sábado, outubro 29, 2005
A Economia na Beira Interior: maleitas e remédios
Já leram os dois artigos do Professor José Ramos Pires Manso, publicados no Diário XXI?. É que trata-se do Presidente do Observatório de Desenvolvimento Económico e Social, sediado na UBI e deve merecer toda a nossa atenção. Comecem, é só uma sugestão, por verificar as entradas que o Google nos dá para o referido observatório e depois procurem, relatórios, boletins ou outras fontes informativas, com origem no observatório e depois continuem... sempre numa perspectiva crítica......
sexta-feira, outubro 28, 2005
Vinhos da Beira Interior
João Paulo Martins, na Dom Quixote, acaba de editar, Vinhos de Portugal 2006-Notas de Prova, citando e notando alguns vinhos da Beira Interior. Refere os vinhos seguintes: "Martins, João Paulo (2005), VINHOS DE PORTUGAL 2006, Dom Quixote, Lisboa
Vinhos Aceitáveis da Beira Interior
Cova da Beira branco 2004 (Coop. Fundão)
Cova da Beira tinto 2003 (idem)
Entre Serras tinto 2004
Piornos rosé 2004
Praça Velha tinto 2002
Qta. dos Termos tinto Touriga Nacional Reserva 2003
Almeida Garrett
2003 branco Chardonnay
*** 6
Prova de 2005. 0 aroma apresenta-se inicialmente pouco expressivo da casta, mas, com o tempo no copo, lá estão as notas de talo de couve, a ligeira percepção de maçã verde e madeira, tudo em dose certa, já que foi esse o efeito do tempo que o vinho já leva de vida. Muito bem no equilíbrio da boca, vê-se que está a chegar ao patamar da estabilidade e, por isso, é mesmo agora que deve ser bebido. Peixes de alguma gordura feitos em molho de manteiga poderão ser bons companheiros.
2003 tinto Colh. Selecc.
***5
Prova de 2005. Cor viva mas pouco concentrada, aroma com boas notas de fruta madura e sugestões de madeira, tudo num registo de médio impacto, dizendo-nos que é passível de ser consumido novo. De médio porte na boca, tem bons aromas e uma estrutura capaz de o fazer aguentar com um borra prato de Outono. Beba-o agora, que está no ponto.
2003 tinto Touriga Nacional
****5/6
Prova de 2005. Muito bem nos aromas à casta, boa presença das notas florais, tudo com bom perfil, muito limpo e agradável. Na boca pressentem-se taninos ainda vivos, a dizer-nos que não haverá pressa em bebê-lo. É um bom Touriga sem atingir o estrelato.
2001 tinto
***5
Prova de 2005. Feito de Touriga Nacional e Tinta Roriz e com 6 meses de estágio em barrica. Está aqui um tinto bera desenhado, já moldado pelo tempo que o amaciou e lhe poliu as arestas. Na boca é rima fruta madura e já suave que nos enche e, palato, com breves mas correctas notas de madeira. Beba-o agora, que atingiu o zénite.
Soc. Agric. do Seira (SABE]
R. D. Maria Rosália Tavares Proença, 16
6200-759 Tortosendo Tel. 275-951217
E-mail: sobesa@ mail.telepac.pt
Enólogo.' Consulvinus/João Parry Vidal
Piornos
2003 tinto Jaen
***5
Prova de 2005, em amostra. Razoável concentração, aroma com boas notas de fruta, ainda que um bocado escondidas. Tudo está com alguma finura, mas também sem concentração. Melhor na boca, mais afirmativo e a pedir para ser bebido novo, mas, a ver pela (ainda) presença da colheita anterior, não restam grandes esperanças.
2002 tinto Jaen
***5
Provado de novo em 2005. Tal como tínhamos vaticinado, um ano de garrafa fez-lhe bem, o vinho ganhou em arredondamento, ficou todo ele mais harmonioso e com uma prova de boca mais facilitada pelo amadurecimento dos taninos. 0 conjunto, que adquiriu ligeiros tons mentolados, chegou agora ao seu melhor. Sirva-se.
2002 tinto Reserva
*** 4/5
Prova de 2005. Aroma algo rústico e tradicional, sem exuberância de fruta ou presença de madeira, antes destacando notas vegetais, casca de árvore e algum musgo. Boca algo simples, a que falta algum corpo e mais complexidade, inclusivamente para que o atributo de Reserva fosse mais evidente. Beba-se novo.
2003 tinto Trincadeira
***4/5
Prova de 2005, em amostra. Ligeira presença de notas florais no aroma, associadas a sugestões de madeira. De médio porte na boca, mostra taninos ainda bem presentes, a dizer que precisa de algum tempo de descanso em cave.
2002 tinto Trincadeira
*** 4/5
Provado de novo em 2005. Está a evoluir bem (dentro das limitações que já aqui tínhamos apontado no ano anterior), a casta não é muito expressiva, mas dá agora uma boa prova de boca. Falta-lhe estrutura, mas isso não se adquire com o tempo. Beba-o agora.
COLHEITA DO SÓCIO
2004 branco Reserva
*** 4/5
Provado em amostra, Feito com Síria, Arinto do Dão e Fonte Cal, fermentou em barricas novas. Parece menos expressivo que na edição anterior, a madeira não é evidente e os aromas das castas são pouco entusiasmantes. Na boca dá uma prova correcta, com acidez no ponto adequado, com alguma vivacidade. É um esforço de renovação que se aplaude, mas o desenho do vinho ainda está em construção.
2003 tinto Garrafeira
***4/5
Provado em 2005, em amostra. Mediano na concentração da cor, de aroma algo difuso, onde é difícil detectar castas, apresenta algumas notas de madeira nova, mas tudo sem concentração. Na boca dá a mesma sensação de ausência de grandes virtudes. Como é que daqui se pretende fazer um garrafeira é que não se percebe.
Adega Coop. Covilhã
Oto. dos Poldros
6200-165 Covilhã
Tel. 275-330750
E-maíl: adega.c.covilha@mail.telepac.pt
Enólogo: Nuno Galeão
Praça Velha
2000 tinto Garrafeira
*** 5
Prova de 2005. Menos expressivo no aroma que em edições anteriores, está um vinho tranquilo, pouco concentrado, com evidência de notas vegetais que na boca se confirmam, aliadas a um corpo ligeiro e com taninos um pouco espigados. Poderá melhorar (amaciar) em cave, mas não espere milagres.
ALPEDRINHA
2002 tinto
*** 4/5
Provado de novo em 2005. 0 contra-rótulo conta-nos a história do cardeal ele Alpedrinha, mas fica-se sem se perceber a que propósito essa história é aqui contada. Um pouco evoluído no estilo com os aromas a caminharem um pouco para o rebuçado, está um tinto tranquilo e pouco encorpado. Na boca confirma-se como um tinto acessível e pronto a ser consumido, sem arestas.
FUNDANUS PRESTIGE
Nota: provámos a nova edição de 2002 deste vinho, mas, como se tratava de uma amostra e já estava recolhida há muito tempo, o vinho não se apresentava nas melhores condições, com o aroma reduzido. Assim sendo, entendemos preferível não o classificar. No próximo ano, já engarrafado será então analisado.
2001 tinto Aragonês/Jaen
****5/6
Prova de 2004. Trata-se de um novo vinho da cooperativa, de nome algo infeliz. O vinho, esse, é mais feliz, tem bons aromas de fruta madura e aqui o casamento com a madeira dá bom resultado. Na prova de boca confirma-se uni perfil de boa fruta, com taninos ainda um pouco presentes mas com um estilo bem agradável. Com estes taninos, não receará o tempo em cave.
Adega Coop, Fundão -Vale de Canas - Apart. 19- 6234-909 Fundão
Tel. 275-752275
E-mail: geral@adegafundao.com Enólogo: António Saramago
Qta. do Cardo
Nesta região acabaram os varietais tintos. Mantém-se o branco Síria, um sucesso muito inesperado junto do mercado.
2004 branco
**5
Em relação à colheita anterior este 'branco mostra menos delicadeza aromática:
apresenta-se um pouco mais discreto e de fruta escondida. Na boca, ao contrário, traz-nos uma belíssima acidez, muito bem proporcionada, com uma fruta delicada a surgir e a marcar o final.
2004 branco Síria
**5/6
A cor parece mais carregada do que o habitual, o aroma é intenso e tem alguma personalidade, todo ele virado para as notas florais e vegetais. Sem fruta, embora com uma nota de casca de laranja, revela-se com carácter. Belo corpo na boca, onde uma acidez elevada não perturba em nada a boa prova. É urra branco muito original que merece ser conhecido.
2003 tinto
*** 14/5
Prova de 2005. Aroma vivo com abundantes notas de fruta, tudo simples e agradável num vinho discreto mas afirmativo. Macio e fácil na boca, apresenta-se em boa forma para ser consumido no quotidiano.
2002 tinto Colh. Selecc.
