Voltando a "Canção para Carlos Paredes"
Luísa Amaro e Miguel Carvalhinho
A capa do CD repoduz uma bela fotografia de Luísa Amaro e Miguel Carvalhinho, tendo a Gardunha por fundo, ao que suponho. Esta faz-nos recordar ao estado a chegou a Gardunha, depois dos incêndios que a têm assolado. Troncos consumidos pelas chamas, ausência de árvores. Notam-se alguns pinheiros que lutam pelo crescimento no solo pedregoso. O anúncio recentemente feito de que tinha sido aprovado o plano de florestação de Castelo Novo e Louriçal do Campo dá-nos esperança de que seja possível corrigir os erros que deram origem à destruição do nosso património florestal
Da leitura dos textos que acompanham o CD cito dois extractos, um deles de Jorge Mourinha que chama a atenção para um aspecto por mim já abordado, que é a relevância do trabalho do mestre Carlos Paredes, cujos alunos pretendem homenagear e não recriar. Um outro de João Pereira da Silva que refere o preconceito de que a guitarra portuguesa só deve ser tocada por homens. Esse preconceito, na minha opinião, é relativamente recente e está associado ao fado marialva, que admitia a intervenção da mulher como fadista, mas reservava o papel de instrumentista para homens. Mas, se formos à origem da guitarra portuguesa constataremos que a mulher, como executante, está ligada à sua divulgação. Era relativamente frequente, no século XIX, encontrarmos instrumentistas femininos. A Ilustração Portuguesa reproduz representação de instrumentista feminino de guitarra portuguesa e vários textos reforçam e afirmam o papel das instrumentistas de guitarra portuguesa, na sua divulgação. Luísa Amaro é tão só mais uma instrumentista e não precisa de disputar esse papel aos homens. É, simplesmente, uma executante virtuosa desse instrumento.
UMA PEQUENA MÚSICA...
JORGE MOURINHA
“...
Basta, aliás, perceber o carinho com que Luisa Amaro e Miguel Carvalhinho se dedicam afincadamente a serem fiéis àquela definição de Paredes que sempre norteou a sua carreira: a convicção inabalável de perpetuar uma —pequena música» que, à sua modesta maneira, se limita a contribuir para enriquecer o nosso quotidiano. Repare-se no modo como eles recriam as peças de Paredes, propondo leituras que, fiéis embora à matriz melódica, se distanciam abertamente do timbre plangente e apaixonado do Mestre; com todo o respeito de alunos que sabem nunca conseguir chegar ao nível do professor, mas também com a certeza de que a sua leitura, recusando o perfeccionismo em nome de uma espontaneidade e de uma frescura que raramente sentimos nas gravações demasiado codificadas ou virtuosas de guitarra portuguesa, mais não ambiciona a ser do que um outro modo de olhar para um legado que precisa de ser visto a outras luzes, de outros modos, com outros olhos. Nas mãos de Luisa Amaro e Miguel Carvalhinho, as guitarras deixam de ser instrumentos reservados a uns poucos iluminados com um dom inatingível. Na aposta na gravação ao vivo sem overdubs, mantendo intactos os erros e as falhas naturais (e, muitas vezes, inaudíveis aos leigos) a uma interpretação, sente-se a humanidade e a humildade que Paredes sempre nos comunicou através da música.
...”
GUITARRAS, CORDAS DE SEDA
JOÃO PEREIRA DA SILVA
“0 preconceito de que a guitarra portuguesa só deve ser tocada por homens não faz sentido. A guitarra serve para ser tocada e pronto. E neste disco ela sobe a outros lugares. Provavelmente à sua origem. Soa aos instrumentos seus antepassados, de forma diferente. Lembra o bandolim, com outros sons. E a diferença é feita pelas mãos de uma mulher. Aqui, a guitarra portuguesa não mantém a tradição de protagonista. Ela partilha o seu espaço com a guitarra clássica, que não se limita a acompanhá-la um ente só. E o som que delas sai é sedoso, aveludado.”
domingo, janeiro 23, 2005
segunda-feira, janeiro 17, 2005
O Palácio da Casa Marrocos, em Idanha a Velha, vai ser reconvertido em Unidade Hoteleira
A Câmara Municipal de Idanha a Nova parece ter encontrado finalmente um parceiro para reconverter o Palácio Marrocos em Unidade Hoteleira. O parceiro é o Grupo do anterior bastonário da Ordem dos Advogados José Miguel Júdice. Este grupo explora a Quinta das Lágrimas, em Coimbra, o anterior restaurante de Júlia Vinagre no espaço Lisboa e o recem inaugurado Restaurante de Luxo no topo do Parque Eduardo VII, em Lisboa. A transformação da Quinta das Lágrimas foi um proejecto arquitectónico muito bem conseguido e presta hoje um dos melhores serviços nacionais, quer na Restauração quer no Alojamento. O Restaurante no espaço Lisboa deu continuidade a um projecto, sem grandes resultados no espaço Lisboa, mas com provas dadas em Terrugem-Bolota Castanha e mais recentemente na Herdade do Esporão. O Grupo Quinta das Lágrimas renovou o serviço, deu-lhe um cunho mais personalizado e é hoje um Restaurante bem conceituado. O espaço do Parque Eduardo VII, embora só recentemente inaugurado, passou por um período de abertura só para convidados, em que se incluiram grandes mestres da cozinha e comentadores de Gastronomia. o resultado foi excelente, vem já citado com duas estrelas no Guia Michelin, na sua última edição.
Esperemos que essa marca de qualidade seja passada para a Unidade a instalar em Idanha a Velha, a região precisa e merece uma unidade hoteleira de cinco estrelas. Até agora, na Beira Interior temos unidades de quatro estrelas, mas nenhuma de cinco estrelas. Associar cultura, conforto, qualidade, poderá trazer-nos melhor Turismo, mais exigente, que vai obrigar as autoridades locais a necessiterem de proteger, divulgar e benificiar o património local.
Idanha-a-Velha
" Idanha-a-Velha pode ter "hotel de charme"
O Grupo Quinta das Lágrimas pode ser um potencial parceiro da Câmara de Idanha, no projecto de aquisição e conversão da Casa Marrocos numa unidade hoteleira.
in Gazeta do Interior 29 de Dezembro
A Câmara Municipal de Idanha a Nova parece ter encontrado finalmente um parceiro para reconverter o Palácio Marrocos em Unidade Hoteleira. O parceiro é o Grupo do anterior bastonário da Ordem dos Advogados José Miguel Júdice. Este grupo explora a Quinta das Lágrimas, em Coimbra, o anterior restaurante de Júlia Vinagre no espaço Lisboa e o recem inaugurado Restaurante de Luxo no topo do Parque Eduardo VII, em Lisboa. A transformação da Quinta das Lágrimas foi um proejecto arquitectónico muito bem conseguido e presta hoje um dos melhores serviços nacionais, quer na Restauração quer no Alojamento. O Restaurante no espaço Lisboa deu continuidade a um projecto, sem grandes resultados no espaço Lisboa, mas com provas dadas em Terrugem-Bolota Castanha e mais recentemente na Herdade do Esporão. O Grupo Quinta das Lágrimas renovou o serviço, deu-lhe um cunho mais personalizado e é hoje um Restaurante bem conceituado. O espaço do Parque Eduardo VII, embora só recentemente inaugurado, passou por um período de abertura só para convidados, em que se incluiram grandes mestres da cozinha e comentadores de Gastronomia. o resultado foi excelente, vem já citado com duas estrelas no Guia Michelin, na sua última edição.
