sábado, agosto 26, 2006
Mosaicos Romanos na colecção dos Museus Portugueses
Até 10 de Setembro, no Museu Nacional de Arqueologia exposição de Mosaicos ramanos da coleccção de Museus Portugueses
sábado, agosto 19, 2006
Mosaicos Romanos-Museu do Bardo(Tunis)
Existirá alguma relação entre os motivos decorativos das colchas de Castelo Branco e os temas reproduzidos em mosaicos romanos?
quinta-feira, agosto 17, 2006
Continuação dos Registos sonoros de Giacometti, recolhidos na Beira Baixa
Nº Rg. Título Interv. Tempo
1964 Ó Divina Santa Cruz 1:32
1965 Debaixo da Laranjeira 2:02
1966 Debaixo da Laranjeira Adufe 1:05
1967 Ó Divina Santa Cruz 1:32
1968 Eu venho de marcelada(referência a Salazar) Adufe, foguetes 1:26
1969 Toque de Búzio(azeitona) Búzio 0:28
1970 Os amores da azeitona 1:59
1971 Palheta-José dos Reis -Senhora da Póvoa Palheta 1:16
1972 Palheta-José dos Reis -Senhora da Póvoa Palheta 1:44
1973 Palheta-José dos Reis 1:19
1974 José embala o menino Voz feminina 1:00
1975 José embala o menino Voz feminina 0:51
1976 José embala o menino Voz feminina 2:56
1977 Acordai irmãos meus Coro misto 3:53
1978 Acordai irmãos meus Coro feminino 3:42
1979 Bendito e louvado seja Coro feminino 2:24
1980 A Luz? Coro feminino 0:57
1981 A Luz? Coro feminino 0:56
1982 Canto da lavra Voz de ganhão 3:43
1983 Canto da lavra Voz de ganhão 4:56
1984 Recorde senhor prior Adufe 1:29
1985 Recorde senhor prior Adufe 2:13
1986 Aí donde vindes S. João Adufe, voz feminina 1:48
1987 Aí donde vindes S. João Adufe, voz feminina 1:49
1988 Senhora do almurtão Adufe, voz feminina 1:32
1989 Ò Divina santa Cruz Adufe, vozes femininas 2:00
1990 Oh que noite tão escura Adufe, vozes femininas 1:44
1991 De volta do rio nascem Adufe, vozes femininas 2:15
1992 De volta do rio nascem Adufe, vozes femininas 2:25
1993 Estas casas são mui altas Adufe, vozes femininas 1:06
1994 Venho de marcelada Adufe, vozes femininas 1:56
1995 Lá em cima ao castelo Adufe, vozes femininas 1:30
1996 Lá em cima ao castelo Adufe, vozes femininas 1:29
1997 Ó arvoredo fechado Adufe, vozes femininas 1:29
1998 A margaça é má erva Adufe, vozes femininas 1:48
1999 O Vos Omnes Voz feminina 1:41
2000 José embala o menino Voz feminina 2:53
2001 No cimo daquela serra Voz feminina 4:00
2002 Linda pastorinha Voz feminina 6:50
2003 No cimo daquela serra Voz feminina 3:56
2004 Abram-se essas portas Voz feminina 1:57
2005 Indo D. Silvana Voz feminina 1:34
2006 Vindo o lavrador da arada Voz feminina 1:23
2007 Palheta-José dos Reis Palheta 1:04
2008 Palheta-José dos Reis Palheta 0:44
2009 Palheta-José dos Reis Palheta 1:04
2010 Palheta-José dos Reis Palheta 0:22
2011 Palheta-José dos Reis Palheta 1:23
2012 Palheta-José dos Reis Palheta 0:35
2013 Palheta-José dos Reis Palheta 4:14
2014 Mais vos peço irmãos Campainha e coro feminino 7:47
2015 Mais vos peço irmãos Campainha e coro feminino 5:04
2016 Dai-me as alvíssaras senhora Coro misto 0:49
2017 Dai-me as alvíssaras senhora Coro misto 2:47
2018 Dai-me as alvíssaras senhora Coro misto 2:41