**** 5/6
Prova de 2005. Um pouco escuro no aroma, a fruta não de descortina desde já, mas sugere também que o que está escondido é de boa qualidade. Mais explícito na boca, com taninos afinados e corpo mediano, é um tinto que pode ser bebido agora, mas que merece que algumas garrafas sejam guardadas mais um ano para ver o que acontece. Outras boas colheitas anteriores: 2000 Colheita Seleccionada."
Não são referidos a Quinta dos Currais, sendo esta uma grande lacuna, por se tratar de vinhos muito bem trabalhados e que certamente mereceriam uma notação suprior à que é atribuída a outros vinhos.
Poderemos concluir que se tem ido no bom caminho e que hoe poderemos oferecer na Restauração Regional Vinhos de excelente qualidade, produzidos na região.
Vinhos Aceitáveis da Beira Interior
Cova da Beira branco 2004 (Coop. Fundão)
Cova da Beira tinto 2003 (idem)
Entre Serras tinto 2004
Piornos rosé 2004
Praça Velha tinto 2002
Qta. dos Termos tinto Touriga Nacional Reserva 2003
Almeida Garrett
2003 branco Chardonnay
*** 6
Prova de 2005. 0 aroma apresenta-se inicialmente pouco expressivo da casta, mas, com o tempo no copo, lá estão as notas de talo de couve, a ligeira percepção de maçã verde e madeira, tudo em dose certa, já que foi esse o efeito do tempo que o vinho já leva de vida. Muito bem no equilíbrio da boca, vê-se que está a chegar ao patamar da estabilidade e, por isso, é mesmo agora que deve ser bebido. Peixes de alguma gordura feitos em molho de manteiga poderão ser bons companheiros.
2003 tinto Colh. Selecc.
***5
Prova de 2005. Cor viva mas pouco concentrada, aroma com boas notas de fruta madura e sugestões de madeira, tudo num registo de médio impacto, dizendo-nos que é passível de ser consumido novo. De médio porte na boca, tem bons aromas e uma estrutura capaz de o fazer aguentar com um borra prato de Outono. Beba-o agora, que está no ponto.
2003 tinto Touriga Nacional
****5/6
Prova de 2005. Muito bem nos aromas à casta, boa presença das notas florais, tudo com bom perfil, muito limpo e agradável. Na boca pressentem-se taninos ainda vivos, a dizer-nos que não haverá pressa em bebê-lo. É um bom Touriga sem atingir o estrelato.
2001 tinto
***5
Prova de 2005. Feito de Touriga Nacional e Tinta Roriz e com 6 meses de estágio em barrica. Está aqui um tinto bera desenhado, já moldado pelo tempo que o amaciou e lhe poliu as arestas. Na boca é rima fruta madura e já suave que nos enche e, palato, com breves mas correctas notas de madeira. Beba-o agora, que atingiu o zénite.
Soc. Agric. do Seira (SABE]
R. D. Maria Rosália Tavares Proença, 16
6200-759 Tortosendo Tel. 275-951217
E-mail: sobesa@ mail.telepac.pt
Enólogo.' Consulvinus/João Parry Vidal
Piornos
2003 tinto Jaen
***5
Prova de 2005, em amostra. Razoável concentração, aroma com boas notas de fruta, ainda que um bocado escondidas. Tudo está com alguma finura, mas também sem concentração. Melhor na boca, mais afirmativo e a pedir para ser bebido novo, mas, a ver pela (ainda) presença da colheita anterior, não restam grandes esperanças.
2002 tinto Jaen
***5
Provado de novo em 2005. Tal como tínhamos vaticinado, um ano de garrafa fez-lhe bem, o vinho ganhou em arredondamento, ficou todo ele mais harmonioso e com uma prova de boca mais facilitada pelo amadurecimento dos taninos. 0 conjunto, que adquiriu ligeiros tons mentolados, chegou agora ao seu melhor. Sirva-se.
2002 tinto Reserva
*** 4/5
Prova de 2005. Aroma algo rústico e tradicional, sem exuberância de fruta ou presença de madeira, antes destacando notas vegetais, casca de árvore e algum musgo. Boca algo simples, a que falta algum corpo e mais complexidade, inclusivamente para que o atributo de Reserva fosse mais evidente. Beba-se novo.
2003 tinto Trincadeira
***4/5
Prova de 2005, em amostra. Ligeira presença de notas florais no aroma, associadas a sugestões de madeira. De médio porte na boca, mostra taninos ainda bem presentes, a dizer que precisa de algum tempo de descanso em cave.
2002 tinto Trincadeira
*** 4/5
Provado de novo em 2005. Está a evoluir bem (dentro das limitações que já aqui tínhamos apontado no ano anterior), a casta não é muito expressiva, mas dá agora uma boa prova de boca. Falta-lhe estrutura, mas isso não se adquire com o tempo. Beba-o agora.
COLHEITA DO SÓCIO
2004 branco Reserva
*** 4/5
Provado em amostra, Feito com Síria, Arinto do Dão e Fonte Cal, fermentou em barricas novas. Parece menos expressivo que na edição anterior, a madeira não é evidente e os aromas das castas são pouco entusiasmantes. Na boca dá uma prova correcta, com acidez no ponto adequado, com alguma vivacidade. É um esforço de renovação que se aplaude, mas o desenho do vinho ainda está em construção.
2003 tinto Garrafeira
***4/5
Provado em 2005, em amostra. Mediano na concentração da cor, de aroma algo difuso, onde é difícil detectar castas, apresenta algumas notas de madeira nova, mas tudo sem concentração. Na boca dá a mesma sensação de ausência de grandes virtudes. Como é que daqui se pretende fazer um garrafeira é que não se percebe.
Adega Coop. Covilhã
Oto. dos Poldros
6200-165 Covilhã
Tel. 275-330750
E-maíl: adega.c.covilha@mail.telepac.pt
Enólogo: Nuno Galeão
Praça Velha
2000 tinto Garrafeira
*** 5
Prova de 2005. Menos expressivo no aroma que em edições anteriores, está um vinho tranquilo, pouco concentrado, com evidência de notas vegetais que na boca se confirmam, aliadas a um corpo ligeiro e com taninos um pouco espigados. Poderá melhorar (amaciar) em cave, mas não espere milagres.
ALPEDRINHA
2002 tinto
*** 4/5
Provado de novo em 2005. 0 contra-rótulo conta-nos a história do cardeal ele Alpedrinha, mas fica-se sem se perceber a que propósito essa história é aqui contada. Um pouco evoluído no estilo com os aromas a caminharem um pouco para o rebuçado, está um tinto tranquilo e pouco encorpado. Na boca confirma-se como um tinto acessível e pronto a ser consumido, sem arestas.
FUNDANUS PRESTIGE
Nota: provámos a nova edição de 2002 deste vinho, mas, como se tratava de uma amostra e já estava recolhida há muito tempo, o vinho não se apresentava nas melhores condições, com o aroma reduzido. Assim sendo, entendemos preferível não o classificar. No próximo ano, já engarrafado será então analisado.
2001 tinto Aragonês/Jaen
****5/6
Prova de 2004. Trata-se de um novo vinho da cooperativa, de nome algo infeliz. O vinho, esse, é mais feliz, tem bons aromas de fruta madura e aqui o casamento com a madeira dá bom resultado. Na prova de boca confirma-se uni perfil de boa fruta, com taninos ainda um pouco presentes mas com um estilo bem agradável. Com estes taninos, não receará o tempo em cave.
Adega Coop, Fundão -Vale de Canas - Apart. 19- 6234-909 Fundão
Tel. 275-752275
E-mail: geral@adegafundao.com Enólogo: António Saramago
Qta. do Cardo
Nesta região acabaram os varietais tintos. Mantém-se o branco Síria, um sucesso muito inesperado junto do mercado.
2004 branco
**5
Em relação à colheita anterior este 'branco mostra menos delicadeza aromática:
apresenta-se um pouco mais discreto e de fruta escondida. Na boca, ao contrário, traz-nos uma belíssima acidez, muito bem proporcionada, com uma fruta delicada a surgir e a marcar o final.
2004 branco Síria
**5/6
A cor parece mais carregada do que o habitual, o aroma é intenso e tem alguma personalidade, todo ele virado para as notas florais e vegetais. Sem fruta, embora com uma nota de casca de laranja, revela-se com carácter. Belo corpo na boca, onde uma acidez elevada não perturba em nada a boa prova. É urra branco muito original que merece ser conhecido.
2003 tinto
*** 14/5
Prova de 2005. Aroma vivo com abundantes notas de fruta, tudo simples e agradável num vinho discreto mas afirmativo. Macio e fácil na boca, apresenta-se em boa forma para ser consumido no quotidiano.
2002 tinto Colh. Selecc.
**** 5/6
Prova de 2005. Um pouco escuro no aroma, a fruta não de descortina desde já, mas sugere também que o que está escondido é de boa qualidade. Mais explícito na boca, com taninos afinados e corpo mediano, é um tinto que pode ser bebido agora, mas que merece que algumas garrafas sejam guardadas mais um ano para ver o que acontece. Outras boas colheitas anteriores: 2000 Colheita Seleccionada."
