terça-feira, julho 31, 2007

Amoras-Que aproveitamento económico?

Na Beira Interior, restam algumas amoreiras cujo aproveitamento económico é praticamente nulo. Refiro, a título de exemplo, a amoreira de Idanha-a-Velha, cujas amoras caiem na calçada, quando a Junta de Freguesia poderia obter algumas receitas financeiras, ou aproveitar o fruto para promoção turística. Na Beira Interior a Beira Baga comercializa na Europa amoras, com um gosto e acidez, não adaptados às nossas exigências gostativas. Essas amoras são utilizadas na Europa fundamentalmente em pastelaria, como elemento decorativo, de forma equivalente ao que por cá se vai fazendo com os morangos. Para além da funcionalidade decorativa, na gastronomia, as amoras podem ser utilizadas quer na confeccionação de licores, quer na produção de compotas. As compotas de amoras silvestres têm uma concentração de grainhas, que as torna menos apreciadas do que a compota de amoras de amoreira. No mês de Julho tive oportunidade de apreciar uma amora da amoreira de Idanha-a-Velha, que comparei com amoras da Beira Baga e de uma amoreira minha. A amoreira produz amoras de um período de tempo bastante longo, estando diariamente em processo de amadurecimento, mas exige uma colheita diária, para aproveitamento integral do fruto.

segunda-feira, julho 30, 2007

Monte dos Carvalhos-Alpedrinha-Póvoa da Atalaia-Vale de Medo

http://www.flickr.com/photos/nbarreto/sets/72157600518695779/

Fotografias do ecossistema, recolhidas no Monte dos Carvalhos. Neste local habita uma comunidade cristã, com preocupações ambientais. As fotografias foram recolhidas por um membro da comunidade que aí permaneceu alguns dias. Excelente trabalho fotográfico, que se recomenda.

terça-feira, julho 17, 2007

1º Geopark Português

Unesco European and Global Geopark

1º Geopark Português

Eventos de 17 a 23 de Julho

Centro de Ciência Viva mostra a importância da floresta!


















O Centro de Ciência da Floresta, localizado junto à Pista das Moitas, em Proença-a-Nova, vai ser oficialmente inaugurado no próximo dia 21 de Julho, pelas 12h00.

A cerimónia vai contar com a presença do Presidente da Câmara Municipal, João Paulo Catarino, da Directora do Centro, Rosália Vargas, e vai ser presidida pelo Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Professor Doutor José Mariano Gago.

Este Centro único em Portugal dedicado ao tema da floresta, como uma fonte de bem-estar, uma fonte de riqueza e uma fonte de vida, é um espaço de divulgação científica e tecnológico integrado na rede de Centros Ciência Viva Nacional, onde é possível tocar, experimentar, descobrir, imaginar, sonhar…

mais informações

Espectáculos
Castelo Branco - XXV Festival de Folclore

Grupos de danças e cantares animam Cebolais de Cima




Oleiros – Ao som da guitarra, baixo eléctrico, saxofone e flauta

Noite de Jazz no Mosqueiro

Rádio
Nisa – Mesa Redonda e gravação de programa de Rádio

"Acontece em Nisa" com Carlos Pinto Coelho

Exposições

Castelo Branco – Exposição de fotografia

“Macau – As Novas Realidades”




Nisa – Exposição de Pintura

Fernando Vidal expõe na Biblioteca Municipal

Televisão
Castelo Branco – Canal de televisão na Internet

Geopark Naturtejo está na Beira TV

Lince Ibérico na Malcata

Penamacor aposta na reintrodução do Lince Ibérico
Terça-Feira, 17 de Julho de 2007
Autarquia quer felino de volta à Reserva da Malcata

Para Domingos Torrão, os animais seriam criados em cativeiro e, depois, reintroduzidos naquele que era o seu habitat natural. O presidente da Câmara considera que existem condições para se “puxar pela marca Lince”
Francisco Cardona

