Vinho Kosher:
A adega cooperativa da Covilhã iniciou, este ano, a produção de vinho Kosher, que vinha anunciando já há algum tempo. No Alentejo, por sua vez, iniciou-se também a produção de azeite Kosher. Qual é o peso e a importância destes produtos para as economias locais? O mercado americano, potencial e principal destinatário destes produtos estará ao alcance das nossas empresas? Com a actual cotação do dólar será muito difícil que esses produtos sejam concorrenciais no mercado americano, mesmo destinando-se a um público especial, com elevado poder de compra. Há outro tipo de actuações que me parecem mais urgentes, nomeadamente proceder a uma identificação e caracterização do produto de uma forma muito mais eficiente e esclarecedora. Por exemplo alguém sabe qual é o(a) enólogo(a) responsável pelo apuramento dos vinhos da adega cooperativa da Covilhã? Os vinhos, mesmo o de topo de gama, têm uma apresentação por parte de algum especialista reconhecido no mercado? Pois bem, é preciso ir por aí e utilizar os recursos disponiveís neste tipo de actuação. Em geral, nas cartas de vinhos dos restaurantes o que temos é uma mera listagem, por vezes separada por regiões demarcadas, mas sem o parecer descritivo de um especialista que nos ajude na selecção. Por acaso, em Portel, tive oportunidade de verificar numa unidade hoteleira como se deve apresentar uma carta de vinhos. Todos os vinhos incluídos na carta tinham a apreciação de um enólogo conhecido e os clientes podem orientar a sua selecção com base na opinião de técnicos consagrados. Siga-se este caminho e provavelmente conseguiremos valorizar mais os nossos produtos.
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