quarta-feira, dezembro 09, 2009

Horta solar no Ferro

http://www.enforce.pt/noticias.php?i=43

A Enforce (www.enforce.pt), instalou no Ferro uma unidade de produção de energia solar. As características técnicas desta central são inovadoras, procuram reproduzir os painéis solares que equipam as naves russas no espaço. Os painéis acompanham o movimento do Sol (ganhando uma rentabilidade de 30%, relativamente a painéis fixos) e são bifaciais (obtendo por este facto uma rentabilidade suplementar de 20%). No total estes painéis produzem mais 50% de energia, do que os painéis comuns. A Enforce é uma das empresas com actividade na Central Solar de Moura. A Enforce transpõs para a microgeração a sua tecnologia, iniciando a sua instalação em lares. O primeiro Lar a ser contemplado foi o Lar do Ferro, já em funcionamento.

quinta-feira, novembro 26, 2009

Beira Interior Fabrica Papel

Depois da Pasta, chega a fabricação de papel....

Fábrica de papel em V. V. Ródão vai ser projecto de Potencial Interesse Nacional
Negócios
26/11/09, 08:08
OJE/Lusa
A fábrica de papel para higiene e limpeza AMS Gomà Camps, em Vila Velha de Ródão, assina hoje com o Estado o contrato que a estabelece como projecto de Potencial Interesse Nacional (PIN).


A fábrica representa um investimento de cerca de 52 milhões de euros. Começou a funcionar a 11 de Agosto e foi oficialmente inaugurada três dias depois pelo primeiro-ministro José Sócrates.


A unidade criou 65 postos de trabalho directos e a AMS Gomà Camps prevê que venha a criar mais 35 até final do ano.


A cerimónia de hoje está marcada para as 10:15 e assinala também que foi alcançada a meta de "produção de 100 toneladas/dia", anunciou a empresa.


Segundo a AMS Gomà Camps, o empreendimento destaca-se pela inovação e sustentabilidade ambiental nos processos de produção de papel tissue (papel higiénico, guardanapos, lenços faciais, rolos industriais, toalhas e rolos de mesa).


As grandes cadeias de distribuição e a indústria (hotelaria, restauração, catering e serviços) são os principais clientes da fábrica. Cerca 40% da produção de papel tissue (usado em guardanapos, rolos de papel higiénico e rolos de cozinha) destina-se a exportação, sobretudo para Espanha e os PALOP.


O projecto começou por ser desenvolvido por accionistas portugueses os quais constituíram a empresa que inicialmente se designou AMS Papermill and Converting.


Posteriormente, o grupo Goma Camps sedeado em Espanha entrou no capital social da empresa, no seguimento de uma parceira estratégica, de que resultou a AMS - Goma Camps - a qual que conta ainda, como principais accionistas, com o Grupo Mateus e o Grupo Gopaca.

domingo, outubro 25, 2009

Ponte sobre a ribeira da Carpinteira, Covilhã, considerada como sexy pelo seu projectista

O Arquitecto Carrilho da Graça, prémio Pessoa 2008, projectista, entre outros trabalhos premiados do Pavilhão do Conhecimento, Escola Superior de Comunicação Social e Escola Superior de Música, ambas do Politécnico de Lisboa, considera a sua obra, inaugurada no mês passado na Covilhã, como sexy. "Evidentemente, é uma ponte sexy: tem aquelas curvas que a tornam extremamente elegante, como numa top model.

Barragem ou património?

Duas casas modernistas da família Alçada Baptista em perigo por causa de barragem
Por Inês Boaventura
Director do Igespar mandou abrir processo de classificação do local, na Covilhã, e depois invocou "falha procedimental" para recuar. Herdeiros ameaçam contestar decisão em tribunal

O director do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar) determinou a abertura do processo de classificação do sítio conhecido como Tapada do Dr. António, na Covilhã, mas depois de receber uma carta do presidente da câmara local, solicitando o cancelamento da decisão, veio dizer que afinal tinha sido um "lapso".

O processo foi desencadeado em Agosto de 2008, quando um dos proprietários (Luís Alçada Baptista, filho do arquitecto Luiz Alçada Baptista e sobrinho do escritor António Alçada Baptista) solicitou ao director do Igespar a abertura do processo de classificação do terreno na freguesia de Cortes do Meio. A existência de um sistema hidráulico singular para enchimento de lameiros foi um dos argumentos invocados, juntamente com o da existência de duas habitações modernistas que "foram palco da vivência incontornável da cultura contemporânea portuguesa que envolveu a família Alçada Baptista".

O processo seguiu para o chefe da Divisão de Estudos Patrimoniais e Arqueociências do Igespar, que destacou o "valor arquitectónico do edificado", o seu "interesse como testemunho simbólico" e "o que nele se reflecte do ponto de vista da memória colectiva, através da sua ligação a alguns dos momentos e a algumas das figuras mais marcantes da cultura portuguesa da segunda metade do século XX". Miguel Soromenho sublinhou também "a conservação de sistemas hidráulicos tradicionais ligados aos ecossistemas produtivos regionais" e sugeriu a classificação da Tapada do Dr. António.

Face a isto e à concordância do director do Departamento de Inventário, Estudos e Divulgação, o director do Igespar, Elísio Summavielle, determinou, em Março de 2009: "Proceda-se à abertura do processo de classificação". A notícia foi mal recebida pelo presidente da Câmara da Covilhã, Carlos Pinto (PSD), que em Maio escreveu uma carta àquele responsável solicitando-lhe o "cancelamento da abertura do procedimento administrativo para classificação".

Isto porque a autarquia pretende avançar com a construção nos terrenos da família Alçada Baptista da Barragem da Ribeira das Cortes (para abastecimento de água para consumo humano), mas para isso precisa que seja prorrogada a Declaração de Impacte Ambiental favorável condicionada de Setembro de 2006, por já terem passado dois anos desde a sua emissão. E como esta obra implica, como explica Luís Alçada Baptista, a submersão das duas habitações modernistas e de um sistema de levadas do século XIX, a sua concretização poderia ficar comprometida com a abertura do processo de classificação.

Na sequência da carta do presidente de Carlos Pinto, o director do Igespar escreveu a um dos proprietários da tapada dizendo que tinha havido um "lapso", já que o processo tinha sido apenas "remetido para estudo e instrução pela Delegação de Castelo Branco da Direcção Regional de Cultura do Centro, no âmbito das respectivas competências". "Somente após o parecer daqueles serviços este instituto se pronunciará no sentido da abertura, ou não, do processo de classificação", alegou Summavielle.

Os proprietários ameaçam contestar este recuo em tribunal, afirmando que "após análise das disposições normativas aplicáveis se concluiu que as Direcções Regionais de Cultura não têm qualquer competência instrutória ou consultiva em processos de classificação de bens imóveis", pelo que o despacho de abertura do processo de classificação proferido por Summavielle "não constitui nenhum lapso" e a sua revogação posterior "não pode deixar de ser inválida".

Ao PÚBLICO, o director do Igespar disse que a necessidade de um parecer prévio "não-vinculativo" da Direcção Regional de Cultura do Centro constitui "uma norma interna procedimental, que não decorre da lei". "É evidente que houve uma falha procedimental e é evidente que não podia abrir um precedente", defende-se Elísio Summavielle, garantindo que legalmente pode anular um despacho seu desde que o fundamente, como diz ter feito neste caso.

A Malcata em compasso de espera

in: www.publico.pt de 24/10/2009
Azahar chega amanhã para travar extinção do lince-ibérico
25.10.2009
Helena Geraldes

Fala espanhol, tem cinco anos de idade e nome de flor de laranjeira.Azahar faz amanhã a viagem, num veículo especial, do Zoobotânico de Jerez de la Frontera, em Espanha, até ao Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro para o Lince-Ibérico (CNRLI), na Herdade das Santinhas, em Silves.

Azahar, que não nasceu em cativeiro mas foi recolhida da natureza, será o primeiro animal a inaugurar as instalações algarvias, começadas a construir em Junho de 2008 e concluídas em Maio de 2009.

Até ao final de Novembro, chegarão outros 15 linces, de forma faseada, informou Tito Rosa, presidente do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), ao PÚBLICO. São animais que nasceram em cativeiro, que foram capturados no campo enquanto juvenis ou que estão em centros de recuperação, depois de terem sido encontrados feridos. Além de Jerez de la Frontera, virão dos centros de El Acebuche (no Parque Nacional de Doñana) e de La Olivilla (Raen).

A cedência de linces a Portugal só foi possível graças ao sucesso do programa espanhol de reprodução em cativeiro, que arrancou em 2003 depois de uma década de desentendimentos entre o Governo central e a Junta Autónoma da Andaluzia. Hoje existem 77 linces nos seus centros de reprodução. Os primeiros - Brezo,BrisaeBrezina- nasceram a 28 de Março de 2005 em Doñana.Brezina acabou por morrer numa luta entre irmãos, habitual na espécie.

Amanhã, Portugal estreia-se na aventura conservacionista quando o CNRLI receber Azahar, vinda de uma viagem de 550 quilómetros. "Estamos entusiasmados e sentimos o peso da responsabilidade", comentou Tito Rosa. "Não queremos falhar."

O centro, com 156 hectares, é uma das peças do Plano de Acção para a Conservação do Lince-Ibérico em Portugal (2008-2012), publicado em Diário da República a 6 de Maio de 2008. Resulta de uma medida de compensação pela construção da Barragem de Odelouca, imposta pela União Europeia, e é financiado pela empresa Águas do Algarve.

Segundo explicou em Julho Rodrigo Serra, director do Centro Nacional de Reprodução, aquando da assinatura do protocolo de cedências de linces de Espanha a Portugal, os animais vão viajar em carros fechados, com controlo climatérico, e um condutor e um veterinário. Serão realizadas paragens de duas em duas horas. Quando chegarem ao centro de Silves, os animais serão alvo de uma vigilância mais apertada durante 48 horas. Cada cercado tem cinco câmaras de vigilância.

Reprodução em cativeiro

A reprodução em cativeiro é uma solução de fim de linha para o felino mais ameaçado do planeta. Estima-se que existam hoje menos de 150 linces-ibéricos (Lynx pardinus).

Em meados do século XIX, seriam cem mil, espalhados por toda a Península Ibérica. A espécie vive em Portugal numa situação de "pré-extinção".

Para Jorge Palmeirim, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e uma das pessoas que lançaram a primeira campanha nacional pela defesa do lince da Malcata, no final da década de 70, acredita que "a principal causa do seu declínio foi o colapso das populações de coelhos, algo difícil de controlar", contou ao PÚBLICO este investigador. Tudo agravado por duas doenças: a mixomatose (nos anos 50) e a febre hemorrágica viral (nos anos 80).