Esperemos que essa marca de qualidade seja passada para a Unidade a instalar em Idanha a Velha, a região precisa e merece uma unidade hoteleira de cinco estrelas. Até agora, na Beira Interior temos unidades de quatro estrelas, mas nenhuma de cinco estrelas. Associar cultura, conforto, qualidade, poderá trazer-nos melhor Turismo, mais exigente, que vai obrigar as autoridades locais a necessiterem de proteger, divulgar e benificiar o património local.
Idanha-a-Velha
" Idanha-a-Velha pode ter "hotel de charme"
O Grupo Quinta das Lágrimas pode ser um potencial parceiro da Câmara de Idanha, no projecto de aquisição e conversão da Casa Marrocos numa unidade hoteleira.
in Gazeta do Interior 29 de Dezembro
domingo, janeiro 16, 2005
Miguel Carvalhinho e Luísa Amaro decidiram editar um CD de homenagem a Carlos Paredes.
Trabalho arrojado, perante a mestria do homenageado, no virtuosismo demonstrado na guitarra. Luísa Amaro e Miguel Carvalhinho, com o seu trabalho, prestam homenagem e criam aos ouvintes saudades dos sons que Carlos Paredes conseguia extrair do mesmo instrumento. Carlos Paredes foi único, o país não soube tirar devido partido do seu génio, mestria e conhecimento. A sua doença prolongada, por mais de dez anos, também não permitiu que criasse escola. A sua modéstia, que sempre cultivou, também não foi favorável ao ensino e transferência da sua mestria.
Este trabalho, em co-autoria, do Beirão Miguel Carvalhinho é uma sincera homenagem a Carlos Parede e tem o papel relevante de nos criar o desejo de estudar o trabalho musical de Carlos Paredes e de rendermos, cada vez mais intensamente à sua capacidade como executante de Guitarra clássica e de nos surpreendermos com os sons que conseguia extrair desse instrumento, só possiveís através da sua genialidade
CANCAO PARA CARLOS PAREDES
LUISA AMARO/MIGUEL CARVALHINHO
PREÇO FNAC: 14.95
Intérprete: LUISA AMARO/MIGUEL CARVALHINHO
Editora: VGM-VENDEMOS GOSTO PELA MUSICA, LDA
Formato: CD
Trabalho arrojado, perante a mestria do homenageado, no virtuosismo demonstrado na guitarra. Luísa Amaro e Miguel Carvalhinho, com o seu trabalho, prestam homenagem e criam aos ouvintes saudades dos sons que Carlos Paredes conseguia extrair do mesmo instrumento. Carlos Paredes foi único, o país não soube tirar devido partido do seu génio, mestria e conhecimento. A sua doença prolongada, por mais de dez anos, também não permitiu que criasse escola. A sua modéstia, que sempre cultivou, também não foi favorável ao ensino e transferência da sua mestria.
Este trabalho, em co-autoria, do Beirão Miguel Carvalhinho é uma sincera homenagem a Carlos Parede e tem o papel relevante de nos criar o desejo de estudar o trabalho musical de Carlos Paredes e de rendermos, cada vez mais intensamente à sua capacidade como executante de Guitarra clássica e de nos surpreendermos com os sons que conseguia extrair desse instrumento, só possiveís através da sua genialidade
CANCAO PARA CARLOS PAREDES
LUISA AMARO/MIGUEL CARVALHINHO
PREÇO FNAC: 14.95
Intérprete: LUISA AMARO/MIGUEL CARVALHINHO
Editora: VGM-VENDEMOS GOSTO PELA MUSICA, LDA
Formato: CD
sábado, janeiro 15, 2005
Ulisses - Novo trabalho de Cristina Branco
Um dos acompanhantes, em guitarra clássica é o beirão Miguel Carvalhinho, que reside em castelo Novo. Neste espectáculo não participa, mas é um dos intervenientes em Ulisses. No trabalho anterior de Cristina Branco foi também autor de um dos poemas interpretados
Cristina Branco em concerto único,dia 17 de Janeiro de 2005, na Sala de Conferências da Presidência da Républica no Palácio de Luxemburgo em Paris (ver foto)
A convite de Christian Poncelet, presidente do Parlamento de França e Alain Metternich Presidente da Radio Classique, Cristina Branco apresenta em Paris em concerto único o seu último album ULISSES. Entre os convidados, para além um grande número de deputados, embaixadores, presidentes de multinacionais e representantes do mundo económico francês, encontra-se o pintor Julio Pomar e Hermano Sanches presidente da Associaçào "Cap Magellan" responsável pela cultura e a situação social/económica das Comunidades Portuguesas na Europa.
Cristina Branco é acompanhada por Custódio Castelo, guitarra portuguesa, Alexandre Silva, viola, Ricardo Dias, piano e Fernando Maia, viola baixo. O concerto será transmitido pela Radio Classique.
Um dos acompanhantes, em guitarra clássica é o beirão Miguel Carvalhinho, que reside em castelo Novo. Neste espectáculo não participa, mas é um dos intervenientes em Ulisses. No trabalho anterior de Cristina Branco foi também autor de um dos poemas interpretados
Cristina Branco em concerto único,dia 17 de Janeiro de 2005, na Sala de Conferências da Presidência da Républica no Palácio de Luxemburgo em Paris (ver foto)
A convite de Christian Poncelet, presidente do Parlamento de França e Alain Metternich Presidente da Radio Classique, Cristina Branco apresenta em Paris em concerto único o seu último album ULISSES. Entre os convidados, para além um grande número de deputados, embaixadores, presidentes de multinacionais e representantes do mundo económico francês, encontra-se o pintor Julio Pomar e Hermano Sanches presidente da Associaçào "Cap Magellan" responsável pela cultura e a situação social/económica das Comunidades Portuguesas na Europa.
Cristina Branco é acompanhada por Custódio Castelo, guitarra portuguesa, Alexandre Silva, viola, Ricardo Dias, piano e Fernando Maia, viola baixo. O concerto será transmitido pela Radio Classique.
sexta-feira, janeiro 14, 2005
in: Centro do Fundão
Asphodelus Bento Rainhae protegida por plano de gestão a partir do final do mês
2005-01-13
Fonte: Diário XXI
O Plano de Gestão da Serra da Gardunha, elaborado no âmbito do programa Rede Natura 2000, privilegia a preservação da Asphodelus bento-rainhae, uma planta rara que apenas existe na encosta da Serra atravessada pelo concelho do Fundão. Esta semana, a Águas do Zêzere e Côa transferiu cerca de 150 exemplares da planta, descobertos num local destinado a obras, para um local onde serão preservados.