2019 Lá em cima ao Altar Mor Voz feminina 3:15
2020 Lá em cima ao Altar Mor Voz feminina 0:50
2021 Lá em cima ao Altar Mor Voz feminina 3:14
2022 S. João que estais no Céu(S. João do Rancho) Coro misto 2:40
2023 Bombos e flauta de tamborileiro Bombo, flauta 1:58
2024 Bombos e flauta de tamborileiro Bombo, flauta 2:00
2025 O Vos Omnes Voz feminina 4:49
2026 Inda agora aqui Cheguei Coro misto 1:59
2027 Do meu milho sachadeiras do meu milho Coro misto 2:10
2028 S. João que estais no Céu Coro misto 3:11
2029 Eu tenho quatro coletes(Coletinho) Coro misto 1:12
2030 Eu tenho quatro coletes(Coletinho) Coro misto 1:09
2031 O Vos Omnes Voz feminina 4:31
2032 O Vos Omnes Voz feminina 4:26
2033 Flauta e tambores e vozes Flauta e tambores e vozes 2:49
2034 Flauta e tambores e vozes Flauta e tambores e vozes 3:51
2035 Flauta e tambores e vozes Flauta e tambores e vozes 1:26
2036 Flauta e tambores e vozes Flauta e tambores e vozes 2:11
2037 Som de trovoada e chuva 2:40
2038 Mais vos peço meus irmãos Campaínha e Vozes 4:14
2039 Mais vos peço meus irmãos Campaínha e vozes 2:12
2040 Em honra e louvor de nosso Padre S. Francisco Coro misto 2:27
2041 Lá em cima ao Altar Mor Coro misto 3:16
1964 Ó Divina Santa Cruz 1:32
1965 Debaixo da Laranjeira 2:02
1966 Debaixo da Laranjeira Adufe 1:05
1967 Ó Divina Santa Cruz 1:32
1968 Eu venho de marcelada(referência a Salazar) Adufe, foguetes 1:26
1969 Toque de Búzio(azeitona) Búzio 0:28
1970 Os amores da azeitona 1:59
1971 Palheta-José dos Reis -Senhora da Póvoa Palheta 1:16
1972 Palheta-José dos Reis -Senhora da Póvoa Palheta 1:44
1973 Palheta-José dos Reis 1:19
1974 José embala o menino Voz feminina 1:00
1975 José embala o menino Voz feminina 0:51
1976 José embala o menino Voz feminina 2:56
1977 Acordai irmãos meus Coro misto 3:53
1978 Acordai irmãos meus Coro feminino 3:42
1979 Bendito e louvado seja Coro feminino 2:24
1980 A Luz? Coro feminino 0:57
1981 A Luz? Coro feminino 0:56
1982 Canto da lavra Voz de ganhão 3:43
1983 Canto da lavra Voz de ganhão 4:56
1984 Recorde senhor prior Adufe 1:29
1985 Recorde senhor prior Adufe 2:13
1986 Aí donde vindes S. João Adufe, voz feminina 1:48
1987 Aí donde vindes S. João Adufe, voz feminina 1:49
1988 Senhora do almurtão Adufe, voz feminina 1:32
1989 Ò Divina santa Cruz Adufe, vozes femininas 2:00
1990 Oh que noite tão escura Adufe, vozes femininas 1:44
1991 De volta do rio nascem Adufe, vozes femininas 2:15
1992 De volta do rio nascem Adufe, vozes femininas 2:25
1993 Estas casas são mui altas Adufe, vozes femininas 1:06
1994 Venho de marcelada Adufe, vozes femininas 1:56
1995 Lá em cima ao castelo Adufe, vozes femininas 1:30
1996 Lá em cima ao castelo Adufe, vozes femininas 1:29
1997 Ó arvoredo fechado Adufe, vozes femininas 1:29
1998 A margaça é má erva Adufe, vozes femininas 1:48
1999 O Vos Omnes Voz feminina 1:41
2000 José embala o menino Voz feminina 2:53
2001 No cimo daquela serra Voz feminina 4:00
2002 Linda pastorinha Voz feminina 6:50
2003 No cimo daquela serra Voz feminina 3:56