A Câmara de Penamacor quer a reintrodução do Lince Ibérico na Reserva Natural da Serra da Malcata, admitindo que a sua reprodução possa ser feita em cativeiro para que depois os animais sejam devolvidos ao seu habitat natural, disse ao Diário XXI Domingos Torrão. “Penamacor continua a ser o território [português] que mais garantias dá para a criação e procriação do Lince. Por isso, queremos reintroduzi-lo”, disse o presidente da autarquia, sublinhando que já existe entendimento com o novo director da Áreas Protegidas, Armando Carvalho, que tutela também a Reserva da Malcata.
O autarca do concelho que faz parte do distrito de Castelo Branco falava à margem da inauguração da FACEP – Feira Agrícola Comercial de Penamacor inaugurada, na sexta-feira, pelo secretário de Estado da Segurança Social, Pedro Marques. “Com a nova equipa directiva da Reserva há um entendimento muito grande de modo a que nós puxemos pela marca Lince”, disse Domingos Torrão, explicando que estão a ser estabelecidos contactos com reservas espanholas da Extremadura e da Andaluzia, nomeadamente com centro de El Acebuche, no Parque de Doñana, onde a reprodução do Lince Ibérico em cativeiro está em curso com sucesso.
Domingos Torrão admite ainda a criação de um centro de reintrodução experimental na Malcata, no âmbito do projecto internacional de conservação desta espécie ameaçada de extinção, no qual estão envolvidos Portugal e Espanha e ainda a União Internacional da Conservação da Natureza. “Estamos a trabalhar no assunto”, afirmou Domingos Torrão, que não quis comprometer-se com uma data para que o Lince Ibérico volte à Reserva Natural da Serra da Malcata. “Não há prazos fixados, mas gostaria que a reprodução em cativeiro começasse por forma a que em 2010 fosse possível devolver o felino ao seu habitat natural”, salientou.
“Isso só pode vir a beneficiar o concelho e a região”, concluiu Domingos Torrão, sem comentar o difícil relacionamento entre a autarquia e o anterior director da Reserva, Pedro Sarmento. “É passado e não quero falar disso”, concluiu.

domingo, julho 15, 2007

Ciência Viva no Verão, no Distrito de Castelo Branco




Mais uma vez, nenhuma Instituição do Ensino Superior, do Distrito, participa nas "actividades de Verão" do Ciência Viva. São as Universidades de Aveiro e do Minho que vêem desenvolver actividades em Castelo Branco. Este tipo de actividades são uma forma de se promover o turismo ambiental e científico, forma emergente de turismo que cada vez captará mais clientes. No Distrito ocorrerão somente actividades ao nível da Astronomia e da Geologia. Quer num caso quer noutro, nestes domínios, a actividade no Distrito é forte. Não existe qualquer actividade para Biologia e Engenharias. Nem com o Parque Natural do Tejo Internacional, Gardunha, Estrela, Lince?-Penamacor, Industrias de produção energética, renováveis, as instituições universitárias locais mostram interesse e organização para participarem nestes projectos de Ciência Viva.

Graecinius é um gentilício já documentado anteriormente em Idanha-a-Velha

inscrição funerária romana, localizada na Póvoa da Atalaia


Trata-se de uma placa funerária em granito de 42x100x28,5 cm, encontrada quando se procedia à remodelação de uma casa junto à Igreja Matriz e foi noticiada em 31 de Dezembro de 1980.

O campo epigráfico de 31x77 cm está rodeado por uma moldura, bastante fragmentada, e a parte inferior havia sido adaptada a verga de uma porta manuelina pelo que se apresenta algo danificada embora tal facto não tenha impedido a sua interpretação.

O ordinator preocupou-se em utilizar todo o campo epigráfico segundo um eixo de simetria e as letras são de incisão triangular.

Em epígrafe pode-se ler:

GRAECINIVS
LANGON.
ANN(orum) XXXV (tringita quinque)
H(ic) S(itus) E(st) S(it) T(ibi) T(erra) L(evis)


Pode-se traduzir esta mensagem como "Aqui jaz Grecínio Langão. Que a terra te seja leve".

Graecinius é um gentilício já documentado anteriormente em Idanha-a-Velha. O cognome Langon pode ter duas origens. A primeira poderá vir de um termo grego que foi adaptado para latim significando "Homem Lento". Outra origem possível poderá ser a raíz Lang de origem céltica que surge em topónimos como por exemplo Langobriga o que poderá indicar que Grecínio seria um indígena romanizado. É contudo mais provável a 1ª hipótese.

A ausência de invocação dos deuses Manes e a paleografia sugerem que este monumento seja datado do Séc. I ou início do Séc. II.