Entra em funcionamento, no final de Janeiro, o plano de gestão da Serra da Gardunha, elaborado no âmbito do programa Rede Natura 2000. A garantia foi dada por João Pedro Silva, biólogo do Instituto de Conservação da Natureza (ICN), durante a translocação de mais de 150 exemplares da planta Asphodelus bento-rainhae, espécie endémica da Serra da Gardunha, realizada na tarde de terça-feira. As plantas foram retiradas do local, nos limites da freguesia de Aldeia de Joanes, onde vai ser construído um reservatório de água para abastecer o concelho do Fundão - obra da responsabilidade da empresa Águas do Zêzere e Côa (AZC).
A empresa optou pela transferência da planta para um local cedido pela Junta de Freguesia.
Uma das medidas do plano de gestão a implementar, segundo o biólogo, prende-se com a protecção do habitat daquela espécie da Gardunha. “As medidas de gestão poderão ajudar a conciliar diferentes interesses, por forma a que a natureza não saia prejudicada”, explica o especialista. Trata-se de mais uma medida que surge no seguimento de outras para proteger a Asphodelus bento-rainhae. Recorde-se que em Setembro último, o Conselho de Ministros aprovou uma resolução que alarga os limites do Sítio Protegido da Serra da Gardunha (Rede Natura 2000), para acautelar a preservação da espécie.
Já antes, a preservação da espécie endémica tinha servido de base ao Projecto Life, levado a cabo pela Associação de Defesa e Desenvolvimento da Gardunha (ADESGAR) entre 1998 e 2003. Aquela instituição procedeu à compra de terrenos onde a planta cresce e é alvo da gestão adequada e promoveu acções de sensibilização da populações com vista à subsistência da Asphodelus bento-rainhae.
Gardunha acolhe entre 10 a 15 mil exemplares da Asphodelus bento-rainhae
Vivem na encosta, do Souto da Casa ao Alcaide
A Asphodelus bento-rainhae é uma planta da família das liliáceas, endémica da vertente Norte da Serra da Gardunha. A planta vive nos castinçais e carvalhais bem conservados, numa faixa compreendida entre os 490 e 850 metros de altitude, desde o Souto da Casa até ao Alcaide, freguesias fundanenses. Frequentemente, surge também nos taludes dos cerejais onde não foi feita a aplicação de herbicidas, ou nas orlas dos caminhos.
A planta pertence ao género Asphodelus da qual existem em Portugal sete espécies descritas e que se distribuem de Norte a Sul do país. Na Serra da Gardunha existem três espécies de Asphodelus, também conhecidas por abrotéas, todas muito similares. Somente se distingue a Asphodelus bento-rainhae através de algumas características particulares, tais com as cápsulas e os tubérculos. Com esta planta coexiste o Asphodelus macrocarpus que se distingue através de cápsulas maiores e globosas, e de tubérculos apendiculados e fusiformes.
A planta não tem qualquer aplicação económica, no entanto, segundo alguns testemunhos populares, o suco do tubérculo é utilizado em certas infecções de pele (eczemas). As folhas previamente cozidas dos Asphodelus macrocarpus, serotinus e bento-rainhae eram utilizadas como complemento na alimentação dos suínos.
Estima-se que na encosta da Gardunha existam entre 10 a 15 mil exemplares da Asphodelus Bento Rainhae. No entanto, João Pedro Silva, biólogo do Instituto de Conservação da Natureza (ICN), garante que “a preservação não está garantida a longo prazo, Por isso está prevista a sua protecção local”.
Bento Rainha era companheiro de descoberta do botânico
Pinto da Silva encontra planta em 1956
A espécie foi pela primeira vez descrita em 1956 pelo botânico Pinto da Silva, que lhe deu o nome do seu amigo e companheiro de descoberta, Bento Victória Rainha. Quando Bento Rainha faleceu, segundo o testemunho deixado por Pinto da Silva, ainda conservava no seu jardim, em Sintra, um exemplar de Asphodelus bento-rainhae que ambos tinham descoberto na Serra da Gardunha.
Autarquia fundanense realça importância da sensibilização
Henrique Dias, vereador com o pelouro do Ambiente na autarquia fundanense, também acompanhou anteontem o processo de translocação dos vários exemplares da Asphodelus bento-rainhae. O responsável explica a importância da planta e salienta a necessidade de sensibilização dos particulares para a preservação da espécie endémica da Serra da Gardunha. “É necessário que a par das entidades públicas, os particulares também procedam à desmatação e limpeza, com a consciência de que é preciso preservar esta espécie”.
Segundo Henrique Dias, a ADESGAR “fará, muito em breve, algum trabalho de dinamização das escolas e do público em geral”. “Também em relação aos agricultores e produtores de cereja, foi feito um grande trabalho de sensibilização. Hoje, nos terrenos da grande maioria dos produtores há grandes plantações de cereja com as quais a planta convive.
De alguma maneira a sensibilização foi feita e foi importante”, conclui o responsável pelo ambiente na autarquia fundanense.
Asphodelus Bento Rainhae protegida por plano de gestão a partir do final do mês
2005-01-13
Fonte: Diário XXI
O Plano de Gestão da Serra da Gardunha, elaborado no âmbito do programa Rede Natura 2000, privilegia a preservação da Asphodelus bento-rainhae, uma planta rara que apenas existe na encosta da Serra atravessada pelo concelho do Fundão. Esta semana, a Águas do Zêzere e Côa transferiu cerca de 150 exemplares da planta, descobertos num local destinado a obras, para um local onde serão preservados.
Entra em funcionamento, no final de Janeiro, o plano de gestão da Serra da Gardunha, elaborado no âmbito do programa Rede Natura 2000. A garantia foi dada por João Pedro Silva, biólogo do Instituto de Conservação da Natureza (ICN), durante a translocação de mais de 150 exemplares da planta Asphodelus bento-rainhae, espécie endémica da Serra da Gardunha, realizada na tarde de terça-feira. As plantas foram retiradas do local, nos limites da freguesia de Aldeia de Joanes, onde vai ser construído um reservatório de água para abastecer o concelho do Fundão - obra da responsabilidade da empresa Águas do Zêzere e Côa (AZC).
A empresa optou pela transferência da planta para um local cedido pela Junta de Freguesia.
Uma das medidas do plano de gestão a implementar, segundo o biólogo, prende-se com a protecção do habitat daquela espécie da Gardunha. “As medidas de gestão poderão ajudar a conciliar diferentes interesses, por forma a que a natureza não saia prejudicada”, explica o especialista. Trata-se de mais uma medida que surge no seguimento de outras para proteger a Asphodelus bento-rainhae. Recorde-se que em Setembro último, o Conselho de Ministros aprovou uma resolução que alarga os limites do Sítio Protegido da Serra da Gardunha (Rede Natura 2000), para acautelar a preservação da espécie.
Já antes, a preservação da espécie endémica tinha servido de base ao Projecto Life, levado a cabo pela Associação de Defesa e Desenvolvimento da Gardunha (ADESGAR) entre 1998 e 2003. Aquela instituição procedeu à compra de terrenos onde a planta cresce e é alvo da gestão adequada e promoveu acções de sensibilização da populações com vista à subsistência da Asphodelus bento-rainhae.
