trabalho, actualmente, proporciona.
segunda-feira, maio 26, 2008
Mais um produto que utiliza a Ginja da Beira Interior
sábado, maio 24, 2008
IMAGO 2008 - Festival Internacional de Cinema Jovem
Cinema
IMAGO 2008 - Festival Internacional de Cinema Jovem
O IMAGO 2008 tem data marcada - de 4 a 12 de Outubro - e este ano é dedicado ao tema "Documentário e Música - de D. A. Pennebaker a Julian Temple".
A nova imagem do Festival é, como habitualmente, da autoria do designer britânico Azar Kazimir, e tem por base o tema geral do IMAGO 2008: documentário musical. Como tal foi criada uma banda musical virtual, "Imago 08", que, precisamente a 1 de Fevereiro, lança no mercado um DVD (também ele virtual, claro está) chamado "Films and Music: The Complete Story". Ao longo do ano, e à medida que formos comunicando a programação do Festival, iremos revelando novidades sobre a "banda".
Regulamento e fichas de inscrição em www.imagofilmfest.com e em www.reelport.com
Deadline para inscrições online: 23 de Junho de 2008.
2008-10-04 a 2008-10-12
sexta-feira, maio 23, 2008
Cultura Popular na Beira Interior
segunda-feira, maio 19, 2008
segunda-feira, maio 12, 2008
Na Rota do Cardeal de Alpedrinha
Desporto
Na Rota do Cardeal de Alpedrinha
Os Caminheiros da Gardunha e o Teatro Clube de Alpedrinha, integrado na Festa da Cereja – 08, organizam no dia 18 de Maio de 2008 a caminhada “Na Rota do Cardeal de Alpedrinha”, com o apoio da Câmara Municipal do Fundão, Santa Casa da Misericórdia de Alpedrinha e a Junta de Freguesia de Alpedrinha.
Esta iniciativa junta o património natural, do “lado de cá” da Serra da Gardunha, a beleza da cereja, com o património histórico e cultural, do “lado de lá” da Serra, a grande figura de “D. Jorge da Costa – Cardeal de Alpedrinha” (natural de Alpedrinha, 1406 e faleceu em Roma, no ano de 1508).
Na manhã de domingo (18 de Maio), pelas 9.00 Horas, no Largo dos Caminheiros da Gardunha dar-se-á início à caminhada pela serra do Cavalinho, Quinta da Pedra d´Hera, Quinta da Oura e, após desfrutar-se da beleza do vale do Alcambar (local privilegiado para se observar e contactar com a beleza das cerejeiras), seguir-se-á pelo Casal da Ribeira em direcção a Alcongosta onde, no Largo da Capela de S. Sebastião, após uma ligeira pausa para o reforço alimentar, seguir-se-á pela Estrada Romana, com chegada à Capela de S. Sebastião (Alpedrinha).
Pelas 11. 30 Horas realiza-se uma visita orientada pela parte histórica da Vila, seguindo-se o almoço/convívio. Às 14.30 Horas, realiza-se o colóquio sobre a “Figura de D. Jorge da Costa – Cardeal de Alpedrinha”, orientado por Manuel Brás Venâncio. Pelas 16.00 Horas, regresso ao Fundão (em autocarro).
O percurso, com 8.200km, de média intensidade, será feito, sensivelmente, à altitude dos 620/650 metros. Na base da Estrada Romana, estaremos nos 760 metros e no topo da Estrada, chegaremos aos 820 metros, para voltar aos 620 metros no final da caminhada.
Inscrições para a caminhada:
5,00 Euros, com direito ao reforço alimentar, almoço e regresso ao Fundão, em autocarro.
As inscrições e o respectivo pagamento deverão ser feitas até ao dia 14 de Maio para:
Caminheiros da Gardunha
Telefone/FAX – 275 087 881 (21.00 às 23.00 Horas)
Telemóveis – 961 764 063 - 968 338 496
E-mail – caminheirosdagardunha@hotmail.com
Teatro Clube de Alpedrinha
Telefone – 275 567 150 (20.30 às 23.00 Horas)
Telemóvel – 966 554 415
E-mail – teatroclubealpedrinha@gmail.com
2008-05-18
Na Rota do Cardeal de Alpedrinha
Os Caminheiros da Gardunha e o Teatro Clube de Alpedrinha, integrado na Festa da Cereja – 08, organizam no dia 18 de Maio de 2008 a caminhada “Na Rota do Cardeal de Alpedrinha”, com o apoio da Câmara Municipal do Fundão, Santa Casa da Misericórdia de Alpedrinha e a Junta de Freguesia de Alpedrinha.
Esta iniciativa junta o património natural, do “lado de cá” da Serra da Gardunha, a beleza da cereja, com o património histórico e cultural, do “lado de lá” da Serra, a grande figura de “D. Jorge da Costa – Cardeal de Alpedrinha” (natural de Alpedrinha, 1406 e faleceu em Roma, no ano de 1508).
Na manhã de domingo (18 de Maio), pelas 9.00 Horas, no Largo dos Caminheiros da Gardunha dar-se-á início à caminhada pela serra do Cavalinho, Quinta da Pedra d´Hera, Quinta da Oura e, após desfrutar-se da beleza do vale do Alcambar (local privilegiado para se observar e contactar com a beleza das cerejeiras), seguir-se-á pelo Casal da Ribeira em direcção a Alcongosta onde, no Largo da Capela de S. Sebastião, após uma ligeira pausa para o reforço alimentar, seguir-se-á pela Estrada Romana, com chegada à Capela de S. Sebastião (Alpedrinha).
Pelas 11. 30 Horas realiza-se uma visita orientada pela parte histórica da Vila, seguindo-se o almoço/convívio. Às 14.30 Horas, realiza-se o colóquio sobre a “Figura de D. Jorge da Costa – Cardeal de Alpedrinha”, orientado por Manuel Brás Venâncio. Pelas 16.00 Horas, regresso ao Fundão (em autocarro).
O percurso, com 8.200km, de média intensidade, será feito, sensivelmente, à altitude dos 620/650 metros. Na base da Estrada Romana, estaremos nos 760 metros e no topo da Estrada, chegaremos aos 820 metros, para voltar aos 620 metros no final da caminhada.
Inscrições para a caminhada:
5,00 Euros, com direito ao reforço alimentar, almoço e regresso ao Fundão, em autocarro.
As inscrições e o respectivo pagamento deverão ser feitas até ao dia 14 de Maio para:
Caminheiros da Gardunha
Telefone/FAX – 275 087 881 (21.00 às 23.00 Horas)
Telemóveis – 961 764 063 - 968 338 496
E-mail – caminheirosdagardunha@hotmail.com
Teatro Clube de Alpedrinha
Telefone – 275 567 150 (20.30 às 23.00 Horas)
Telemóvel – 966 554 415
E-mail – teatroclubealpedrinha@gmail.com
2008-05-18
terça-feira, maio 06, 2008
Flores da minha varanda
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