Contudo, não se pode explicar com uma única razão o estatuto de espécie "Criticamente Ameaçada" que a União Mundial para a Conservação (UICN) atribuiu ao felino das barbas e dos pêlos em forma de pincel na ponta das orelhas. Ao quase desaparecimento do coelho-bravo, a sua principal presa, junta-se a caça indiscriminada e a perda de habitat pelas campanhas agrícolas e de reflorestação com eucalipto e pinheiro-manso, que destruíram os matagais mediterrânicos desde a primeira metade do século XX.

Desde então, o lince-ibérico tem seguido em silêncio e longe da vista a estrada que o levou à beira da extinção. Mas hoje, o mundo está de olhos postos nele. E nos esforços de Portugal e Espanha para o trazer de volta.


Há pontos fracos nos 50 anos de luta depois do alarme

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Os primeiros sinais de alarme soaram há mais de meio século. Nos anos 50 do século XX, agricultores e caçadores por aqui e por ali comentavam que o lince era um animal ameaçado. No entanto, "a generalidade da população nem sabia que existia uma espécie de lince no país", lembra Jorge Palmeirim, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e da LPN (Liga para a Protecção da Natureza). Tão-pouco existiam estudos.

Desde então foram envidados esforços para travar este comboio. Fica para a história a campanha "Salvemos o lince e a serra da Malcata", em 1979, depois de o biólogo Luís Palma ter alertado para a situação de ameaça aquando do seu trabalho de campo naquela serra em 1976 e 1977. Quando a campanha terminou, em Fevereiro de 1980, tinham sido recolhidas mais de 46.500 assinaturas em favor da protecção da serra. Jorge Palmeirim, um dos responsáveis, considera que esta "foi a primeira acção relevante de conservação do lince, que com ela passou até a ser um animal simbólico para a conservação da natureza".

Um ano depois, foi criada a Reserva Natural da Serra da Malcata. O primeiro trabalho organizado sobre a ocorrência de lince em Portugal, o Programa Liberne, aconteceu entre 1986 a 1997. Mais recentemente, sítios importantes para a espécie foram incluídos na Rede Natura 2000 e a Reserva da Malcata adoptou medidas de gestão do habitat. Em 2008, foi publicado o plano de acção para a conservação do lince.

Plano para o coelho

Mas o felino continuou a desaparecer. Durante muito tempo, não "houve orientação estratégica e as autoridades e o país ficaram passivamente a assistir ao declínio do lince", lamentou Palmeirim. Este investigador denuncia ainda que deviam ter sido desenvolvidos projectos de investigação "que procurassem medidas de minimização eficazes" para as doenças que afectaram o coelho-bravo. Luís Palma, que participou no Programa Liberne, sente a falta de um plano de acção nacional para a principal presa do lince.

Este investigador critica o distanciamento entre quem decide e quem vive no terreno. "Envolver todos aqueles que influenciam ohabitat do lince é um trabalho difícil e incómodo. Mas, não sendo feito, qualquer plano aparecerá como uma colecção de medidas restritivas que as pessoas não compreendem e que não são aplicáveis à realidade", comentou. "Ou todos contribuem para a conservação do lince ou não será possível fazê-lo", diz, salientando que antes de o Centro de Reprodução em Cativeiro ter sido construído, os responsáveis deviam ter preparado as pessoas para o regresso do lince.

Palmeirim é da mesma opinião. "Para evitar chegar à situação actual, teria sido necessário incentivar e apoiar os gestores de áreas chave do território, incluindo os proprietários e as associações de caçadores, a fazer uma gestão que mantivesse uma estrutura do habitat apropriada para o lince e para a sua principal presa, o coelho".

Tito Rosa, presidente do ICNB, adiantou ao PÚBLICO na semana passada que recentemente foram aprovados projectos candidatos ao QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) para "conquistar as populações, nomeadamente caçadores e agricultores". O responsável lembrou ainda as parcerias com a LPN, Associação de Defesa do Património de Mértola e com a Associação Nacional de Proprietários e Produtores de Caça.

O papel dos caçadores é realçado por Luís Palma. "Há que desmistificar a ideia de que não pode haver caça onde existir lince." O biólogo vai mais longe quando diz que, em Portugal, "o lince não tem possibilidade de viver em mais lugar nenhum a não ser em explorações cinegéticas", locais que ainda mantêm o seu habitat."O país tem muito pouco espaço [para o lince], temos áreas extensas onde há bolsas favoráveis no meio de bolsas menos favoráveis". Situação diferente da de Espanha. "Portugal terá um papel importante enquanto periferia das populações espanholas, quando estas recuperarem".Helena Geraldes

terça-feira, outubro 20, 2009

Faria de Vasconcelos


A FCG editou as Obras completas de Faria de Vasconcelos. Apresento a digitalização da capa do 1º volume e transcrição parcial do prefácio introdutório de J. Ferreira Marques.

"J.Ferreira Marques

Apresentação da obra de Faria de Vasconcelos

Faria de Vasconcelos deixou um grande número de escritos incluindo livros, artigos de revista, textos de conferencias, artigos de jornais e muitos inéditos. E a obra de um vulto insigne das Ciências Humanas e Sociais e que desenvolveu intensa actividade, durante as primeiras quatro décadas do século 20, como professor, especialista. investigador. conferencista, publicista, quer em centros universitários portugueses e estrangeiros, quer dirigindo-se a públicos mais vastos e diferenciados. Entre as áreas de conhecimento a que se dedicou, encontram-se o Direito, a Sociologia, a Psicologia, a pedagogia e a Filosofia. A maior ou menor saliência de cada um destes domínios modificou-se ao longo da carreira de Faria de Vasconcelos. Por isso. reveste-se do maior interesse esboçar aqui a sua biografia e relacioná-la com a preparação e publicação dos principais trabalhos.
Nascido em Castelo Branco, no dia 2 de Março de 1880. António de Sena Faria de Vasconcelos Azevedo era filho e neto de magistrados. Em Outubro de 1896 inicia os seus estudos na Universidade de Coimbra, onde obteve em Junho de 1900 o grau de bacharel em Leis, com 21 anos incompletos, e, doze meses depois, o de bacharel formado. O seu primeiro livro, impresso em 1900 e intitulado O Materialismo Histórico e a Reforma Religião do Século XVI, constitui extracto de uma dissertação para a 10.• cadeira da Faculdade de Direito de Coimbra.
Dois outros livros são publicados em 1902, um dos quais -O Ensino Ético Social das Multidões - corresponde conferência proferida no Ateneu Comercial de Lisboa. Nesse mesmo ano inscreve-se na Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Nova de Bruxelas. O estudo que à mesma apresentou sobre La pychologie dês foules Infantiles e o relato da sua discussão com os Profs. De Greef e Lauby integram um pequeno livro editado na Bélgica em 1903. Já a dissertaçãode douto¬ramento em Ciências Sociais -Esquisse d'une théorie de ta sensibilité…...."

segunda-feira, setembro 21, 2009

Cadastro da propriedade

No concelho do Fundão as Finanças têm procedido à actualização do cadastro da propriedade, com imensos erros, resultantes de informações indevidas prestadas por colaboradores. O jornal Expresso, no último fim de semana levanta o tema do cadastro da propriedade em Portugal, prevendo que 1/5 do território está por identificar, em termos de proprietários. A actualização que as Finanças tem feito segue os métodos tradicionais de identificar as confrontações e calcular a área, por meios imprecisos e rudimentares. Hoje, com a utilização do GPS é possível delimitar as propriedades e calcular as áreas de forma precisa. Porque é que não foram utilizados esses recursos no Fundão?

quinta-feira, setembro 03, 2009

Chocalhos 2009- Alpedrinha


Chocalhos - Festival dos Caminhos da Transumância - 18,19 e 20 de Setembro | Alpedrinha

A transumância uniu, desde sempre, geografias e paisagens, costumes e gentes. Hoje, essa pluralidade, mais do que relembrar as sociedades passadas, assume um valor patrimonial de excelência.
Património colectivo que este evento cultural pretende revivificar com um alargado conjunto de iniciativas, cruzando a música pastoril, os produtos locais com as paisagens, a realidade com os sonhos.

Programa

18 Setembro

14h00
"Agora conto eu" – Acção de Formação | Biblioteca Municipal do Fundão

Uma acção de formação para técnicos bibliotecários e outros agentes de educação, com coordenação da contadora de histórias Joaninha de Almeida, técnica de Serviço Educativo da Biblioteca Municipal de Mora e do Fluviário de Mora

19h00
Abertura Oficial | Ruas de Alpedrinha

Desfile dos Zabumbas de Alpedrinha
Desfile de Pifaradas de Álvaro
Desfile do Grupo de Gaitas de Foles "Transumância"
Desfile do Grupo de Gaitas de Foles "Os Carriços"
Desfile do Grupo "Tok'avacalhar"
Desfile do Grupo de Bombos do Alcaide
Desfile de Acordeonistas
Desfile do Grupo "Foles da Beira"
Desfile com os “Ovelha Negra”(inserido no Festival Étnico)

21H00
Animação de rua pelos grupos participantes no desfile | Ruas de Alpedrinha
Actuação da Tuna Académica | Largo Padre Santiago

21H30
Foles da Beira | Largo da Igreja

Grupo de Musica Popular da Casa do Povo | Largo da Fontainha
F. Beira | Capela do Leão

22H00
Concerto - Gnawa Al-Baraka| Largo do Chafariz

Grupo de Música Tradicional de Marrocos
(Inserido no Festival Étnico 2009)

Grupo de Fados| Largo do Salão Paroquial
Acordeonista "Sertório"| Capela do Leão
Cottas Club| Externato Santiago
F. Beira | Rua dos Valadares

22H30
Foles da Beira | Largo da Fontainha
Grupo de Musica Popular da Escola Secundária do Fundão | Largo da Igreja

23H30
Concerto – Dazkarieh | Largo do Chafariz
Dazkarieh é uma banda de rock e de música tradicional formada em Lisboa em 1999. Partiram da ideia de criar música tendo como inspiração várias culturas do mundo.
Cedo cresceram, tornando-se num dos mais activos e originais projectos da música portuguesa, ao aliarem instrumentos de várias proveniências (gaita de foles galega, acordeão, flauta transversal, tin whistles irlandeses, percussão africana, percussão árabe, baixo e guitarra) e vocalizações numa língua imaginária, criada pelo próprio grupo, com o objectivo de tratarem a voz como um instrumento autónomo e equiparável aos outros.
Vasco Ribeiro Casais - Nyckelharpa, bouzouki, gaitas-de-foles, flauta Luís Peixoto – Bouzouki, bandolim, cavaquinho, sanfona Joana Negrão – Voz, gaita-de-foles, adufe, pandeireta André Silva - Bateria Mais informações: www.dazkarieh.com
(Inserido no Festival Étnico 2009)

Acordeonista "Sertório"| Largo do Pelourinho

24H00
Grupo de Fados | Rua dos Valadares

19 de Setembro

11H00
Arruada pelos chocalheiros de Vila Verde de Ficalho | Ruas de Alpedrinha

15h00
Festa da Lã | Alpedrinha

Carda-se e feltra-se um tapete de feltro ao som dos cantares do Alentejo,
com o Grupo Coral Feminino do Alentejo e a Academia Sénior do Fundão.