Gardunha acolhe entre 10 a 15 mil exemplares da Asphodelus bento-rainhae
Vivem na encosta, do Souto da Casa ao Alcaide
A Asphodelus bento-rainhae é uma planta da família das liliáceas, endémica da vertente Norte da Serra da Gardunha. A planta vive nos castinçais e carvalhais bem conservados, numa faixa compreendida entre os 490 e 850 metros de altitude, desde o Souto da Casa até ao Alcaide, freguesias fundanenses. Frequentemente, surge também nos taludes dos cerejais onde não foi feita a aplicação de herbicidas, ou nas orlas dos caminhos.
A planta pertence ao género Asphodelus da qual existem em Portugal sete espécies descritas e que se distribuem de Norte a Sul do país. Na Serra da Gardunha existem três espécies de Asphodelus, também conhecidas por abrotéas, todas muito similares. Somente se distingue a Asphodelus bento-rainhae através de algumas características particulares, tais com as cápsulas e os tubérculos. Com esta planta coexiste o Asphodelus macrocarpus que se distingue através de cápsulas maiores e globosas, e de tubérculos apendiculados e fusiformes.
A planta não tem qualquer aplicação económica, no entanto, segundo alguns testemunhos populares, o suco do tubérculo é utilizado em certas infecções de pele (eczemas). As folhas previamente cozidas dos Asphodelus macrocarpus, serotinus e bento-rainhae eram utilizadas como complemento na alimentação dos suínos.
Estima-se que na encosta da Gardunha existam entre 10 a 15 mil exemplares da Asphodelus Bento Rainhae. No entanto, João Pedro Silva, biólogo do Instituto de Conservação da Natureza (ICN), garante que “a preservação não está garantida a longo prazo, Por isso está prevista a sua protecção local”.
Bento Rainha era companheiro de descoberta do botânico
Pinto da Silva encontra planta em 1956
A espécie foi pela primeira vez descrita em 1956 pelo botânico Pinto da Silva, que lhe deu o nome do seu amigo e companheiro de descoberta, Bento Victória Rainha. Quando Bento Rainha faleceu, segundo o testemunho deixado por Pinto da Silva, ainda conservava no seu jardim, em Sintra, um exemplar de Asphodelus bento-rainhae que ambos tinham descoberto na Serra da Gardunha.
Autarquia fundanense realça importância da sensibilização
Henrique Dias, vereador com o pelouro do Ambiente na autarquia fundanense, também acompanhou anteontem o processo de translocação dos vários exemplares da Asphodelus bento-rainhae. O responsável explica a importância da planta e salienta a necessidade de sensibilização dos particulares para a preservação da espécie endémica da Serra da Gardunha. “É necessário que a par das entidades públicas, os particulares também procedam à desmatação e limpeza, com a consciência de que é preciso preservar esta espécie”.
Segundo Henrique Dias, a ADESGAR “fará, muito em breve, algum trabalho de dinamização das escolas e do público em geral”. “Também em relação aos agricultores e produtores de cereja, foi feito um grande trabalho de sensibilização. Hoje, nos terrenos da grande maioria dos produtores há grandes plantações de cereja com as quais a planta convive.
De alguma maneira a sensibilização foi feita e foi importante”, conclui o responsável pelo ambiente na autarquia fundanense.
terça-feira, janeiro 11, 2005
Rota dos Castros no Concelho do Fundão
A câmara passou a disponibilizar on-line informação sobre os Castros e a respectiva rota, situação que é de aplaudir e agradecer. Mas, noutros domínios da utilização das novas tecnologias, para uma cidade que se diz Digital, muito há a fazer. Este fim de semana a imprensa trazia um suplemento com indicação dos pontos de acesso à Internet em Portugal. Relativamente ao Fundão não está listado qualquer ponto público em Castelo Novo e Póvoa da Atalaia. Quem visitar Castelo Novoe se dirija, por exemplo, ao posto de turismo da Câmara aí instalado, está impossibilitado de obter informação na Internet, para o próprio local que vai visitar. É uma situação totalmente incompreensível, tanto mais que, muito provavelmente, haverá um serviço de acesso à Internet utilizado pelo funcionário. Corrijam de imediato a situação.
Para a Póvoa da Atalaia a mesma questão. Os visitantes que queiram aí aprofundar informações sobre a região ou sobre Eugénio de Andrade, existindo aí um espaço público para exposições, estão impossibilitados de aceder à Internet. Por favor, tornem-se, verdadeiramente em concelho digital e não obriguem os utilizadores de Internet a deslocarem-se ao Fundão, ou Alpedrinha, para acederem a um posto público.
in: Câmara Municipal do Fundão
Blog da Rota dos Castros no Concelho do Fundão está on-line.
Fundão, 2004-12-07 16:05:41.0
Este blog foi criado numa tentativa de servir de complemento ao roteiro didáctico (já lançado) e fornecer mais informação aos muitos interessados em conhecer a Rota dos Castros do concelho do Fundão. Aqui serão disponibilizadas informações mais detalhadas, respondidas questões e partilhadas experiências.
Está on-line em:
http://rotadoscastros.blogspot.com/
A câmara passou a disponibilizar on-line informação sobre os Castros e a respectiva rota, situação que é de aplaudir e agradecer. Mas, noutros domínios da utilização das novas tecnologias, para uma cidade que se diz Digital, muito há a fazer. Este fim de semana a imprensa trazia um suplemento com indicação dos pontos de acesso à Internet em Portugal. Relativamente ao Fundão não está listado qualquer ponto público em Castelo Novo e Póvoa da Atalaia. Quem visitar Castelo Novoe se dirija, por exemplo, ao posto de turismo da Câmara aí instalado, está impossibilitado de obter informação na Internet, para o próprio local que vai visitar. É uma situação totalmente incompreensível, tanto mais que, muito provavelmente, haverá um serviço de acesso à Internet utilizado pelo funcionário. Corrijam de imediato a situação.
Para a Póvoa da Atalaia a mesma questão. Os visitantes que queiram aí aprofundar informações sobre a região ou sobre Eugénio de Andrade, existindo aí um espaço público para exposições, estão impossibilitados de aceder à Internet. Por favor, tornem-se, verdadeiramente em concelho digital e não obriguem os utilizadores de Internet a deslocarem-se ao Fundão, ou Alpedrinha, para acederem a um posto público.
in: Câmara Municipal do Fundão
Blog da Rota dos Castros no Concelho do Fundão está on-line.
Fundão, 2004-12-07 16:05:41.0
Este blog foi criado numa tentativa de servir de complemento ao roteiro didáctico (já lançado) e fornecer mais informação aos muitos interessados em conhecer a Rota dos Castros do concelho do Fundão. Aqui serão disponibilizadas informações mais detalhadas, respondidas questões e partilhadas experiências.
Está on-line em:
http://rotadoscastros.blogspot.com/
domingo, janeiro 09, 2005
O Museu República e Resistência vai realizar em 2005 uma série de colóquios sobre "0 jornalismo em Portugal, hoje". Um desses colóquios é sobre Blogs e um outro sobre imprensa regional, em que participa o Director do Jornal do Fundão. Ainda estão distantes mas podem ir preenchendo as vossas agendas...
