sábado, maio 29, 2004

Mistérios da Páscoa em Idanha

Da autoria de António Catana e Hélder Ferreira a Ésquilo, com data de Abril de 2004, em edição bilingue Português/Inglês, publicou uma excelente obra de divulgação da cultura religiosa - Mistérios da Páscoa, no Concelho de Idanha.



O Concelho do Fundão, durante este Período, tem actividades que merecem um registo equivalente, pela sua riqueza, beleza e vivência participada das comunidades locais. Esperemos que surja uma iniciativa semelhante, no concelho do Fundão, que permita registar para a posteridade estas vivências.
in: Expresso, Guia todos os Espectáculos de 22 a 28 de Maio

Texto e fotografias de José Pereira
Viagem à terra dos cerejais
património histórico, arquitectónico, arqueológico e artístico existente no triângulo Fundão-Alpedrinha-Castelo Novo merece, só por si, figurar com prioridade em todos os memorandos de visitas obrigatórias. Se ainda o não fez, aceite a sugestão e dedique-lhe pelo menos um fim-de-semana. Caso já o tenha feito, lembre-se que há sempre algo a rever, ou um facto novo aqui, um achado ali, uma recuperação acolá. Esta viagem leva-nos também a Alcongosta e depois encosta acima da Serra da Gardunha, para fruir um cená-
A viagem prossegue com o retorno à povoação. Ao atingir o largo Álvaro Martins Batista, rio de relevos e enlevos vários sobre a Cova da Beira. Antes porém, percorramos placidamente o centro histórico da sede do concelho, espiolhando o espólio que nos chegou de centúrias passadas, seja de capelas, igrejas (onde avulta a Matriz), conventos, solares ou de outras construções erguidas a mando de gente nobre.
entre na primeira rua à direita, no sinal para a Quinta do Astieiro. Avance até deparar com um entroncamento (EN i8). Tome a direita em direcção a Alpedrinha. Do muito que há para ver nesta vila, sugerimos que não perca a Estrada Romana, o Chafariz D. João V, a Capela do Leão, a Casa da Câmara, o Palácio do Picadeiro, a Igreja Matriz, o Pelourinho, a Igreja da Misericórdia e o Museu dos Embutidos.


Terminada a passeata, encaminhe-se para a saída do Fundão (sentido de Castelo Branco), e 300 metros à frente corte no sinal para Alcongosta. A aldeia é pequena mas estimula a paragem - quanto mais não seja para apreciar o labor dos artesãos que, debaixo das suas casas, fazem cestaria com as guias dos castanheiros-, a Igreja Matriz, os templos do Espírito Santo, Santa Bárbara e S. Sebastião. Continue rua empinada arriba até desembocar no estradão de terra batida pelo qual acede à Casa do Guarda. Vá com cuidado porque apesar do trajecto ser curto, o piso é algo castigador para os pneus. Chegado ao topo, encha os pulmões de ar puro e a vista com a paisagem. É a Cova da Beira dos cerejais e castanheiros que se revela em todo o seu esplendor: árvores cobertas por florido manto branco por alturas de Abril; viçosas e carregadas de frutos no início do Verão. Em dias límpidos, a paisagem é de extasiar.
Unia panoránica de Alpedrinha Igreja Matriz
do Fundão (à direita) e Castelo Novo visto das muralhas.

O passeio acaba na aldeia histórica de Castelo Novo, rica em arquitectura religiosa, militar, civil pública e civil privada. Quando chegar, o melhor é dirigir-se ao posto de turismo e solicitar um roteiro para o ajudar a gerir o tempo. Como está próximo, pode começar logo ali pelo Chafariz da Bica e continuar pela Igreja da Misericórdia, Igreja Matriz, Castelo, Antigos Paços do Concelho, Fonte de D. João V e por aí adiante, pois é um nunca mais acabar de casas e monumentos.

terça-feira, maio 25, 2004

7º Concurso Fotográfico (2003) da Revista Volta ao Mundo

Em retratos de cor, obteve o 3º Prémio a fotografia "O Peso do Trabalho", de Luís Rei da Lourinhã. A fotografia foi obtida no SABUGAL.