Não são referidos a Quinta dos Currais, sendo esta uma grande lacuna, por se tratar de vinhos muito bem trabalhados e que certamente mereceriam uma notação suprior à que é atribuída a outros vinhos.
Poderemos concluir que se tem ido no bom caminho e que hoe poderemos oferecer na Restauração Regional Vinhos de excelente qualidade, produzidos na região.
quarta-feira, outubro 26, 2005
A Economia na Beira Interior
O Diário XXI iniciou hoje (http://www.diarioxxi.com/?lop=artigo&op=a5771bce93e200c36f7cd9dfd0e5deaa&id=aca9d4f91ffc53d164e7a3242653879e) e termina amanhã http://www.diarioxxi.com/?lop=artigo&op=a5771bce93e200c36f7cd9dfd0e5deaa&id=646b02e11133e257d571ffee126712ec um conjunto de dois artigos sobre a Economia da Beira Interior, da autoria de um professor catedrático da UBI, que merece toda a atenção critica, pelo que escreve e pelo que ficou por escrever. Depois da leitura dos dois artigos procurarei comentar o seu conteúdo.
domingo, outubro 23, 2005
Escola Secundária E B 2/3 Pedro Álvares Cabral de Belmonte, com melhorias significativas
O Concelho de Belmonte obteve a melhor média, de acordo com o Público, concelhia nos exames de 12º Ano. Os alunos realizaram 142 provas e no conjunto das oito disciplinas consideradas por este Jornal obtiveram o resultado d 12,2. Mas, mais notável ainda, a escola subiui 551 lugares, relativamente ao ano anterior. No ano anterior a média a Matemática foi de 5,2 e este ano duplicou para 10,4. Em parte do ano foi colocado na Sala de aula mais um professor, com a função de auxiliar o professor titular. Excelente experiência, com óptimos resultados. Segundo a classificação do Públicoesta escola, nos exames de 2005, subiu para a 37ª posição, partindo do 551 lugar, no ano lectivo anterior.
Se esta escola conseguiu, que as outras escolas do Distrito de Castelo lhe sigam o exemplo.
Se esta escola conseguiu, que as outras escolas do Distrito de Castelo lhe sigam o exemplo.
sábado, outubro 22, 2005
Posição das Escolas da BB na ordenação nacional
Mais uma vez temos oportunidade de conhecer os resultados nos exames nacionais de 12º Ano, obtidos pelos alunos das várias escolas. Infelizmente constatamos que os resultados obtidos em várias escolas do Distrito de Castelo Branco, mesmo as mais conceituadas, são indiciadores de que não estamos a preparar convenientemente o futuro. Com os resultados escolares obtidos não é possível progredirmos no caminho de uma sociedade do conhecimento. Há várias escolas nas últimas posições das piores 50 escolas, nos exames em várias disciplinas. Não há nenhuma nas 50 melhores escolas, nos exames por disciplina, nem mesmo em Castelo Branco ou Covilhã, centros universitários,que deveriam ser estimulos para a obtenção de melhores resultados.
domingo, outubro 09, 2005
Caracterização Geral da Agricultura
O Engº Luís Correia Mira, apresentou na reunião do OEFP, realizada em Castelo Branco uma caracterização Geral da Agricultura, que importa conhecer, para compreendermos o cenário que envolve a nossa Agricultura:
"ENQUADRAMENTO E QUESTÕES FUNDAMENTAIS
ENG. Luís CORREIA MIRA
O sector agrícola português é constituído em 85% dos casos por explorações com menos de 5 hectares em que 55% dos agricultores têm mais de 60 anos e apenas 7% tem menos de 40 anos. A nível habilitacional, cerca de 20% das pessoas deste sector é analfabeta. Perante este cenário, constata-se a necessidade premente de formação no sector agrícola.
Por outro lado, o sector agrícola precisa, urgentemente, de investigação. Neste momento, este é um dos dramas do sector, dado que sem investigação não é possível ser-se competitivo. A título de exemplo, refira-se o caso do subsector da cortiça, relativamente ao qual somos o primeiro produtor a nível mundial, apesar de, até ao momento, não possuirmos, a nível nacional, uma única máquina de apanha de cortiça. Situações semelhantes são também vividas por outros subsectores, pelo que, frequentemente, se constata o recurso a investigações realizadas por outros países.
Na União Europeia, o peso do sector agrícola no PIB representa apenas meio por cento e é ainda alvo de proteccionismo que tem vindo a diminuir com a evolução da PAC. O proteccionismo prejudica os outros países, sobretudo os menos desenvolvidos, todavia, é necessário algum nível de protecção para que a agricultura europeia possa competir com os outros, designadamente nos produtos básicos como o leite e os cereais.
Presentemente, colocam-se igualmente outras questões," em especial no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), que se prendem por exemplo com o facto do Brasil ser um dos maiores importadores e consumidores de produtos agrícolas, e igualmente um grande exportador, e, nessa medida, um dos países mais apetecíveis para negociar, prevendo-se no final deste ano uma nova ronda de negociações a este nível."
"ENQUADRAMENTO E QUESTÕES FUNDAMENTAIS
ENG. Luís CORREIA MIRA
O sector agrícola português é constituído em 85% dos casos por explorações com menos de 5 hectares em que 55% dos agricultores têm mais de 60 anos e apenas 7% tem menos de 40 anos. A nível habilitacional, cerca de 20% das pessoas deste sector é analfabeta. Perante este cenário, constata-se a necessidade premente de formação no sector agrícola.
Por outro lado, o sector agrícola precisa, urgentemente, de investigação. Neste momento, este é um dos dramas do sector, dado que sem investigação não é possível ser-se competitivo. A título de exemplo, refira-se o caso do subsector da cortiça, relativamente ao qual somos o primeiro produtor a nível mundial, apesar de, até ao momento, não possuirmos, a nível nacional, uma única máquina de apanha de cortiça. Situações semelhantes são também vividas por outros subsectores, pelo que, frequentemente, se constata o recurso a investigações realizadas por outros países.
Na União Europeia, o peso do sector agrícola no PIB representa apenas meio por cento e é ainda alvo de proteccionismo que tem vindo a diminuir com a evolução da PAC. O proteccionismo prejudica os outros países, sobretudo os menos desenvolvidos, todavia, é necessário algum nível de protecção para que a agricultura europeia possa competir com os outros, designadamente nos produtos básicos como o leite e os cereais.
Presentemente, colocam-se igualmente outras questões," em especial no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), que se prendem por exemplo com o facto do Brasil ser um dos maiores importadores e consumidores de produtos agrícolas, e igualmente um grande exportador, e, nessa medida, um dos países mais apetecíveis para negociar, prevendo-se no final deste ano uma nova ronda de negociações a este nível."
sexta-feira, outubro 07, 2005
ICONOFÓSSEIS de Penha Garcia
Mais uma excelente divulgação da RAIA, embora não cite as fontes originais da informação.....
"ICNOFÓSSEIS DO VALE DO PONSUL, EM PENHA GARCIA
texto e fotografias
de Jorge Manuel Costa; infografia de Ana Cardoso
Exposição a céu aberto ou puzzle a quatro dimensões? São várias as perspectivas com que os cientistas encaram o comportamento dos pequenos seres que há milhões de anos viveram no vale do Pônsul. Relato de uma viagem pela Rota dos Fósseis, em busca das trilobites de Penha Garcia.
Fazer-se ao trilho assim que o sol se espraia no horizonte logo pela manhã é a melhor forma de embarcar na Rota dos Fósseis, um percurso de três quilómetros que atravessa todo o vale do Pônsul, em Penha Garcia. O arranque fazse no centro da povoação, subindo até ao alto do castelo, onde se obtém a primeira panorâmica das arribas que envolvem o rio. A partir daqui embarcamos numa viagem no tempo, recuando alguns milhões de anos. A grande dobra em ferradura que irrompe em Aranhas (Penamacor) e se prolonga para lá do rio Erges é o que resta de uma colisão continental que há mais de 300 milhões de anos ergueu estas estruturas sedimentares, formando uma cordilheira montanhosa que «levantou» grande parte do território português. As rochas preservadas no seu interior gozam de uma particularidade especial: são ricas em icnofósseis.
