terça-feira, dezembro 13, 2005

Vinhos da Beira Interior no Funchal

Percorri alguns dos estabelecimentos comerciais do Funchal, no último fim de semana, especializados na comercialização de vinhos. Todos eles com uma excelente apresentação dos Produtos,com espaços para provas e com descrição dos produtos em venda. Só encontrei dois produtos da Beira Interior, Praça Velha da Adega Cooperativa do Fundão a 11,30 € e a aguardente velha Centum Cellas da Adega Cooperativa da Covilhã, a 35 €. Esta última correspondia a uma aguardente de 15 anos, envelhecida em casco de carvalho português. Trata-se do primeiro produto da Beira Interior que encontro, utilizando o carvalho Lusitano, como matéria prima, para enriquecimento, quer de vinho ou de aguardente. Era uma das aguardentes velhas mais caras, a 970 Reserva de cana, produzida na Madeira, custava entre 17 e 25 €. Não encontrei no mercado aguardente vínica da Madeira envelhecida, tendo concluído que só recentemente se começou a produzir, para comércio, aguardente vínica.
Mas, o que é de realçar é a vulgaridade da descrição dos vinhos da Madeira, com indicação de castas, Malvasia, Verdelho, Bual, Sercial Tinta Negra e Terrantez. Este último, de reduzida produção e só disponível com envelhecimento superior a 25 anos. é também frequentemente a diferenciação entre Harvest, Colheitas e Vintage.
Como curiosidade encontrei Licor de castanhas, que a Madeira não produz, enquanto nós, na Beira Interior, nos limitamos a utilizá-la nos Magustos, com um mínimo de valorização. Aprendamos, revolvam-se os baús e descubram-se as receitas tradicionais que utilizavam a castanha, quer para a confeccionação de pratos, doces ou licores.

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