Bibliografia

LEITÃO, Manuel - Ficheiro Epigráfico, nº4, Coimbra 1982

Proença-a-Nova, projecto carbono +

http://www.beiratv.pt/ECONOMIA.php?id=1172853160&subaction=showfull&template=default

Energias renováveis na Beira Interior

http://www.beiratv.pt/ECONOMIA.php?id=1174670603&subaction=showfull&template=default

sábado, julho 14, 2007

A Nova Penteação, caso de estudo

Na tese de doutoramento do dirigente da Intersindical, ontem brilhantemente defendida no Iscte, são utilizadas várias metodologias, entre elas o estudo de casos. Uma das empresas que Carvalho da Silva estudou, foi a Nova Penteação, antes da falência e aquisição posterior por Paulo de Oliveira.

quinta-feira, julho 12, 2007

Museu dos Sons

in:Diario XXI
Primeira Página » Destaque
Museu dos Sons de referência europeia em projecto na Covilhã
Quinta-Feira, 12 de Julho de 2007
Director artístico da Banda da Covilhã revela ideia ao Diário XXI

Segundo José Cavaco, uma equipa de trabalho está reunida para candidatar o Museu dos Sons ao Quadro de Referência Estratégica Nacional. Aquele responsável promete um espaço interactivo com tecnologia de ponta para revitalizar o centro histórico da Covilhã
Luís Fonseca

Aos 63 anos de vida, a Banda da Covilhã pretende criar um museu inovador no centro histórico da cidade: um Museu dos Sons, para mostrar as mais recentes descobertas científicas relacionadas com a audição, algum espólio da Banda, entre outros espaços. A criação de um repositório central de partituras para as bandas filarmónicas de todo o País, recuperando antigas peças e adquirindo novas obras, é outra das ideias associada ao projecto dinamizado por José Cavaco, director artístico da Banda.
“Juntámos uma equipa de trabalho que está a tratar de todos os detalhes, incluindo o projecto de arquitectura”, refere aquele responsável. A ideia já foi apresentada à Câmara da Covilhã, à qual foi solicitada a disponibilização de um espaço. A ideia está a ser avaliada pela autarquia. “Há muitos edifícios devolutos no centro histórico e este é um projecto capaz de revitalizar a zona nobre da cidade”, destaca José Cavaco. “O que está a ser planeado é um museu de referência a nível europeu, que acabará por levar pessoas a outros pontos da cidade”, realça.

INTERACTIVIDADE E TECNOLOGIA
José Cavaco recusa-se a prever um orçamento ou referir detalhes do edifício antes de 2008, mas uma coisa garante: o Museu dos Sons “não vai ser um museu clássico, com um espólio de instrumentos e onde se percorre a história da música”. “Vai ser um espaço interactivo”, onde a componente científica será a mais importante, refere.
Monitores que mostram aos visitantes que áreas do seu cérebro são estimuladas consoante os sons e computadores para editar som em formato digital, são dois exemplos do que está previsto. “Vamos juntar tecnologia de ponta com as investigações em Física, Psicologia e Neurociências”, sublinha. Segundo José Cavaco, o objectivo é estabelecer uma ligação íntima ao ensino superior, nomeadamente à Universidade da Beira Interior, onde é docente na Faculdade de Ciências da Saúde.

SERVIÇOS EDUCATIVOS
Seja como for, o espólio da Banda da Covilhã não será esquecido e terá o seu próprio local de exposição, bem como outras peças ligadas à tradição musical regional e filarmónica. Haverá também espaços para apresentação de música ao vivo.
Parte do projecto é dedicada a serviços educativos, transferindo para o museu as actuais aulas de música gratuitas leccionadas na Banda da Covilhã, para além da planificação de actividades pedagógicas ligadas a todo o conteúdo do Museu.
“No início de 2008 esperamos ter documentação pronta para avançar com o Museu”, sublinha José Cavaco. “Vem aí o Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) e nós queremos candidatar este projecto a financiamento europeu”, conclui.