domingo, maio 23, 2004

Eira dos Três Ermos, Serra da Maunça

Para comemorar a resistência das populações serranas às tropas de Junot, no decurso das Invasões francesas, a caminho de Lisboa, realizou-se dia 16 de Maio uma cerimónia evocativa desse acontecimento. Os populares, de forma festiva, aproveitaram o momento para realizar um encontro de Bombos e também para uma merecida merenda. Nesse encontro foi, mais uma vez, celebrado um acordo entre os Presidentes das Câmaras de Castelo Branco e Fundão, para a realização de projectos conjuntos nessa região da serra da Gardunha. Não sei se foram efectuados registos sonoros do encontro de bombos, mas o Jornal do Fundão(20/5/2004) reproduz uma bela fotografia do momento etnomusical.




Para confronto reproduzo uma foto de Michel Giacometi, arquivada no Museu Verdades de Faria, que regista, em Miranda do Douro, em 1992, um trio constituído por caixa, tambolireiro e conchas.


terça-feira, maio 18, 2004

Vinhos da Beira Interior

Não é a análise química dos vinhos que a UBI deve oferecer, se a produção de bons vinhos fosse um problema químico o Reino Unido e a Alemanha seriam os melhores produtores. É na selecção de castas, na enologia e no estudo de materiais utilizados no estágio do vinho, que seria bem-vinda a colaboração da UBI e do Politécnico de Castelo Branco.

in: www.diarioxxi.com


“A Beira Interior têm vinhos estupendos, com qualidade bem controlada”
Durante dois dias, quatro jornalistas escandinavos visitaram adegas da Beira Interior e provaram os vinhos da região. Uma iniciativa de promoção internacional, organizada pela Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior e pela Viniportugal, presidida por Vasco D’Avilize
Francisco Cardona

Que razões levaram a Viniportugal e a Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior (CVRBI) a apostar na vinda de jornalistas nórdicos?
Estes jornalistas vêm dos países nórdicos (Noruega, Suécia e Finlândia) onde o comércio de vinhos não é livre: é feito através de monopólio do Estado. Os mercados estão em abertura, mas ainda não estão completamente acessíveis. Ou seja, para estes países não pode ir um vinho qualquer, somente os que o monopólio escolhe e quer importar. Assim, é indispensável nesses mercados, mais do que noutros quaisquer,
que os jornalistas expliquem que um determinado vinho que provaram faz falta no repertório dos vinhos nacionais. Ou então para que, estando o vinho já listado pelo monopólio, lhe seja dada a atenção que merece.
Quais são os mercados de penetração do vinho português?
Os mercados alvos que a Viniportugal determinou são o próprio mercado nacional e depois os Estados Unidos (Nova Iorque e Flórida) e o Reino Unido. A prioridade seguinte são os países nórdicos e a Alemanha. E é destes quatro países que, regularmente, convidamos jornalistas.
Há algum estudo que oriente os vinhos portugueses para tais mercados?
Há um ano, a Viniportugal contratou um estudo de diagnóstico à Monitor Company do professor Micheal Porter. Segundo o estudo, não estão identificados os pontos positivos e negativos que apontam cada país como mercado alvo. Por exemplo, nos Estados Unidos e Reino Unido o consumo está a subir. São países que podem pagar. Feito este diagnóstico, partimos para um novo relatório, mas detalhado, só sobre aqueles mercados. É uma espécie de plano de marketing em que os produtores possam pegar e saber o que têm de fazer, desde o tipo de vinho que o mercado procura, o tipo de embalagem atractiva em cada mercado, o preço, a escolha do distribuidor. É o mais longe que se pode ir.
E os produtores aceitaram bem esse plano?
Numa das provas realizada nestes dois dias, a Adega Cooperativa de Figueira Castelo Rodrigo veio ter comigo. Disseram-me que a Viniportugal teria de fazer mais pela adega. A Viniportugal não trabalha pela adega X ou pelo produtor Y. Trabalha para todos os vinhos de Portugal e nós não podemos fazer mais do que isto. Quem tem de concretizar são eles.
Como é que caracteriza a produção de vinho na Beira Interior?
A produção de vinho na Beira Interior é pequena, o que é óptimo, porque pode controlar muito bem a qualidade. E controlam. Têm vinhos estupendos, sobretudos os tintos, de qualidade óptima, com características para poderem ter sucesso fora de Portugal. No entanto, no que respeita à embalagem está tudo por fazer. É preciso trabalhar mais os rótulos. A garrafa usada é também muito baratinha e que não tem graça nenhuma - há algumas excepções na Covilhã e em Pinhel, mas nos outros sítios as garrafas são tipo bordalesa, muito pouco atractivas, conotadas pela maior parte das pessoas com os vinhos de mesa.
E o preço?
É preciso cuidado com os preços. Nestes dois dias, provámos vinhos que saem da adega ou do produtor a nove euros e assim não se consegue exportar. Em média, vinhos que em Portugal custam nove euros por garrafa não têm lugar na exportação. Mas a regra na Beira Interior não é essa: a regra é ter preços muito competitivos.
Destacou os vinhos tintos da Beira Interior, mas e os brancos?
Os vinhos brancos são óptimos, porque usam castas locais (Síria ou Fonte Cal), mas depois os vinhos são vendidos com quatro anos de idade. E isso é que não pode ser. O vinho branco tem de ser vendido novo porque, em geral, não é feito para suportar tanto tempo
Mas porque não conseguem escoar, há quem produza espumantes. Como é que vê essa possibilidade?
Acho uma ideia óptima. É outra porta que tem de ser bem explorada.