(Integrada no Festival Escrita na Paisagem) – Colecção B


16H30
Lançamento do livro "Monte da Touca" de Francisco Belo Nogueira | Capela do Leão

18H00
Animação de Rua | Ruas de Alpedrinha

Desfile dos Zabumbas de Alpedrinha
Desfile do Rancho Folclórico da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra
Desfile de Pifaradas de Álvaro
Desfile do Grupo de Gaitas de Foles "Transumância"
Grupo de Bombos de São Sebastião do Barco
Desfile do Grupo de Gaitas de Foles "Os Carriços"
Desfile do Grupo "Tok'avakalhar"
Desfile do Grupo de Bombos do Alcaide
Desfile de Acordeonistas
Desfile da Tuna Académica
Desfile da Fanfarra Sácabuxa
Desfile com os “Ovelha Negra”(inserido no Festival Étnico)

18H30
Lançamento do livro de poesia "Cadernos de Areia" de Luis Maçarico e Cadernos da Aldraba | Capela do Leão

21H00
Animação de rua pelos grupos participantes no desfile | Ruas de Alpedrinha

Concerto – Danae | Largo do Chafariz

Danae, ao longo dos últimos anos, foi à procura de sons, imagens, palavras, histórias que conseguiu modular em melodias próprias com as referências mais variadas.
A música torna-se, sob este ponto de vista, uma prática aberta que encontra na troca de experiências uma mais valia para a produção de um trabalho sem rótulos.
As letras e as músicas, da autoria da Danae, inserem-se dentro de um campo de possibilidades criativas de difícil “ajuste” num estilo definido.
O novo projecto musical nasce após a redacção quotidiana de pequenas histórias escritas e vividas. O novo trabalho “ CAFUCA”, vai ser ter lançado em Março deste ano e conta com um formato musical simples mas que não vai deixar ninguém indiferente pela originalidade dos instrumentos envolvidos e pela riqueza e diversidade de sons e influências.
Mais informações: www.myspace.com/danaexdanae
(Inserido no Festival Étnico 2009)

Actuação do Rancho Folclórico da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra | Largo da Igreja

Tuna Académica | Largo do Externato

Acordeonista "Sertório" | Largo do Salão Paroquial

21H30
Grupo de Fados do Fundão | Largo da Fontainha

22H00
Grupo de Bombos de São Sebastião do Barco | Largo da Igreja

22H30
Concerto ”Matriz” - Tereza Salgueiro com Lusitânia Ensemble | Largo do Chafariz

“Matriz é o nome que escolhi para apresentar este projecto em que pretendo partilhar convosco uma experiência musical que nos levará através do tempo e do espaço, tendo como fio condutor as palavras, os sons, as melodias e ritmos de vários autores, épocas e regiões de Portugal.”
“Recuando até ao Século XIII, construiu-se um percurso que visita as cortes palacianas e a tradição dos trovadores, mergulhando na expressão popular mais profunda, que se estende pelo Fado e interpreta autores contemporâneos, em busca da origem, da fonte, da Matriz.”
“Centrou-se a procura naquilo que se mantém e se desenvolve, no próprio respirar dos tempos - a chave e evocação de um universo de costumes, de histórias contadas, de formas de pensar e sentir, de desejos e sonhos, esboços de um carácter português.”
“É para mim uma honra e alegria imensas poder contar com um elenco de músicos extraordinários, reunidos por Jorge Varrecoso Gonçalves – Director Musical do Lusitânia Ensemble – e dispostos a acompanhar-me nesta aventura de levar esta Matriz aos palcos de muitos lugares.”
Tereza Salgueiro

Mais informações:
www.teresasalgueiro.pt

Acordeonista "Sertório" | Largo da Fontainha

23H30
Acordeonista "Sertório" | Rua dos Valadares

24H00
Grupo de Fados do Fundão | Largo do Salão Paroquial

00H30
Concerto – Olivetree | Largo da Fontainha

OLIVETREEDANCE é uma “ode” aos sons da terra e vem dar ênfase à música de dança produzida apenas com instrumentos acústicos: DIDGERIDOO, BATERIA e PERCUSSÃO.
Produzem ideias simples em contextos rítmicos complexos que recordam inspirações vindas do Amor da Fonte Suprema, para ouvirmos e dançar em harmonia nesta Nova Era e elevarmos a nossa consciência contribuindo para o equilíbrio do nosso Planeta e da Humanidade. Com elas vamos ao reencontro dos valores reais do "ser humano", a Paz, a Harmonia, o Amor, a Compaixão, a Liberdade, a Verdade, a Criatividade e sobretudo a Sintonia com a Natureza…

A experiência expandida de OLIVETREEDANCE serve-se da mistura que bombeia Renato Oliveira no didgeridoo percussivo com uma disposição grande da percussão tribal de Tito Silva (congas, djembe, Krin, Berinbau, etc) ao qual se junta a influência contemporânea do kik do Pedro Vasconcelos na bateria, numa linguagem frenética cheia de figuras de estilo bem ao jeito das máquinas da actualidade.

Mais informações: www.myspace.com/olivetreedance

20 de Setembro

08H00
Caminhada com rebanho | Fundão (Praça do Município)

10H30
Arruada pelos Chocalheiros de Vila Verde de Ficalho | Ruas de Alpedrinha

15h00
Lançamento do Livro " Histórias de um Tapete" | Alpedrinha

O livro “Histórias de um tapete” é contado, ele mesmo sobre um tapete de feltro, pela contadora de histórias Joaninha de Almeida

(Integrado no Festival Escrita na Paisagem) – Colecção B

16h00
Histórias de Chão – Hora do conto | Alpedrinha

Duas histórias sobre o feltro, uma que retrata a produção de um tapete de feltro artesanal e outra que recorre ao mito de Noé e da sua Arca, com a autoria de Regina Guimarães e com ilustrações de Dina Piçarra e Regina Guimarães.

(Integrado no Festival Escrita na Paisagem) – Colecção B


17H00
Desfile | Ruas de Alpedrinha

Desfile dos Chocalheiros de Vila Verde de Ficalho
Desfile dos Zabumbas de Alpedrinha
Desfile do Grupo de Bombos da Junta de Freguesia do Fundão
Desfile do Grupo de Bombos de Vale de Prazeres
Desfile do Grupo de Bombos das Donas
Desfile do Grupo de Bombos do Souto da Casa
Desfile do Grupo de Bombos Toca a Bombar
Desfile do Grupo de Gaitas de Foles "Os Carriços"
Desfile do Grupo de Chocalhos da Bouça
Desfile do Rancho da Alegria dos Enxames
Desfile de Acordeonistas
Desfile do Grupo "Foles da Beira"

18H00
Animação de rua pelos grupos participantes no desfile. | Ruas de Alpedrinha

21H00
Ruas de Alpedrinha |Animação de rua pelos grupos participantes no desfile
Actuação do Rancho da Alegria dos Enxames | Largo da Igreja
Actuação do Grupo "Foles da Beira" | Largo da Fontainha

21H30
Actuação do Grupo "Foles da Beira" | Largo do Salão Paroquial

22H00
Actuação do Rancho da Alegria dos Enxames | Largo da Fontainha
Actuação do Grupo "Foles da Beira" | Rua dos Valadares
Concerto Clássico | Igreja Matriz

Quinta da Baleia-Seixo da Beira-Oliveira do Hospital


sexta-feira, agosto 21, 2009

Valorização do Mel-Hidromel, Licor de Mel e Vinagre de Mel



A empresa Quinta do Espinho, Lda, Barriosa, Vide, com a designação, Produtos Naturais, Obras do Caratão, lançou no mercado vários produtos para valorização das suas produções. De entre eles destaco os que visam a transformação e aproveitamento do Mel, Hidromel, Licor de Mel e Vinagre de Mel. O Hidromel era uma bebida comum e muito apreciada, até ao século XIX, caindo em desuso no decurso do século XX. Obtem-se por fermentação do mel, podendo ser mais ou menos alcoólica, de acordo com as leveduras utilizadas. Esta empresa produz hidromel com uma graduação de 13% vol. alcóol. O hidromel pode ser envelhecido em cascos de carvalho e consegue-se obter um produto pelo menos de qualidade equivalente ao vinho envelhecido. O vinagre de mel resulta do hidromel. Trata-se, efectivamente da transformação e valorização de um produto que vulgarmente é comercializado na sua forma bruta, ou quanto muito misturado com pinhões.

domingo, agosto 16, 2009

Mimosas, planta infestante que elimina a biodiversidade

Nos percursos pedestres, por eucaliptais e pinhais, nas termas de Felgueira, defronto-me com uma situação deprimente. As mimosas vão conquistando as encostas que o Mondego foi cortando, provocando o desaparecimento de todas as outras espécies. A biodiversidade está ameaçada e se não houver uma política de intervenção, que termine este processo, daqui a décadas só teremos mimosas nos nossos campos. Em situação de incêndios, as mimosas rapidamente regeneram, tornando impossível a vida de outras espécies. As mimosas foram introduzidas como plantas ornamentais, em Portugal,no século XXI e rapidamente se verificou tratar-se de uma infestante, mesmo assim, durante todo o século XX foram sendo colocadas à beira de estradas nacionais. Agora, sabe-se que ao seu poder infestante se junta uma outra característica, as suas raízes libertam uma toxina que contamina os solos e extingue todas as outras formas de vida. O simples corte desta infestante não é solução, porque rapidamente regenera e as raízes no solo continuam a desenvolver o seu trabalho de produção de toxinas. Há hectares e hectares de floresta intransponível dominados por esta infestante, que se estendem de ano para ano.

sexta-feira, agosto 14, 2009

João Ferreira Marques

Em http://www.jm-escultura.com João Ferreira Marques divulga o seu projecto e princípios de vida. Concluído o curso superior de escultura, refugia-se na Quinta da Baleia, Seixo da Beira, Oliveira do Hospital, arrenda um desactivado lagar de azeite, do Dr. Francisco Marques, médico, que transforma em atelier e adapta um velho moínho, na mesma zona, a local de habitação. Utilizando os terrenos adjacentes, onde cultiva vegetais para a sua alimentação, bem como a paisagem deslumbrante da Ribeira de Seia, como fonte inspiradora para os seus trabalhos. os tanques de pedra do velho lagar foram readaptados para os seus trabalhos de fundição.