Criar um arquivo de música de sopro
José Cavaco toca clarinete e não esconde o sonho de, a par do Museu dos Sons, ajudar a criar um arquivo histórico nacional de música de sopro. “É um trabalho um tanto ou quanto megalómano, em que uma das componentes passa por reunir o espólio de compositores portugueses”.
Segundo refere, na área das cordas já há algum trabalho de recolha realizado, “mas ao nível dos instrumentos de sopro não existe”. “Há bandas com 200 anos e mais, com um património musical que vale a pena preservar, sob pena de se perder”, refere.
Outra vertente tem por objectivo criar um repositório central de partituras para as bandas filarmónicas de todo o País, recuperando antigas peças e adquirindo novas obras, centralizando o processo de compra.

A equipa e os desafios
Da equipa de trabalho que está a preparar o projecto do museu do som, fazem parte, entre outras pessoas, Elisa Pinheiro, directora do Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior (UBI), o próprio reitor da UBI, Manuel Santos Silva, e membros de diferentes departamentos da Universidade, nomeadamente, dos departamentos de Ciências Médicas, Física e Psicologia. “Cada um tem algo para explicar: a Física pode mostrar como é feito um som, as Ciências Médicas explicam como os ouvimos e a Psicologia demonstra as nossas reacções ao escutar determinadas coisas”, exemplifica.

ASSOCIAÇÃO OU FUNDAÇÃO?
Entre os pormenores que o grupo de trabalho vai ter que estudar para definir o projecto “preto no branco”, está o modelo que vai sustentar todo o museu. “Este é um projecto que pode levar cinco ou 10 anos a concretizar. Já nos questionamos sobre se basta uma associação como a Banda, onde as direcções podem mudar, para o suportar”, refere José Cavaco. “Já nos passou pela cabeça, por exemplo, criar uma fundação dedicada ao museu, ou procurar mais apoio no mecenato”, refere.
Entretanto, decorrem conversas com um arquitecto, sobre as valências do museu e o desenho que deverá ter o futuro edifício. “Ainda é cedo para adiantar pormenores do espaço físico em si”, conclui.

Com concerto no último dia, no Jardim Público
II Estágio de 30 de Julho a 2 de Agosto
“A Covilhã, os Músicos e a Música” é o lema do II Estágio de Banda Sinfónica da Covilhã, à semelhança do I Estágio, a realizar de 30 de Julho a 2 de Agosto. “O presente estágio tem como principal objectivo contribuir para a valorização do Interior do País através de uma realidade cultural incontornável – a riqueza, os valores e os excelentes
instrumentistas na área dos sopros”, refere José Cavaco, na apresentação da próxima iniciativa da Banda.
“Foi constituída uma equipa formadora que será responsável pela parte técnica
do estágio num total de 12 Professores”, refere. O Maestro responsável pelo II Estágio,
em conjunto com o Maestro da Banda da Covilhã, é o Maestro Francisco
Ferreira, com larga experiência nesta área.

A história e o presente da Banda
A Banda da Covilhã saiu à rua pela primeira vez no dia 1 de Dezembro de 1944. A 28 de Dezembro de 1944 era eleita a primeira direcção da Associação Musical Recreativa da Covilhã. “O movimento musical de então tinha tal espírito que, anualmente na passagem de cada aniversário, em seu redor, envolvia um número significativo de associados, que com ele percorriam as ruas da cidade. Não é difícil perceber que enraizada num espaço fundamentalmente fabril, acompanhada no afecto pelo operário do local, a Banda da Covilhã viveu até 1974 convulsões sociais de todo próprias para o seu engrandecimento”, refere o historial da Banda, na Internet, em http://bandadacovilha.weebly.com onde estão outros detalhes da colectividade. Em 5 de Maio de 1992, a Associação foi vítima de um violento incêndio que destruiu a sua sede (Travessa do Senhor da Paciência). Em 1 de Dezembro de 1992, aquando da comemoração do seu aniversário, a Câmara da Covilhã cedeu instalações para a inauguração da nova sede, junto ao Jardim Público.