Ao contrário dos fósseis, que resultam da fossilização de animais ou plantas, estes são apenas registos do comportamento dos pequenos seres que habitaram esta região, e que hoje repousam nas fragas de xisto e nos afloramentos de quartzito das vertentes do canhão fluvial de Penha Garcia. Algo que tem chamado a atenção de cientistas nacionais e estrangeiros, como o alemão Adolf Seilacher, um dos mais prestigiados paleontólogos do mundo, e que em 2002 esteve pela primeira vez no local para estudar os vestígios de trilobites. Surpreendido pela riqueza dos acha-
RAIA 36
dos, este acabou por acrescentar novos moldes à sua exposição itinerante "Arte Fóssil", que entre Fevereiro e Maio foi visitada por mais de 3500 pessoas no Centro Cultural Raiano, em Idanha-a-Nova. «O uso de moldes é mais prático e contém toda a informação, enquanto que o original fica no campo», esclarece o cientista, lembrando a facilidade em transportar as cópias, que mais tarde podem ser estudadas, inclusive por leigos. «A natureza tem formas interessantes que cada um pode desfrutar sem saber nada de ciência». Combinar a geologia com a arqueologia ou a história, apostando em força no turismo, é agora o objectivo das autoridades locais, cuja prioridade é a criação do primeiro geoparque português. «Pretendemos despertar o interesse do público para este tipo de estruturas e ter na região investigadores que possam utilizar esta informação científica», refere Carlos Neto de Carvalho, geólogo da Universidade de Lisboa e responsável pelas estratégias de inventariação, protecção e promoção deste património. A ser aprovado pela UNESCO, o Geoparque da Meseta Meridional, cuja candidatura deverá ser entregue em breve à Rede Europeia de Geoparques, marcará o arranque de vários projectos ligados ao geoturismo e a implantar nos seis concelhos da Naturtejo (Castelo Branco, Idanha-aNova, Nisa, Oleiros, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão), criando para já 22 postos de trabalho. «Estamos a ultimar a parte da promoção, seguindo-se a compilação de dados para terminar o dossiê».
O plano integra uma rede de percursos geológicos como a rota da água (Termas de Monfortinho e da Fadagosa) e a criação de
pólos museológicos (coutos mineiros de Salvaterra do Extremo, Segura e Rosmaninhal), de investigação geológica (Monforte da Beira), geomorfológicos (Monsanto) e paleontológicos (Penha Garcia). «Em termos de registo fóssil, o paleozóico português é dos melhores ao nível europeu. E é importante que exista um museu temático que realce esta importância», conclui Carlos Neto de Carvalho. Prevista está também a abertura do Museu do Urânio (Nisa), bem como a classificação das morfologias graníticas da Serra da Gardunha, do tronco fóssil de Perais e das portas de Vale Mourão e de Ródão. O Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) já classificou 70 monumentos como património arqueológico e arquitectónico, tendo sido identificados na zona do futuro monumento natural nacional das Portas de Ródão 29 locais de interesse geológico, entre eles o Conhal do Arneiro, uma extensa escombreira resultante da extracção de ouro no período romano.
Já sem os garimpeiros colados ao leito do rio ou os moinhos fabricando farinha, as trilobites são agora a esperança para que o Pônsul volte a ter vida. Estes artrópodes marinhos com 480 milhões de anos (época em que a região era um vasto mar de águas pouco profundas, situado sobre o equador) e extintos há 250, haviam já sido investigados em 1883 por Nerry Delgado, pioneiro nos estudos paleontólogos e geológicos em Portugal, que então pensou tratarem-se de impressões de algas. Actualmente sabe-se que a habilidade destes seres solitários em fazer círculos era uma forma de se alimentarem, arrancando nutrientes do lodo. Até 1985, ano em que um investigador inglês fez um estudo no local, não se sabia quase nada sobre as trilobites de Penha Garcia. Em 2003, com o estabelecimento da Rota dos Fósseis, aumentou a investigação científica sobre esta jazida do Paleozóico, classificada como Descendo pelo castelo de Penha Garcia, a Rota dos Fósseis segue até ao paredão da barragem, percorrendo todo o vale e passando junto aos cinco sectores da escola de escalada que aqui tem trazido muitos portugueses e espanhóis. Para além dos grampos que suportam as cordas, entre as escarpas escondem-se vestígios dos seres que ali viveram na era do Paleozóico. Cá em baixo, o curso do Pônsul leva-nos até alguns moinhos de rodízio desactivados, pequena amostra do que resta do maior conjunto de unidades moageiras do concelho de Idanha-a-Nova.
É aqui, numa das casas recentemente reconstruídas, que encontramos Domingos Costa, funcionário da autarquia. Para além de «compor» algumas paredes destas relíquias do património rural, ele é também o guardião dos icnofósseis do vale. Já lá vai a altura em que os visitantes levavam para casa alguns destes exemplares e a população era obrigada a vigiar de perto estas "cobras pintadas". «Vou-os informando com o pouco que sei sobre as pedras. Aquelas que andam por aí soltas, para
não as levarem, guardam-se aqui», esclarece Domingos Costa, enquanto nos conduz ao pequeno cubículo onde apenas alguma luz entra por entre as telhas de canudo. Trespassada a porta baixa, vêem-se dispostos no chão e em prateleiras improvisadas exemplares da cruziana goldfussi e da cruziana furcifera, formas fossilizadas com os comportamentos típicos das trilobites, mostrando como estas se movimentavam na água, emergiam ou escavavam o lodo para se alimentarem. «0 guarda de Penha Garcia não é nenhum cientista, mas o seu fascínio estético por este tipo de traços dá-lhe a força e o interesse para os pesquisar e recolher», acrescenta o iconólogo italiano Andrea Baucon. E não faltam interessados nestes achados. Só nos últimos três meses, três mil pessoas visitaram a área do futuro parque icnológico. «A rota trouxe muito mais movimento. E se passar a geoparque, virá ainda mais gente», conclui o guardador de trilobites, segurando na mão um pequeno exemplar.
Domingos Costa cuida dos icnofósseis que vai encontrando no vale do Pônsul
Para além dos icnofósseis, no local destacam-se as dobras e os filões de quartzite
conjunto de interesse municipal e monumento natural, e cuja diversidade, dimensão e qualidade é hoje reconhecida internacionalmente. «A existência da Rota dos Fósseis faz com que seja muito fácil cá chegar. Qualquer pessoa pode aqui fazer as suas descobertas científicas», adianta Carlos Neto de Carvalho, lembrando que para o «fundador da paleontologia» esta exposição de arte a céu aberto é a mais importante ao nível global para a compreensão dos comportamentos das trilobites. «Estes vestígios só têm paralelo na Bolívia, mas aqui estão mais bem preservados», refere o próprio Seilacher.
A mesma opinião tem Andrea Baucon, da Universidade de Trieste. «Este é um dos poucos sítios do mundo onde podemos encontrar icnofósseis preservados desta forma. Vermos aqueles traços e caminhos desenhados é como mergulhar em oceanos paleozóicos», confessa o iconólogo que veio de Itália para estudar as trilobites de Penha Garcia, uma forma de se poderem analisar compor-tamentos animais que só agora começam a ser compreendidos. «É um trabalho difícil, mas tudo o que encontramos é uma nova descoberta. Exemplares destes são verdadeiras máquinas do tempo», acrescenta. Pura catarse científica ou arte pré-histórica? «Os humanos são muito antropocêntricos», graceja Andrea Baucon. «A arte pertence à natureza, e nós somos parte dela». Dilemas artísticos à parte, entre a comunidade científica é consensual o argumento de que este complexo natural pode fornecer pistas importantes sobre a origem da vida na terra. «Deambular através do registo geológico deste livro do tempo gravado nas pedras poderá ser de extrema utilidade e interesse para quem quiser perceber de onde vimos e para onde vamos", diz Carlos Neto de Carvalho. «O que temos em Penha Garcia é o primeiro capítulo de uma história muito mais longa que ao longo dos últimos 200 anos os paleontólogos têm vindo a escrever». Um livro ao qual faltará sempre a última página, mas que conta ainda com o contributo dos geólogos para ajudar a compreender um puzzle em quatro dimensões, onde o tempo é o elemento mais significativo. «Neste vale estão registados 400 metros de sedimentação, e cada nível de argila pode compreender várias dezenas de milhar de anos».
"ICNOFÓSSEIS DO VALE DO PONSUL, EM PENHA GARCIA
texto e fotografias
de Jorge Manuel Costa; infografia de Ana Cardoso
Exposição a céu aberto ou puzzle a quatro dimensões? São várias as perspectivas com que os cientistas encaram o comportamento dos pequenos seres que há milhões de anos viveram no vale do Pônsul. Relato de uma viagem pela Rota dos Fósseis, em busca das trilobites de Penha Garcia.
Fazer-se ao trilho assim que o sol se espraia no horizonte logo pela manhã é a melhor forma de embarcar na Rota dos Fósseis, um percurso de três quilómetros que atravessa todo o vale do Pônsul, em Penha Garcia. O arranque fazse no centro da povoação, subindo até ao alto do castelo, onde se obtém a primeira panorâmica das arribas que envolvem o rio. A partir daqui embarcamos numa viagem no tempo, recuando alguns milhões de anos. A grande dobra em ferradura que irrompe em Aranhas (Penamacor) e se prolonga para lá do rio Erges é o que resta de uma colisão continental que há mais de 300 milhões de anos ergueu estas estruturas sedimentares, formando uma cordilheira montanhosa que «levantou» grande parte do território português. As rochas preservadas no seu interior gozam de uma particularidade especial: são ricas em icnofósseis.