Centro de interpretação da Serra da Estrela-CISE-Seia






Para além de uma sala multimedia, com informação sobre a Terra, Zona Centro, Astronomia, Serra da Estrela, conta com vários laboratórios, uma câmara de preservação de sementes, uma sala de astronomia e uma sala de germição. O Teixo, cuja semente demora 5.....anos a germinar, conseguiu-se uma germinação em 2 anos na referida sala. Está também em constituição um herbário. Num outro espaço são apresentados alguns biomas da Serra da Estrela.

quarta-feira, agosto 12, 2009

Quinta do Lagar da Moira

http://www.quintalagardamoira.com.pt/

Turismo Rural com actividades pedagógicas e organização de circuitos turísticos. Museu do Azeite, dois quartos para turismo rural, Sala, ar condicionado e televisão em cada quarto. Não utilização e aproveitamento de energia solar, aquecimento por fuel.

Andorinhas

Durante alguns dias centenas de andorinhas concentraram-se nas termas de Felgueira. Hoje, dia 12 de Agosto, partiram. Até à próxima Primavera. Umas eram pretas, outras cinzentas. As pretas mais incorpadas. As cinzentas mais elegantes. Macho e fêmea? Suponho que sim.

Mobiliário do hotel da Urgueiriça







WI-FI gratuita

Mais uma localidade com Internet Wireless gratuita.

segunda-feira, julho 27, 2009

Descrição do Solar de Marrocos



http://www.pedrogao.com/gca/index.php?id=109

Descrição do Solar de Marrocos

http://www.pedrogao.com/gca/index.php?id=109

Miradouro Virtual de Castelo Novo


http://www.fundaoturismo.pt/destaques/miradouro-virtual-do-castelo-de-castelo-novo

Distrito de Castelo Branco-Energias Renováveis

in: Diário XXI


Castelo Branco em sexto
no ranking nacional
Distrito “exporta”
energia limpa
Segundo Jorge Seguro, o
distrito de Castelo Branco
é, em termos absolutos, “o
sexto maior distrito do País
em energias renováveis”,
permitindo à região exportar
electricidade. “A hídrica, a
biomassa e especialmente
a eólica são as componentes
do «mix» energético da
Beira Interior que nos permite
sermos regionalmente
«exportadores» no capítulo
electricidade”, escreveu
recentemente o deputado.
Ao potencial hídrico já aproveitado,
que supera de 110
MW, juntar-se-ão até 2016
cerca de 48MW da Barragem
do Alvito, nos concelhos de
Castelo Branco, Vila Velha
de Ródão e Proença-a-Nova.
Na biomassa, a central de
Vila Velha de Ródão “foi
construída com o objectivo
de, utilizando resíduos
florestais, será possível produzir
electricidade para 70
mil pessoas” com uma potência
instalada de 13 MW.
Em fase de licenciamento
estão ainda as centrais de
biomassa de Belmonte, Covilhã
e Sertã. Segundo Jorge
Seguro Sanches, na energia
eólica, a potência instalada
no distrito de Castelo Branco
era, em 2006, de 178 MW.
No final de 2008, era de 406
MW, garantindo ao distrito
o título de segundo distrito
do País com mais eólica, a
seguir a Viseu.
Jorge Seguro Sanches,
deputado eleito pelo
círculo de Castelo
Branco, foi o relator do
documento que sugere a
eficiência como próxima
aposta
Depois das energias renováveis,
a próxima grande aposta da política
energética em Portugal deve
ser a eficiência, defende o relatório
sobre política energética produzido
este mês pela Assembleia da
República. O documento, elaborado
por um grupo de trabalho cujo
relator foi o socialista Jorge Seguro
Sanches, deputado pelo Círculo
Eleitoral de Castelo Branco, defende
a atribuição de incentivos
às famílias com maior eficiência
energética per capita porque a
tributação das actividades constitui
“o instrumento político mais
eficaz para a modelação dos comportamentos”
das empresas e dos
cidadãos. Votado no início deste
mês, o tema voltou a estar em foco
sexta-feira, no último plenário do
Parlamento.
Jorge Seguro Sanches, sugeriu à
mesa da Assembleia da República
que “dê o exemplo” de eficiência
energética. “Nós, nesta sala [hemiciclo]
não estamos a tomar
o exemplo do tudo o que estas
bancadas disseram em relação à
eficiência energética”, disse Jorge
Seguro Sanches, apontando o caso
concreto de dois candeeiros colocados
na mesa de Jaime Gama, presidente
da Assembleia da República.
“É um exemplo que devíamos
a todos os portugueses quanto
aos consumos”, disse o deputado,
pedindo particular “atenção” à eficiência
energética do Parlamento
na próxima Legislatura.
Criada em 2006 para acompanhar
os temas de energia, a comissão
parlamentar lembra que
Portugal não dispõe de petróleo
ou gás natural e a extracção do
carvão que ainda existe em Portugal
já não é rentável sob o ponto
de vista económico. É por isso que
cerca de 85% da energia consumida
é importada e tem origem em
combustíveis fósseis, acrescenta o
relatório.
DEPUTA DO ELOGIA
ESCOLA DE PENAMACOR
Às escolas, pede que seja dada
mais formação cívica sobre consumo
de energia, com reforço dos
conteúdos nos ensinos superior e
politécnico. Propõe também “acções
mais fortes de sensibilização
dos cidadãos” e, na próxima legislatura,
uma pedagogia da eficiência
energética, através das escolas.
Uma sugestão já seguida pela Escola
Ribeiro Sanches, em Penamacor.
Na última sexta-feira, professores
daquele estabelecimento de
ensino estiveram no Parlamento
e ouviram elogios de Jorge Seguro
Sanches. O deputado considerou
aquele estabelecimento de ensino
“um exemplo” do que pode ser
feito para sensibilizar os jovens,
elogiando e indicando dezenas de
jovens que terminaram recentemente
um curso na área da energias
renováveis naquela escola.
“A aposta tem significado emprego
e é um exemplo da sensibilização
dos jovens e dos cidadãos
em geral que deve ser seguido”,
concluiu o deputado.

quinta-feira, julho 23, 2009

Cuidado com as casas graníticas

in: www.deco.pt

Radão, um inquilino indesejável

Os nossos associados a residir em zonas graníticas ou com suspeita sobre os materiais usados em casa podem obter um detector de radão por € 30, em vez dos habituais 50 euros.
Trata-se de uma película que, depois de exposta ao ar e revelada, indica a concentração média na casa. Caso o resultado da medição se situe entre 2 00 e 4 00 B q/m3, tome algumas medidas simples, como tapar fendas no pavimento ou junto às tubagens, e arejar a casa todos os dias.
Se a análise apresentar um valor superior a 4 00 B q/m3, ou as soluções referidas não forem suficientes para baixar as concentrações de radão, contacte o Instituto Tecnológico e Nuclear (telefone: 21 994 63 19 / 15). Provavelmente, tem de fazer obras em casa.
Para saber mais sobre o protocolo DECO/Instituto Tecnológico e Nuclear, veja as condições.

Alcongosta con Internet WI-FI, gratuita

http://pedacosdealcongosta.blogspot.com/2009/07/alcongosta-com-internet-sem-fios.html

Alcongosta junta-se a Capinha e Salvador, no fornecimento de Internet por WI-FI, gratuita para toda a população.Qual é a próxima localidade que se segue?

À Descoberta do Novo Mundo

http://www.youtube.com/watch?v=xuGBf5B10v8

http://www.localvisao.tv/cwtv.html?ch=60

http://www.rtp.pt/programas/index.php?article=2439&visual=4

quarta-feira, julho 22, 2009

Recursos hídricos

Despacho n.º 14872/2009
A Lei da Água (Lei n.º 58/2005, de 29 de Dezembro) e o Decreto -Lei
n.º 226 -A/2007, de 31 de Maio, estabelecem as normas para a utilização
dos recursos hídricos públicos e particulares (incluindo os respectivos
leitos e margens, bem como as zonas adjacentes, zonas de infiltração máxima
e zonas protegidas), tal como são definidos na Lei da Titularidade
dos Recursos Hídricos (Lei n.º 54/2005, de 15 de Novembro).
Nestes diplomas são identificados os tipos de utilização que, por terem
um impacto significativo no estado das águas, carecem de um título que
permita essa utilização. Esse título, em função das características e da
dimensão da utilização, pode ter a natureza de «concessão», «licença»
ou «autorização». É estabelecida ainda a figura de mera «comunicação»
para certas utilizações de expressão pouco relevante, a qual, no entanto,
não tem a natureza de título de utilização.
A «concessão» e a «licença» são figuras que em Portugal já se aplicam
à utilização dos recursos hídricos desde a publicação da primeira Lei
da Água, em 1919. Já as figuras da «autorização» e da «comunicação»
são novas, tendo sido introduzidas pela actual legislação com o intuito
da simplificação processual, aplicando -se a diversas utilizações dos
recursos hídricos particulares.
Deve ser sublinhado que, neste quadro jurídico, as captações de
águas subterrâneas particulares já existentes, nomeadamente furos e
poços, com meios de extracção até 5 cv não carecem de qualquer título
de utilização nem têm de proceder a qualquer comunicação obrigatória
à administração. No caso de novas captações com estas características,
apenas é necessário proceder a uma mera comunicação à respectiva
administração de região hidrográfica (ARH). Não existe qualquer taxa
administrativa associada a este processo.
Apenas os utilizadores de recursos hídricos que dispõem de meios
de extracção bastante significativos (superiores a 5 cv) carecem de um
título que lhes permita essa utilização. Muitos destes utilizadores estão
já regularizados mas, no caso de não estarem, o artigo 89.º do Decreto-
-Lei 226 -A/2007, de 31 de Maio, contém uma disposição que permite
a regularização dessas situações junto das respectivas ARH num prazo
de dois anos, entretanto alargado por mais um (31 de Maio de 2010).
Não existe, também neste caso, qualquer taxa administrativa associada
a este processo.
Estas disposições legais, que se julgavam incontroversas, geraram
dúvidas e apreensão nos utilizadores de águas subterrâneas (furos e
poços) no que se refere à sua abrangência e condições de aplicação ou
a eventuais encargos financeiros a elas associados.
Assim, tendo presente a necessidade de garantir uma correcta e homogénea
aplicação da legislação em todo o País, determino que sejam
seguidas as seguintes normas de orientação:
1 — Apenas as utilizações dos recursos hídricos sujeitas à obtenção
de um título, seja ele concessão, licença ou autorização, têm de ser
regularizadas nos termos da Lei da Água e legislação complementar.
2 — As captações de águas subterrâneas particulares, nomeadamente
furos e poços, com meios de extracção que não excedam os 5 cv, estão
isentas de qualquer título de utilização, apenas devendo ser comunicadas
Diário da República, 2.ª série — N.º 126 — 2 de Julho de 2009 25811
à ARH nos casos em que o início da sua utilização seja posterior a 1 de
Junho de 2007.
3 — Não obstante o que é estabelecido no n.º 2, os utilizadores poderão
a título voluntário comunicar à ARH a sua utilização, independentemente
dessa comunicação não ser obrigatória, obtendo assim uma
garantia de que não serão consentidas captações conflituantes com as
suas e contribuindo para um melhor conhecimento e uma melhor gestão
global dos recursos hídricos.
4 — Não estão sujeitos ao pagamento de qualquer taxa administrativa
o processo de legalização de uma utilização de águas subterrâneas particulares
com meios de extracção superiores aos 5 cv ou a comunicação
de uma utilização.
5 — Não se aplica à utilização de águas subterrâneas particulares,
qualquer que seja o volume extraído, a componente A (captação) da
taxa de recursos hídricos, regulamentada pelo Decreto -Lei n.º 97/2008,
de 11 de Junho; apenas nos casos de utilizações susceptíveis de causar
impacte muito significativo, isto é, quando cumulativamente os meios
de extracção excedam os 5 cv e o volume extraído seja superior a 16
600 m3/ano é aplicável a componente U (utilização de águas sujeitas a
planeamento e gestão públicas).
6 — As ARH deverão mobilizar os recursos humanos necessários para
prestar as necessárias informações e apoiar a regularização de todas as
situações que o requeiram, fazendo os protocolos de cooperação que se
afigurem necessários com juntas de freguesia, associações de agricultores
ou outras entidades consideradas relevantes.
19 de Junho de 2009. — O Ministro do Ambiente, do Ordenamento
do Território e do Desenvolvimento Regional, Francisco Carlos da
Graça Nunes Correia.
201955319

