segunda-feira, abril 04, 2005

Produtos do BOSQUE, directamente de MONFORTINHO

No último fim de semana tive oportunidade de constatar a excelente qualidade de um conjunto de óptimos produtos, produzidos em Monfortinho. Já tinha verificado a existência dos produtos no mercado, estão à venda no Gourmet do El Corte Inglês, mas não tinha aprofundado a origem e a qualidade. Trata-se de produtos de caça, transformados industrialmente pela Monfortur. A matéria prima tem origem em várias propriedades no concelho da Idanha, do grupo Espírito Santo, nomeadamente na Herdade da Poupa. Javalis, perdizes, lebres, veados e muflões, criados e abatidos em montarias nas referidas herdades são depois aproveitados e transformados industrialmente numa unidade fabril localizada em Monfortinho, na cerca do Hotel Fonte Santa, dando emprego anual a 10 trabalhadores. Chouriço de veado ou javali, patés diversos, enlatados de perdiz de escabeche e de feijão com lebre, são alguns dos produtos que se podem adquiris directamente num posto de venda na unidade fabril, que até Domingo de manhã está aberto ao público. Os enchidos são excelentes, com muito menos gordura do que os enchidos artesanais ou industrais de porco.

Toda esta actividade produtiva é ainda complementada com um dinamismo na exploração turística. A Monfortur, organiza na Herdade da Poupa um safari fotográfico, em que qualquer turista pode participar, desde que se inscreva numa das três unidades de Turismo do Grupo, Clube de Tiro e Pesca de Monfortinho, Hotel Astória ou Hotel Fonte Santa. Nesse safari será possível fotografar todas as variedades cinegéticas que a Monfortur cria, explora e incorpora como produto turístico.

Testei a qualidade de informação sobre estas e outras actividades turísticas na região e a decepção foi total. No Posto de Turismo não havia qualquer informação sobre o safari fotográfico. Procurei também informação do observatório dos Alares e a primeira reacção foi de desconhecimento total, apôs insistência e consulta a outro Posto de Turismo acabei por conseguir um número de telefone de contacto com a Quercus, para marcação de visita ao observatório dos Alares. Antes disso procurei aceder à Internet no Posto de Turismo, para recuperar informação sobre o observatório dos Alares, mas foi-me dito que o acesso era muito demorado, porque ainda não tinham acesso ADL.

Mas, embora dando o benefício da dúvida, por ainda não estarem activados todos os serviços, no Hotel Fonte Santa, as Novas Tecnologias não estão convenientemente aproveitadas. A rede WI-FI, instalada no edifício, ainda não funcionava, tiveram dificuldades informáticas na facturação, a rede vídeo e rádio, disponibilizada no edifício, não tem uma programação com um mínimo de qualidade e de preocupação cultural. Esperemos que estas limitações venham a ser superadas. Recordo que apôs recuperação o Hotel Fonte Santa tinha sido reaberto na Quinta Feira anterior, ainda com obras a decorrer no 1º Piso de Quartos, na sala de Conferências e equipamento por colocar. Mesmo nestas condições, foi-me possível concluir relativamente ou excelente trabalho de Arquitectura e Decoração bem como de Arquitectura Paisagística, embora este ainda um pouco atrasado. Mas, foi á possível assistir à beleza do caramanchão de glicínias e jasmins, com o cruzar das suas flores roxas e amarelas e ao enquadramento de pegas, melros, pardais, rolas, pintasilgos, cegonhas dominando os céus, que tive oportunidade de observar a partir da Sala de Refeições. Belo, muito belo mesmo.... Da excelência da Gastronomia e das qualidades do Chefe, que tira partido sempre de pratos de caça, escreverei noutro momento....

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