(CAIXA)
Laboratórios estudam possibilidade
Análises aos vinhos podem vir a ser feitas na UBI
A Universidade da Beira Interior está a estudar a possibilidade de realizar nos seus laboratórios de Química as análises dos vinhos produzidos na região, na sequência de um pedido feito pela Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior (CVRBI). “Estamos a ver se existem todos os equipamentos necessários à realização dessa tarefa”, disse ao Diário XXI o reitor da UBI, Manuel Santos Silva. As análises dos vinhos da Beira Interior, que envolvem cerca de 300 tipos diferentes de PH (grau de acidez), são actualmente realizadas em laboratórios do Instituto do Vinho e da Vinha (IVV) “e são altamente dispendiosas para a comissão”, disse João Pedro Esteves, presidente da CVRBI. Com um orçamento de 125 mil euros anuais, resultante da venda dos selos que são colocados nas garrafas, a CVRBI “tem dificuldades em competir com regiões como o Dão ou a Bairrada”, refere aquele responsável. Além de ser grande a disparidade entre os associados, “essas comissões dispõem de laboratórios próprios, reduzindo assim os custos da actividade”, afirma. A CVRBI dispõe de cinco adegas e sete produtores engarrafadores, enquanto o Dão, por exemplo, dispõe de 23 adegas e mais de 200 produtores engarrafadores.
Sem querer por em causa o ensino e a investigação, o reitor da UBI afirma que “se chegarmos à conclusão que conseguimos fazer todas as análises, estamos disponíveis para prestar este serviço à comunidade”.

(CAIXA)
Presidente da Comissão Vitivinícola pretende acelerar processo
“Todos querem a Rota do Vinho, mas ninguém se mexe”
Com quatro salas de provas preparadas – Adega da Covilhã, Quinta dos Termos, Agrocardo e Casa do Redondo – mas sem resposta das restantes adegas e dos produtores engarrafadores à proposta de estatutos apresentada em Novembro do ano passado, a Rota dos Vinhos da Beira Interior ainda não saiu do papel.
Tida como um elemento importante para a promoção dos vinhos da Região, a Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior (CVRBI) preparou os estatutos há mais de meio ano. “Parece que falta vontade aos agentes económicos”, lamenta João Esteves. “Todos a querem, porque é um bom meio de divulgação (associar o vinho ao turismo), mas nem se pronunciam sobre os estatutos, nem criam as condições para a receber”, afirma o presidente da CVRBI. “Vou ter de marcar uma nova reunião urgente para nomear a comissão instaladora, para conseguirmos dar os passos necessários à realização da escritura e credibilizar a Rota”, acrescenta. Aquele responsável sublinha que existem fundos do Ministério da Economia que financiam os trabalhos até 40 por cento, “mas ninguém os aproveita”. Às quatro salas de provas já existentes, vai juntar-se, nas próximas semanas, a da Adega Cooperativa de Pinhel, cujas as obras interiores estão a ser ultimadas.