A ACTUALIDADE
Actualmente, a Banda da Covilhã conta com uma Escola de Música em fase de reestruturação, após dois anos de interrupção. “A banda em si passa por um projecto diferente – avançando com a génese da Banda Sinfónica da Covilhã. Conta com o apoio do Conservatório Regional de Música da Covilhã e da Escola Profissional de Artes da Covilhã – EPABI. Muitos dos seus músicos são alunos destas instituições e colaboram com a Banda”, refere a instituição.

quinta-feira, julho 05, 2007

Energias renováveis

Na Beira Interior
in: Jornal do Fundão
Vila Velha de Ródão «navega com rumo e aproveita o vento»

Turismo de natureza, produtos regionais e actividades ligadas à fileira florestal foram os produtos mais visíveis na feira

“IMPORTA afirmar, sem complexos, que apesar de sermos um concelho do Interior, com 330 quilómetros quadrados, cerca de cinco mil habitantes, 42 povoações dispersas, população envelhecida, que todos sentimos a competitividade de Vila Velha de Ródão, enquanto centro de modernidade e pulsação económica, com investimentos significativos”. Foi desta forma que Maria do Carmo Sequeira, presidente da Câmara de Vila Velha de Ródão, se dirigiu à população e aos agentes económicos presentes na inauguração da XI Feira de Actividades Económicas, que animou Vila Velha de Ródão no último fim-de-semana. “Nós navegamos com rumo, temos que saber aproveitar o vento”, sublinhou a autarca, dando ênfase aos objectivos propostos no plano estratégico sustentável e acreditando que “temos capacidade de gerar e reter mais rendimentos, mais riqueza e mais bem-estar”.

Sobre Energia, Maria do Carmo Sequeira lembrou as potencialidades do concelho, como as três barragens com centrais hidroeléctricas, duas centrais de produção de energia por queima de biomassa, e energia eólica. E criticou o facto deste investimento em energia eólica ter “obrigado à colocação de um sem número de postes de alta tensão, que conduzem a electricidade produzida vinda de outros concelhos, obrigando ao impacto visual negativo, que fere as justas expectativas turísticas do concelho”, reivindicando medidas de compensação e solidariedade.

Fernando Serrasqueiro, por seu turno, elogiou a forma como a fileira florestal, “a fileira mais organizada do país”, está desenvolvida em Vila Velha, aludindo à produção de pasta de papel e a todas as actividades da cadeia de valor ligada à floresta presentes no concelho. Dedicada à temática das invasões francesas, a feira foi, uma vez mais, uma montra de produtos regionais, tendo como cenário o monumento natural Portas de Ródão, uma das potencialidades turísticas, aproveitadas por empresas de turismo de aventura com passeios ao longo do Tejo.


A nível nacional


in: TSF

Sócrates elogia aposta de Portugal nas energias renováveis
O primeiro-ministro José Sócrates, presidente em exercício do Conselho de líderes da União Europeia, destacou esta quinta-feira em Bruxelas a aposta de Portugal nas energias renováveis, durante uma conferência sobre biocombustíveis na qual discursou intencionalmente em Português.
( 18:43 / 05 de Julho 07 )



«Aqueles que não acreditam que o Português é falado por 250 milhões de pessoas em todo o Mundo é bom que comecem a pensar nisso a sério e assim vou falar em Português, pedindo que utilizem a interpretação», afirmou Sócrates, no início da sua intervenção numa conferência internacional de dois dias, em Bruxelas, sobre biocombustíveis.

Sócrates interveio na conferência juntamente com o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Slva, e só o presidente do executivo comunitário dispensou por breves minutos o Português, para falar em Inglês, em homenagem ao «multilinguismo na União Europeia».

Sublinhando que os biocombustíveis «são a melhor via a médio prazo para que o sector dos transportes seja mais amigo do ambiente» José Sócrates pediu para «despir, por momentos" a sua função de presidente em exercício da UE, para dar «testemunho da situação em Portugal».

O primeiro-ministro apontou então as metas do Governo nas renováveis: aumentar de 39 para 45 por cento a quota de electricidade consumida de origem renovável até 2010; aumentar de 5,75 por cento para 10 por cento, em 2010, os biocombustíveis utilizados nos transportes; substituir 5 a 10 por cento do carvão utilizado nas centrais eléctricas por biomassa ou resíduos; implementar até 2015 medidas de eficiência energética equivalentes a 10 por cento do consumo energético.

Recordando também os compromissos assumidos pelos líderes europeus em Março passado sobre o futuro do sector energético na UE, no quadro do combate às alterações climáticas, o chefe de governo de Lisboa destacou a «ambição» portuguesa de antecipar para 2010 a meta dos 10 por cento de biocombustíveis, quando a nível da UE a meta se refere a 2020.