terça-feira, julho 21, 2009

Casta da Beira Interior



A Vini Portugal, responsável pela promoção de vinhos portugueses, num dos seus panfletos apresenta a Fonte Cal como exemplo de castas nacionais, com origem na Beira Interior e identifica os aromas que lhe estão associados. Da próxima vez que provarem um Fonte Cal, da Quinta dos Termos, verifiquem se conseguem identificar o aroma a Mel, referido pela Vini Portugal. Se tiverem tempo e disposição experimentem completar a ficha de degustação, usada na Sala de Provas da Vini Portugal (Lisboa-Terreiro do Paço-Arcadas-Ao lado do Ministério da Agricultura)

terça-feira, junho 16, 2009

O Projecto de Educação pela Arte de Belgais tem um triste fim

i: www.publico.pt

Projecto da pianista Maria João Pires
Belgais vai fechar por arresto de bens
15.06.2009 - 18h36 Lusa
O projecto de ensino artístico de Belgais criado pela pianista Maria João Pires, "vai fechar devido a um arresto de bens e à falta de apoios", disse hoje à Agência Lusa uma das responsáveis.

Segundo Joana Pires, filha da pianista e responsável pelo Centro de Estudo das Artes de Belgais, após o encerramento da escola do primeiro ciclo da Mata e do Coro Infantil, "não deve restar nada do projecto de Belgais iniciado pela minha mãe".

Joana Pires revelou que os subsídios do Ministério da Educação (única fonte de financiamento) bem como o mobiliário e instrumentos da escola "estão arrestados".

"Parece-nos ser uma acção movida por quatro ex-funcionários", despedidos a meio do ano, e que, de acordo com Joana Pires, discordam das indemnizações que lhes foram pagas. O valor do arresto ronda "os 78 mil euros", acrescentou.

"Despedimos funcionários para não termos que declarar insolvência a meio do ano. Perdemos patrocinadores e donativos e só lhes podíamos pagar o que o Ministério da Educação nos dava. Ficámos sem o resto do dinheiro que recebíamos", fruto da crise financeira, justificou.

Falta de apoio da autarquia

As tarefas foram redistribuídas por outros cinco trabalhadores, mais dois professores colocados pelo Ministério da Educação e outros dois professores de artes.

A Escola da Mata, perto de Castelo Branco, é frequentada por 40 alunos dos quatro primeiros anos do ensino básico, com os quais são desenvolvidas actividades artísticas e culturais no dia-a-dia. "Não sei para onde vão no futuro", disse Joana Pires.

O Ministério da Educação atribui anualmente 170 mil euros à Associação de Belgais para desenvolver o projecto escolar, referiu.

Aquela responsável lamenta a falta de apoio da Câmara de Castelo Branco, a cujo presidente pediu "apoio moral e uma garantia bancária para desbloquear o problema, negociada da forma que ele quisesse". "Mas o presidente foi gelado e disse que não tinha nada a ver com o assunto", descreveu. "Não somos bem-vindos aqui", referiu.

A Agência Lusa tentou contactar o presidente da Câmara de Castelo Branco, mas tal ainda não foi possível. O Ministério da Educação remeteu um eventual comentário para mais tarde.

Maria João Pires abandonou os cargos directivos do Centro de Estudos das Artes de Belgais depois de uma operação ao coração, em Março de 2006, para colocação de um "bypass".

Na altura, considerou haver uma "grande incompreensão" das autoridades portugueses face ao projecto a que dedicou vários anos.

domingo, maio 31, 2009

Moinhos da Baságueda


http://www.beiratv.pt/edicoes1.php?id=1188987920&subaction=showfull&template=default
Moinhos da Baságueda



Moinhos da Baságueda
Comunidades Rurais: Saberes e Afectos

Autor: Lopes Marcelo
Edição: A Mar Arte
ISBN: 972-8319-73-8
Ano: 1999
Nº págs.: 287
Formato: 24,0 x 17,0 cm

"Lentamente, com os passos ecoando no tempo, vão partindo do nosso horizonte. Heróis silenciosos em corpos enrugados, que se afastam, deixando-nos a terra mais humanizada, depois de tantos alqueives de amor e sementeiras de afecto, em que os ternos arados rasgaram sulcos de germinação em nossas almas e quereres, com os rostos a pingar suor na ceifa das doiradas searas e as mãos calejadas de moldarem ternura nas enrugadas mós dos moinhos..."

sexta-feira, maio 15, 2009

Moedas-Tesouros da Beira






http://www.ipa.min-cultura.pt/quem/folder/DIDA/Antonio-Faria/circulacao_noroeste.pdf

domingo, maio 10, 2009

Exploração-Autorização, Licença e Concessão- de água superficial ou subterrânea

O Distrito de Castelo Branco está enquadrado na Administração da Região Hídrica do Tejo





Pensa que a exploração de água subterrânea, na sua propriedade é livre e não necessita de licença e de autorização? Desengane-se e cautela com as coimas, resultante de uma utilização não licenciada. Qual é o valor das coimas? Começam nos 25 mil € e terminam nos 2,5 milhões de €. Não acredita? Visite o site da Administração da Região Hídrica do Tejo

Pode obter o formulário, para pedido de autorização, em: http://www.arhcentro.pt/form-rh/formRH.html .

Se a água tem sido utilizada e vai continuar a se-lo, para consumo humano, não se esqueça de juntar a panóplia de documentação que é pedida: 5. Memória descritiva do projecto da obra de captação, nomeadamente com os seguintes elementos:
 planta de enquadramento à escala 1:25 000, com a localização da pretensão (se a captação de destinar à rega ou ao abeberamento animal apresentar a localização dos terrenos a regar ou o local de abeberamento);
 planta de localização à escala adequada (por exemplo 1:1 000, 1:2 000, 1:5 000) sempre que possível em formato digital;
 regime de exploração previsto;
 relatório de pesquisa de água subterrânea;
 resultados de análises físico-químicas e bacteorológicas à água extraída (se aplicável);
 descrição do tipo de tratamento a implementar, quando a utilização prevista é o consumo humano;



in: http://www.arhcentro.pt/form-rh/formRH.html
O Decreto-Lei 226-A/2007, de 31 de Maio, estabelece o novo regime sobre as utilizações dos recursos hídricos e respectivos títulos. Os pedidos de emissão de título de utilização dos recursos hídricos devem ser instruídos de acordo com o regulamentado na Portaria n.º 1450/2007, de 12 de Novembro.

Para efeitos do Decreto-Lei 226-A/2007, carecem de título as seguintes utilizações:

Captação de Águas

- Captação (Exploração) de Água Superficial ou Subterrânea: Autorização | Licença | Concessão **
- Pesquisa de águas subterrâneas: Licença
- Comunicação Prévia de início de Exploração: Comunicação

quarta-feira, maio 06, 2009

Jovens reporteres para o ambiente

Mission in Portugal, March 2009

Manteigas, Gouveia and Seia welcomed the Young Reporters for the Environment (YRE) from schools across the country and a young Cypriot who also participated in the International YRE Mission - Estrela 2009 which took place between the 29th of March and 4th of April.

The activity in which these 16 youths took part in, under the guidance of 4 ABAE tutors, consisted of environmental research in the region of Serra da Estrela (in the Centre-North of Portugal). The communication of this research was in the form of newspaper articles and photojournalism. The goals of this activity were to:
- Apply the methodology inherent to the YRE program: environmental research and communication

- Develop diverse skills such as: research, writing, teamwork, learning the English language, etc.

- Investigating good practices related to sustainable development

- Learning about the opportunities and challenges of the Serra de Estrela region in respect to the themes of water, biodiversity and climate change

- Identify problems and suggest solutions during the research process

- Provide a group of youths with the opportunity to meet with youths from other regions of Portugal and other countries

As part of the program, besides a workshop on journalism during the opening session in Manteigas, on-site interviews and research also took place which were centred around the following themes:

- Forest: managing it in a sustainable manner (interviews with the firemen of S. Pedro and visit to the S. Pedro forest)

- Pastoralism in the Serra da Estrela : a sustainable activity? (interviews with 2 shepherds; visit to a cheesemaker; visit to Ecolã)



- Other sustainable activities in the Serra (visit to a rural tourism estate; visit to a Serra da Estrela dog breeder)

- Biodiversity- knowing and conserving (visit to the Ecological Park of Gouveia; visit to the Wild Animal Rehabilitation Centre- CERVAS; visit to the Visitor Learning Centre in Seia)

- Water, the most precious resource of the Serra (following the Mondego: visit to a trout farm, visit to the source of the rivers Mondego and Zêzere; visit to lakes: Lagoa Comprida, Lagoa de Rossim, Poço do Inferno).

This Mission, which received support from the mentioned towns, as well as from local and national entities (see poster), has as its goal to train young people not only in research and journalistic communication of an environmental nature, but most importantly to develop their critical and creative senses; essential to the exertion of their citizenship.
On the last day a press conference took place during which the work undertaken during that week was presented to the local community. The purpose was to discuss with all those involved in the mission and those present at the conference the outcomes of the Mission. During this session the Cine-Eco award-winning documentary film "Are there still shepherds?" was shown.