(CAIXA)
As estrelas beirãs
Os vinhos produzidos na Beira Interior apreciados pelos quatro jornalistas (dois suecos e dois finlandeses) na quinta e sexta-feira na sub-Região da Cova da Beira foram os seguintes: Piornos DOC Síria 2003; Piornos DOC tinto 2002 e Colheita do Sócio Superior DOC tinto 2001 (Adega Cooperativa da Covilhã); Cova da Beira DOC branco 2003; Praça Velha Reserva DOC tinto 2000 e Fundanus Prestige tinto 2001 (Adega Cooperativa do Fundão); Quinta dos Termos Fonte Cal DOC 2003; Quinta dos Termos Reserva DOC branco 2002 e Quinta dos Termos Reserva DOC tinto 2002 (João Carvalho) e Almeida Garret Reserva VRB branco 2001; Almeida Garret Reserva tinto VRB 2001 e Entre Serra DOC tinto 2001 (Sociedade Agrícola da Beira – Sabe).
Na sub-Região de Figueira Castelo Rodrigo: Castelo Rodrigo DOC branco 2003; Castelo Rodrigo Colheita Seleccionada DOC tinto 2000 e Castelo Rodrigo Touriga Franca DOC 1999 (Adega Cooperativa de Figueira Castelo Rodrigo); Àquila Vinha Espumante Meio Seco branco 1996; Sereno de Mariz Touriga Nacional DOC tinto 2003 (em estágio) e Fontainhas Reserva DOC tinto 1996 (Caves Fontainhas, Vinhos); D’Aguiar VRB branco 2003; D’Aguiar VRB tinto 2003 e Casa D’Aguiar VRB tinto 2001 (D’Aguiar Companhia Agrícola); Quinta do Cardo DOC branco 2002; Quinta do Cardo DOC tinto 2002 e Quinta do Cardo Colheita Seleccionada DOC tinto 2000 (Agrocardo)..

Na sub-Região de Pinhel: Pinhel DOC branco 2003; Pinhel DOC rosado 2003 e Varandas do Castelo DOC tinto 2000 (Adega Cooperativa de Pinhel); Quinta das Vermelhas Trincadeira DOC 2003; Quinta das Vermelhas Touriga Nacional DOC tinto 2003 e BioBranco S. Francisco DOC 2003 (Aurélio Galhardo Coelho); João Tição Síria DOC 2001; Maria Moura VRB rosado 2003 e João Tição Touriga Franca DOC 2001 (Cooperativa Agrícola Beira Serra); Vinha da Condessa DOC branco 2000 e Vinha da Condessa DOC tinto 2000 (Ana Noronha da Costa).
Veja também
“A Beira Interior têm vinhos estupendos, com qualidade bem controlada”
Durante dois dias, quatro jornalistas escandinavos visitaram adegas da Beira Interior e provaram os vinhos da região. Uma iniciativa de promoção internacional, organizada pela Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior e pela Viniportugal, presidida por Vasco D’Avilize

O que faz a Viniportugal
A Viniportugal é uma associação interprofissional que agrupa associações, federações e organizações de profissionais ligadas à produção e ao comércio de vinho (excepto o vinho do Porto). Tem por objectivo apoiar e executar actividades de promoção de vinhos, tanto em Portugal, como no estrangeiro.
Em Novembro do ano passado, a associação inaugurou a Sala do Vinho Português, em Lisboa. Trata-se da

terça-feira, maio 11, 2004

Transcrito de www.auqueobeira.net

Museu Municipal lança Revista EBVROBRIGA

O Museu Arqueológico Municipal José Alves Monteiro, lançou no passado dia 9 de Maio, o primeiro número da revista EBVROBRIGA, revista semestral dedicada às áreas de História, Arqueologia, Património e Museologia. O lançamento decorreu no Salão Nobre da Câmara Municipal do Fundão, e teve como oradores de destaque a Drª Trinidad Nogales e o Dr José Alvarez Martinez, respectivamente conservadora e director do Museo Nacional de Arte Romano de Mérida (MNAR).