Biblioteca-Museu República e Resistência
Espaço Cidade Universitária
Rua Alberto de Sousa, 10-A à Zona B do Rego
Tel. 21 780 27 60 - Fax 21 780 27 88
e-mail: m.resistencia(a.netcabo.pt
www.cm-lisboa.pt/cultura/DBD/brepublica
Biblioteca-Museu República e Resistência
A BMRR é uma biblioteca especializada em História e Política Contemporâneas, temos cerca de 40000 monografias, centenas de publicações periódicas e um rico espólio documental abrangendo milhares de panfletos, cartazes e outros materiais políticos, tudo em regime de livre acesso.
"0 jornalismo em Portugal, hoje"
Num ponto do calendário em que os ideais republicanos atingem a bonita idade de 95 anos, quanto mais não fosse apenas por essa razão, vem a propósito fazer as contas ao "em que pé estamos?" e/ou ao "para onde vamos?", numa área de actividade social, política e cultural como é (e sempre foi) o jornalismo. Vital.
Sabendo como sabemos que, para além de outras "fontes", novos "agentes" intervenientes se perfilam no fenómeno, as "novas tecnologias" estão a alterar vil, violenta e rapidamente "as regras do jogo" no jornalismo.
Este ciclo de debates ousa deitar contas à vida.
A-Convocatória vai para os profissionais mas - e sobretudo -para os que consomem "produtos" e também para os que querem ser jornalistas.
Programa
26 /Maio /2005 21.30 horas 0 fenómeno "blogs"
Intervenientes: José Pacheco Pereira (Investigador) José Magalhães (Deputado do PS)
Moderador: Fernando Alves (TSF Rádio Notícias)
24 /Novembro /2005 21.30 horas
Jornais Regionais
Intervenientes: Fernando Paulouro das Neves
(Dir. do 'Jornal do Fundão')
Sandra Lopes ("Dir de "A Ponte"- Ponte de Sor)
Moderador: José Carlos Vasconcelos (Dir. "Jornal de Letras
Biblioteca-Museu República e Resistência
Espaço Cidade Universitária
Rua Alberto de Sousa, 10-A à Zona B do Rego
Tel. 21 780 27 60 - Fax 21 780 27 88
e-mail: m.resistencia(a.netcabo.pt
www.cm-lisboa.pt/cultura/DBD/brepublica
Biblioteca-Museu República e Resistência
A BMRR é uma biblioteca especializada em História e Política Contemporâneas, temos cerca de 40000 monografias, centenas de publicações periódicas e um rico espólio documental abrangendo milhares de panfletos, cartazes e outros materiais políticos, tudo em regime de livre acesso.
"0 jornalismo em Portugal, hoje"
Num ponto do calendário em que os ideais republicanos atingem a bonita idade de 95 anos, quanto mais não fosse apenas por essa razão, vem a propósito fazer as contas ao "em que pé estamos?" e/ou ao "para onde vamos?", numa área de actividade social, política e cultural como é (e sempre foi) o jornalismo. Vital.
Sabendo como sabemos que, para além de outras "fontes", novos "agentes" intervenientes se perfilam no fenómeno, as "novas tecnologias" estão a alterar vil, violenta e rapidamente "as regras do jogo" no jornalismo.
Este ciclo de debates ousa deitar contas à vida.
A-Convocatória vai para os profissionais mas - e sobretudo -para os que consomem "produtos" e também para os que querem ser jornalistas.
Programa
26 /Maio /2005 21.30 horas 0 fenómeno "blogs"
Intervenientes: José Pacheco Pereira (Investigador) José Magalhães (Deputado do PS)
Moderador: Fernando Alves (TSF Rádio Notícias)
24 /Novembro /2005 21.30 horas
Jornais Regionais
Intervenientes: Fernando Paulouro das Neves
(Dir. do 'Jornal do Fundão')
Sandra Lopes ("Dir de "A Ponte"- Ponte de Sor)
Moderador: José Carlos Vasconcelos (Dir. "Jornal de Letras
sábado, janeiro 08, 2005
Papel da Educação no Desenvolvimento
A Imprensa Regional cita um trabalho de um professor da UBI sobre a situação económica na Beira Interior e apresenta várias propostas sendo uma delas “é necessário o envolvimento das escolas industriais e comerciais”. Como é sabido não existem, actualmente, no sistema educativo português escolas industriais e comerciais, não se percebendo como será possível dinamizá-las. Agora, isso sim, sem um nível educacional mais avançado não será possível atingir o desenvolvimento. Esse papel caberá a todo o ensino básico, secundário e superior. Para além do nível educacional, em Portugal, ser muito baixo há ainda a agravante de o sistema de ensino ter imensas lacunas e ser mesmo de fraca qualidade. Basta observar as estatísticas referentes aos resultados dos Testes PISA, domínio da Língua, domínio da Matemática e domínio das Ciências, obtidos pelos alunos portugueses e compará-los com os obtidos noutros países para tomarmos consciência do tanto que há para fazer em Portugal. Mas, se fizermos uma análise mais fina constataremos que a situação na Beira Interior, a nível dos resultados referidos apresenta dos piores resultados no País. Se, nos dermos ao cuidado, dando-lhe o valor que lhe podermos dar, de observar o posicionamento das Escolas Secundárias da Beira Interior, no ranking que vem sendo feito pelo Público, não encontramos qualquer escola da Beira Interior nas 50 primeiras posições e encontramos várias nas últimas 50 posições. É ao nível da qualidade do ensino básico, secundário e superior que teremos que actuar e na Beira Interior há muito a corrigir, a começar na própria UBI, onde lecciona o responsável pelo trabalho jornalístico.
in: Jornal do Fundão
Estudo do ODES
«Beira Interior está a atravessar fase crucial»
Fala sobre o futuro da economia da Beira Interior, o mais recente trabalho de José Pires Manso, professor da UBI
CHEGA pela mão de José Pires Manso o mapa actual da economia da Beira Interior. O responsável máximo pelo Observatório para o Desenvolvimento Económico e Social (ODES) da UBI faz o resumo da situação actual da região, classificando-a de “má” e aponta algumas saídas possíveis para a crise instalada.
Segundo o catedrático em economia da UBI, “a Beira Interior está a atravessar uma fase crucial da sua vida”. Isto porque, a região vive fundamentalmente dos sectores têxtil, laneiro e de confecções, que estão agora em crise. A constatação não necessita de grandes números ou dados estatísticos, “uma vez que estes são bem conhecidos”. A necessidade mais premente, vai sim, no sentido de “recuperar, reconverter e relançar algumas unidades salutares destes sectores”, aponta o documento. Em sete páginas, Pires Manso lança também um alerta à classe política. Segundo o docente “são necessários apoios que discriminem positivamente o interior do País em relação ao litoral”.
Vectores fundamentais com maior apoio
Renovar as rodovias, deixar as auto-estradas sem portagens e electrificar toda a linha ferroviária da Beira Baixa são algumas das principais achegas que Pires Manso deixa ao poder político local e central. Para o responsável pelo Observatório da UBI, estas infra-estruturas têm um forte impacto na economia da região, daí que a sua “dinamização seja fundamental”. Ainda neste ponto, o docente refere também a modernização do aeródromo da Covilhã. Uma das principais soluções encontradas pelo catedrático de economia está na aposta de produtos de alta qualidade, “que não sejam facilmente produzidos em mercados como a China ou o Japão”. Esta medida está a ser adoptada em Inglaterra e noutros países europeus, com “bastante sucesso”. Para que esta meta seja atingida, “é necessário o envolvimento das escolas industriais e comerciais”, isto para que “se dotem as empresas de profissionais qualificados em muitos domínios onde actualmente há carência, como é o caso da mecânica e da manutenção de equipamentos industriais”.