Ao contrário dos fósseis, que resultam da fossilização de animais ou plantas, estes são apenas registos do comportamento dos pequenos seres que habitaram esta região, e que hoje repousam nas fragas de xisto e nos afloramentos de quartzito das vertentes do canhão fluvial de Penha Garcia. Algo que tem chamado a atenção de cientistas nacionais e estrangeiros, como o alemão Adolf Seilacher, um dos mais prestigiados paleontólogos do mundo, e que em 2002 esteve pela primeira vez no local para estudar os vestígios de trilobites. Surpreendido pela riqueza dos acha-
RAIA 36
dos, este acabou por acrescentar novos moldes à sua exposição itinerante "Arte Fóssil", que entre Fevereiro e Maio foi visitada por mais de 3500 pessoas no Centro Cultural Raiano, em Idanha-a-Nova. «O uso de moldes é mais prático e contém toda a informação, enquanto que o original fica no campo», esclarece o cientista, lembrando a facilidade em transportar as cópias, que mais tarde podem ser estudadas, inclusive por leigos. «A natureza tem formas interessantes que cada um pode desfrutar sem saber nada de ciência». Combinar a geologia com a arqueologia ou a história, apostando em força no turismo, é agora o objectivo das autoridades locais, cuja prioridade é a criação do primeiro geoparque português. «Pretendemos despertar o interesse do público para este tipo de estruturas e ter na região investigadores que possam utilizar esta informação científica», refere Carlos Neto de Carvalho, geólogo da Universidade de Lisboa e responsável pelas estratégias de inventariação, protecção e promoção deste património. A ser aprovado pela UNESCO, o Geoparque da Meseta Meridional, cuja candidatura deverá ser entregue em breve à Rede Europeia de Geoparques, marcará o arranque de vários projectos ligados ao geoturismo e a implantar nos seis concelhos da Naturtejo (Castelo Branco, Idanha-aNova, Nisa, Oleiros, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão), criando para já 22 postos de trabalho. «Estamos a ultimar a parte da promoção, seguindo-se a compilação de dados para terminar o dossiê».
O plano integra uma rede de percursos geológicos como a rota da água (Termas de Monfortinho e da Fadagosa) e a criação de
pólos museológicos (coutos mineiros de Salvaterra do Extremo, Segura e Rosmaninhal), de investigação geológica (Monforte da Beira), geomorfológicos (Monsanto) e paleontológicos (Penha Garcia). «Em termos de registo fóssil, o paleozóico português é dos melhores ao nível europeu. E é importante que exista um museu temático que realce esta importância», conclui Carlos Neto de Carvalho. Prevista está também a abertura do Museu do Urânio (Nisa), bem como a classificação das morfologias graníticas da Serra da Gardunha, do tronco fóssil de Perais e das portas de Vale Mourão e de Ródão. O Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) já classificou 70 monumentos como património arqueológico e arquitectónico, tendo sido identificados na zona do futuro monumento natural nacional das Portas de Ródão 29 locais de interesse geológico, entre eles o Conhal do Arneiro, uma extensa escombreira resultante da extracção de ouro no período romano.
Já sem os garimpeiros colados ao leito do rio ou os moinhos fabricando farinha, as trilobites são agora a esperança para que o Pônsul volte a ter vida. Estes artrópodes marinhos com 480 milhões de anos (época em que a região era um vasto mar de águas pouco profundas, situado sobre o equador) e extintos há 250, haviam já sido investigados em 1883 por Nerry Delgado, pioneiro nos estudos paleontólogos e geológicos em Portugal, que então pensou tratarem-se de impressões de algas. Actualmente sabe-se que a habilidade destes seres solitários em fazer círculos era uma forma de se alimentarem, arrancando nutrientes do lodo. Até 1985, ano em que um investigador inglês fez um estudo no local, não se sabia quase nada sobre as trilobites de Penha Garcia. Em 2003, com o estabelecimento da Rota dos Fósseis, aumentou a investigação científica sobre esta jazida do Paleozóico, classificada como Descendo pelo castelo de Penha Garcia, a Rota dos Fósseis segue até ao paredão da barragem, percorrendo todo o vale e passando junto aos cinco sectores da escola de escalada que aqui tem trazido muitos portugueses e espanhóis. Para além dos grampos que suportam as cordas, entre as escarpas escondem-se vestígios dos seres que ali viveram na era do Paleozóico. Cá em baixo, o curso do Pônsul leva-nos até alguns moinhos de rodízio desactivados, pequena amostra do que resta do maior conjunto de unidades moageiras do concelho de Idanha-a-Nova.
É aqui, numa das casas recentemente reconstruídas, que encontramos Domingos Costa, funcionário da autarquia. Para além de «compor» algumas paredes destas relíquias do património rural, ele é também o guardião dos icnofósseis do vale. Já lá vai a altura em que os visitantes levavam para casa alguns destes exemplares e a população era obrigada a vigiar de perto estas "cobras pintadas". «Vou-os informando com o pouco que sei sobre as pedras. Aquelas que andam por aí soltas, para
não as levarem, guardam-se aqui», esclarece Domingos Costa, enquanto nos conduz ao pequeno cubículo onde apenas alguma luz entra por entre as telhas de canudo. Trespassada a porta baixa, vêem-se dispostos no chão e em prateleiras improvisadas exemplares da cruziana goldfussi e da cruziana furcifera, formas fossilizadas com os comportamentos típicos das trilobites, mostrando como estas se movimentavam na água, emergiam ou escavavam o lodo para se alimentarem. «0 guarda de Penha Garcia não é nenhum cientista, mas o seu fascínio estético por este tipo de traços dá-lhe a força e o interesse para os pesquisar e recolher», acrescenta o iconólogo italiano Andrea Baucon. E não faltam interessados nestes achados. Só nos últimos três meses, três mil pessoas visitaram a área do futuro parque icnológico. «A rota trouxe muito mais movimento. E se passar a geoparque, virá ainda mais gente», conclui o guardador de trilobites, segurando na mão um pequeno exemplar.
Domingos Costa cuida dos icnofósseis que vai encontrando no vale do Pônsul
Para além dos icnofósseis, no local destacam-se as dobras e os filões de quartzite
conjunto de interesse municipal e monumento natural, e cuja diversidade, dimensão e qualidade é hoje reconhecida internacionalmente. «A existência da Rota dos Fósseis faz com que seja muito fácil cá chegar. Qualquer pessoa pode aqui fazer as suas descobertas científicas», adianta Carlos Neto de Carvalho, lembrando que para o «fundador da paleontologia» esta exposição de arte a céu aberto é a mais importante ao nível global para a compreensão dos comportamentos das trilobites. «Estes vestígios só têm paralelo na Bolívia, mas aqui estão mais bem preservados», refere o próprio Seilacher.
A mesma opinião tem Andrea Baucon, da Universidade de Trieste. «Este é um dos poucos sítios do mundo onde podemos encontrar icnofósseis preservados desta forma. Vermos aqueles traços e caminhos desenhados é como mergulhar em oceanos paleozóicos», confessa o iconólogo que veio de Itália para estudar as trilobites de Penha Garcia, uma forma de se poderem analisar compor-tamentos animais que só agora começam a ser compreendidos. «É um trabalho difícil, mas tudo o que encontramos é uma nova descoberta. Exemplares destes são verdadeiras máquinas do tempo», acrescenta. Pura catarse científica ou arte pré-histórica? «Os humanos são muito antropocêntricos», graceja Andrea Baucon. «A arte pertence à natureza, e nós somos parte dela». Dilemas artísticos à parte, entre a comunidade científica é consensual o argumento de que este complexo natural pode fornecer pistas importantes sobre a origem da vida na terra. «Deambular através do registo geológico deste livro do tempo gravado nas pedras poderá ser de extrema utilidade e interesse para quem quiser perceber de onde vimos e para onde vamos", diz Carlos Neto de Carvalho. «O que temos em Penha Garcia é o primeiro capítulo de uma história muito mais longa que ao longo dos últimos 200 anos os paleontólogos têm vindo a escrever». Um livro ao qual faltará sempre a última página, mas que conta ainda com o contributo dos geólogos para ajudar a compreender um puzzle em quatro dimensões, onde o tempo é o elemento mais significativo. «Neste vale estão registados 400 metros de sedimentação, e cada nível de argila pode compreender várias dezenas de milhar de anos».
7 percursos pedestres no Concelho de Nisa
A câmara de Nisa editou uma bonita brochura apresentando a proposta de 7 percursos pedestres pelo Concelho. Excelente iniciativa, que se aplaude e apresenta como exemplo de boas práticas.