"É impossível preservar o que não se conhece"

A sessão iniciou-se com o discurso do Dr Manuel Frexes, Presidente da Câmara Municipal do Fundão, que começou por se congratular pelas presenças de tanta gente ilustre ligada à arqueologia e ao património (Drª Raquel Vilaça, Dr Armando Coelho, Dr Luís Raposo (Director do M.N.A.), Dr Veríssimo Serrão, entre outros...).

A toada do seu discurso passou essencialmente por destacar a riqueza patrimonial que o Concelho do Fundão possui, e que tem vindo, gradualmente, a ser divulgada e investigada salientando a propósito a importância de sensibilizar a população para a preservação de tão importante acervo da História do Concelho.

O presidente da edilidade lembrou ainda a recente batalha travada e ganha pelo município na preservação do Castro da Argemela, "um dos mais bonitos campos patrimoniais pré-romanos da região".

Na hora dos agradecimentos, não deixou como vem sendo habitual, de referir a importância daquele que é a "alma mater" desta revista e do projecto de reabilitação do Museu Arqueológico Municipal José Monteiro, o Dr João Mendes Rosa. Pelo meio, o edil confessou ainda o desejo de no início do próximo ano proceder à inauguração das novas instalações do Museu.

"Uma publicação atractiva"

Tomando a palavra, a Drª Trinidad Nogales, Conservadora do MNAR, salientou a surpresa que a novel publicação constitui, quer pela sua apresentação, quer pela vontade declarada em se assumir como uma publicação que pretende também abarcar a área de museologia, tantas vezes vista como um parente pobre do estudo da História.

Por outro lado, destacou também a importância das publicações do género, já que, "aquilo que fica de nós é o que fica escrito", sublinhando ainda a importância de a comunidade científica dever fazer uso de uma linguagem atractiva nas suas publicações para deste modo, cativar a população em geral, evitando assim o destino de outras publicações que acabam por "morrer" numa comunidade muito restrita.

Finalmente terminou, endereçando as suas felicitações a todos os responsáveis pela revista EBVROBRIGA, "uma publicação de grande dignidade" e desejando felicidades à revista de uma forma bem latina: "Auguri".



Fundão

" Câmara do Fundão lança revista “Eburobriga

A Câmara do Fundão e o Museu Arqueológico Municipal vão lançar no próximo domingo a revista "Eburóbriga", uma publicação semestral dedicada à história e património do concelho. A apresentação, marcada para as 11horas no Salão Nobre da autarquia fundanense, estará a cargo de Trinidad Nogales, conservadora do Museu Nacional de Arte Romano de Mérida, seguindo-se uma palestra de José Maria Álvares Martinez, director do Museu Nacional de Arte Romano de Mérida, subordinada ao tema "Mérida, capital da Lusitânia Romana: espaço de memória e território de encontro de culturas". ..." (ver notícia...)

in O Interior 6 de Maio



Penha Garcia (Idanha-a-Nova)

" Fósseis passam a imóvel de interesse público

O parque icnológico de Penha Garcia, no vale do Ponsul, vai ser classificado como imóvel de interesse municipal de Idanha-a-Nova. Este é o primeiro passo para fazer do vale do Ponsul - onde estão identificados icnofósseis (marcas da actividade de organismos marinhos) com cerca de 480 milhões de anos - o primeiro geoparque do País, que se juntará a outros criados na Alemanha, França, Grécia e na vizinha Espanha. Uma figura prevista pela UNESCO, no âmbito da protecção do património e, que passa pela definição de um território que dispõe de um património geológico bastante significativo e no qual se deve desenvolver um conjunto de projectos de inventariação, preservação e divulgação dessa riqueza. A aposta na candidatura do vale do Ponsul a geoparque valeu à autarquia de Idanha-a-Nova o prémio Geoconservação 2004, atribuído pelo grupo português da Progeo, a associação europeia para a conservação do património geológico, e que foi entregue na passada quinta-feira, 22, no Centro Cultural Raiano. ..." (ver notícia...)

in Urbi et Orbi 4 de Maio

domingo, maio 02, 2004

in: Cartaxo, Capital do Vinho, suplemento integrante da edição nº 965 de 29 de Abril de 2004 do Semanário O Ribatejo
Enólogo Pedro Gil

Para si a Enologia é uma profissão ou uma paixão?E uma profissão apaixonante.