The YRE stayed at the Jones House belonging to the Natural Park of Serra da Estrela. Last but not least, the YRE group adopted two birds who were in recovery at CERVAS!

The articles written by the young reporters are published on the website in English and Portuguese.

domingo, maio 03, 2009


Arquivo: Edição de 16-04-2009

SECÇÃO: Sociedade
in: Reconquista, de 16/4/2009

Novo vinho no mercado

Tranca da Barriga

“Tranca da Barriga” é a marca de vinhos que a Quinta de São Tiago, situada a cinco quilómetros da Covilhã, no Dominguiso, propriedade do Grupo ICP, lançou no mercado a 8 de Abril, com Denominação de Origem Controlada (DOC) Beira Interior.

Sob o rótulo “Tranca da Barriga” apresentam-se vinhos tintos, tinto reserva e tinto monocasta, vinho rosé e vinho branco, produzidos a partir de castas tradicionais da Beira Interior. A produção do ano em curso é de 200 mil garrafas, 140 mil de tinto, 20 mil de branco, 10 mil de rosé e 30 mil de tinto reserva.

A partir de meados de Maio, além da adega própria, a Quinta de São Tiago vai dispor de uma loja de venda ao público.

O Coro Misto da Beira Interior conquistou uma medalha de ouro e outra de prata no 7º Concurso Internacional de Coros de Veneza

Veneza, Itália, 03 Mai (Lusa) - O Coro Misto da Beira Interior conquistou uma medalha de ouro e outra de prata no 7º Concurso Internacional de Coros de Veneza, Itália.Comentar Artigo Aumentar a fonte do texto do Artigo Diminuir a fonte do texto do Artigo Ouvir o texto do Artigo em formato �udio As distinções foram entregues na última noite na cerimónia de encerramento da prova.

A medalha de ouro foi entregue graças à pontuação da interpretação de obras de música sacra de Gasparinni, Bruckner e Luís Cipriano (maestro que dirige o coro), enquanto a prata distinguiu peças livres de Edson Conceição, Diogo Melgaz e Graystone Ives (com expressão corporal).

sexta-feira, maio 01, 2009

Vídeo sobre comunidade



Para informações complementares ver "Notícias da Covilhã", de 2 de Abril
Página 12
Página 13

In: Público de 3/5/2009


A "Terra Prometida" da Póvoa da Atalaia
03.05.2009, Inês Andrade
Centenas de pessoas de todo o mundo vão em "peregrinação" à comunidade do Monte
dos Carvalhos, no Fundão, em comunhão com a natureza e com uma visão religiosa renovada
"Mount of Oaks" ou Monte dos Carvalhos, lê-se a encarnado nas placas de um caminho isolado da serra da Gardunha, Póvoa da Atalaia, no Fundão. O local é deserto e desorganizado, com o cheiro quente das maias. Os cães ladram histéricos ao ver intrusos, mas é fácil perceber que são tão amigáveis como os seus nomes: Tom Sawyer, Huckleberry Finn e Violeta. No final do trilho está uma comunidade que nasceu duma "conversa com Deus". Definem-se como monásticos e têm um grande cariz de intervenção social, sobretudo na aldeia da Póvoa da Atalaia. Aquecem a água do banho com lenha, cozinham bolos com o reflexo do sol, praticam uma agricultura de subsistência, mas, curiosamente, não dispensam o telemóvel e escrevem com regularidade num blogue (mount-of-oaks.blogspot.com). O telemóvel serve "para sabermos quando os nossos amigos no estrangeiro chegam", explicam. O blogue acaba por ser um bom instrumento de divulgação da comunidade.
A comunidade é, neste momento, composta por dez pessoas, sete das quais formam uma família escocesa que parte dentro de pouco tempo para Sintra. No Verão chegam a ser 40 pessoas no Monte, mas a média são 12. Quem fica é a Bárbara, mentora da comunidade. O seu protagonismo não resulta de "uma grande ideia" sua, mas de "algo que Deus está a colocar no coração de pessoas do mundo inteiro".
A um canto, Antonios, holandês - há um ano na comunidade - e o seu sobrinho, Daniel, cortam de modo grosseiro os legumes para o almoço. O cheiro natural dos ingredientes sente-se poucos minutos depois; é fácil identificar o que vai compor o menu. O toque do sino alerta a comunidade inteira de que o almoço está na mesa. Só no fim da refeição se nota que a mesa é uma porta de madeira maciça, provavelmente reutilizada dos vários objectos que eles vão encontrando e que acumulam na chamada Ilha do Tesouro. O panelão de ferro preto cheio de massa com legumes é atirado para a mesa e cada um serve-se, assim como cada um lava o seu prato.
Durante dois anos e meio de existência já passaram pela serra centenas de pessoas de várias nacionalidades. Por estes dias está lá a família Jones, da Escócia, "um exemplo de que é possível viver na estrada com filhos, e logo cinco". Sam é o filho mais velho e lê a Divina Comédia de Dante durante o almoço. O pai, Andrew, foi padre durante nove anos nos EUA, mas é natural da antípoda Nova Zelândia, "onde há mais ovelhas que pessoas", brinca a sua mulher. Andrew dedica-se à Church Mission Society, uma organização missionária católica em Inglaterra. Veio ao Monte dos Carvalhos quase em trabalho, "para poder exportar o modelo desta comunidade auto-suficiente" para lá. "Algo de bom vai acontecer em Portugal", revela enquanto ferve água para o café: "Acho que há um bom contexto aqui, há unidade, respeito mútuo, expectativas e novas expressões." O que o leva a profetizar um update da religião.
Sabe que viajou durante 20 anos, mas não se recorda que idade tem, precisa de fazer as contas desde 1963 para ter a certeza. Hannah e Tâmara são as mais novas, sardentas, com olhos muito grandes, sempre atentas a tudo e a correrem de um lado para o outro. Têm uma lista do que querem fazer antes de ir embora: montar o Nono (o burro de estimação), andar de barco insuflável para depois poderem mergulhar no lago, observar as tartarugas e finalmente jogar Uno, mas Irish Uno, "que é mesmo complicado", dizem orgulhosas.
Daniel é holandês - apesar de ter nascido e vivido até aos 18 anos no Zimbabwe -, apanhou moribundos nas ruas de Narila (com o seu tio Antonios), perto de Nova Deli, na Índia, e tem estado muito tempo no Monte dos Carvalhos. "A terra é muito barata em Portugal" e por isso vai andar pela Europa a apanhar fruta para poder regressar e comprar um terreno recolhido onde possa "viver com serenidade".
Economia da dádiva
A oportunidade de criarem uma comunidade surgiu com um casal belga, que comprou o terreno há cerca de três anos. Desistiram do projecto por medo de não sobreviverem e regressaram ao negócio que tinham abandonado na Bélgica. Bárbara foi confrontada com o desafio de manter o projecto, conversou com Deus, com quem tinha criado uma "ligação" há 12 anos em Angola, antes de tomar uma decisão. Deu então alguns "passos de fé" que lhe permitiram reunir 30.000 euros em cinco semanas. Angariou o dinheiro enviando e-mails para amigos espalhados no mundo inteiro e por isso é que a "terra é tão especial e é de todos". Enquanto conta situações em que se sentiu a falar com Deus, ri com inocência e é frequentemente interrompida pelo sinal de bateria fraca do telemóvel.
A procura deste estilo de vida franciscano está intimamente relacionada com a alteração do paradigma económico. Andrew encontra uma solução na "gifty economy" (economia da dádiva), enquanto discursa sobre a exaustão das populações do Norte da Europa em relação ao materialismo. Cada vez mais pessoas encontram em Portugal um país que ainda não está tão corrompido, e onde podem formar comunidades que se mantêm pela caridade das vilas vizinhas. É o que se passa aqui. Bárbara organiza eventos sociais e artísticos na aldeia e todos a adoram e oferecem dinheiro ou alimentos. Aos fins-de-semana preparam ranchos no ringue da aldeia, com artes circenses, que aliciam as tribos assíduas do festival anual Boom, na Idanha-a-Nova. Promovem workshops, uns sobre construção de casa com madeira, outros de permacultura (sistema holístico de planificação de habitats humanos em harmonia com a natureza); vão às escolas incentivar as crianças a debaterem o consumismo e a implantação dum comércio justo, a limparem a cidade e recolherem lixo das matas.
Em Agosto há a semana da oração. Bárbara acha que "Deus não escolhe religiões, nem templos, dias, ou cerimónias, a oração altera de pessoa para pessoa" e ela preocupa-se em providenciar velas e incenso para quem reza em silêncio, ou, então, rádio, pincéis e papel de cenário para quem precisa de se exprimir plasticamente. O presidente da Junta de Freguesia da Póvoa da Atalaia pediu-lhe "que mostrasse à aldeia o que é viver em comunidade". "Porque eles se esqueceram."

No Verão chegam a ser 40 pessoas no Monte da Atalaia, na serra da Gardunha. Mas a média anual é de 12 pessoas.

Borboletas no Vale do Mondego-Serra da Estrela

http://tv1.rtp.pt/noticias/?t=Borboletas-de-floresta-no-Vale-do-Mondego.rtp&headline=20&visual=9&tm=8&article=216964

terça-feira, abril 28, 2009

Monsanto

O centro cultural de Idanha-a-Nova, desde a sua criação, oferece um serviço de alojamento para investigadores que tenham em mãos trabalhos de investigação sobre a cultura, etnografia, arqueologia, ou outros domínios, aplicados à região do concelho. Agora, este serviço é alargado em Monsanto com as residências artísticas. parabéns à Câmara de Idanha, que por esta via dá a conhecer o concelho e incentiva à produção de trabalhos artísticos e científicos.

Vídeo

http://www.publico.clix.pt/videos/?v=20090423171258


in: Lusa

20-04-2009 09:46:13
Aldeia lusa tenta ser referência em residência de artistas

Por Luís Fonseca, da Agência Lusa

Monsanto, Castelo Branco, 20 abr (Lusa) - A aldeia mais portuguesa quer ser também a que mais artistas de todo o mundo acolhe em Portugal, graças a programas de residências artísticas.

A prefeitura de Idanha-a-Nova requalificou duas casas em Monsanto onde oferece alojamento com vista privilegiada sobre a campina. Os artistas podem candidatar-se junto da prefeitura ou na Universidade de Coimbra, que participa na iniciativa.

Em preparação está um protocolo com a Escola Superior de Belas Artes de Lisboa para oferecer residência a jovens talentos, para que façam ali o lançamento das suas obras.

“O projeto nasceu em 2006 e até final do último ano já tinham passado por Monsanto 18 artistas de todo o mundo”, disse à Agência Lusa, Armindo Jacinto, vice-prefeito de Idanha-a-Nova.