Sócrates sustentou que «esta ambição contribui para três objectivos simultâneos», designadamente cumprir os compromissos internacionais, participar no esforço relativo às alterações climáticas e dinamizar a economia, «cabendo aos agentes privados explorar as oportunidades que este novo mercado oferece».

Saudando a presença de Lula da Silva na conferência, o presidente do Conselho da UE lembrou que o domínio dos biocombustíveis «foi claramente identificado como uma prioridade» da nova parceria estratégica entre Europa e Brasil, lançada na véspera, quarta-feira, em Lisboa, e vincou que «outros blocos económicos estão a avançar e a Europa não pode perder esta dinâmica do futuro da energia».

A concluir, José Sócrates apelou para um trabalho em conjunto a nível internacional, no sentido do incremento do mercado e comércio internacional de biocombustíveis, destacando «a vontade política e capacidade produtiva na Europa, na América Latina e em África».

Escola Profissional da Raia, premiada Internacionalmente

in: Diário xxi

Escola Profissional da Raia distinguida no Panamá
Quinta-Feira, 05 de Julho de 2007
Idanha-a-Nova

As actividades da escola valeram-lhe o prémio “Excelência Educativa 2007” atribuído pelo Consejo Iberoamericano
A qualidade educativa da Escola Profissional da Raia de Idanha-a-Nova (EPRIN) foi reconhecida pelo Consejo Iberoamericano, que decidiu atribuir àquele estabelecimento de ensino o “Prémio Iberoamericano em Honor a la Excelência Educativa 2007”, divulgou a escola em comunicado.
O prémio tem por finalidade distinguir as instituições que mais contribuíram para a educação e formação de jovens portugueses, “dando atenção aos feitos dos profissionais e instituições que se esforçam para conseguir a excelência na qualidade educativa em benefício da nossa sociedade”, afirmou Idalina Costa, directora da EPRIN.
Aquela responsável estará na cidade do Panamá, no Panamá, entre os dias 11 e 14 de Setembro, para participar no III Congresso Iberamericano “Educacion Integral - Clave del Cambio”, onde receberá o troféu “Excelência Educativa 2007” atribuído à escola e o título de Doctor Honoris Causa em Iberoamerica, além da condecoração como Magister em Gestión Educativa.

EM BUSCA DE UM MODELO HUMANISTA E INTEGRAL
O Consejo Iberoamericano en Honor a la Calidad Educativa - CIHCE é uma associação civil sem fins lucrativos, constituída por destacados educadores iberoamericanos que pretendem constituir uma organização internacional líder que reúna os mais prestigiados profissionais e instituições de educação ibero-americanas. O objectivo é conduzir a mudanças nos actuais sistemas educativos, alcançando um modelo próprio, “humanista e integral, que esteja ao alcance de todos os Iberoamericanos”, acrescenta o comunicado da EPRIN.

quarta-feira, julho 04, 2007

Património é o chamariz das terras do interior

O que fazer para maximizarmos a valorização do nosso património?




in: Jornal do Fundão
SECÇÃO: Entrevista

«Património é o chamariz das terras do interior»

António Martinho Baptista é reconhecidamente o maior especialista nacional em arte rupestre, tendo estado envolvido nas maiores descobertas que se fizeram, neste campo, em Portugal nas últimas décadas, como as figuras do Vale do Tejo e de Foz Côa. Fica o testemunho de quem dedica a sua vida a trazer até nós o passado. Um arqueólogo que faz da profissão uma forma de vida

JORNAL DO FUNDÃO – A terceira gravura de um cavalo paleolítico que se encontrou na Barroca é similar às outras duas já descobertas?

ANTÓNIO MARTINHO BAPTISTA – Sim, é similar às outras duas que estão no Poço do Caldeirão. Uma das rochas tem cavalos com um estilo perfeitamente idêntico. Não tenho a menor dúvida em considerar este achado como sendo do Paleolítico Superior.

Portanto, tem uma datação de…

15, 20 mil anos. Ele tem ainda um estilo “solutrense” – um palavrão que nós utilizamos na arte paleolítica – o que significa que poderá andar entre 18, 20 mil anos. Foi a cronologia que eu atribuí aos cavalos do Poço do Caldeirão, que estão a 300 metros deste último achado.

É natural que se venham a encontrar mais figuras rupestres nesta zona do Zêzere?

