Viola Campaniça
Assisti em Vila Nova de Milfontes à exibição de um grupo popular de executantes de viola campaniça e de cantadores. A viola campaniça, à semelhança da viola beiroa, estava em extinção, mas graças aos trabalhos de Alberto Sardinha, de várias Câmaras alentejanas e de grupos de populares, foi possível retomar a prática popular da utilização desse instrumento popular, no acompanhamento de descantes. Constatei que todas as violas campaniças e outros instrumentos, eram de construção recente e fabricados por um violeiro de S. Martinho das Amoreiras. A sua identificação é Amilcar Martins Silva, S. Martinho da Amoreira, Odemira. Graças à actividade deste e doutros violeiros os grupos populares têm oportunidade de adquirir o instrumento, a preços populares, criando-se assim condições para a revitalização da cultura musical popular.
O que é que nós beirões temos feito, relativamente à viola beiroa? Nada, contribuindo para a entinção da nossa cultura musical, tão rica e variada. Quando é que uma Câmara, Castelo branco, Penamacor ou Idanha, pegam no projecto de revitalizar a arte popular dos violeiros, retornando à produção deste instrumento, a preços populares?
Viola Campaniça
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