2004 Abram-se essas portas Voz feminina 1:57
2005 Indo D. Silvana Voz feminina 1:34
2006 Vindo o lavrador da arada Voz feminina 1:23
2007 Palheta-José dos Reis Palheta 1:04
2008 Palheta-José dos Reis Palheta 0:44
2009 Palheta-José dos Reis Palheta 1:04
2010 Palheta-José dos Reis Palheta 0:22
2011 Palheta-José dos Reis Palheta 1:23
2012 Palheta-José dos Reis Palheta 0:35
2013 Palheta-José dos Reis Palheta 4:14
2014 Mais vos peço irmãos Campainha e coro feminino 7:47
2015 Mais vos peço irmãos Campainha e coro feminino 5:04
2016 Dai-me as alvíssaras senhora Coro misto 0:49
2017 Dai-me as alvíssaras senhora Coro misto 2:47
2018 Dai-me as alvíssaras senhora Coro misto 2:41
2019 Lá em cima ao Altar Mor Voz feminina 3:15
2020 Lá em cima ao Altar Mor Voz feminina 0:50
2021 Lá em cima ao Altar Mor Voz feminina 3:14
2022 S. João que estais no Céu(S. João do Rancho) Coro misto 2:40
2023 Bombos e flauta de tamborileiro Bombo, flauta 1:58
2024 Bombos e flauta de tamborileiro Bombo, flauta 2:00
2025 O Vos Omnes Voz feminina 4:49
2026 Inda agora aqui Cheguei Coro misto 1:59
2027 Do meu milho sachadeiras do meu milho Coro misto 2:10
2028 S. João que estais no Céu Coro misto 3:11
2029 Eu tenho quatro coletes(Coletinho) Coro misto 1:12
2030 Eu tenho quatro coletes(Coletinho) Coro misto 1:09
2031 O Vos Omnes Voz feminina 4:31
2032 O Vos Omnes Voz feminina 4:26
2033 Flauta e tambores e vozes Flauta e tambores e vozes 2:49
2034 Flauta e tambores e vozes Flauta e tambores e vozes 3:51
2035 Flauta e tambores e vozes Flauta e tambores e vozes 1:26
2036 Flauta e tambores e vozes Flauta e tambores e vozes 2:11
2037 Som de trovoada e chuva 2:40
2038 Mais vos peço meus irmãos Campaínha e Vozes 4:14
2039 Mais vos peço meus irmãos Campaínha e vozes 2:12
2040 Em honra e louvor de nosso Padre S. Francisco Coro misto 2:27
2041 Lá em cima ao Altar Mor Coro misto 3:16
quarta-feira, agosto 02, 2006
Exemplo de boas práticas-Reciclagem e Poupança de recursos
in: DiárioXXI
Festival de música electrónica testa sanitários sem água
Quarta-Feira, 02 de Agosto de 2006
“Boom 2006” a partir de amanhã, em Idanha-a-Nova
O festival que decorre a partir de amanhã e até dia 9 de Agosto pode representar o exemplo de uma cidade de 20 mil habitantes a viverem de forma sustentável. Sanitários sem descargas e chuveiros que permitem poupar água são dois dos bons exemplos num recinto onde as construções aproveitam madeira ardida nos incêndios dos últimos anos
Texto: José Luís Sousa *
Fotografia: António José *
Sanitários que não precisam de água e chuveiros concebidos para a poupar vão ser testados em Idanha-a-Nova durante o "Boom Festival 2006", festival de música electrónica onde são esperadas cerca de 20 mil pessoas. O "Boom Festival 2006" é uma iniciativa bienal de "arte global", ligada à música electrónica de características alternativas (psy-trance), cuja sexta edição tem como tema a ecologia e decorre nos arredores de Idanha-a-Nova, na Herdade do Torrão, a partir de amanhã, dia 3, e até quarta-feira, 9 de Agosto.