Sim, é natural. Estas gravuras estão em rochas com poucos motivos; é difícil detectá-los. As rochas estão sujas, têm líquenes e a água também subiu um pouco devido à mini-hídrica.

Que trabalho é que a sua equipa esteve a fazer com este terceiro achado?

Fizemos um decalque directo. Normalmente fazemos isto à noite. Esta como é uma gravura simples, tentámos fazê-la de dia, mas nós nunca ficamos satisfeitos com os resultados que temos à luz do dia. Preferimos sempre fazer isto com luz rasante e artificial. É natural que ainda completemos esta figura, porque temos o máximo de rigor com os levantamentos que fazemos.

Ao longo da sua carreira de investigador, tem notado, por parte das populações, uma maior pré-disposição para apreciar e defender o seu património?

Curiosamente até foi na Barroca que eu notei maior investimento da população no trabalho que aqui fizemos já há dois ou três anos. Nos levantamentos que fizemos à noite tivemos sempre imensa gente à nossa volta. Ajudavam--nos imenso, traziam-nos comida, etc… A partir do momento em que explicámos a importância e a antiguidade das coisas que aqui tinham, eles passaram a ser os maiores defensores do seu património. Nós estudamos as coisas, valorizamo-las, evidentemente, em termos científicos, procuramos salvaguardá-las, mas as populações são, sem dúvida, as melhores defensoras do seu património e mais ainda nestas terras do Interior. Na Barroca, por exemplo, é a coisa mais antiga que há aqui. Eles tomaram em mãos isto e eu achei, de facto, uma coisa espantosa. Em mais nenhum sítio notei um investimento tão grande da população inteira, acarinhando o nosso trabalho de uma maneira espantosa.

Hoje ainda se levantam questões como a de se, em alguns casos, o património poderá ser compatível com interesses económicos…

São compatíveis e de que maneira. O desenvolvimento do Interior passa pelo facto de se valorizar o património histórico-arqueológico, porque é isso que, hoje em dia, valoriza sítios como a Barroca. A valorização do património é o principal chamariz destas terras do Interior. Veja o caso de Foz Côa, que é o mais conhecido. Quem pôs o nome de Foz Côa conhecido em todo o mundo foi a arte rupestre. Isso de a defesa do património ir contra interesses económicos... mas que interesses económicos? O futuro da nossa civilização está na procura das nossas raízes históricas e na sua valorização. Há tempos li um artigo muito interessante do ex-ministro Campos e Cunha, onde ele considerava que no ambiente de globalização que vivemos hoje, os dois aspectos que podem diferenciar Portugal e valorizar-nos no mundo são a Língua e o património histórico-arqueológico.

Em Espanha, neste campo, as coisas assumem outra metodologia…

Nós temos tido alguns contactos com, por exemplo, a Junta de Castilla y León, e eles têm um investimento brutal na área do património. Tive a oportunidade de participar, há pouco tempo, num colóquio em Valladolid e o investimento deles na área do património é espantoso. Têm um património histórico riquíssimo, que valorizam de uma maneira absolutamente notável. Não é só ali que está a procura das tais raízes de que falava há bocado, mas o chamariz é um dos motores do desenvolvimento económico do interior peninsular.

Qual é o orçamento deles neste campo?

Têm um orçamento fortíssimo, na ordem das muitas centenas de milhões de euros. Eu fiquei espantado com o orçamento que foi apresentado num plano quinquenal. É, provavelmente, superior ao orçamento do nosso país na área da cultura.

As descobertas de arte rupestre também têm, ao que sei, outro tratamento do outro lado da fronteira…

Sim, há uma lei espanhola que classifica imediatamente como bem cultural a arte rupestre identificada. Depois sofre um processo de classificação mais fino, digamos assim. A arte rupestre é muito importante em Espanha. No fundo, a arte rupestre é a escrita da pré-História. É o legado mais espiritual que o Homem pré-histórico nos legou e como tal é imediatamente classificada como bem cultural.

Ainda se comove com as novas descobertas que faz, depois de décadas de trabalho nesta área?