A Imprensa Regional cita um trabalho de um professor da UBI sobre a situação económica na Beira Interior e apresenta várias propostas sendo uma delas “é necessário o envolvimento das escolas industriais e comerciais”. Como é sabido não existem, actualmente, no sistema educativo português escolas industriais e comerciais, não se percebendo como será possível dinamizá-las. Agora, isso sim, sem um nível educacional mais avançado não será possível atingir o desenvolvimento. Esse papel caberá a todo o ensino básico, secundário e superior. Para além do nível educacional, em Portugal, ser muito baixo há ainda a agravante de o sistema de ensino ter imensas lacunas e ser mesmo de fraca qualidade. Basta observar as estatísticas referentes aos resultados dos Testes PISA, domínio da Língua, domínio da Matemática e domínio das Ciências, obtidos pelos alunos portugueses e compará-los com os obtidos noutros países para tomarmos consciência do tanto que há para fazer em Portugal. Mas, se fizermos uma análise mais fina constataremos que a situação na Beira Interior, a nível dos resultados referidos apresenta dos piores resultados no País. Se, nos dermos ao cuidado, dando-lhe o valor que lhe podermos dar, de observar o posicionamento das Escolas Secundárias da Beira Interior, no ranking que vem sendo feito pelo Público, não encontramos qualquer escola da Beira Interior nas 50 primeiras posições e encontramos várias nas últimas 50 posições. É ao nível da qualidade do ensino básico, secundário e superior que teremos que actuar e na Beira Interior há muito a corrigir, a começar na própria UBI, onde lecciona o responsável pelo trabalho jornalístico.
in: Jornal do Fundão
Estudo do ODES
«Beira Interior está a atravessar fase crucial»
Fala sobre o futuro da economia da Beira Interior, o mais recente trabalho de José Pires Manso, professor da UBI
CHEGA pela mão de José Pires Manso o mapa actual da economia da Beira Interior. O responsável máximo pelo Observatório para o Desenvolvimento Económico e Social (ODES) da UBI faz o resumo da situação actual da região, classificando-a de “má” e aponta algumas saídas possíveis para a crise instalada.
Segundo o catedrático em economia da UBI, “a Beira Interior está a atravessar uma fase crucial da sua vida”. Isto porque, a região vive fundamentalmente dos sectores têxtil, laneiro e de confecções, que estão agora em crise. A constatação não necessita de grandes números ou dados estatísticos, “uma vez que estes são bem conhecidos”. A necessidade mais premente, vai sim, no sentido de “recuperar, reconverter e relançar algumas unidades salutares destes sectores”, aponta o documento. Em sete páginas, Pires Manso lança também um alerta à classe política. Segundo o docente “são necessários apoios que discriminem positivamente o interior do País em relação ao litoral”.
Vectores fundamentais com maior apoio
Renovar as rodovias, deixar as auto-estradas sem portagens e electrificar toda a linha ferroviária da Beira Baixa são algumas das principais achegas que Pires Manso deixa ao poder político local e central. Para o responsável pelo Observatório da UBI, estas infra-estruturas têm um forte impacto na economia da região, daí que a sua “dinamização seja fundamental”. Ainda neste ponto, o docente refere também a modernização do aeródromo da Covilhã. Uma das principais soluções encontradas pelo catedrático de economia está na aposta de produtos de alta qualidade, “que não sejam facilmente produzidos em mercados como a China ou o Japão”. Esta medida está a ser adoptada em Inglaterra e noutros países europeus, com “bastante sucesso”. Para que esta meta seja atingida, “é necessário o envolvimento das escolas industriais e comerciais”, isto para que “se dotem as empresas de profissionais qualificados em muitos domínios onde actualmente há carência, como é o caso da mecânica e da manutenção de equipamentos industriais”.
Agressividade do Turismo espanhol
Comparação de preços com os praticados na Serra da Estrela
Recebi na minha caixa de Email a seguinte proposta para viagem de turismo:
tão barato
que é quase grátis
Sim, realmente, temos uma promoção incrível durante o mês de Janeiro, qualquer uma pessoa não a pode rejeitar, se o trabalho lhe permite fazê-lo.
A nossa imbatível é do período entre 9 de Janeiro até 1 de Fevereiro 2005.
7 € por día
e pessoa (mínimo 2 pessoas, a terceira e a quarta pessoas são grátis), por ejemplo pode estar aqui, em Montanha del Mar, por apenas 98 € durante uma semana e podem vir de 2 a quatro pessoas.
Uma vez aqui receberá um apartamento bem equipado em Montaña del Mar em Espanha. É muito melhor que estar en casa aburrecido, já que em casa não dispõe do calor e o sol da praia.
Na nossa bela costa mediterranèa, poderá disfrutar de um clima doce. Com todas as possibilidades, que lhe podem ofercer os arredores de Barcelona.
Montanha del Mar é fácilmente localizado se vier em carro. Ou sempre tem a possibilidade de dispôr de um voo. Os preços são especialmente baixos n’esta época do ano.
33 € depois de Lisboa ou Porto, poderá ir e voltar, por este preço que consideramos normal. E se tiver tempo também poderá encontrar voos por apenas 1 €.
Mesmo assim o seu voo poderá ser quase gratuito. Iberia, easyjet, ryanair, wichbudget, etc.
Deixe os teus amigos, visinhos, colegas, que eles vão morrer de inveja. É muito simples, só tem que clickar aqui para reservar.
Donde está situada Montaña del Mar?
Preços fora de esta promoção
Mais informação sobre Montaña del Mar
Contácte-nos
Reservar
aproveite - nunca mais encontrará algo tão económico
e Montanha del Mar é algo fantástico
Montaña del Mar
E-08811 Canyelles / Espagne
telefone +34-938 973 311
móvil +34-629 759 385
fax +34-938 973 369
e-mail
Nestas condições, em que se tem ao mesmo tempo praia e neve como é possível que na Zona de Turismo da Serra da Estrela se pratiquem preços tão elevados?
É muito mais barato apanhar avião até Barcelona e passar aí uma semana, do que a deslocação até à Zona de Turismo da Serra da Estrela e passar aí um dia ainda por cima com possibilidades de nem poder chegar à Torre, se nesse dia cair um nevão. Se queremos turistas teremos que criar outras condições e ter capacidade para praticar preços mais próximos com o nosso (europeu) nível de rendimento.
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Nestas condições, em que se tem ao mesmo tempo praia e neve como é possível que na Zona de Turismo da Serra da Estrela se pratiquem preços tão elevados?