As casas de banho e chuveiros ecológicos chegam a Portugal através de responsáveis brasileiros do IPEC (Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado), entidade com oito anos que promove a existência de comunidades capazes de suprir as suas necessidades básicas de forma ecológica, eficiente e com baixo custo. "As casas de banho ecológicas eliminam o uso da água. Não faz sentido, especialmente nos tempos que correm, misturar água, um bem precioso, com dejectos humanos" afirmou à Agência Lusa, André Soares, investigador do IPEC.
O sistema funciona adicionando uma determinada quantidade de serradura aos dejectos humanos, que, por acção do sol, são por sua vez transformados em fertilizante orgânico. O processo, denominado de compostagem termofílica, é indicado para utilização em locais onde não há disponibilidade de água ou de tratamento de esgotos.
Em vez de água "que vai ser poluída e desperdiçada na descarga", é adicionada matéria orgânica seca (serradura) aos dejectos humanos. Depois (os dejectos) são deixados ao sol a uma temperatura de cerca de 65 graus, resultando na esterilização de todos os agentes patogénicos", explica André Soares. Os dejectos saem dos sanitários directamente para recipientes, onde, "de uma forma natural, o problema é resolvido pela Natureza", afirma. Quatro meses volvidos, o processo de esterilização e aptidão de uso como fertilizante está concluído e o adubo pronto para ser utilizado nas culturas agrícolas.
18 SANITÁRIOS NO BOOM
No recinto do "Boom Festival", situado nas margens da albufeira da barragem Marechal Carmona, estão instalados 18 sanitários que utilizam aquela "tecnologia natural", a qual - garante André Soares - não produz cheiros desagradáveis". "Não tem cheiros ao contrário dos sanitários 'portáteis' tradicionais que têm muitos inconvenientes. Cheiram muito mal e utilizam químicos e água para limpeza", refere. O sistema foi financiado pela Fundação Banco do Brasil e apresentado em 2005 naquele país, estando a ser utilizado em programas sociais no Nordeste "também como alternativa de renda para famílias pobres", afirma André Soares. "É bom para o ambiente e pode ser até um negócio. A utilização como fertilizante é uma solução rural perfeita" defendeu André Soares.
* Agência Lusa
Sistema promete acabar com sobrecarga de ETAR verificada em anos anteriores
Efluentes dos chuveiros reduzidos
Outro projecto com origem no IPEC, também em teste no "Boom Festival", diz respeito a chuveiros que permitem poupar água, acoplados a um sistema que reduz significativamente o débito de efluentes para as estações de tratamento de águas residuais (ETAR).
No total são 56 chuveiros, instalados numa elevação sobranceira ao recinto do festival, onde a quantidade de água disponibilizada a cada utilizador é reduzida a cinco litros por duche. "Uma válvula regula o fluxo para dez por cento de um duche normal, cinco litros de água por usuário. Consegue-se uma poupança muito grande, embora com 20 mil pessoas a utilizar seja necessário ainda um volume de água significativo", frisa André Soares.
À saída dos chuveiros, a água passa primeiro por um filtro de sólidos, sendo conduzida, de seguida, por um canal de curvas suaves, com pedras, plantas e raízes diversas, cuja função é ajudar à purificação natural do líquido. Ao longo de cerca de 600 metros, monte abaixo, a água é conduzida até um reservatório, "uma espécie de mini-ETAR", onde o caudal chega diminuto porque se vai evaporando pelo caminho.
TESTE RESULTOU
"Fizemos um teste com um débito de dez mil litros por hora e a água não chega à ETAR de Idanha-a-Nova, evapora-se quase toda" sustenta André Soares.
Por seu turno, Jorge Fialho, coordenador de produção do "Boom Festival", lembra que em edições passadas a ETAR de Idanha não tinha capacidade para receber os efluentes com origem na Herdade do Torrão. "Tiveram de vir camiões para transportar a água para Castelo Branco" recorda.
