segunda-feira, julho 05, 2010
Combóio da Beira Baixa
Já não utilizava a via da Beira Baixa há mais de 30 anos e dia 3 de Julho efectuei o percurso Castelo Novo,-Lisboa, num dia de calor, com temperatura máxima de 38º. A primeira surpresa foi o estado deplorável de acolhimento de passageiros. A estação de pedra, construída em finais do sec. xix, estava reparada, mas com todos os acessos fechados com novas portas e fechaduras resistentes. Para os utentes, como sala de espera, foi colocado um contentor, à torreira do sol, sem portas nem janelas. No seu iunterior, às 13 horas era impossível estar. Para apreciação coloco algumas fotografias.
Para chegar a Lisboa, muda-se em Castelo Branco e no Entroncamento, para outros combóios. Decorridas 5 h e 32 m chega-se a Sª Apolónia. Quer a automotora quer os combóios eram climatizados, o que permite realizar uma viagem agradável, mesmo num dia de intenso calor. A maioria dos utilizadores eram soldados em trânsito que passaram todo o tempo a falar da caserna. Numa estação, em que o combóio parou durante algum tempo, porque levava 3 m de avanço, os soldados vieram para o cais fumar, forçando a abertura das portas e deteriorando o serviço de climatização. A paisagem natural é encantadora, a paisagem com intervenção humana é desoladora, campos abandonados, casas em ruínas, estações abandonadas. Depois de Vila Franca começa a arqueologia industrial, fábricas e fábricas abandonadas. Salva-se o passeio ribeirinho entre Vila Franca e Alverca. Recomendo vivamente que utilizem este recurso e percurso e aproveitem para fazer um excelente almoço em Rodão, Castelo Branco ou Covilhã e regressem no mesmo dia. O preço é simpático, 13 € no percurso Castelo Novo-Sª Apolónia.
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Combóio da Beira Baixa,
estação de Castelo Novo
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