domingo, janeiro 02, 2005

Denominação de Origem Comum (DOC) Beira Interior

DOC Beira Interior
Categoria: Vinho e Cultura
02-10-2002

Legislação Base

Decreto-Lei Nº 442/99, de 2 de Novembro

Entidade Certificadora

Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior
Avª Cidade de Safed, Lote 7, 1º
6300-537 GUARDA
Tel: 271 224 129
Fax: 271 223 101
E-mail: cvrbi@mail.telepac.pt

Área Geográfica

Na sua área de produção estão reconhecidas
as seguintes sub-regiões:

Sub-Região Castelo Rodrigo

Os concelhos de Almeida (freguesias de Almeida,
Castelo Bom, Junça, Malpartida e Naves) e
Figueira de Castelo Rodrigo (excepto a freguesia
de Escalhão).

Sub-Região Cova da Beira

Os concelhos de Belmonte, Castelo Branco,
Covilhã, Fundão, Manteigas, Penamacor, Guarda
(freguesias de Benespera, Famalicão, Gonçalo,
Valhelhas e Vela), Idanha-a-Nova (freguesias de
Aldeia de Santa Margarida, Idanha-a-Velha,
Medelim, Monsanto, Oledo e São Miguel de
Acha), Sabugal (freguesias de Bendada, Casteleiro
e Santo Estêvão) e Vila Velha de Ródão (freguesia
de Vila Velha de Ródão).

Sub-Região Pinhel

Os concelhos de Celorico da Beira (freguesias de
Açores, Baraçal, Celorico da Beira, Forno Telheiro,
Lajeosa do Mondego, Maçal do Chão, Minhocal,
Ratoeira e Velosa), Guarda (freguesias de Avelãs da
Ribeira, Codesseiro, Porto da Carne, Sobral da Serra
e Vila Cortês do Mondego), Meda (freguesias de
Barreira, Carvalhal, Coriscada, Marialva, Rabaçal e
Vale Flor), Pinhel e Trancoso (freguesias de Carnicães,
Cogula, Cótimos, Feital, Freches, Granja, Moimentinha,
Póvoa do Concelho, São Pedro, Souto Maior, Tamanhos,
Torres, Valdujo, Vale do Seixo, Vila Franca das Naves,
Vila Garcia e Vilares).

Novo Vinho da Beira Interior


Parece-me, finalmente, estarmos no bom caminho, em termos de mercado, relativamente ao lançamento de vinhos de qualidade. Este novo rótulo "Quinta dos Currais", aparece com a preocupação de esclarecer os consumidores quanto ao tipo de castas utilizadas na sua confecção. Lacuna que não tem sido coberta por outras marcas, embora a DOC Beira Interior exija a utilização de castas determinadas. É assim que temos Quinta dos Currais Síria, tinto de 2001 foi produzido a partir da Toriga Nacional, Castelão, Rufete, Arogonês, “Quinta dos Currais Branco”, produzido a partir de castas Síria, Cal e Arinto, com um teor alcoólico de 14 graus. Também a apreciação qualitativa é de registar “com um aroma vinoso e elegante. Relativamente ao sabor, é redondo e aveludado e também suave e um final persistente". O recurso a enólogos foi também seguido com recurso a outsourcing a cargo da empresa "Vines & Wines". A inovação foi conseguida tratando-se de um especialista noutras áreas, médico cirurgião, mas estudioso atento da vitivinicultura, partiu para o negócio, sem vícios, nem erros, mas sabendo que sem tecnologia e muito, muito conhecimento e também capital, não seria possível chegar a um produto de qualidade. Parabéns ao Drº José Diogo Tomás, pelo investimento aplicado na Beira Interior e por ter chegado a um produto de alta qualidade, com escoamento recorrendo ao mercado exportador. Sugiro, contudo, que procure contactar a central de distribuição do Corte Inglês, com logística em Badajoz, para dar a conhecer o seu produto no mercado ibérico, à semelhança do que fez o rótulo Almeida Garrett. Espero que o seu produto consiga entrar nas Feiras de Vinhos promovidas pelas grandes superfícies e que seja fácil localizar e adquirir o vinho "Quinta dos Currais".