Como se chega a Enólogo?
Tirando um curso de Enologia ou outro da área das Industrias Agro-Alimentares com especialização em vinhos. Embora a verdadeira especialização seja feita no dia a dia.

Quais são as funções do Enólogo?
Hoje em dia as funções de um Enólogo a tempo inteiro numa Adega são mais abrangentes e vão desde a vinha à própria comercialização através da sua participação em acções de promoção e divulgação. No entanto as principais funções são: a selecção da matéria prima e do seu estado sanitário, bem como todo o acompanhamento desde a produção do vinho até ao seu acondicionamento para consumo.
são estes a ferramenta diária de trabalho para o Enólogo (visão, nariz e boca).
Quais são os principais vectores de actuação do Enólogo na Adega C. Ctx.?
São no Campo, através do acompanhamento do estado de maturação, estado sanitário e controlo de produção (Doc's e Monovarietais). Na Adega, desde a Vinificação, produção de vinhos e produção de engarrafados, bem como laboratório e controlo de qualidade.

Como definiria ao longo do tempo a relação que mantém com os associados da Adega?Normal, na base da confiança e respeito mútuos. De uma forma global é bastante positiva.

Acha que a revisão da PAC favorece o sector da vinha e do vinho?Não conheço o dossier e como tal não tenho opinião formada sobre o assunto.
A enologia exige sentidos apurados. E necessário ter alguns cuidados para os manter?
É verdade, nomeadamente ao nível da acuidade sensorial (visão, olfacto e gosto). Os cuidados são os básicos no que diz respeito aos sentidos mencionados. No fundo
Existem ainda produtores de vinho que dispensam os Enólogos?
Infelizmente sim. Somos um País onde existe a ideia de que de vinhos todos percebemos um pouco. Continua a haver muita uva que todos os anos é subaproveitada produzindo vinhos de qualidade inferior.
Que conselho daria aos compradores de vinhos de Portugal?
Dir-lhes-ia que tivessem em atenção a genuinidade do produto e a sua origem bem como a garantia de qualidade através da compra de vinhos com denominação de origem (Regionais e Doc's).


Porter aposta no "cluster" do vinho português

A nossa vitivinicultura pode ter um grande futuro no mercado da globalização. Mas para isso é necessária uma visão estratégica e um conjunto de medidas consideradas fundamentais para aumentar a competitividade do "cluster" do vinho português ao longo da próxima década. Este o resultado do estudo apresentado pela empresa de consultoria de Michael Porter, realizado a pedido da ViniPortugal. Entre as múltiplas propostas apresentadas pelos especialistas que conduziram o estudo e elaboraram o respectivo relatório, salientam-se as seguintes:
1 - Aumentar em valor até 2010 as exportações portuguesas de vinho de qualidade passando para mais 35% dos rendimentos do sector e atingir um rendimento total anual de mil milhões de Euros,
contra os actuais 757 milhões em 2002;
2 - Concentrar esforços na promoção e manutenção da categoria "Portugal" no Reino Unido e nos EUA;
3 - Desenvolver e expandir os vinhos portugueses na categoria super-premium (entre 8 - 14 Euros);
4 - Melhorar significativamente a apresentação e a imagem dos vinhos portugueses em mercados de exportação;
5 - Investir em investigação de mercado para apurar que castas e lotes se adaptam melhor aos mercados alvo;
6 - Aumentar a escala e o capital das empresas do sector através de operações de consolidação e de investimento;
7 - Melhorar a qualidade das uvas através da introdução sistemas de pagamento da uva baseado na qualidade e aumento
médio da dimensão das parcelas com vinha para áreas superiores ou iguais a 5 hectares;
8 - Proteger, de forma agressiva, as classificações DOC e Regional através da elevação de standards de qualidade;
9 - Criar uma Indicação Geográfica Portugal que permita inovar, mas sem danificar as classificações DOC e Regional;
10 - Promover e aumentar a colaboração entre a indústria e as instituições de investigação e desenvolvimento no sentido de desenvolver 3 a 5 tipos de vinho português distintivos;
11- Profissionalizar os gestores e incentivar a certificação ISO no sector;
12 - desenvolver sinergias e iniciativas conjuntas entre o sector do vinho e o do turismo.