N I S A
Caminhos de evasão (Introdução da Presidente da Câmara Municipal c/c Nisa: 7
A ter em conta (conselhos úteis, material necessário...): 9
Introdução: 11
Trilhos das Jans: 13
: Descobrir o Tejo: 17
Olhar sobre a Foz: 21
Trilhos do Conhal: 25
-: À descoberta de S. Miguel: 29
c: Rota dos Açudes: 33
: Entre Azenhas: 37
Trilhos do Moinho Branco: 41
Contactos úteis: 45
Percursos Pedestres de Nisa Localização geral no concelho
Trilhos das Jans - Amieira do Tejo -
Descobrir o Tejo - Chão-da-Velha -
Olhar sobre a Foz - Central eléctrica da Velada -
Trilhos do Conhal - Arneiro À descoberta de S. Miguel - Pé da Serra -
Rota dos Açudes - Salavessa -
Entre Azenhas - Montalvão -
Trilhos do Moinho Branco - Montalvão -
Núcleos museológicos de Vila de Rei
O nº 67 da Revista Raia publica três excelentes artigos promocionais das belezas naturais da região e também dos esforços feitos para as tornar atractivas turisticamente. Uma das reportagens é sobre os núcleos museológicos de Vila de Rei, aqui fica:
Com Vila de Rei em destaque no mapa, apontamos as coordenadas de três núcleos museológicos: o Museu das Aldeias, na Relva; o da Geodesia, no picoto da Melriça; e o Museu Municipal, na sede de concelho
Texto e fotografias de jorge manuel costa
reportagem integral na raia#67
Ao entrarmos na povoação da Relva, a cinco quilómetros de Vila de Rei, por entre as árvores sobressai uma réplica de dois metros do monumento do Cristo Rei, colocada num pedestal de cimento. Trata-se de uma das primeiras criações com que Aniceto Nunes decorou a quinta do mesmo nome. Nascido há 60 anos naquela aldeia, aos 15 o jovem foi para Lisboa, onde aprendeu a arte de pedreiro, tomou conta de um café, foi taxista e trabalhou numa empresa de móveis, ofícios que mais tarde lhe seriam úteis na realização deste e de outros projectos de uma estética rara. Mas é o coleccionismo de relíquias do mundo rural que mais o tem ocupado. «Sempre tive uma grande paixão pelas coisas antigas. Pedia para me darem ou venderem tudo o que fosse velho.», comenta Aniceto Nunes, lembrando que o vício começou com uma candeia. «Encontrei-a na serra num buraco. Disseram-me que a podia levar, porque era para deitar fora.» Em trinta anos, o entusiasta das velharias reuniu milhares de peças centenárias, por vezes oferecidas pelos visitantes do seu museu ou encontradas na rua. «Às vezes vejo coisas que é um crime estarem no lixo e não me importo de metê-las no carro.»
A braços com a crescente falta de espaço para tantos objectos, o próprio resolveu criar um museu que retratasse os ofícios do mundo agrícola. Hoje, o Museu das Aldeias estende-se pelos três pisos da Casa Grande, solar rústico da primeira metade do século XVII, outrora pertencente aos capitães da Relva, família abastada para quem trabalhava a maior parte da população da localidade. Em 1994 Aniceto Nunes compra com o irmão aos últimos netos da família a propriedade e o solar – desabitado há trinta anos e em ruínas –, regressando em definitivo à aldeia para se dedicar à ampliação da quinta e à recuperação da casa. ...........
Com Vila de Rei em destaque no mapa, apontamos as coordenadas de três núcleos museológicos: o Museu das Aldeias, na Relva; o da Geodesia, no picoto da Melriça; e o Museu Municipal, na sede de concelho
Texto e fotografias de jorge manuel costa
reportagem integral na raia#67
Ao entrarmos na povoação da Relva, a cinco quilómetros de Vila de Rei, por entre as árvores sobressai uma réplica de dois metros do monumento do Cristo Rei, colocada num pedestal de cimento. Trata-se de uma das primeiras criações com que Aniceto Nunes decorou a quinta do mesmo nome. Nascido há 60 anos naquela aldeia, aos 15 o jovem foi para Lisboa, onde aprendeu a arte de pedreiro, tomou conta de um café, foi taxista e trabalhou numa empresa de móveis, ofícios que mais tarde lhe seriam úteis na realização deste e de outros projectos de uma estética rara. Mas é o coleccionismo de relíquias do mundo rural que mais o tem ocupado. «Sempre tive uma grande paixão pelas coisas antigas. Pedia para me darem ou venderem tudo o que fosse velho.», comenta Aniceto Nunes, lembrando que o vício começou com uma candeia. «Encontrei-a na serra num buraco. Disseram-me que a podia levar, porque era para deitar fora.» Em trinta anos, o entusiasta das velharias reuniu milhares de peças centenárias, por vezes oferecidas pelos visitantes do seu museu ou encontradas na rua. «Às vezes vejo coisas que é um crime estarem no lixo e não me importo de metê-las no carro.»
A braços com a crescente falta de espaço para tantos objectos, o próprio resolveu criar um museu que retratasse os ofícios do mundo agrícola. Hoje, o Museu das Aldeias estende-se pelos três pisos da Casa Grande, solar rústico da primeira metade do século XVII, outrora pertencente aos capitães da Relva, família abastada para quem trabalhava a maior parte da população da localidade. Em 1994 Aniceto Nunes compra com o irmão aos últimos netos da família a propriedade e o solar – desabitado há trinta anos e em ruínas –, regressando em definitivo à aldeia para se dedicar à ampliação da quinta e à recuperação da casa. ...........
Revitalização da Olivicultura em Malpica do Tejo
Revitalização da Olivicultura em Malpica do Tejo
Já tinha, neste Blog, feito referência à excelência do azeite de Malpica do Tejo, que tive oportunidade de encontrar no Gourmet do El corte Inglês. Em complemento transcrevo notas de uma intervenção dos Engos João Miguel Pereira e Rui Alves Cabaço, que historiam a iniciativa e as actividades desenvolvidas na comunidade, pela comunidade e para a comunidade. Que o exemplo frutifice noutras paragens da nossa Beira.
BOAS PRATICAS INSERIDAS NO CONTEXTO LOCAL E REGIONAL
A REESTRUTURAÇÃO DO LUGAR DE AZEITE 'E DA PADARIA DE MALPICA DO TEJO
ENG.° JOÃO MIGUEL PEREIRA/ ENG.° RUI ALVES CABAÇO
MODERNIZAÇÃO DO LAGAR DE AZEITE DA COOPERATIVA DE MALPICA DO TEJO
CONTEXTO DE INTERVENÇÃO
Freguesia de Malpica do Tejo
• Concelho de Castelo Branco
• 20 km da cidade de Castelo Branco
• Aldeia "sem saída"
• 758 habitantes (2001)
• População envelhecida e "deprimida"
OLIVICULTURA EM MALPICA DO TEJO
Conhecer o passado para compreender o presente...
• Estruturação fundiária "tranquila"
• Aquisição colectiva de propriedades de grande dimensão
•
Plantação de Oliveiras
• Azeite como sinal de "riqueza"
• Colheita de azeitona: entreajuda familiar
Enquadramento histórico do laqar de azeite
1952: Constituição da Cooperativa Agrícola dos Olivicultores de Malpica do Tejo 1954: Inicio da Produção de Azeite no Lagar da Cooperativa
ANOS 90: CENÁRIO NEGRO!!
Laqar de azeite: Situação de partida
• Edifício altamente degradado
• Tecnologia obsoleta (serviço prestado, qualidade do azeite, componente ambiental)
• Condições higio-sanitárias pouco apropriadas
• Azeite "vendido" a granel
• Situação económico-financeira débil
• Qualificação dos recursos humanos
CONDENADO AO
DESAPARECIMENTO I
1. ACREDITAR QUE É POSSÍVEL
1998: lançamento do desafio de reeditar aquilo que os pais e avós tinham feito há 50 anos...
• Envolvimento dos 400 sócios da Cooperativa
• Definição de uma estratégia com objectivos claros, definidos e quantificados
Azeites de elevada qualidade
Nichos de mercado
Denominação de Origem Protegida (DOP)
Azeite' da Beira Baixa
AFINAL É POSSÍVEL!
2001: "novo" lagar de azeite
• Investimento: 600 mil euros
• Capacidade de laboração: 600 - 800 toneladas azeitona
• Tecnologias modernas: inovação
• Ganhos de produtividade e eficiência
A garrafa n°1...
2002: "novo"azeite Malpica do Tejo
Atingir os objectivos
• 1° Azeite qualificado com denominação de origem protegida azeite da beira baixa
• Reconhecimento da qualidade
• Notoriedade do produto
• Nichos de mercado
• Valorização comercial
Uma "verdadeira" cooperativa
• Funcionamento todo ano
• Loja rural
• Posto de abastecimento de combustíveis agrícolas
• Prestação de serviços agro-rurais
• Loja do cidadão da aldeia
• 3 postos de trabalho permanentes e 4 sazonais
E O FUTURO ?...