Jorge Fialho acredita que com o novo sistema é possível que os efluentes não cheguem sequer à ETAR da sede de concelho: "Se chegar ao máximo de uso, então irá para a ETAR, mas acredito que este festival pode representar o exemplo de uma cidade de 20 mil habitantes a viverem de forma sustentável. Durante o festival vai ser possível tirar essas dúvidas".
Edifícios construídos pelo arquitecto indonésio Amir Rabik
Para além dos sanitários e chuveiros ecológicos, o "Boom Festival" promove a preservação da Natureza através da utilização, nas construções, de madeira recuperada após os incêndios florestais de 2005 no concelho ou materiais utilizados em anteriores edições do evento.
Outra novidade diz respeito à utilização de bambu em edifícios, inspirados nos pagodes do Oriente, obra do arquitecto indonésio Amir Rabik.
Em declarações à Agência Lusa, durante a construção de um pavilhão que vai acolher conferências e outras actividades, Amir Rabik confessou-se "chocado pela positiva" quando conheceu o espaço da herdade, nas margens da albufeira. O arquitecto resolveu aplicar as mesmas técnicas de construção "tradicional e ecológica" proporcionada pelo bambu, que está a desenvolver num 'resort' turístico, localizado numa ilha indonésia.
"O bambu é muito fácil de ser trabalhado, muito forte, flexível e durável. É uma maravilha ecológica como material de construção", garantiu.
Festival de música electrónica testa sanitários sem água
Quarta-Feira, 02 de Agosto de 2006
“Boom 2006” a partir de amanhã, em Idanha-a-Nova
O festival que decorre a partir de amanhã e até dia 9 de Agosto pode representar o exemplo de uma cidade de 20 mil habitantes a viverem de forma sustentável. Sanitários sem descargas e chuveiros que permitem poupar água são dois dos bons exemplos num recinto onde as construções aproveitam madeira ardida nos incêndios dos últimos anos
Texto: José Luís Sousa *
Fotografia: António José *
Sanitários que não precisam de água e chuveiros concebidos para a poupar vão ser testados em Idanha-a-Nova durante o "Boom Festival 2006", festival de música electrónica onde são esperadas cerca de 20 mil pessoas. O "Boom Festival 2006" é uma iniciativa bienal de "arte global", ligada à música electrónica de características alternativas (psy-trance), cuja sexta edição tem como tema a ecologia e decorre nos arredores de Idanha-a-Nova, na Herdade do Torrão, a partir de amanhã, dia 3, e até quarta-feira, 9 de Agosto.
As casas de banho e chuveiros ecológicos chegam a Portugal através de responsáveis brasileiros do IPEC (Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado), entidade com oito anos que promove a existência de comunidades capazes de suprir as suas necessidades básicas de forma ecológica, eficiente e com baixo custo. "As casas de banho ecológicas eliminam o uso da água. Não faz sentido, especialmente nos tempos que correm, misturar água, um bem precioso, com dejectos humanos" afirmou à Agência Lusa, André Soares, investigador do IPEC.
O sistema funciona adicionando uma determinada quantidade de serradura aos dejectos humanos, que, por acção do sol, são por sua vez transformados em fertilizante orgânico. O processo, denominado de compostagem termofílica, é indicado para utilização em locais onde não há disponibilidade de água ou de tratamento de esgotos.
Em vez de água "que vai ser poluída e desperdiçada na descarga", é adicionada matéria orgânica seca (serradura) aos dejectos humanos. Depois (os dejectos) são deixados ao sol a uma temperatura de cerca de 65 graus, resultando na esterilização de todos os agentes patogénicos", explica André Soares. Os dejectos saem dos sanitários directamente para recipientes, onde, "de uma forma natural, o problema é resolvido pela Natureza", afirma. Quatro meses volvidos, o processo de esterilização e aptidão de uso como fertilizante está concluído e o adubo pronto para ser utilizado nas culturas agrícolas.