Nota de Prova de Quinta dos Currais Síria 2003
in: http://www.os5as8.com/provados/qtacurraissiria03.htm
Quinta dos Currais Síria 2003
Produtor: José Diogo Tomás
D.O. / Zona: Beiras
País: Portugal
Tipo de vinho: Branco
Castas: 100% Síria
Estágio: -
Graduação (% vol.): 13,5
Enólogo: -
Preço: -
Data publicação: Setembro 2004
Provado por: Rui Falcão - Os5às8
Data prova: Setembro 2004
Comentário prova: Um produtor novo da Beira Interior, mais concretamente do Fundão, uma aposta na casta Síria com tantas tradições nesta zona do país. Apresenta cor amarelo palha e evoca de imediato aromas de vegetal seco, palha, restolho, cereais, bem como uma lembrança de fruta branca de caroço, sobretudo pêssego e nêspera.
Boca untuosa mas bem temperada pela acidez, confirma a fruta, acrescenta o damasco e a pêra rocha, num branco que não é desprovido de encanto. está simples mas honesto, bem feito, com final médio mas muito composto. Um bom xercício que nos chega desta região ainda pouco explorada e que nos pode reservar supresas engraçadas no futuro.
Ptos*: 14



in: Jornal do Fundão

«Quinta dos Currais» - Vinho da Beira Interior - Capinha-Fundão

«Quinta dos Currais» um vinho made in Capinha que faz sucesso
“QUINTA dos Currais” é um vinho que recentemente apareceu no mercado e um caso raro de sucesso. É produzido na Capinha, na quinta que lhe dá o nome pertença de José Diogo Tomás, natural de Vale Prazeres e médico cirurgião em Lisboa. Os trabalhos agrícolas parecem não ser segredo. Conhece bem as técnicas de amanhar a terra, de plantar as videiras, tratá-las, vindimá-las ou enxertá-las. Identifica a qualidade e o aroma dum vinho, seja jovem ou maduro. Utiliza a liberdade para criar e inovar. “O vinho é acima de tudo pessoal”, diz.

“E quais as principais etapas para fazer um bom vinho?”, perguntamos.

“A escolha da casta, o percurso da vinha, a transformação na adega, não esquecendo a técnica de abrir uma garrafa. Um bom apreciador, tem que ter a capacidade de saber provar um vinho, encontrando num copo a cadeia de factores geográficos, meteorológicos etc.”, explica José Diogo Tomás. O gosto pela produção de vinho leva-o a apostar no fabrico próprio com a construção de uma adega. O investimento rondou os 2,5 milhões de euros. Equipada com alta tecnologia desde da prensa, centrais de frio e um laboratório devidamente equipado, passando pelas enormes cubas, não esquecendo o processo de engarrafamento. No âmbito deste projecto, José Diogo Tomás, constitui uma parceria com uma empresa de Castelo Branco “Viniparra”, que tem como principal finalidade a distribuição. Preocupação tem também sido a qualidade. Para isso estabeleceu com a “Vines & Wines” uma parceria ao nível da consultoria de enologia, “que nos tem prestado um belíssimo serviço”, diz José Diogo Tomás. Depois de ultrapassadas as burocracias para a criação da adega e produzido o vinho, surgiu a comercialização. “Quinta dos Currais” foi o nome escolhido para o rótulo das garrafas. O sucesso foi grande. O vinho é apreciado e vende bem. E a internacionalização não tardou em chegar. Exporta actualmente para Angola o “Terras da Capinha”. Em 2003 lançou no mercado “Quinta dos Currais Branco”, produzido a partir de castas Síria, Cal e Arinto, com um teor alcoólico de 14 graus. “É um vinho muito aromático, elegante, sabor intenso, uma acidez equilibrada com um final muito requintado. Esta produção foi uma raridade tendo rendido apenas 8000 garrafas”, explica José Diogo Tomás. Neste mesmo ano, apresenta “Quinta dos Currais Síria” produzido a partir de uma única casta com um teor alcoólico de 13,5 graus. “Tem uma característica brilhante, aspecto cristalino e com aroma fino e elegante, combinado com notas exóticas. Teve uma grande procura no mercado”, disse ainda. Quanto ao tinto de 2001 foi produzido a partir da Toriga Nacional, Castelão, Rufete, Arogonês. Tem um teor alcoólico de 13 graus “com um aroma vinoso e elegante. Relativamente ao sabor, é redondo e aveludado e também suave e um final persistente”, explica. Em Janeiro de 2005 será lançado um outro vinho “Quinta dos Currais 2002”.

Sem comentários: