sexta-feira, março 30, 2007

sexta-feira, março 23, 2007

Criados 110 postos de trabalho, directos e indirectos

Vila Velha de Ródão põe biomassa a dar energia para mais de 70 mil pessoas

2007-03-23
Fonte: Diário XXI
Investimento de 30 milhões de euros cria mais de 110 postos de trabalho

Para além da central inaugurada em Vila Velha de Ródão, o Governo entregou licenças para exploração de novas centrais nos concelhos de Belmonte, Sertã e Oleiros
A central termoeléctrica a biomassa florestal residual inaugurada em Vila Velha do Rodão permite levar electricidade a 70 mil pessoas, o equivalente a uma cidade do tamanho de Leiria. A central da Altri e EDP funciona nas instalações da celulose Celtejo.
Adquirida pelo grupo Altri em 2005, tem uma potência instalada cerca de 13 mhw (megawatts) permitindo entregar à rede de distribuição eléctrica 80 GWh (gigawatts/hora) por ano. Foi projectada para queimar 160 mil toneladas anuais de resíduos florestais, representa um investimento de cerca de 30 milhões de euros e a criação de 110 postos de trabalho, 10 directos e 100 indirectos.
O ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, afirmou ontem, durante a inauguração, que os resultados dos concursos para as restantes centrais de biomassa, promovidos pelo Governo em Fevereiro de 2006, serão conhecidos até meados do ano. Ainda assim, em Vila Velha de Rodão já foram atribuídas mais duas das 15 licenças: uma central de biomassa na Sertã e outra em Belmonte, ambas no distrito de Castelo Branco, num total de 5MW de potência. O concurso prevê uma potência total de 100 MW e recebeu 36 candidaturas.
O ministro reiterou que Portugal possui "um dos mais ambiciosos objectivos europeus" que passa por produzir, em 2010, "45 por cento da sua electricidade a partir de fontes renováveis e cinco por cento ser biomassa a partir de resíduos florestais", acrescentou.
O investimento pode ascender a 500 milhões de euros e criar entre 500 a 1000 postos de trabalho. Espera-se ainda uma redução dos níveis de emissão de dióxido de carbono (C02) de 700 mil toneladas e a redução do risco de incêndio devido a uma articulação entre a localização das centrais de biomassa e as políticas florestais.

INVESTIMENTO DA EDP
Ainda antes deste concurso promovido pelo Governo, já a EDP Bioeléctrica tinha iniciado o investimento na biomassa (que resultou, entre outras, na central ontem inaugurada em Vila Velha de Ródão). No âmbito desses investimentos, a EDP recebeu ontem cinco licenças para exploração de novas centrais, uma das quais em Oleiros com 9,3 MW de potência.
Só da parte da EDP Bioeléctrica, o investimento previsto até 2010 é de 250 milhões de euros, para produção de cerca de 100 MWh de energia. Ao apostar nas energias renováveis, a eléctrica nacional está a apostar num produto "100 por cento nacional", defendeu ontem o presidente-executivo António Mexia

Presidente da EDP aposta nas energias renováveis
“Preço da electricidade pode descer”
António Mexia destacou a aposta "recente" nas áreas da energia hídrica, "abandonada há décadas", eólica e biomassa, para frisar ser esta a maneira de criar condições estruturais para explorar o que é português, podendo vir a ter como consequência a baixa do preço da electricidade.
"O nosso potencial endógeno, o vento, a água, a biomassa que vem das florestas, pode contribuir para condições estruturais de baixa de preços", disse.
"É bom que as pessoas tenham consciência que a subida dos preços em electricidade nos últimos anos ficou-se a dever a subida do preço do petróleo. Quanto menos dependermos do petróleo e de gás melhor, quanto mais explorarmos o nosso potencial endógeno melhor", sustentou.

Vantagens da biomassa
Balanço de emissões de CO2 nulo
A central inaugurada em Vila Velha de Ródão funciona com resíduos florestais, através da combustão de material orgânico produzido e acumulado num ecossistema (uma floresta, por exemplo). As vantagens são o baixo custo, o facto de ser renovável, permitir o reaproveitamento de resíduos e ser menos poluente que outras formas de energias, como as obtidas a partir da utilização de combustíveis fósseis (petróleo e carvão mineral).
A queima de biomassa provoca a liberação de dióxido de carbono na atmosfera, mas como este composto havia sido previamente absorvido pelas plantas que deram origem à biomassa, o balanço de emissões de CO2 é nulo. O incentivo à limpeza de florestas é outras das vantagens da utilização de biomassa para produção de energia eléctrica.

quinta-feira, março 22, 2007

Nacen tres linces ibéricos en cautividad en Doñana

E a Malcata quando é que recebe crias de Doñana?

ELPAIS.com / EFE - Madrid / Huelva - 22/03/2007

Nacen tres linces ibéricos en cautividad en Doñana
Para 2007 se esperan más nacimientos y con una mayor riqueza genética que en los dos años pasados


Tres nuevos cachorros de lince ibérico (Lynx pardinus) han nacido en el centro de El Acebuche, en Doñana, dentro del programa de cría en cautividad impulsado por la Consejería de Medio Ambiente y el Ministerio como apoyo a la conservación de esta especie en peligro de extinción.



Los críos, de los que todavía se desconoce su sexo, nacieron de madrugada y son hijos de Aura, una hembra criada en Doñana y de Garfio, un macho nacido en la Sierra Morena. Según han informado los técnicos del programa, los tres cachorros se encuentran bien y ahora sólo hay que esperar una evolución favorable.

De momento la madre ha amamantado a todos los cachorros, según ha confirmado a ELPAIS.com una fuente del parque de Doñana, y se espera que siga haciéndolo. No son muchos los casos de hembras que dejan de dar de mamar a alguno de sus críos. El último se dio en Doñana el año pasado. A los pocos días del alumbramiento una madre de lince dejó de alimentar a uno de sus dos cachorros, según ha explicado la misma fuente.

Los nombres de los tres recién nacidos no se conocerán antes de algunas semanas debido a que los técnicos de Doñana desconocen aún su sexo porque no se quieren acercar y molestar a la nueva familia. Solo dentro de tres o cuatro semanas, cuando los pequeños linces se hayan acostumbrados a la madre, los encargados del centro de El Acebuche podrán aproximarse y examinarlos, ha dicho la misma fuente.

Estos nacimientos se unen a los seis en cautividad y 44 en libertad del año pasado en Andalucía, donde se calcula que existen 200 ejemplares de lince ibérico, medio centenar de ellos en Doñana.

Más cachorros con una mayor riqueza genética

Con estos nacimientos comienzan a cumplirse las previsiones del plan de cría en cautividad del lince ibérico, cuya directora, Astrid Vargas, dijo el pasado 14 de marzo que confiaba en nuevos partos con más cachorros y con una mayor riqueza genética que en los dos años anteriores.

Vargas explicó que los inminentes nacimientos en cautividad de linces en el centro de El Acebuche (Doñana), por tercer año consecutivo, se producirán en mejores condiciones gracias a la aplicación de nuevas técnicas fisiológicas, sanitarias y etológicas.

La cohorte -conjunto de nacimientos- de 2007 se espera que sea más prolífica que las de 2005 y 2006, entonces nacieron tres y seis cachorros en uno y tres partos, respectivamente, de los que finalmente han logrado sobrevivir seis ejemplares.

Este año habrá una mayor diversidad genética, pues cuatro de los apareamientos, en los que han participado seis machos adultos -cinco de El Acebuche y el sexto del zoo de Jerez- lo han sido entre ejemplares nacidos en Doñana y en Sierra Morena.

sábado, março 17, 2007

Portugal e Espanha pedirão à UNESCO que Raia seja Paisagem Cultural

in: www.rtp.pt

Portugal e Espanha pedirão à UNESCO que Raia seja Paisagem Cultural
Responsáveis portugueses e espanhóis reúnem-se a 23 e 24 de Março, em Badajoz, numas jornadas técnicas de preparação para pedir à UNESCO que declare a zona fronteiriça entre Portugal e Espanha Paisagem Cultural da Humanidade.

O director-geral do Património Cultural de Espanha, Francisco Pérez Urban, disse hoje que o pedido deve ser apresentado em conjunto por Portugal e Espanha, abrangendo as regiões situadas de ambos os lados da Raia.

O responsável espanhol indicou que vários especialistas em património cultural dos dois países se deslocarão a Badajoz para falar sobre a investigação e gestão do património em Évora, a paisagem cultural, o urbanismo e a arquitectura de Olivença e o património cultural de Badajoz e Elvas.

O professor catedrático de Análise Urbana e Regional da Universidade da Estremadura espanhola e director das jornadas, Antonio José Campesino, precisou que os estudos sobre o património da Raia Ibérica remontam a 1982.

Campesino, que também é vice-presidente do Instituto para a Conservação de Monumentos e Sítios Históricos, explicou que a Raia Ibérica tem cerca de 1.234 quilómetros.

"É a raia mais antiga, consolidada na Europa desde o Tratado de Tordesilhas, de 1297" e nela se sobrepõem estratos de civilizações de diferentes épocas, acrescentou.

Na sua opinião, a Raia Central Ibérica é uma "franja elástica", que precisa de ser inventariada, catalogada, conhecida, planificada e gerida.

Agência LUSA
2007-03-16 20:05:02

segunda-feira, março 12, 2007

O Sol da Meia Noite





Manuel da Silva Ramos editou na Dom Quixote, O sol da Meia Noite, contos eróticos. O escritor beirão estreou-se num novo domínio da literatura, com um texto atraente e empolgante que vem trazer um novo desafio aos escritores da beira, libertarem-se dos tabus e darem margem à sua imaginação e criatividade.

sexta-feira, março 02, 2007

No Museu das artes e Ofícios em Alcains, a partir de Julho

in: Diário XXI

ARCA reabre Museu das Artes e Ofícios em Julho
Sexta-Feira, 02 de Março de 2007
Associação Recreativa e Cultural de Alcains comemora 20 anos de existência

Apesar do programa de celebração do 20º aniversário ainda não estar totalmente alinhavado, uma coisa é certa: o ano vai ficar marcado na história da colectividade com a reabertura do Museu, em Julho, após seis anos sem instalações
Liliana Machadinha

No ano em que a Associação Recreativa e Cultural de Alcains (ARCA) comemora o seu 20º aniversário, a direcção promete melhorar as condições da sede e a organização de várias actividades. A reabertura do Museu das Artes e Ofícios, encerrado há seis anos, é o ponto alto do programa de 2007. "Vamos reabrir portas, em Julho, num espaço que a Junta de Freguesia nos cedeu", anuncia Andreza Teixeira, presidente da ARCA.
O Museu de Artes e dos Ofícios "continua a ser o grande projecto da associação". Funcionava no antigo Solar do Goulões, espaço que actualmente alberga o Museu do Canteiro, e teve de encerrar quando o espaço entrou em obras. Curiosamente, a ARCA vai agora ocupar o edifício onde funcionava o Museu dedicado ao trabalho da pedra, na Rua das Fontaínhas.
Até à reabertura, a Associação vai dedicar-se a “restaurar todo o espólio, que entretanto se foi degradando", lamenta a dirigente, que explica: "O material esteve empacotado durante seis anos, em condições que não eram as melhores, e perdemos algumas peças. Ainda assim, temos as suficientes para reabrir e mostrar condignamente as artes e ofícios da vila".
O sapateiro, o carpinteiro, o latoeiro, o marceneiro e o pedreiro são algumas das profissões que poderão ser revisitadas no Museu, refere Andreza Teixeira. Todo o material de exposição foi doado à ARCA tanto pelos próprios artífices como por familiares. Da extinta banda filarmónica local, receberam instrumentos e fardas.

ANO DE COMEMORAÇÃO DO ANIVERSÁRIO
Para comemorar o 20º aniversário, Andreza Teixeira adianta que serão organizadas diversas actividades. "Ainda não temos tudo decidido, porque trabalhamos um pouco em cima do joelho. Isto é, não realizamos um plano de actividades fixas. Falamos, decidimos e fazemos de imediato, porque muitos dos membros estão fora, em trabalho ou a estudar, e estamos sempre limitados no que toca à disponibilidade. Executamos sobre pressão, mas corre sempre tudo muito bem e melhor do que se fosse programado seis meses antes, por exemplo", graceja a presidente.
Sem adiantar pormenores sobre o programa, revela que estão a organizar um ciclo de teatro para os meses de Abril e Maio. "Será um intercâmbio, porque vamos convidar companhias com quem já trabalhámos no passado", refere.
Também em Abril, a colectividade organiza uma feira do livro. "O ano passado não foi possível por falta de instalações. Este ano já podemos, porque irá ser feita exactamente na actual sala da direcção da ARCA, uma vez que vai ficar livre", explica. Para esta iniciativa, a Associação Recreativa e Cultural de Alcains pretende convidar um escritor da região que tenha lançado um livro nessa altura ou com publicação agendada para breve. "Queremos dinamizar a feira, para que seja diferente dos restantes anos", esclarece.
Já no último fim-de-semana de Agosto, a ARCA realiza, como é hábito, a Festa das Papas. A iniciativa vai contar com a actuação de um rancho folclórico e, nessa mesma data, a colectividade promove também uma mostra de ofícios. "Pretendemos com esta iniciativa divulgar o nosso Museu, até porque vamos ter vários artesãos a trabalhar ao vivo, dando mais vida à Feira".
Para além das actividades do 20º aniversário, o ano fica também marcado pela requalificação da sede. Conforme explica Andreza Teixeira, ficará no mesmo edifício, mas noutra divisão com mais condições. "O final das obras está previsto para Março e contamos mudar logo para lá". Também o pátio, junto às salas da escola de música e d’A Carroça irá ser requalificado, pois "pretendemos fazer aqui cafés concerto e outras actividades de ar livre", adianta a presidente da ARCA.

ASSOCIAÇÃO "RESSENTIDA" COM CÂMARA DE CASTELO BRANCO
Apesar do dinamismo que a ARCA apresenta, a responsável refere que muitos outros projectos não passaram do papel por falta de dinheiro. "Houve muita coisa que poderíamos ter feito, mas que não foi possível porque não tivemos apoios", refere, queixando-se da autarquia albicastrense. "À Junta de Freguesia de Alcains não podemos apontar nada, porque tem sido incansável e financia-nos em tudo o que pode. Mas a Câmara de Castelo Branco já é outra história", critica Andreza Teixeira. Segundo conta, o subsídio da edilidade deixou de chegar há dois anos e "sem qualquer espécie de justificação", queixa-se. "A ARCA está muito ressentida com esta situação, porque mostramos trabalho, e bom trabalho, e mesmo assim não nos apoiam. Não nos reconhecem o mérito e o que temos feito para levar o nome da vila e mesmo de Castelo Branco a todo o País".
Apesar das dificuldades financeiras, Andreza Teixeira promete que as actividades da ARCA não vão parar. "Vamos continuar a trabalhar e a fazer o que podemos, com o dinheiro das quotas e apoio da Junta, mas há projectos muito interessantes que temos em papel que não são exequíveis com o orçamento limitado que dispomos", lamenta a dirigente.


ARCA foi criada para dinamizar vila
20 anos em retrospectiva
Criada em 1987, o objectivo foi, desde o primeiro momento, dinamizar a vila de Alcains, conta Andreza Teixeira. Pouco tempo depois, "A Carroça", fundada cinco anos antes, filiou-se à colectividade porque "não fazia sentido haver uma associação sem grupo de teatro e um grupo de teatro sem uma associação", explica, acrescentando que alguns do membros fundadores da ARCA já pertenciam à Carroça. Com o passar do tempo, a colectividade criou ainda a rádio "Um" e o "Jornal de Alcains", do qual ainda detêm a patente, mas que terminou por falta de condições e recursos humanos especializados na área, esclarece. No seio da ARCA foi ainda criada a Orquestra Típica de Alcains, "mas que se autonomizou e deixou de ser uma secção da associação", conta.
Actualmente, têm uma escola de música e "A Carroça", para além de terem desenvolvido todo o projecto do Museu de Artes e Ofícios.

A ESCOLA DE MÚSICA
Viola, flauta, órgão e bateria são os instrumentos que os cerca de 120 alunos aprendem a tocar na escola de música da ARCA, criada há 13 anos. Estão agora a formar um grupo de bombos destinado aos aprendizes mais novos, entre os seis e os 12 anos, e que estarão prontos para dar um concerto no final deste ano, "de forma a mostrar aos pais o investimento feito".
Para a presidente da associação, a escola de música "é de uma importância extrema", porque "desenvolve o interesse pelas artes". Para além desta justificação, apresenta uma segunda: "Tem ajudado muitas pessoas a decidir que rumo escolar tomar, pois daqui já saíram muitos alunos que seguiram o conservatório e que acabam por trabalhar ou ficar sempre ligados a esta área".

A CARROÇA
Com 25 anos de existência, "A Carroça" vem reforçar o espírito de dinamismo da ARCA. "Não param, estão constantemente a estudar e produzir projectos tanto para adultos como para crianças. Aqui não fazemos discriminação de idades", graceja a presidente. Actualmente, têm em cena a peça "Guarda Vento", estreada em Dezembro último, e produzida a partir de um texto de António Torrado. "Nunca reproduzimos os originais. Apenas nos servem de base para os transformarmos", descreve a dirigente. Para o futuro, adianta que até ao final do ano esperam conseguir apresentar um novo trabalho, "mas ainda não é certo, porque depende da disponibilidade dos membros e do orçamento disponível".
Actualmente o grupo de teatro conta com 15 pessoas responsáveis pela criação dos espectáculos. Mas "há sempre sócios e amigos que nos ajudam a pôr tudo de pé, porque uma peça precisa mais ou menos de 30 pessoas a trabalhar nos cenários e vestuário, nomeadamente".


Ficha Técnica:
Fundação: 24 de Abril de 1987
Sócios: 100
Quota anual: 12 euros
Morada: Largo de Santo António, apartado 35, 6005 Alcains