in: Diário xxi
IPPAR inaugura sé reabilitada
Quinta-Feira, 16 de Fevereiro de 2006
O presidente do Instituo Português do Património Arquitectónico e Religioso, Emílio Sumavillem, anunciou para Idanha-a-Nova, a 16ª loja do País
Francisco Cardona
Nas mãos do Instituo Português do Património Arquitectónico e Religioso (IPPAR) há mais de vinte anos, a Sé Catedral da Aldeia Histórica de Idanha-a-Velha foi ontem inaugurada simbolicamente. “O património é algo que nunca está completamente recuperado”, disse Emílio Sumaville, presidente do IPPAR há três meses, durante a abertura daquele monumento integrado no Conjunto Arquitectónico e Arqueológico de Idanha-a-Velha, classificado como Monumento Nacional há nove anos.
“A recuperação é o resultado de um trabalho lento, mas tudo é lento quando se trata de recuperar a memória”, acrescentou o presidente do IPPAR que iniciou a intervenção na zona envolvente à Sé Catedral e no interior do templo há cerca de oito anos.
Segundo Emílio Sumaville, o custo das obras de recuperação do templo, construído num tempo anterior à nacionalidade, atingem cerca de meio milhão de euros. Verba que se junta a outra não especificada, por aquele responsável, para recuperar a zona envolvente onde se situa o daptistério, monumento único na Península Ibérica.
Datável do século VI ou VII, o baptistério, junto à porta sul da Sé, deve ser interpretado como o vestígio da primeira basílica paleocristã em Idanha-a-Velha, aldeia com mais de dois mil anos que guarda testemunhos visigóticos, muçulmanos e cristãos.
Durante a simbólica inauguração, Emilio Sumavielle, acompanhado pelo presidente da Câmara de Idanha-a-Nova e pelo director regional do IPPAR, José Afonso, anunciou “para breve” a criação de uma loja do instituto em Idanha-a-Velha, “num esforço conjunto com a autarquia”, para abrir a 16ª loja do País.
Segundo aquele responsável, trata-se de uma iniciativa para revitalizar a aldeia e oferecer novos produtos aos turistas que visitam a aldeia que, ainda apresenta, problemas de sinaléctica e de recuperação de casas no núcleo histórico.
“O património está recuperado mas o fundamental são as pessoas”, disse Emilio Sumavielle sublinhando que a memória não deve ser colocada num redoma de vidro. “É preciso gente que o possa viver”, concluiu o presidente do IPPAR.
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