sexta-feira, julho 15, 2005

Lançamento
Chuchurumel
no seu castelo das tradições
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Após dois anos de trabalho e muitas apresentações ao vivo, Chuchurumel edita o seu primeiro disco “no castelo de Chuchurumel” que apresenta temas da tradição popular portuguesa (nomeadamente do distrito da Guarda) e composições originais.

Chuchurumel, o projecto musical de César Prata e Julieta Silva, teve o seu início com a montagem de “Canções de todo o ano” (estreado em Outubro de 2003, no Auditório Municipal da Guarda), espectáculo que teve dezenas de apresentações. Seguiram-se concertos realizados no âmbito de diversos festivais de música folk/tradicional: II Arribas Folk (Sendim), Porto Céltico (Maia), Raízes do Som (Évora), II Granitos Folk (Porto).

Simultaneamente tem desenvolvido trabalho no âmbito da recolha e do registo de música tradicional. Alguns dos temas gravados “no castelo de Chuchurumel” foram recolhidos por José Franco e publicados na revista “Altitude”, nos inícios da década de 40 do século passado: Canção da Ceifa (Gonçalo, Guarda); Aninhas (Sobral da Serra, Guarda); Cantilena de pedreiro (Barreira, Mêda); outros remetem para universos sonoros marcantes (os bombos da festa dos Montes, Trancoso), para a voz única de algumas informantes (Júlia Fonseca e Maria Augusta Moleira) ou para relatos singulares (relato de Lúcia Jorge a propósito dos trabalhos do linho). O disco inclui também uma canção única: trata-se de “Se soenes crunhe penhar”, a única canção com letra elaborada na gíria de Quadrazais (Sabugal), uma gíria usada pelos antigos contrabandistas e que hoje está praticamente esquecida.

“No castelo de Chuchurumel” misturam-se instrumentos convencionais (percussões, gaita-de-foles, concertina, piano, ocarina, viola, bandolim), com instrumentos simples (pedras, paus), com outros construídos por César Prata e com programações. É desta diversidade de fontes sonoras que resulta a sonoridade ímpar Chuchurumel, um projecto que faz passar a tradição pela peneira da modernidade, trilhando, assim, novos caminhos na música tradicional portuguesa. O disco vem embalado numa bolsa de pano, não havendo, assim, gastos de plástico ou de papel.

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