Em primeiro luqar:
Já tinha, neste Blog, feito referência à excelência do azeite de Malpica do Tejo, que tive oportunidade de encontrar no Gourmet do El corte Inglês. Em complemento transcrevo notas de uma intervenção dos Engos João Miguel Pereira e Rui Alves Cabaço, que historiam a iniciativa e as actividades desenvolvidas na comunidade, pela comunidade e para a comunidade. Que o exemplo frutifice noutras paragens da nossa Beira.
BOAS PRATICAS INSERIDAS NO CONTEXTO LOCAL E REGIONAL
A REESTRUTURAÇÃO DO LUGAR DE AZEITE 'E DA PADARIA DE MALPICA DO TEJO
ENG.° JOÃO MIGUEL PEREIRA/ ENG.° RUI ALVES CABAÇO
MODERNIZAÇÃO DO LAGAR DE AZEITE DA COOPERATIVA DE MALPICA DO TEJO
CONTEXTO DE INTERVENÇÃO
Freguesia de Malpica do Tejo
• Concelho de Castelo Branco
• 20 km da cidade de Castelo Branco
• Aldeia "sem saída"
• 758 habitantes (2001)
• População envelhecida e "deprimida"
OLIVICULTURA EM MALPICA DO TEJO
Conhecer o passado para compreender o presente...
• Estruturação fundiária "tranquila"
• Aquisição colectiva de propriedades de grande dimensão
•
Plantação de Oliveiras
• Azeite como sinal de "riqueza"
• Colheita de azeitona: entreajuda familiar
Enquadramento histórico do laqar de azeite
1952: Constituição da Cooperativa Agrícola dos Olivicultores de Malpica do Tejo 1954: Inicio da Produção de Azeite no Lagar da Cooperativa
ANOS 90: CENÁRIO NEGRO!!
Laqar de azeite: Situação de partida
• Edifício altamente degradado
• Tecnologia obsoleta (serviço prestado, qualidade do azeite, componente ambiental)
• Condições higio-sanitárias pouco apropriadas
• Azeite "vendido" a granel
• Situação económico-financeira débil
• Qualificação dos recursos humanos
CONDENADO AO
DESAPARECIMENTO I
1. ACREDITAR QUE É POSSÍVEL
1998: lançamento do desafio de reeditar aquilo que os pais e avós tinham feito há 50 anos...
• Envolvimento dos 400 sócios da Cooperativa
• Definição de uma estratégia com objectivos claros, definidos e quantificados
Azeites de elevada qualidade
Nichos de mercado
Denominação de Origem Protegida (DOP)
Azeite' da Beira Baixa
AFINAL É POSSÍVEL!
2001: "novo" lagar de azeite
• Investimento: 600 mil euros
• Capacidade de laboração: 600 - 800 toneladas azeitona
• Tecnologias modernas: inovação
• Ganhos de produtividade e eficiência
A garrafa n°1...
2002: "novo"azeite Malpica do Tejo
Atingir os objectivos
• 1° Azeite qualificado com denominação de origem protegida azeite da beira baixa
• Reconhecimento da qualidade
• Notoriedade do produto
• Nichos de mercado
• Valorização comercial
Uma "verdadeira" cooperativa
• Funcionamento todo ano
• Loja rural
• Posto de abastecimento de combustíveis agrícolas
• Prestação de serviços agro-rurais
• Loja do cidadão da aldeia
• 3 postos de trabalho permanentes e 4 sazonais
E O FUTURO ?...
Em primeiro luqar:
terça-feira, outubro 04, 2005
DIELMAR-Exemplo de Boas Práticas
O Engº Luís Filipe Rafael apresentou na reunião do OEFP, realizada em Castelo Branco, em Julho, a caracterização da Dielmar, uma grande exportadora e inovadora da região.
Aqui fica o registo, para quem se interessa pelo estudo da Beira Interior.
CONTINUAR A ACREDITAR
BOAS PRÁTICAS INSERIDAS NO CONTEXTO LOCAL E REGIONAL
A DIELMAR E SUA IMPORTÂNCIA NO EMPREGO E NA ECONOMIA
ENG.° Luís FILIPE RAFAEL
A Dielmar é uma empresa familiar, fundada há 40 anos, por quatro alfaiates, embora actualmente seja uma sociedade anónima. Situada a 10 km de Castelo Branco, esta empresa iniciou a sua actividade com 30 trabalhadores e conta actualmente com 428. Com um impacto social muito forte na região, a sua filosofia assenta numa clara aposta nas novas tecnologias e numa gestão eficaz dos seus recursos humanos. É empresa líder de mercado na confecção de fatos de homem e é composta exclusivamente por capitais nacionais.
Para além da aposta contínua e continuada nos seus recursos humanos, a Dielmar tem igualmente apostado em regalias, prémios de assiduidade e de produtividade que representam cerca de 10% da massa salarial. Relativamente a regalias concedidas aos seus trabalhadores, esta empresa dispõe de um autocarro que transporta cerca de 30 pessoas das aldeias limítrofes para a sua fábrica e disponibiliza, gratuitamente, passes sociais a outros trabalhadores. A Dielmar dispõe igualmente de um médico, que se desloca às suas instalações duas tardes por semana a fim de atender os trabalhadores, e de seguros de saúde que incluem internamento hospitalar e exames complementares. Finalmente, existe uma cantina, onde uma empresa de catering assegura a confecção de refeições a preços bastante acessíveis.
Na actual conjuntura, a empresa deseja continuar a prosseguir esta política e preocupa-se com o bem-estar dos seus trabalhadores, não obstante se confrontar com algumas dificuldades, nomeadamente a que se prende com o aumento da concorrência.
Da sua força laboral, 83% são mulheres, o absentismo representa 6%, muito abaixo da média do sector, e os contratos sem termo 73%. A mais recente aposta na abertura de postos de venda próprios (8 lojas) coincidiu com a contratação a prazo de alguma mão de obra.
Todavia, a Dielmar tem tido algumas dificuldades em encontrar mão de obra qualificada, mais concretamente costureiras altamente qualificadas e dispostas a trabalhar, dado que, neste domínio, a empresa já tem sido confrontada com o facto de o subsídio de desemprego não encorajar o regresso ao trabalho.
Por outro lado, a Dielmar assinou um protocolo com o Instituto Politécnico e com a Escola Profissional de Idanha, é uma empresa certificada que tem a preocupação de assegurar formação contínua aos seus trabalhadores e recorre à NERCAB quando pretende recrutar estagiários em áreas muito específicas.
Existe uma responsabilidade acrescida em termos sociais pelo facto de trabalharem na Dielmar famílias inteiras, preocupando-se a empresa em garantir um emprego estável aos seus trabalhadores.
Aqui fica o registo, para quem se interessa pelo estudo da Beira Interior.
CONTINUAR A ACREDITAR
BOAS PRÁTICAS INSERIDAS NO CONTEXTO LOCAL E REGIONAL
A DIELMAR E SUA IMPORTÂNCIA NO EMPREGO E NA ECONOMIA
ENG.° Luís FILIPE RAFAEL
A Dielmar é uma empresa familiar, fundada há 40 anos, por quatro alfaiates, embora actualmente seja uma sociedade anónima. Situada a 10 km de Castelo Branco, esta empresa iniciou a sua actividade com 30 trabalhadores e conta actualmente com 428. Com um impacto social muito forte na região, a sua filosofia assenta numa clara aposta nas novas tecnologias e numa gestão eficaz dos seus recursos humanos. É empresa líder de mercado na confecção de fatos de homem e é composta exclusivamente por capitais nacionais.
Para além da aposta contínua e continuada nos seus recursos humanos, a Dielmar tem igualmente apostado em regalias, prémios de assiduidade e de produtividade que representam cerca de 10% da massa salarial. Relativamente a regalias concedidas aos seus trabalhadores, esta empresa dispõe de um autocarro que transporta cerca de 30 pessoas das aldeias limítrofes para a sua fábrica e disponibiliza, gratuitamente, passes sociais a outros trabalhadores. A Dielmar dispõe igualmente de um médico, que se desloca às suas instalações duas tardes por semana a fim de atender os trabalhadores, e de seguros de saúde que incluem internamento hospitalar e exames complementares. Finalmente, existe uma cantina, onde uma empresa de catering assegura a confecção de refeições a preços bastante acessíveis.
Na actual conjuntura, a empresa deseja continuar a prosseguir esta política e preocupa-se com o bem-estar dos seus trabalhadores, não obstante se confrontar com algumas dificuldades, nomeadamente a que se prende com o aumento da concorrência.
Da sua força laboral, 83% são mulheres, o absentismo representa 6%, muito abaixo da média do sector, e os contratos sem termo 73%. A mais recente aposta na abertura de postos de venda próprios (8 lojas) coincidiu com a contratação a prazo de alguma mão de obra.
Todavia, a Dielmar tem tido algumas dificuldades em encontrar mão de obra qualificada, mais concretamente costureiras altamente qualificadas e dispostas a trabalhar, dado que, neste domínio, a empresa já tem sido confrontada com o facto de o subsídio de desemprego não encorajar o regresso ao trabalho.