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domingo, janeiro 02, 2005
Denominação de Origem Comum (DOC) Beira Interior
DOC Beira Interior
Categoria: Vinho e Cultura
02-10-2002
Legislação Base
Decreto-Lei Nº 442/99, de 2 de Novembro
Entidade Certificadora
Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior
Avª Cidade de Safed, Lote 7, 1º
6300-537 GUARDA
Tel: 271 224 129
Fax: 271 223 101
E-mail: cvrbi@mail.telepac.pt
Área Geográfica
Na sua área de produção estão reconhecidas
as seguintes sub-regiões:
Sub-Região Castelo Rodrigo
Os concelhos de Almeida (freguesias de Almeida,
Castelo Bom, Junça, Malpartida e Naves) e
Figueira de Castelo Rodrigo (excepto a freguesia
de Escalhão).
Sub-Região Cova da Beira
Os concelhos de Belmonte, Castelo Branco,
Covilhã, Fundão, Manteigas, Penamacor, Guarda
(freguesias de Benespera, Famalicão, Gonçalo,
Valhelhas e Vela), Idanha-a-Nova (freguesias de
Aldeia de Santa Margarida, Idanha-a-Velha,
Medelim, Monsanto, Oledo e São Miguel de
Acha), Sabugal (freguesias de Bendada, Casteleiro
e Santo Estêvão) e Vila Velha de Ródão (freguesia
de Vila Velha de Ródão).
Sub-Região Pinhel
Os concelhos de Celorico da Beira (freguesias de
Açores, Baraçal, Celorico da Beira, Forno Telheiro,
Lajeosa do Mondego, Maçal do Chão, Minhocal,
Ratoeira e Velosa), Guarda (freguesias de Avelãs da
Ribeira, Codesseiro, Porto da Carne, Sobral da Serra
e Vila Cortês do Mondego), Meda (freguesias de
Barreira, Carvalhal, Coriscada, Marialva, Rabaçal e
Vale Flor), Pinhel e Trancoso (freguesias de Carnicães,
Cogula, Cótimos, Feital, Freches, Granja, Moimentinha,
Póvoa do Concelho, São Pedro, Souto Maior, Tamanhos,
Torres, Valdujo, Vale do Seixo, Vila Franca das Naves,
Vila Garcia e Vilares).
Novo Vinho da Beira Interior
Parece-me, finalmente, estarmos no bom caminho, em termos de mercado, relativamente ao lançamento de vinhos de qualidade. Este novo rótulo "Quinta dos Currais", aparece com a preocupação de esclarecer os consumidores quanto ao tipo de castas utilizadas na sua confecção. Lacuna que não tem sido coberta por outras marcas, embora a DOC Beira Interior exija a utilização de castas determinadas. É assim que temos Quinta dos Currais Síria, tinto de 2001 foi produzido a partir da Toriga Nacional, Castelão, Rufete, Arogonês, “Quinta dos Currais Branco”, produzido a partir de castas Síria, Cal e Arinto, com um teor alcoólico de 14 graus. Também a apreciação qualitativa é de registar “com um aroma vinoso e elegante. Relativamente ao sabor, é redondo e aveludado e também suave e um final persistente". O recurso a enólogos foi também seguido com recurso a outsourcing a cargo da empresa "Vines & Wines". A inovação foi conseguida tratando-se de um especialista noutras áreas, médico cirurgião, mas estudioso atento da vitivinicultura, partiu para o negócio, sem vícios, nem erros, mas sabendo que sem tecnologia e muito, muito conhecimento e também capital, não seria possível chegar a um produto de qualidade. Parabéns ao Drº José Diogo Tomás, pelo investimento aplicado na Beira Interior e por ter chegado a um produto de alta qualidade, com escoamento recorrendo ao mercado exportador. Sugiro, contudo, que procure contactar a central de distribuição do Corte Inglês, com logística em Badajoz, para dar a conhecer o seu produto no mercado ibérico, à semelhança do que fez o rótulo Almeida Garrett. Espero que o seu produto consiga entrar nas Feiras de Vinhos promovidas pelas grandes superfícies e que seja fácil localizar e adquirir o vinho "Quinta dos Currais".
Nota de Prova de Quinta dos Currais Síria 2003
in: http://www.os5as8.com/provados/qtacurraissiria03.htm
Quinta dos Currais Síria 2003
Produtor: José Diogo Tomás
D.O. / Zona: Beiras
País: Portugal
Tipo de vinho: Branco
Castas: 100% Síria
Estágio: -
Graduação (% vol.): 13,5
Enólogo: -
Preço: -
Data publicação: Setembro 2004
Provado por: Rui Falcão - Os5às8
Data prova: Setembro 2004
Comentário prova: Um produtor novo da Beira Interior, mais concretamente do Fundão, uma aposta na casta Síria com tantas tradições nesta zona do país. Apresenta cor amarelo palha e evoca de imediato aromas de vegetal seco, palha, restolho, cereais, bem como uma lembrança de fruta branca de caroço, sobretudo pêssego e nêspera.
Boca untuosa mas bem temperada pela acidez, confirma a fruta, acrescenta o damasco e a pêra rocha, num branco que não é desprovido de encanto. está simples mas honesto, bem feito, com final médio mas muito composto. Um bom xercício que nos chega desta região ainda pouco explorada e que nos pode reservar supresas engraçadas no futuro.
Ptos*: 14
in: Jornal do Fundão
«Quinta dos Currais» - Vinho da Beira Interior - Capinha-Fundão
«Quinta dos Currais» um vinho made in Capinha que faz sucesso
“QUINTA dos Currais” é um vinho que recentemente apareceu no mercado e um caso raro de sucesso. É produzido na Capinha, na quinta que lhe dá o nome pertença de José Diogo Tomás, natural de Vale Prazeres e médico cirurgião em Lisboa. Os trabalhos agrícolas parecem não ser segredo. Conhece bem as técnicas de amanhar a terra, de plantar as videiras, tratá-las, vindimá-las ou enxertá-las. Identifica a qualidade e o aroma dum vinho, seja jovem ou maduro. Utiliza a liberdade para criar e inovar. “O vinho é acima de tudo pessoal”, diz.
“E quais as principais etapas para fazer um bom vinho?”, perguntamos.