Claro. Então quando se descobre arte paleolítia. Apesar de tudo, a arte paleolítica ao ar livre continua a ser uma novidade importante. Portugal é, neste momento, o país da Europa que tem mais arte paleolítica ao ar livre. Ela tem sido encontrada, nomeadamente, junto aos nossos rios do Interior, infelizmente, muitos deles, cobertos por barragens… Quando descobrimos uma figura nova ou se identificou, como foi o caso da da Barroca, ainda que seja uma única gravura, é um testemunho fantástico que nos emociona sempre. É sempre emocionante sermos nós a contribuir para que esta gravura da Barroca ganhe, e ganhará, uma nova vida, não apenas através das publicações científicas que vamos fazendo, mas pelo tal dinamismo económico que pode trazer e trará, seguramente, a estas zonas do Interior.

Há alguma razão ou razões específicas para que Portugal seja hoje o país com maior acervo de arte rupestre ao ar livre?

Repare, a Europa paleolítica, ao contrário do que as pessoas pensam, não estava toda coberta pelo gelo, nomeadamente no último período da época glaciar. Nestas zonas não havia glaciares ou havia línguas glaciares pequenas, como a da Serra da Estrela. Portanto, é natural, que os nossos rios tenham muitas outras gravuras que precisam de ser descobertas. Durante muitos anos, não se procurou, não se descobriu e não e sabia. Hoje, temos a certeza que há muito mais gravuras em Portugal. Na Europa paleolítica é natural que sítios como a Península Ibérica, onde os glaciares tinham uma expansão muito menor, tenha sido uma causa importante para que estas gravuras tenham sido feitas e, felizmente, resistiram. E a maior parte estão em xisto e isso é muito importante, porque se estivessem noutro tipo de rocha, teriam sido erosionadas e desaparecido mais rapidamente. Felizmente o xisto conserva muito bem estas gravuras.

O que levava o homem paleolítico a gravar estes motivos?

É a tal “inquietação”. É esta inquietação que, no fundo, nos distancia, nos diferencia de toda a restante criação. O homem paleolítico tem as mesmas capacidades de abstracção, de pensamento. É um Sapiens Sapiens, como nós somos, e tinha, com certeza, as mesmas necessidades que nós. A tecnologia era outra e a arte rupestre, digamos, que é a primeira invenção, se assim se pode dizer, do grafismo da escrita, não alfabética, evidentemente. O longo período do paleolítico superior é caracterizado por um tipo de sociedade que nós chamamos de caçadores- -recolectores e o animal é o centro da acção, o elemento mais importante e é isso que, no fundo, é a arte paleolítica, uma arte zoomórfica. Essa inquietação do homem paleolítico levou-o a gravar e a pintar milhares e milhares de sítios. É através destes vestígios que conseguimos saber os anseios do homem paleolítico, sejam eles de carácter religioso ou meramente lúdico. A arte rupestre é isto: o último vestígio do pensamento abstracto, do pensamento simbólico.

E porque esta fixação em gravar em rochas junto às margens dos rios?

Os rios sempre foram, como eu gosto de lhes chamar, as auto-estradas da pré-história. Permitem a facilidade de deslocação, concentram também uma certa vida económica, digamos assim. São fonte de vida, quer pelos peixes, quer pelos animais que precisam de água. Os rios concentram, portanto, uma grande parte da vida ao longo da pré-história. É natural que ao longo das margens dos rios, as rochas, nomeadamente, dos rios que cortam zonas de xisto, tenham sido eleitas como os sítios onde seria feito aquilo a que nós chamamos a arte rupestre.

Ao logo de toda a sua carreira, qual foi a descoberta que mais o impressionou?

Podia-lhe dizer que foi a arte no Vale do Tejo. Foi aí que eu comecei. É um sítio fantástico, com dezenas de milhar de gravuras pós-paleolíticas. Digamos que a minha emoção começou aí. Mas não deixo de me emocionar sempre que descubro uma coisa nova. E quando a arte do Côa foi descoberta, eu pude apreciar, verdadeiramente, as maravilhas que lá se guardam. Juntamente com o Vale do Tejo, talvez sejam as duas mais importantes descobertas a que eu estive ligado.

A partir do momento da vossa descoberta e identificação das figuras, o vosso trabalho fica concluído?

Nós também contribuimos para que esse desenvolvimento económico se faça. Estamos sempre disponíveis para participar em colóquios, conferências, na valorização, centros de interpretação. Tudo isso faz parte dessa lógica que hoje o património tem que ter.

segunda-feira, julho 02, 2007

Menir do Ferro



Será possível identificar a localização actual e a localização de origem conhecida do Menir?