Por outro lado, a Dielmar assinou um protocolo com o Instituto Politécnico e com a Escola Profissional de Idanha, é uma empresa certificada que tem a preocupação de assegurar formação contínua aos seus trabalhadores e recorre à NERCAB quando pretende recrutar estagiários em áreas muito específicas.
Existe uma responsabilidade acrescida em termos sociais pelo facto de trabalharem na Dielmar famílias inteiras, preocupando-se a empresa em garantir um emprego estável aos seus trabalhadores.
segunda-feira, outubro 03, 2005
A criação do Parque Industrial de Castelo Branco
O PCMCB, Joaquim Morão, numa sessão do Observatório do Emprego e Formação Profissional, realizada em Castelo Branco, em 18 de Julho de 2005, fez uma breve descrição da história da criação do Parque Industrial de Castelo Branco.
Aqui fica essa intervenção:
"O PARQUE INDUSTRIAL DE CASTELO BRANCO - EVOLUCÃO E PERSPECTIVA
JOAQUIM MORÃO
CÂMARA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
Castelo Branco tem-se demonstrado um exemplo positivo. Para criar emprego é preciso tomar decisões a tempo que permitam mais tarde aproveitar as oportunidades que venham a surgir. Foi o que aconteceu em 1973, quando a Câmara de Castelo Branco comprou cerca de 250 hectares, facto que permitiu que em 1980 se começassem a instalar as primeiras empresas, não sendo necessário, então, procurar terrenos. Actualmente, existem 145 empresas no Parque Industrial de Castelo Branco nos mais variados sectores: agro-alimentar, indústria do frio, componentes de automóvel, metalomecânica, têxtil e vestuário, mobiliário e madeiras, distribuição e logística e serviços. A primeira empresa a instalar-se foi a Danone, com pessoas regressadas de Moçambique.
O conjunto das empresas que se criaram e/ou instalaram em 1980 permitiu desenvolver um conjunto de serviços não só à sua volta, mas igualmente em torno do Instituto Politécnico de Castelo Branco e do Hospital, que também surgiram nos anos 80, em Castelo Branco. O conjunto destas infraestruturas potenciou o desenvolvimento desta região que passou de 15 mil habitantes para 40 mil.
Actualmente, entre as empresas instaladas, as mais fortes aumentaram não só as suas instalações, mas também o respectivo número de postos de trabalho. O parque industrial, já consolidado, tem resistido à crise que entretanto se instalou, e em 1998, criaram-se condições para se proporcionar um novo salto, tendo a Câmara, nesse ano, comprado cerca de 120 hectares de terreno.
Nos últimos meses, tem-se assistido a uma procura crescente por parte de empresas que se desejam instalar nesta região. Neste momento, existem 50 empresas em processo de instalação que irão criar cerca de 500 postos de trabalho. O sector dos serviços é o que denota uma maior tendência para a deslocalização para dentro desta região e na área do comércio também se tem verificado uma procura bastante acentuada.
Para além do acréscimo de procura por parte de empresas que se desejam instalar, verifica-se também um aumento da procura por parte de empresas já instaladas, mas que desejam alargar a sua produção ou instalações.
Esta crescente procura por parte das empresas é também fruto de algum investimento, designadamente ao nível das acessibilidades, com a criação de infraestruturas viárias, e do sistema de gás natural que permitiu aumentar a competitividade da região. Para além destes aspectos, existe todo um conjunto de factores que possibilitou a alavancagem de todo este processo, nomeadamente a própria instalação do Centro de Formação no Parque Industrial. O mundo rural tem também um importante papel a desempenhar não só nesta alavancagem, mas também na criação de mais emprego, nomeadamente através do desenvolvimento de actividades que permitam o aproveitamento e divulgação dos produtos típicos desta região. Castelo Branco tem conseguido dar resposta ao emprego, na medida em que tem segurado alguns postos de trabalho.
Por outro lado, a Câmara irá criar uma incubadora de empresas, através da construção de um pavilhão com cerca de 9 mil m2 destinado às empresas que, desejando instalar-se na região, ainda não possuem instalações próprias. Posteriormente será também criado um centro tecnológico agro-alimentar com a cooperação do Instituto Politécnico de Castelo Branco e com a Escola Superior Agrária, à semelhança do criado em Badajoz.
Apesar de, ao nível do desemprego, Castelo Branco não ter registado o mesmo ritmo de crescimento do resto do país, convém ter presente que sem medidas e apoios atempados, será impossível salvar algumas das empresas da região que têm sentido algumas dificuldades."
Aqui fica essa intervenção:
"O PARQUE INDUSTRIAL DE CASTELO BRANCO - EVOLUCÃO E PERSPECTIVA
JOAQUIM MORÃO
CÂMARA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
Castelo Branco tem-se demonstrado um exemplo positivo. Para criar emprego é preciso tomar decisões a tempo que permitam mais tarde aproveitar as oportunidades que venham a surgir. Foi o que aconteceu em 1973, quando a Câmara de Castelo Branco comprou cerca de 250 hectares, facto que permitiu que em 1980 se começassem a instalar as primeiras empresas, não sendo necessário, então, procurar terrenos. Actualmente, existem 145 empresas no Parque Industrial de Castelo Branco nos mais variados sectores: agro-alimentar, indústria do frio, componentes de automóvel, metalomecânica, têxtil e vestuário, mobiliário e madeiras, distribuição e logística e serviços. A primeira empresa a instalar-se foi a Danone, com pessoas regressadas de Moçambique.
O conjunto das empresas que se criaram e/ou instalaram em 1980 permitiu desenvolver um conjunto de serviços não só à sua volta, mas igualmente em torno do Instituto Politécnico de Castelo Branco e do Hospital, que também surgiram nos anos 80, em Castelo Branco. O conjunto destas infraestruturas potenciou o desenvolvimento desta região que passou de 15 mil habitantes para 40 mil.
Actualmente, entre as empresas instaladas, as mais fortes aumentaram não só as suas instalações, mas também o respectivo número de postos de trabalho. O parque industrial, já consolidado, tem resistido à crise que entretanto se instalou, e em 1998, criaram-se condições para se proporcionar um novo salto, tendo a Câmara, nesse ano, comprado cerca de 120 hectares de terreno.
Nos últimos meses, tem-se assistido a uma procura crescente por parte de empresas que se desejam instalar nesta região. Neste momento, existem 50 empresas em processo de instalação que irão criar cerca de 500 postos de trabalho. O sector dos serviços é o que denota uma maior tendência para a deslocalização para dentro desta região e na área do comércio também se tem verificado uma procura bastante acentuada.
Para além do acréscimo de procura por parte de empresas que se desejam instalar, verifica-se também um aumento da procura por parte de empresas já instaladas, mas que desejam alargar a sua produção ou instalações.
Esta crescente procura por parte das empresas é também fruto de algum investimento, designadamente ao nível das acessibilidades, com a criação de infraestruturas viárias, e do sistema de gás natural que permitiu aumentar a competitividade da região. Para além destes aspectos, existe todo um conjunto de factores que possibilitou a alavancagem de todo este processo, nomeadamente a própria instalação do Centro de Formação no Parque Industrial. O mundo rural tem também um importante papel a desempenhar não só nesta alavancagem, mas também na criação de mais emprego, nomeadamente através do desenvolvimento de actividades que permitam o aproveitamento e divulgação dos produtos típicos desta região. Castelo Branco tem conseguido dar resposta ao emprego, na medida em que tem segurado alguns postos de trabalho.
Por outro lado, a Câmara irá criar uma incubadora de empresas, através da construção de um pavilhão com cerca de 9 mil m2 destinado às empresas que, desejando instalar-se na região, ainda não possuem instalações próprias. Posteriormente será também criado um centro tecnológico agro-alimentar com a cooperação do Instituto Politécnico de Castelo Branco e com a Escola Superior Agrária, à semelhança do criado em Badajoz.
Apesar de, ao nível do desemprego, Castelo Branco não ter registado o mesmo ritmo de crescimento do resto do país, convém ter presente que sem medidas e apoios atempados, será impossível salvar algumas das empresas da região que têm sentido algumas dificuldades."
domingo, outubro 02, 2005
UBI ajuda alunos a criarem empresas
Empresa de Capitais de Risco
A UBI, conjuntamente com outras seis Universidades ou escolas participa na criação de uma empresa de capitais de risco, para permitir que os seus alunos com proectos para criação de empresas contem com apoio financeiro. Excelente iniciatiiva que pode dar origem à criação de Start up's a partir do conhecimento
A UBI, conjuntamente com outras seis Universidades ou escolas participa na criação de uma empresa de capitais de risco, para permitir que os seus alunos com proectos para criação de empresas contem com apoio financeiro. Excelente iniciatiiva que pode dar origem à criação de Start up's a partir do conhecimento
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