O objetivo é atrair novos olhares para Monsanto e para o distrito de Idanha-a-Nova, “que tem um patrimônio riquíssimo, do ponto de vista natural e edificado. Temos aqui marcas de diversas civilizações”.

“Os próprios artistas vão divulgando a iniciativa e a aldeia e trazem novos artistas de diferentes áreas. Vão ser embaixadores do concelho em várias partes do mundo”, destaca o vice-prefeito.

Márcio-André, 31 anos, é o poeta, tradutor e ensaísta brasileiro que através do protocolo com a Universidade de Coimbra reside durante três meses em Monsanto (www.marcioandre.com).

“Acho que este é um projeto a longo prazo. Daqui a uns anos, depois de mais artistas passarem por aqui, Monsanto certamente vai colher os frutos dos contactos que está a semear”, descreve.

“Nunca tinha estado num local com mais de 500 anos de história. Aqui tenho descoberto monumentos com mais de mil anos, o que tem sido avassalador. Para além desta serenidade e da magnífica vista do apartamento”, descreve.

O brasileiro do Rio de Janeiro ocupa uma das casas com a esposa e em alguns dias recebe artistas amigos. Está preparando o livro de ensaios Poética das Casas e já apresentou espetáculos de poesia sonora sobre Monsanto.

“Pedimos sempre que nos deixem algo”, cita Armindo Jacinto. “Seja uma peça de arte, um espetáculo ou fotografias. E assim vamos também aumentando o nosso espólio artístico”.

O tempo de estadia é variável, de acordo com o trabalho artístico e a existência de projetos a serem desenvolvidos com as comunidades locais.

As residências para este ano ainda não estão fechadas. “Há dois programas. Tem prioridade o protocolo com a Universidade de Coimbra, que o divulga a nível mundial, seleciona os poetas que se candidatam e também desenvolve atividades com eles”.

A prefeitura de Idanha-a-Nova tem o seu próprio programa. Também recebe candidaturas, analisa currículos e os projetos artísticos propostos para escolher residentes.

Uma das próximas artistas a passar por Monsanto será “uma bailarina espanhola”. “Um dos nossos critérios é a diversificação das artes”, conclui Armindo Jacinto.

sábado, abril 25, 2009

Biomassa

Será verdade? Em Vila Velha de Rodão não estão em actividade duas centrais de Biomassa? Por outro lado a empresa em que trabalha, tudo gente da SLN/BPN, tinha em projecto uma central de biomassa, que por falta de massa($$$$$$$), presumo eu, não deu à luz do dia.

As centrais de biomassa têm dificuldades de viabilização, porque o preço a que compram a matéria prima, não dá para o transporte da mata até às centrais. Defrontam-se, por outro lado, em termos de preço da matéria prima, com a concorrência das celuloses e industrias de madeira. Só serão viáveis as centrais que aproveitarem resíduos de madeira, resultantes da sua actividade primária, caso das industrias de celulose e outras indústrias que utilizam madeira como matéria prima.



in: Reconquista

SECÇÃO: Sociedade

Antigo líder do PSD no Fórum Económico do partido



Marques Mendes pediu mais atenção à biomassa

Centrais de biomassa não saíram do papel
Marques Mendes diz que dos projectos lançados em 2006 só o da Sertã está em obra. E classifica a situação de “calamidade”.


O projecto da central de biomassa da Sertã é o único dos 15 anunciados pelo Governo que se encontra em obra. Quem o diz é Luís Marques Mendes, que esteve em Castelo Branco para participar no Fórum Económico promovido pelo PSD.

O antigo presidente do partido e actual administrador de uma empresa do sector das energias faz um retrato positivo daquilo que tem sido o avanço da energia eólica ou fotovoltaica em Portugal. Mas diz que no caso da produção de energia através dos resíduos florestais “tem sido um desastre”.

O projecto da Sertã é o único em obra, na sequência do concurso público lançado em Março de 2006. Das restantes 14 previstas “a maior parte delas nem está adjudicada”, afirma.

Para Marques Mendes o país está a perder uma oportunidade de ouro em produzir energias renováveis, chamando a atenção para o facto de ao contrário da eólica e da fotovoltaica a produção de energia através da biomassa poder ser feita 24 horas por dia e 365 dias por ano.

“O Governo nem quer saber disso, dá pouco nas vistas. E eu acho que é uma calamidade a ausência de preocupação nesta matéria”.

Mas as críticas vão também para a atitude dos responsáveis na relação com a floresta, dizendo que a biomassa tem sido esquecida porque os incêndios florestais também não têm feito grande mossa. “Mas provavelmente se este ano, como alguns dizem, for novamente um ano perigoso em termos incêndios florestais: aqui d´el rei!”.

O gestor sugere um regime de incentivos à poupança de energia de mãos dadas com a política fiscal. Para Marques Mendes o valor do Imposto Municipal sob Imóveis e da derrama poderia ser baixado para quem poupa energia ou agravado para quem não o faz.

Luís Marques Mendes foi um dos convidados do Fórum Económico do PSD, que debateu na Escola Superior de Educação várias áreas como a agricultura, o turismo ou as indústrias criativas.


Por: José Furtado





Ficheiros para Download

Marques Mendes- Gestor da Nutroton Energias

quinta-feira, abril 16, 2009

Monte dos Carvalhos


http://www.publico.clix.pt/videos/?v=20090413145500
in: Sol, 16/4
«A visão para este lugar é de uma comunidade monástica» , onde se abdica dos valores individuais, «com equilíbrio entre oração, trabalho, convívio e descanso», descreve Bárbara Leite, 34 anos, umas das fundadoras.

Segue os princípios cristãos e já recebeu amigos de todos os credos que conheceu ao calcorrear o globo, antes de se fixar perto da Póvoa da Atalaia, há dois anos e meio. Desde então são uma dúzia, outras vezes mais. «Uns passam aqui dias, outros meses. Nunca estou sozinha», refere.

Antonius Snellart, holandês de 53 anos, é um dos residentes dos últimos tempos. Ele e Bárbara têm amigos em comum que o levaram a conhecer o Monte dos Carvalhos - onde o inglês é a língua predominante.

Instalou-se depois de uma experiência «chocante» de 11 anos no combate à pobreza na Índia.

«Salvar moribundos à beira de estrada não chega. Depois daquilo só queremos uma vida simples, porque só assim se podem ajudar os pobres» , procurando um equilíbrio global, defende.

Anna Kitchen, 25 anos, vive em Manchester, na Inglaterra, onde trabalha na Speak Network, uma rede internacional de jovens contra as injustiças no mundo.

Chegou ao Monte dos Carvalhos com o namorado, depois de ouvir o relato de amigos. «Viemos relaxar, passar tempo com amigos e aprender algo mais sobre a terra e algumas plantações. É uma espécie de férias», diz.

«Acho fantástico conseguir viver assim, fora da cidade. Acho que se parece mais com a vida como ela realmente deve ser» , sublinha.

A única construção em pedra está no centro do terreno e foi recuperada como cozinha, com um forno a lenha, onde todos têm as suas tarefas. Em redor, há campos cultivados, água e diferentes construções feitas com madeira e outros materiais naturais - como um quarto de oração.

Quem abandona a estrada nacional 18 encontra placas ao longo de quatro quilómetros em terra batida e por entre diversas quintas até chegar ao Monte dos Carvalhos (Mount of Oaks, em inglês, como se lê nas placas).

O mesmo caminho de ida e volta que Bárbara faz pelo menos uma vez por semana para comprar mantimentos (sobretudo leite, ovos e vegetais). «Vamos ao mercado do Fundão ou às lojinhas da Póvoa da Atalaia. Apoiamos a economia local».

«Além do mais, as pessoas conhecem-nos e convivemos bem com todos» , garante. Como atesta o facto de um vizinho ceder electricidade para carregar o telemóvel e o computador portátil, com que acede à Internet e mantém o seu blogue (http://shantipilgrim.blogspot.com).

Junto à cozinha está a lata mágica, onde quem por ali passa pode deixar o seu donativo.

«Quando é preciso ir às compras, vamos buscar o que há na lata» , descreve, sendo que, em média, 50 euros por semana bastam.

Bárbara vive há 10 anos de donativos, o que encara com naturalidade, porque diz que não age para «proveito próprio».

«Tudo o que recebemos é para dar, não estamos aqui para fazer dinheiro ou para nos satisfazermos. É para dar a quem vem descansar ou em retiro. E é um ciclo: quanto mais se dá, mais se recebe» .

O Monte dos Carvalhos vive sobretudo de donativos internacionais.

«Há uma grande rede de relacionamentos global» , refere, mas sem fazer contas às doações ou olhar a doadores, garante.

«Alguns já cá estiveram, outros conhecem-nos pelo blogue e vêem que é algo de positivo» .

«Outros gostavam de viver assim, mas têm empregos, família ou compromissos e não podem. Mas apoiam-nos» .

Já este mês, o Monte dos Carvalhos acolheu duas dezenas de participantes num curso sobre permacultura (sistemas ambientalmente sustentáveis, socialmente justos e financeiramente viáveis) cujos princípios estão a ser aplicados no terreno, por exemplo, nas culturas agrícolas.

Com a chegada da Primavera, boa parte dos dias é agora dedicada a novas construções, tanto aquelas onde cada um vive como as de utilização comum, caso do quarto de oração.

«Sem electricidade, vivemos com o ritmo solar» , descreve Bárbara. A noite é passada à volta da fogueira, com conversas ou música.

«Já nos perguntaram ao telefone o que fazemos à noite” » recorda. As chamadas de televendas da operadora são frequentes para o telefone fixo, única peça de tecnologia que ali conseguiu entrar.

«Querem vender pacotes com Internet e televisão. Eu rio-me, respondo que não temos electricidade e as pessoas ficam espantadas» .

Apesar do relacionamento que já existe com a população da freguesia e o pároco local, Bárbara gostava de no futuro poder acolher visitas de escolas ao Monte dos Carvalhos para oficinas ligadas ao meio rural.

«Construção com produtos naturais, permacultura e ver a vida no campo é importante para despertar os jovens a voltar aos meios rurais. Porque o país está a ficar desertificado» , conclui.