“A escolha da casta, o percurso da vinha, a transformação na adega, não esquecendo a técnica de abrir uma garrafa. Um bom apreciador, tem que ter a capacidade de saber provar um vinho, encontrando num copo a cadeia de factores geográficos, meteorológicos etc.”, explica José Diogo Tomás. O gosto pela produção de vinho leva-o a apostar no fabrico próprio com a construção de uma adega. O investimento rondou os 2,5 milhões de euros. Equipada com alta tecnologia desde da prensa, centrais de frio e um laboratório devidamente equipado, passando pelas enormes cubas, não esquecendo o processo de engarrafamento. No âmbito deste projecto, José Diogo Tomás, constitui uma parceria com uma empresa de Castelo Branco “Viniparra”, que tem como principal finalidade a distribuição. Preocupação tem também sido a qualidade. Para isso estabeleceu com a “Vines & Wines” uma parceria ao nível da consultoria de enologia, “que nos tem prestado um belíssimo serviço”, diz José Diogo Tomás. Depois de ultrapassadas as burocracias para a criação da adega e produzido o vinho, surgiu a comercialização. “Quinta dos Currais” foi o nome escolhido para o rótulo das garrafas. O sucesso foi grande. O vinho é apreciado e vende bem. E a internacionalização não tardou em chegar. Exporta actualmente para Angola o “Terras da Capinha”. Em 2003 lançou no mercado “Quinta dos Currais Branco”, produzido a partir de castas Síria, Cal e Arinto, com um teor alcoólico de 14 graus. “É um vinho muito aromático, elegante, sabor intenso, uma acidez equilibrada com um final muito requintado. Esta produção foi uma raridade tendo rendido apenas 8000 garrafas”, explica José Diogo Tomás. Neste mesmo ano, apresenta “Quinta dos Currais Síria” produzido a partir de uma única casta com um teor alcoólico de 13,5 graus. “Tem uma característica brilhante, aspecto cristalino e com aroma fino e elegante, combinado com notas exóticas. Teve uma grande procura no mercado”, disse ainda. Quanto ao tinto de 2001 foi produzido a partir da Toriga Nacional, Castelão, Rufete, Arogonês. Tem um teor alcoólico de 13 graus “com um aroma vinoso e elegante. Relativamente ao sabor, é redondo e aveludado e também suave e um final persistente”, explica. Em Janeiro de 2005 será lançado um outro vinho “Quinta dos Currais 2002”.
DOC Beira Interior
Categoria: Vinho e Cultura
02-10-2002
Legislação Base
Decreto-Lei Nº 442/99, de 2 de Novembro
Entidade Certificadora
Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior
Avª Cidade de Safed, Lote 7, 1º
6300-537 GUARDA
Tel: 271 224 129
Fax: 271 223 101
E-mail: cvrbi@mail.telepac.pt
Área Geográfica
Na sua área de produção estão reconhecidas
as seguintes sub-regiões:
Sub-Região Castelo Rodrigo
Os concelhos de Almeida (freguesias de Almeida,
Castelo Bom, Junça, Malpartida e Naves) e
Figueira de Castelo Rodrigo (excepto a freguesia
de Escalhão).
Sub-Região Cova da Beira
Os concelhos de Belmonte, Castelo Branco,
Covilhã, Fundão, Manteigas, Penamacor, Guarda
(freguesias de Benespera, Famalicão, Gonçalo,
Valhelhas e Vela), Idanha-a-Nova (freguesias de
Aldeia de Santa Margarida, Idanha-a-Velha,
Medelim, Monsanto, Oledo e São Miguel de
Acha), Sabugal (freguesias de Bendada, Casteleiro
e Santo Estêvão) e Vila Velha de Ródão (freguesia
de Vila Velha de Ródão).
Sub-Região Pinhel
Os concelhos de Celorico da Beira (freguesias de
Açores, Baraçal, Celorico da Beira, Forno Telheiro,
Lajeosa do Mondego, Maçal do Chão, Minhocal,
Ratoeira e Velosa), Guarda (freguesias de Avelãs da
Ribeira, Codesseiro, Porto da Carne, Sobral da Serra
e Vila Cortês do Mondego), Meda (freguesias de
Barreira, Carvalhal, Coriscada, Marialva, Rabaçal e
Vale Flor), Pinhel e Trancoso (freguesias de Carnicães,
Cogula, Cótimos, Feital, Freches, Granja, Moimentinha,
Póvoa do Concelho, São Pedro, Souto Maior, Tamanhos,
Torres, Valdujo, Vale do Seixo, Vila Franca das Naves,
Vila Garcia e Vilares).
Novo Vinho da Beira Interior
Parece-me, finalmente, estarmos no bom caminho, em termos de mercado, relativamente ao lançamento de vinhos de qualidade. Este novo rótulo "Quinta dos Currais", aparece com a preocupação de esclarecer os consumidores quanto ao tipo de castas utilizadas na sua confecção. Lacuna que não tem sido coberta por outras marcas, embora a DOC Beira Interior exija a utilização de castas determinadas. É assim que temos Quinta dos Currais Síria, tinto de 2001 foi produzido a partir da Toriga Nacional, Castelão, Rufete, Arogonês, “Quinta dos Currais Branco”, produzido a partir de castas Síria, Cal e Arinto, com um teor alcoólico de 14 graus. Também a apreciação qualitativa é de registar “com um aroma vinoso e elegante. Relativamente ao sabor, é redondo e aveludado e também suave e um final persistente". O recurso a enólogos foi também seguido com recurso a outsourcing a cargo da empresa "Vines & Wines". A inovação foi conseguida tratando-se de um especialista noutras áreas, médico cirurgião, mas estudioso atento da vitivinicultura, partiu para o negócio, sem vícios, nem erros, mas sabendo que sem tecnologia e muito, muito conhecimento e também capital, não seria possível chegar a um produto de qualidade. Parabéns ao Drº José Diogo Tomás, pelo investimento aplicado na Beira Interior e por ter chegado a um produto de alta qualidade, com escoamento recorrendo ao mercado exportador. Sugiro, contudo, que procure contactar a central de distribuição do Corte Inglês, com logística em Badajoz, para dar a conhecer o seu produto no mercado ibérico, à semelhança do que fez o rótulo Almeida Garrett. Espero que o seu produto consiga entrar nas Feiras de Vinhos promovidas pelas grandes superfícies e que seja fácil localizar e adquirir o vinho "Quinta dos Currais".
Nota de Prova de Quinta dos Currais Síria 2003
in: http://www.os5as8.com/provados/qtacurraissiria03.htm
Quinta dos Currais Síria 2003
Produtor: José Diogo Tomás
D.O. / Zona: Beiras
País: Portugal
Tipo de vinho: Branco
Castas: 100% Síria
Estágio: -
Graduação (% vol.): 13,5
Enólogo: -
Preço: -
Data publicação: Setembro 2004
Provado por: Rui Falcão - Os5às8
Data prova: Setembro 2004
Comentário prova: Um produtor novo da Beira Interior, mais concretamente do Fundão, uma aposta na casta Síria com tantas tradições nesta zona do país. Apresenta cor amarelo palha e evoca de imediato aromas de vegetal seco, palha, restolho, cereais, bem como uma lembrança de fruta branca de caroço, sobretudo pêssego e nêspera.
Boca untuosa mas bem temperada pela acidez, confirma a fruta, acrescenta o damasco e a pêra rocha, num branco que não é desprovido de encanto. está simples mas honesto, bem feito, com final médio mas muito composto. Um bom xercício que nos chega desta região ainda pouco explorada e que nos pode reservar supresas engraçadas no futuro.
Ptos*: 14
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«Quinta dos Currais» um vinho made in Capinha que faz sucesso
“QUINTA dos Currais” é um vinho que recentemente apareceu no mercado e um caso raro de sucesso. É produzido na Capinha, na quinta que lhe dá o nome pertença de José Diogo Tomás, natural de Vale Prazeres e médico cirurgião em Lisboa. Os trabalhos agrícolas parecem não ser segredo. Conhece bem as técnicas de amanhar a terra, de plantar as videiras, tratá-las, vindimá-las ou enxertá-las. Identifica a qualidade e o aroma dum vinho, seja jovem ou maduro. Utiliza a liberdade para criar e inovar. “O vinho é acima de tudo pessoal”, diz.
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