18 SANITÁRIOS NO BOOM
No recinto do "Boom Festival", situado nas margens da albufeira da barragem Marechal Carmona, estão instalados 18 sanitários que utilizam aquela "tecnologia natural", a qual - garante André Soares - não produz cheiros desagradáveis". "Não tem cheiros ao contrário dos sanitários 'portáteis' tradicionais que têm muitos inconvenientes. Cheiram muito mal e utilizam químicos e água para limpeza", refere. O sistema foi financiado pela Fundação Banco do Brasil e apresentado em 2005 naquele país, estando a ser utilizado em programas sociais no Nordeste "também como alternativa de renda para famílias pobres", afirma André Soares. "É bom para o ambiente e pode ser até um negócio. A utilização como fertilizante é uma solução rural perfeita" defendeu André Soares.
* Agência Lusa
Sistema promete acabar com sobrecarga de ETAR verificada em anos anteriores
Efluentes dos chuveiros reduzidos
Outro projecto com origem no IPEC, também em teste no "Boom Festival", diz respeito a chuveiros que permitem poupar água, acoplados a um sistema que reduz significativamente o débito de efluentes para as estações de tratamento de águas residuais (ETAR).
No total são 56 chuveiros, instalados numa elevação sobranceira ao recinto do festival, onde a quantidade de água disponibilizada a cada utilizador é reduzida a cinco litros por duche. "Uma válvula regula o fluxo para dez por cento de um duche normal, cinco litros de água por usuário. Consegue-se uma poupança muito grande, embora com 20 mil pessoas a utilizar seja necessário ainda um volume de água significativo", frisa André Soares.
À saída dos chuveiros, a água passa primeiro por um filtro de sólidos, sendo conduzida, de seguida, por um canal de curvas suaves, com pedras, plantas e raízes diversas, cuja função é ajudar à purificação natural do líquido. Ao longo de cerca de 600 metros, monte abaixo, a água é conduzida até um reservatório, "uma espécie de mini-ETAR", onde o caudal chega diminuto porque se vai evaporando pelo caminho.
TESTE RESULTOU
"Fizemos um teste com um débito de dez mil litros por hora e a água não chega à ETAR de Idanha-a-Nova, evapora-se quase toda" sustenta André Soares.
Por seu turno, Jorge Fialho, coordenador de produção do "Boom Festival", lembra que em edições passadas a ETAR de Idanha não tinha capacidade para receber os efluentes com origem na Herdade do Torrão. "Tiveram de vir camiões para transportar a água para Castelo Branco" recorda.
Jorge Fialho acredita que com o novo sistema é possível que os efluentes não cheguem sequer à ETAR da sede de concelho: "Se chegar ao máximo de uso, então irá para a ETAR, mas acredito que este festival pode representar o exemplo de uma cidade de 20 mil habitantes a viverem de forma sustentável. Durante o festival vai ser possível tirar essas dúvidas".
Edifícios construídos pelo arquitecto indonésio Amir Rabik
Para além dos sanitários e chuveiros ecológicos, o "Boom Festival" promove a preservação da Natureza através da utilização, nas construções, de madeira recuperada após os incêndios florestais de 2005 no concelho ou materiais utilizados em anteriores edições do evento.
Outra novidade diz respeito à utilização de bambu em edifícios, inspirados nos pagodes do Oriente, obra do arquitecto indonésio Amir Rabik.
Em declarações à Agência Lusa, durante a construção de um pavilhão que vai acolher conferências e outras actividades, Amir Rabik confessou-se "chocado pela positiva" quando conheceu o espaço da herdade, nas margens da albufeira. O arquitecto resolveu aplicar as mesmas técnicas de construção "tradicional e ecológica" proporcionada pelo bambu, que está a desenvolver num 'resort' turístico, localizado numa ilha indonésia.
"O bambu é muito fácil de ser trabalhado, muito forte, flexível e durável. É uma maravilha ecológica como material de construção", garantiu.
terça-feira, agosto 01, 2006
Museu Francisco Tavares Proença Junior na TSF
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