Lusa / SOL

Texto originalmente extraído do site www.agencialusa.com.br
Mundo em Português Comunidade lusa recebe gente do mundo todo atrás de 'paz'
Centenas de pessoas de todo mundo em busca de paz de espírito já passaram pelo Monte dos Carvalhos, no sopé da Serra da Gardunha, no centro de Portugal, onde não há eletricidade e se vive em tendas Fundão, Castelo Branco, 13 abr (Lusa) - Centenas de pessoas de todo o mundo em busca de paz de espírito já passaram pelo Monte dos Carvalhos, no sopé da Serra da Gardunha, no centro de Portugal, onde não há eletricidade e se vive em tendas ou construções naturais.
“A visão para este lugar é de uma comunidade monástica”, onde se abdica dos valores individuais, “com equilíbrio entre oração, trabalho, convívio e descanso”, descreve Bárbara Leite, 34 anos, umas das fundadoras.
Segue os princípios cristãos e já recebeu amigos de todos os credos que conheceu ao correr o globo, antes de se fixar perto da Póvoa da Atalaia, há dois anos e meio. Desde então são uma dúzia, outras vezes mais. “Uns passam aqui dias, outros meses. Nunca estou sozinha”, conta.
Antonius Snellart, holandês de 53 anos, é um dos residentes dos últimos tempos. Ele e Bárbara têm amigos em comum que o levaram a conhecer o Monte dos Carvalhos - onde o inglês é a língua predominante.
Instalou-se depois de uma experiência “chocante” de 11 anos no combate à pobreza na Índia.
“Salvar moribundos à beira de estrada não chega. Depois daquilo só queremos uma vida simples, porque só assim se podem ajudar os pobres”, procurando um equilíbrio global, defende. Anna Kitchen, 25 anos, vive em Manchester, na Inglaterra, onde trabalha na Speak Network, uma rede internacional de jovens contra as injustiças no mundo.
Chegou ao Monte dos Carvalhos com o namorado, depois de ouvir o relato de amigos. “Viemos relaxar, passar tempo com amigos e aprender algo mais sobre a terra e algumas plantações. É uma espécie de férias”, diz.
“Acho fantástico conseguir viver assim, fora da cidade. Acho que se parece mais com a vida como ela realmente deve ser”, frisa.
A única construção em pedra está no centro do terreno e foi recuperada como cozinha, com um forno a lenha, onde todos têm as suas tarefas. Ao redor, há campos cultivados, água e diferentes construções feitas com madeira e outros materiais naturais - como um quarto de oração.
Quem abandona a estrada nacional 18 encontra placas ao longo de quatro quilômetros em terra batida e por entre diversas chácaras até chegar ao Monte dos Carvalhos (Mount of Oaks, em inglês, como se lê nas
placas).
http://www.agencialusa.com.br - documento gerado : 17/04/2009 - 14:54:22
Agência Lusa
O mesmo caminho de ida e volta que Bárbara faz pelo menos uma vez por semana para comprar mantimentos (sobretudo leite, ovos e vegetais). “Vamos ao mercado do Fundão ou às lojinhas da Póvoa da Atalaia. Apoiamos a economia local”.
“Além do mais, as pessoas conhecem-nos e convivemos bem com todos”, garante. Como atesta o fato de um vizinho ceder eletricidade para carregar o telefone celular e o computador portátil, com que acessa a internet e mantém o seu blog (http://shantipilgrim.blogspot.com).
Donativos
Junto à cozinha está a lata mágica, onde quem por ali passa pode deixar o seu donativo.
“Quando é preciso ir às compras, vamos buscar o que há na lata”, descreve, sendo que, em média, 50 euros por semana bastam.
Bárbara vive há 10 anos de donativos, o que encara com naturalidade, porque diz que não age para “proveito próprio”.
“Tudo o que recebemos é para dar, não estamos aqui para fazer dinheiro ou para nos satisfazermos. É para dar a quem vem descansar ou em retiro. E é um ciclo: quanto mais se dá, mais se recebe”.
O Monte dos Carvalhos vive sobretudo de donativos internacionais.
“Há uma grande rede de relacionamentos global”, cita, mas sem fazer contas às doações ou olhar a doadores, garante.
“Alguns já cá estiveram, outros conhecem-nos pelo blog e vêem que é algo de positivo”.
“Outros gostariam de viver assim, mas têm empregos, família ou compromissos e não podem. Mas apoiam-nos”. Dia-a-dia
Já este mês, o Monte dos Carvalhos acolheu duas dezenas de participantes num curso sobre permacultura (sistemas ambientalmente sustentáveis, socialmente justos e financeiramente viáveis) cujos princípios estão sendo aplicados no local, por exemplo, nas culturas agrícolas.
Com a chegada da primavera, boa parte dos dias é agora dedicada a novas construções, tanto aquelas onde cada um vive como as de utilização comum, caso do quarto de oração.
“Sem eletricidade, vivemos com o ritmo solar”, descreve Bárbara. A noite é passada à volta da fogueira, com conversas ou música.
“Já nos perguntaram ao telefone o que fazemos à noite”, recorda. As chamadas de televendas da operadora são frequentes para o telefone fixo, única peça de tecnologia que ali conseguiu entrar.
“Querem vender pacotes com internet e televisão. Eu rio, respondo que não temos eletricidade e as pessoas ficam espantadas”.
Apesar do relacionamento que já existe com a população da freguesia e o pároco local, Bárbara gostaria de no futuro poder acolher visitas de escolas ao Monte dos Carvalhos para oficinas ligadas ao meio rural.

Agência Lusa
“Construção com produtos naturais, permacultura e ver a vida no campo é importante para despertar os jovens a voltar aos meios rurais. Porque o país está a ficar desertificado”, conclui.
http://www.agencialusa.com.br - documento gerado : 17/04/2009 - 14:54:22

Comunidade no Monte dos Carvalhos é espaço de encontro com a natureza

Pessoas de todo o mundo buscam paz no Fundão

A vida campestre e sem alguns acessórios contemporâneos fazem parte do ambiente desta comunidade situada perto da Atalaia do Campo





Centenas de pessoas de todo o mundo em busca de paz de espírito já passaram pelo Monte dos Carvalhos, no sopé da Serra da Gardunha, onde não há electricidade e se vive em tendas ou construções naturais. 'A visão para este lugar é de uma comunidade monástica', onde se abdica dos valores individuais, 'com equilíbrio entre oração, trabalho, convívio e descanso', descreve Bárbara Leite, 34 anos, umas das fundadoras.
Segue os princípios cristãos e já recebeu amigos de todos os credos que conheceu ao calcorrear o globo, antes de se fixar perto da Póvoa da Atalaia, há dois anos e meio. Desde então são uma dúzia, outras vezes mais. 'Uns passam aqui dias, outros meses. Nunca estou sozinha', refere.
A única construção em pedra está no centro do terreno e foi recuperada como cozinha, com um forno a lenha, onde todos têm as suas tarefas. Em redor, há campos cultivados, água e diferentes construções feitas com madeira e outros materiais naturais - como um quarto de oração.
Quem abandona a estrada nacional 18 encontra placas ao longo de quatro quilómetros em terra batida e por entre diversas quintas até chegar ao Monte dos Carvalhos (Mount of Oaks, em inglês, como se lê nas placas).
O mesmo caminho de ida e volta que Bárbara faz pelo menos uma vez por semana para comprar mantimentos (sobretudo leite, ovos e vegetais). 'Vamos ao mercado do Fundão ou às lojinhas da Póvoa da Atalaia. Apoiamos a economia local',
'Além do mais, as pessoas conhecem-nos e convivemos bem com todos', garante. Como atesta o facto de um vizinho ceder electricidade para carregar o telemóvel e o computador portátil, com que acede à Internet e mantém o seu blogue (http://shantipilgrim.blogspot.com).
Junto à cozinha está a lata mágica, onde quem por ali passa pode deixar o seu donativo. 'Quando é preciso ir às compras, vamos buscar o que há na lata', descreve, sendo que, em média, 50 euros por semana bastam.

UMA DÉCADA DE DONATIVOS
Bárbara vive há 10 anos de donativos, o que encara com naturalidade, porque diz que não age para 'proveito próprio', 'Tudo o que recebemos é para dar, não estamos aqui para fazer dinheiro ou para nos satisfazermos. É para dar a quem vem descansar ou em retiro. E é um ciclo: quanto mais se dá, mais se recebe',
O Monte dos Carvalhos vive sobretudo de donativos internacionais. 'Há uma grande rede de relacionamentos global', refere, mas sem fazer contas às doações ou olhar a doadores, garante.
'Alguns já cá estiveram, outros conhecem-nos pelo blogue e vêem que é algo de positivo', 'Outros gostavam de viver assim, mas têm empregos, família ou compromissos e não podem. Mas apoiam-nos',


Testemunho dos mais recentes moradores
Holandês e ingleses entre os residentes
Antonius Snellart, holandês de 53 anos, é um dos residentes dos últimos tempos. Ele e Bárbara têm amigos em comum que o levaram a conhecer o Monte dos Carvalhos – onde o inglês é a língua predominante. Instalou-se depois de uma experiência 'chocante', de 11 anos no combate à pobreza na Índia. 'Salvar moribundos à beira de estrada não chega. Depois daquilo só queremos uma vida simples, porque só assim se podem ajudar os pobres', procurando um equilíbrio global, defende.
Anna Kitchen, 25 anos, vive em Manchester, na Inglaterra, onde trabalha na Speak Network, uma rede internacional de jovens contra as injustiças no mundo. Chegou ao Monte dos Carvalhos com o namorado, depois de ouvir o relato de amigos. 'Viemos relaxar, passar tempo com amigos e aprender algo mais sobre a terra e algumas plantações. É uma espécie de férias', diz. 'Acho fantástico conseguir viver assim, fora da cidade. Acho que se parece mais com a vida como ela realmente deve ser', sublinha.


in: http://www.diarioxxi.com/diarioxxi/artigo.asp?ed=1907&id=1&page=5

Viver sem electricidade e ao ritmo solar
Telefone fixo é a única tecnologia
Já este mês, o Monte dos Carvalhos acolheu duas dezenas de participantes num curso sobre permacultura (sistemas ambientalmente sustentáveis, socialmente justos e financeiramente viáveis) cujos princípios estão a ser aplicados no terreno, por exemplo, nas culturas agrícolas.
Com a chegada da Primavera, boa parte dos dias é agora dedicada a novas construções, tanto aquelas onde cada um vive como as de utilização comum, caso do quarto de oração. 'Sem electricidade, vivemos com o ritmo solar', descreve Bárbara Leite. A noite é passada à volta da fogueira, com conversas ou música.
'Já nos perguntaram ao telefone o que fazemos à noite', recorda. As chamadas de televendas da operadora são frequentes para o telefone fixo, única peça de tecnologia que ali conseguiu entrar. 'Querem vender pacotes com Internet e televisão. Eu rio-me, respondo que não temos electricidade e as pessoas ficam espantadas',
Apesar do relacionamento que já existe com a população da freguesia e o pároco local, Bárbara gostava de no futuro poder acolher visitas de escolas ao Monte dos Carvalhos para oficinas ligadas ao meio rural.
'Construção com produtos naturais, permacultura e ver a vida no campo é importante para despertar os jovens a voltar aos meios rurais. Porque o País está a ficar desertificado', conclui.